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segunda-feira, 22 de março de 2021

De mocinha a vilã: a trajetória catastrófica de Sarah no "BBB 21"

 O "BBB 21" tem muito mais gente odiada do que amada. Não por acaso, o início do reality se mostrou tão problemático e controverso. Aos poucos, no entanto, a narrativa de 'mocinhos' contra 'vilões' ganhou corpo e transformou a temporada em uma boa novela. Uma das gratas surpresas do elenco foi Sarah, que começou apagada e de semana em semana foi mostrando uma excelente jogadora, até virar uma das favoritas. Parecia uma forte candidata ao prêmio. Mas só parecia. 

A participante representa um típico 'padrão' de "BBB": a loira linda que logo chama atenção. Toda edição tem pelo menos umas três com tais características. Mas Sarah foi expondo o seu diferencial sem forçar situações. Sua afinidade imediata com Gilberto a beneficiou bastante e uma dupla impagável acabou formada de forma inesperada. Fizeram a primeira prova de resistência juntos, mas o laço só se firmou quando perceberam uma má impressão em comum sobre Pocah. A partir de então uma boa trajetória se iniciou. 

Sarah também confessou uma tática de 'espionagem': deixar sua mala no quarto colorido com o intuito de se arrumar lá e ouvir as conversas dos demais, enquanto dorme diariamente no quarto cordel. E por incrível que pareça conseguiu cumprir seu plano com facilidade.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Agatha Moreira vive seu momento de maior repercussão e brilha como Josiane em "A Dona do Pedaço"

A responsabilidade de viver uma vilã no horário nobre da Globo é grande, ao mesmo tempo o sonho de qualquer atriz. Muitas profissionais com anos de carreira ainda não conseguiram tal honraria. Mas Agatha Moreira já ganhou essa oportunidade, mesmo com apenas sete anos na profissão (foi revelada em "Malhação - Intensa", exibida em 2012). E a jovem talentosa vem provando que Walcyr Carrasco acertou em cheio quando a escalou para viver a patricinha e assassina Josiane em "A Dona do Pedaço".


A filha de Maria da Paz (Juliana Paes) é uma menina extremamente mimada pela mãe e sempre teve tudo o que quis. Arrogante, preconceituosa e grosseira, a personagem só se interessa por ela mesma e não demorou para estabelecer como meta de vida ser uma Digital Influencer. Objetivo bem condizente com o atual momento da febre das redes sociais, como Instagram, Twitter, Facebook e afins. A razão, obviamente, é apenas fortalecer seu ego com muitos seguidores bajuladores e pouco trabalho. Além de competir com outras jovens ''influenciadoras".

O desprezo por sua mãe é outra característica da personagem. Josiane, que também odeia o próprio nome ("Me chama de Jô" é quase um bordão), nunca encarou com bons olhos a profissão de Maria da Paz, mesmo aproveitando bem a grana que o ofício da boleira gera.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Alice Wegmann comprova seu talento como vilã em "Órfãos da Terra"

A atual novela das seis da Globo teve um início excelente, mas perdeu o rumo ao longo dos meses e os problemas no roteiro ficaram evidentes com a passagem de tempo de três anos. "Órfãos da Terra" apresentou uma queda de qualidade visível e todas as críticas que o folhetim vem recebendo são justas. No entanto, o bem escalado elenco sempre fez o que pôde (e ainda faz) para interpretar com talento os personagens da história de Duca Rachid e Thelma Guedes. Alice Wegmann é um bom exemplo.


A atriz brilhou  nas primeiras semanas da novela e protagonizou a cena mais impactante até então, quando Dalila se desesperou com o assassinato da mãe, Soraya (Letícia Sabatella), que acabou morta por Aziz Abdallah (Herson Capri). Foi comovente e assustador ver o pânico da personagem diante daquela barbárie. Alice deu um show. Todavia, a filha do grande vilão da história perdeu a força com a morte do pai e seu plano de vingança ficou bem sem sentido. Não empolgou. Ainda assim, Alice seguiu convincente na pele da perigosa menina que adotou o nome falso de Basma.

E após um longo período de puro marasmo, "Órfãos da Terra" finalmente apresentou uma sequência digna de elogios no capítulo desta quarta-feira (10/07), onde a intérprete pôde mais uma vez demonstrar seu imenso talento e relembrar a boa impressão causada nas primeiras semanas de novela.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Ótima em "Verão 90", Camila Queiroz é uma atriz que chegou para ficar

O sonho de todo ator é viver um vilão em virtude das maiores oportunidades cênicas. Afinal, o malvado movimenta o roteiro de quase toda novela, recebe um texto mais sarcástico e sem ele dificilmente há qualquer tipo de virada na história. Muitos intérpretes, inclusive, já estão há anos na carreira e até hoje não ganharam um papel assim. Mas Camila Queiroz teve sorte em "Verão 90", escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral.


A atriz começou com o pé direito em "Verdades Secretas". Seu primeiro papel na carreira foi a enigmática Arlete/Angel, protagonista de "Verdades Secretas", fenômeno de audiência de Walcyr Carrasco na faixa das 23h. Era a mocinha do enredo. Porém, no último capítulo o autor expôs uma faceta sombria da personagem. Camila estreou muito bem e em uma de suas últimas cenas, com Angel dando um ligeiro sorriso macabro, demonstrou potencial para viver uma víbora futuramente.

E a oportunidade chegou até cedo, apenas quatro anos depois de sua estreia. Vanessa Dias é uma típica 171 que não mede esforços para atingir seus objetivos. É verdade que a personagem não chega perto de uma vilã assassina e sua índole não é totalmente ruim.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Após destaque em "Gabriela", Giovanna Lancellotti volta a ser valorizada em "Segundo Sol"

Quando estreou na televisão, em 2011, na fraca "Insensato Coração", em pleno horário nobre da Globo, Giovanna Lancellotti demonstrou potencial de sobra para voos maiores. Ela convenceu na pele da doce Cecília em uma novela cujos defeitos foram bem maiores que os acertos. Era um papel pequeno, mas foi uma ótima estreia. Um ano depois, ironicamente, a atriz interpretou o que viria a ser a melhor personagem de sua carreira até então: a sofrida Lindinalva, no remake de "Gabriela". E estava apenas em seu segundo trabalho. Mas bastou para provar que tinha chegado para ficar.


O sucesso foi tanto que a personagem ---- inexistente na obra de Jorge Amado ---- virou a mocinha da adaptação de Walcyr Carrasco, formando um lindo par com Marco Pigossi (Juvenal), e ofuscou a própria Gabriela (Juliana Paes). Giovanna protagonizou uma sucessão de cenas dramáticas e muito pesadas, expondo uma entrega admirável. Após esse intenso trabalho, portanto, a intérprete seria ainda mais valorizada nas próximas novelas ou séries, seguindo a lógica. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Giovanna ganhou a promissora Bélgica em "Alto Astral" (2014), mas a vilã não teve grande relevância no enredo de Daniel Ortiz, embora seu núcleo tenha rendido alguns bons momentos.

No ano seguinte, então, o caso foi ainda pior. João Emanuel Carneiro a escalou para viver Luana na controversa "A Regra do Jogo". A personagem pertencia a um dos piores núcleos do folhetim, pois a família falida de Feliciano (Marcos Caruso) era uma tentativa fracassada de repetir o sucesso da família de Tufão (Murilo Benício) em "Avenida Brasil".

sexta-feira, 29 de junho de 2018

"Orgulho e Paixão" fica ainda melhor com a entrada de Natália do Vale

Uma das muitas qualidades de "Orgulho e Paixão" é o seu bom ritmo. O autor está sempre promovendo conflitos e acontecimentos na trama, evitando qualquer barriga ---- período onde nada de relevante ocorre. Como há vários casais atrativos no enredo e muitos personagens bem construídos, Marcos Bernstein consegue extrair o melhor desse bom conjunto até com certa facilidade. E agora o escritor inseriu uma grande vilã na história, o que resultou em uma ótima virada.


Lady Margareth Williamson é a irmã de Lorde Williamson (Tarcísio Meira) e a escolhida para representá-la foi Natália do Vale. A personagem chegou para tumultuar a relação de Darcy (Thiago Lacerda) e Elisabeta (Nathalia Dill), que estava até então harmoniosa em virtude da descoberta das cartas falsas usadas por Susana (Alessandra Negrini) para separá-los. A arrogante mulher trouxe sua filha, Briana (Bruna Spínola), para oficializar o casamento com o sobrinho, se aproveitando de um "acordo familiar" feito anos atrás. 

A tia do mocinho mal chegou e já movimentou a novela com sua empáfia, recheada de frases preconceituosas sobre o Brasil. Não esperou para intimar Darcy a casar com Briana e nem se preocupou em desprezar Charlotte (Isabella Santoni), lembrando da má reputação da sobrinha por causa do relacionamento com Uirapuru (Bruno Gissoni).

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O show de Marieta Severo em "O Outro Lado do Paraíso"

Todo ator prefere interpretar vilões, por mais que alguns neguem e digam que gostam de qualquer bom personagem. Afinal, o malvado, inevitavelmente, acaba tendo mais cenas impactantes e é o responsável pela movimentação de todo roteiro, fazendo a história andar. Não por acaso há tantos 'diabos' na lista de tipos marcantes da teledramaturgia. E, após 13 anos se dedicando ao seriado "A Grande Família", Marieta Severo conseguiu uma víbora no horário nobre em "O Outro Lado do Paraíso".


Ao contrário da doce e simpática Dona Nenê, Sophia tem tudo o que uma boa vilã precisa: é fria, cruel, só pensa em si, manipula e humilha os filhos, desgraçou a vida da mocinha e ainda só pensa em dinheiro. É um tipo maniqueísta, sem nuances, o que não é um demérito e nem uma qualidade, apenas uma característica do papel. E Marieta estava precisando demais de um tipo assim, depois de tanto tempo vivendo uma senhora tão querida por todos, cuja maior identidade era a paixão pela família.

A obsessão da vilã é pelas esmeraldas de Clara (Bianca Bin), usando a família para conseguir atingir seu maior objetivo. Walcyr Carrasco criou uma mulher maquiavélica e todo o processo de destruição da vida da mocinha foi construído ao longo da primeira fase, até a vilã interná-la em um hospício, isolado em uma ilha deserta, ficando com as terras da protagonista, após ter arranjado o casamento dela com o seu violento filho (Gael - Sérgio Guizé).

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Fernanda Rodrigues fez uma ótima participação em "O Outro Lado do Paraíso"

Embora não aparente, Fernanda Rodrigues tem 38 anos. Ainda com cara de menina, a atriz já pode ser considerada uma veterana na televisão. Ela estreou aos 11 anos na inesquecível "Vamp" (1991), novela de sucesso de Antônio Calmon, vivendo a espevitada Isabel. Desde então, passou a emendar uma produção atrás da outra na Globo, passando por "Deus nos Acuda" (1992), "A Viagem" (1994), "Malhação" (1996/1997), "Zazá" (1997), "Corpo Dourado" (1998), "Vila Madalena" (1999), "Aquarela do Brasil" (2000), "Estrela Guia" (2001) e assim por diante. Ou seja, cresceu diante do telespectador.


E seu rosto angelical lhe rendeu inúmeras personagens doces e gentis. Mas as adolescentes rebeldes também fizeram parte de seu currículo, ainda que tenham virado meninas centradas no fim. Sua única mau-caráter foi a Stelinha, na fracassada "Negócio da China", em 2008. Por isso mesmo a sua participação em "O Outro Lado do Paraíso" se mostrou tão boa e surpreendente. Além de ter marcado seu retorno aos folhetins, após dois anos ---- esteve na primorosa "Sete Vidas", interpretando Virgínia, em 2015 ----, é a primeira novela das nove que ela participa e o perfil é praticamente uma demônia.

Fabiana é a neta de Beatriz (Nathalia Timberg), grande mentora de Clara (Bianca Bin), que conheceu a mocinha em um hospício tenebroso, isolado em uma ilha, convivendo com a protagonista por dez anos. A elegante senhora foi internada no manicômio justamente pela neta, sendo vítima de um golpe da víbora, que ficou com toda a fortuna da avó.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Irene foi uma vilã que deixou bastante a desejar em "A Força do Querer"

"A Força do Querer" tem várias qualidades e faz por merecer todo o sucesso, honrando a ótima audiência alcançada. Porém, a novela de Glória Perez também tem alguns problemas claramente visíveis. A passagem de tempo de um ano, por exemplo, foi inútil e só prejudicou a verossimilhança de alguns contextos. Há também alguns personagens avulsos, embora o elenco seja enxuto. E um outro equívoco que está bem evidente, ainda mais com o enredo em plena reta final, é a falta de relevância de Irene (Débora Falabella).


Vendida como a grande vilã da história, a personagem parecia promissora. Interesseira, manipuladora e ardilosa, a arquiteta seleciona vítimas para seduzir e depois roubar tudo o que elas têm. É assim que enriqueceu. Seu objetivo era conquistar Eugênio (Dan Stulbach), precisando primeiro virar melhor amiga de Joyce (Maria Fernanda Cândido) para elaborar seu plano perfeito. Suas armações sempre contam com a ajuda de Mira (Maria Clara Spinelli), uma cúmplice medrosa. Todo o início desse plano foi interessante de acompanhar. Todavia, o contexto acabou se arrastando e perdendo o fôlego.

É importante citar, aliás, que a situação é muito parecida com a protagonizada por Ivone (Letícia Sabatella), Silvia (Débora Bloch) e Raul Cadore (Alexandre Borges), em "Caminho das Índias" (2009), da mesma autora. Esse núcleo da outra novela, por sinal, era muito cansativo e não funcionou. Glória não conseguiu conduzir esse drama de forma atrativa. Por isso mesmo havia uma desconfiança em torno da jornada de Irene.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Maior trunfo da novela, Vera Holtz carrega a reta final de "A Lei do Amor" nas costas

"A Lei do Amor" sofreu várias alterações em virtude da baixa audiência e da interferência dos grupos de discussão. Muitas dessas mudanças foram péssimas para o enredo de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, prejudicando o conjunto do folhetim (dirigido por Denise Saraceni) ---- que está em plena reta final ---- e retirando de cena bons personagens, implicando ainda na aniquilação da personalidade de vários que permaneceram. Entretanto, uma única situação ficou melhor e foi justamente o crescimento da vilania de Magnólia (Vera Holtz).


A personagem sempre foi uma das mais atrativas da história e foi a mentora do plano que separou Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Cláudia Abreu) na primeira fase. Porém, ao longo da segunda fase, a vilã apenas proferia frases de efeito e pouco agia. Apenas ameaçava e muitas vezes ficava de lado, enquanto Tião (José Mayer) era o autor das maiores vilanias da trama, enfrentando todos e mandando executar seus inimigos. Ela guardava vários segredos e todo esse mistério em volta da matriarca da família Leitão era mantido escondido pelos autores.

Com as mudanças no roteiro, os 'sigilos' de Mag foram quebrados mais cedo e a sua verdadeira face foi mostrada para o público. O intuito era, claramente, deixá-la como uma figura dúbia por um bom tempo, mas as mexidas na história fizeram a grande vilã ser completamente exposta assim que o seu caso de 20 anos com Ciro (Thiago Lacerda) foi revelado.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Bárbara França é uma grata revelação de "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz"

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" estreou no final de agosto e desde então tem sido possível observar um bom enredo, principalmente se comparado com a fraca temporada passada, escrita pelo mesmo Emanuel Jacobina. O principal acerto é o núcleo central, envolvendo Ricardo (Marcos Pasquim), o dono da Academia Forma. Tudo que está ligado a ele desperta atenção, vide a sua relação conturbada com as três filhas, seu romance com Tânia (Deborah Secco), o desgaste com a namorada Tita (Paula Possani), a rivalidade com o ex-amigo Caio (Thiago Fragoso) e a descoberta da filha Joana (Aline Dias). Mas entre todos os pontos da trama principal, há um que merece uma menção especial: o desempenho de Bárbara França.


A intérprete da vilã Bárbara, ironicamente o seu nome real, se sobressaiu logo na estreia, já prometendo bons momentos no seriado adolescente. E a promessa vem sendo cumprida com louvor. A personagem é riquíssima, cheia de nuances, proporcionando para a atriz ótimas cenas. Não é apenas um perfil malvado, pois há todo um contexto explicativo para a sua personalidade nada fácil. A irmã de Juliana (Giulia Gayoso) e Manuela (Milena Melo) tem uma relação de extrema carência com o pai, fazendo de tudo para ter aprovação ou reconhecimento do seu esforço ---- ela trabalha na academia e é o braço direito dele. A ausência da mãe (já falecida), com quem era muito ligada, a afeta e o seu relacionamento amoroso com Gabriel (Felipe Roque) é de insegurança, refletindo um ciúme intenso e tentativa de posse.

Todas essas características engrandecem o papel, provocando várias vezes uma compreensão pelas suas motivações. Muitas de suas atitudes não têm justificativa, mas têm explicação. E quando isso ocorre é sinal claro da densidade do perfil. O conjunto que a cerca sempre foi desenhado e vem sendo bem desenvolvido pelo autor desde a estreia, valorizando a intérprete.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Juliana Silveira foi um bom destaque do elenco de "A Terra Prometida"

Nesta semana, foi ao ar uma sequência muito aguardada de "A Terra Prometida": a queda das muralhas de Jericó. A prévia da cena já havia sido mostrada na estreia da novela, no dia 5 de julho, antes do enredo retroceder no tempo, exibindo tudo o que ocorreu antes da chegada de Josué (Sidney Santiago) com o povo hebreu. Os momentos de batalha honraram a boa audiência (17/18 pontos), culminando ainda em uma quase mudança de fase. Afinal, muitos personagens importantes morreram e novos estão entrando. E um dos perfis vitimados foi a rainha de Jericó, vivida por Juliana Silveira.


A atriz foi um dos destaques da trama bíblica, mostrando mais uma vez o seu conhecido talento. Kalesi foi uma vilã extremamente caricata, parecendo as bruxas de peças infantis. Tudo era 'over': tanto a vestimenta, quanto as situações que protagonizava e o texto que proferia. Juliana seguiu o que foi imposto: imprimiu uma interpretação quase teatral e cumpriu a sua missão com louvor. Seria bem mais proveitoso se o papel tivesse um tom a menos, porém, a direção de Alexandre Avancini não quis assim e nem o autor Renato Modesto. Ou seja, a intérprete corria uma avalanche de riscos.

Mas Juliana conseguiu se sair muito bem na complicada empreitada. Apesar das inúmeras armadilhas que a personagem lhe impunha constantemente (muitas cenas eram exageradas demais), a atriz se destacou positivamente e foi um dos trunfos do elenco.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Flávia Alessandra repete boa parceria com Walcyr Carrasco e se destaca em "Êta Mundo Bom!"

Ela estreou na televisão em "Top Model" (1989), graças ao concurso de novas atrizes que o "Domingão do Faustão" promoveu na época, onde Adriana Esteves também foi revelada. Desde então participou de várias novelas, como "História de Amor", "A Indomada", "Meu Bem Querer", "Porto dos Milagres" e "O Beijo do Vampiro", entre outras. Porém, foi graças a Walcyr Carrasco que Flávia Alessandra se firmou de vez na carreira, mostrando a ótima atriz que é. O autor iniciou uma bem-sucedida parceria com a intérprete em "Alma Gêmea", lhe presenteando com seu melhor papel (a diabólica Cristina), e agora os dois novamente estão juntos em "Êta Mundo Bom!".


A atriz ganhou a ambiciosa Sandra, a grande vilã do atual fenômeno das seis. A personagem tem algumas semelhanças evidentes com Cristina, como os cabelos e o estilo elegante de se vestir. O objetivo do autor, por sinal, foi esse mesmo, pois a novela que marca seu retorno ao horário que o consagrou tem todos os elementos já usados por ele nos seus outros folhetins das 18h. Entretanto, há também diferenças claras entre os perfis. A víbora de "Alma Gêmea" era impulsiva e ficava vulnerável sem a mãe do lado planejando seus próximos passos, além de ter um completo descontrole emocional.

Sandra é uma mulher fria e calculista. Mais contida, se comparada com a sua semelhante, e idealizadora de tudo o que faz. Não precisa de uma mãe para lhe dar ordens. Tem o poder da manipulação e só está preocupada com o dinheiro, ao contrário de Cristina, que tinha uma obsessão pelo mocinho. Flávia Alessandra vem brilhando desde a estreia, conseguindo explorar com talento as similaridades e as diferenças que unem e separam sua segunda grande vilã da primeira.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Nathalia Dill diverte na pele da mimada Branca em "Liberdade Liberdade"

A atual novela das onze tem apresentado um bom enredo e os conflitos em torno da destemida Joaquina (Andreia Horta) vêm despertando atenção, evidenciando o trabalho do autor Mário Teixeira e o grande desempenho do elenco, muito bem escalado. Entre os atores do ótimo time formado, inclusive, há uma Nathalia Dill em grande momento, interpretando com visível competência uma menina deslumbrada e que tem como único objetivo na vida se casar, despertando o respeito da sociedade de 1808.


Branca é uma espécie de patricinha do século XVIII. Arrogante, fútil e preocupada apenas com seu próprio umbigo, a personagem vomita ideias conservadoras e preconceituosas o tempo todo, expondo uma constante hipocrisia, pois não se preocupou com 'sua honra' quando resolveu transar com o noivo Xavier (Bruno Ferrari) várias vezes mesmo antes de se casar, por exemplo. A menina tem no seu 'futuro marido' uma verdadeira fixação, vivendo praticamente em função dele. Para culminar, ainda faz de tudo para a família realizar suas vontades, se comportando como uma criança birrenta.

O perfil não chega a ser uma grande vilã e tem a comicidade como o seu principal ponto de apoio. É justamente o humor que faz de Branca um dos destaques da trama, proporcionando para Nathalia Dill momentos impagáveis, muito bem aproveitados por ela. A personagem começou timidamente na novela, com poucas cenas, mas foi crescendo à medida que as semanas se passavam.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Paolla Oliveira brilha na pele da dissimulada Melissa em "Além do Tempo"

O ano de 2015 tem sido ótimo para Paolla Oliveira. Em janeiro, ela brilhou absoluta na minissérie "Felizes para sempre?", onde interpretou a prostituta Danny Bond, o seu melhor papel na carreira até agora. Seis meses depois, a atriz entrou em "Além do Tempo" e, desde então, vem se destacando no folhetim das seis, na pele da dissimulada Melissa, uma típica vilã que faz de tudo para separar o casal de mocinhos ----- no caso, Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso).


Na primeira fase da trama de Elizabeth Jhin, Paolla imprimiu um tom caricato, perfeitamente apropriado para uma espécie de 'patricinha' do século XIX. Filha da interesseira Dorotéia (Júlia Lemmertz) e irmã do malandro Roberto (Rômulo Estrela), a vilã tinha um tom afetado e vivia dando chiliques em meio a diversas situações, sempre quando suas vontades não eram cumpridas. A personagem, de grande destaque, sempre aparecia impecavelmente vestida e era um poço de beleza, mas transbordava futilidade.

A atriz conseguiu dominar bem o papel, escrito com competência pela autora, e ainda soube aproveitar os traços de comicidade involuntária da vilã, sempre quando a personagem estava junto da mãe e do irmão ---- eram nesses momentos que ela se mostrava exatamente do jeito que era, sem máscaras.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Irene Ravache: o grande nome de "Além do Tempo"

O elenco de "Além do Tempo" é muito bem escalado. São vários nomes de talento e diversos destaques. Entretanto, o principal trunfo da novela das seis é a presença da grandiosa Irene Ravache, vivendo a temida Condessa Vitória, uma vilã e tanto. A personagem foi construída com competência pela autora Elizabeth Jhin e a escalação foi simplesmente perfeita. Desde que o folhetim estreou, tem sido um prazer acompanhar o desempenho de uma das melhores intérpretes do país.


A Condessa é uma mulher fria, arrogante e intolerável. A poderosa mulher do século XIX não perdoa quem a afronta e humilha todos que a cercam, principalmente os empregados, tratados feito lixo. É a típica vilã de um clássico dramalhão. A personagem também faz questão de mandar na vida do sobrinho-neto, o Conde Felipe (Rafael Cardoso), e, no passado, foi a responsável pelo desaparecimento do próprio filho. Isso porque o Conde Bernardo (Felipe Camargo) se envolveu com a saltimbanco Alegra (Ana Beatriz Nogueira), para o seu desgosto.

A víbora armou um plano para matar a 'futura nora' em um 'acidente' de carruagem, mas caiu na própria armadilha quando descobriu que o filho havia entrado no veículo, e não o seu alvo. Desde então, iniciou uma saga em busca de Bernardo e nunca mais 'perdoou' Emília, mesmo sendo ela a culpada pelo desaparecimento.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A saída de Drica Moraes, o talento de Marjorie Estiano e a polêmica substituição em "Império"

A equipe de "Império" passou por um momento tenso na primeira semana de dezembro. O terror de todo novelista aconteceu com Aguinaldo Silva: uma de suas principais atrizes precisou se afastar da novela por problemas de saúde. A grande Drica Moraes --- que já havia desmaiado algumas semanas antes nas gravações --- precisou ser afastada após apresentar um quadro de labirintite e quando voltou a trabalhar estava afônica, sem poder gravar. O médico, então, recomendou o seu afastamento e todos, obviamente, concordaram. Mas para evitar um desastre na novela, o autor resolveu rapidamente o problema trazendo Marjorie Estiano de volta.


A intérprete da Cora na primeira fase de "Império" foi chamada às pressas pela produção e topou na hora. Só pediu para enviarem os capítulos. O resultado de todo este imbróglio foi a gravação de uma cena em tempo recorde, onde a atriz conseguiu decorar o texto em menos de 24h e ainda incorporou a vilã com todos os trejeitos de Drica Moraes. Marjorie conseguiu o que parecia impossível: apagar completamente a personagem que viveu nos primeiros capítulos da trama e imprimir um novo tom interpretativo, muito mais condizente com o que a sua parceira estava fazendo até se afastar das gravações.

O resultado ficou impecável e a cena onde Cora se humilha pelo amor de José Alfredo (Alexandre Nero) foi brilhantemente defendida pela atriz. Suas expressões faciais e corporais, tanto na hora que Cora tira o véu que cobria seu rosto, quanto no momento que bebe e se insinua para o comendador, foram precisas e evidenciaram o imenso talento desta profissional, que foi elogiada por Aguinaldo e Rogério Gomes.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Giovanna Rispoli se destaca na pele da vilãzinha Cláudia em "Boogie Oogie"

Foi possível perceber que Giovanna Rispoli tinha talento assim que a menina apareceu na televisão na primeira fase da novela "Em Família", interpretando a malvada Shirley ----- vivida posteriormente por Alice Wegmann e Vivianne Pasmanter. Agora, aos 12 anos, a atriz-mirim está se destacando positivamente como a dissimulada e interesseira Cláudia, em "Boogie Oogie".


A filha caçula de Elisio (Daniel Dantas) e Beatriz (Heloísa Périssé) é uma verdadeira peste e não mede esforços para conseguir o que quer. Sonsa e arrogante, a garota manipula o irmão Otávio (José Victor Pires) constantemente e não tem medo da bronca dos pais. Desde o primeiro capítulo já foi possível observar que aquela menina seria responsável por várias sequências atrativas e nada compatíveis com a sua idade, afinal, é apenas uma criança.

Em meio ao período do 'politicamente correto', é um avanço e tanto uma novela ter uma vilã-mirim, principalmente levando em consideração que Manoel Carlos não conseguiu atingir este objetivo na época de "Viver a Vida". Em 2010, o autor tentou emplacar uma criança má na sua história através da Rafaela (Klara Castanho), filha de Dora (Giovanna Antonelli).

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Vivendo sua primeira vilã, Juliana Silveira se destaca em "Vitória"

A audiência de "Vitória" não é nada animadora e a Record segue preocupada com os cinco pontos de média que a trama de Cristianne Fridmann vem marcando. Mas a emissora tem sua parcela de culpa, pois colocá-la para concorrer com a principal novela da Globo é um erro. A trama em si, verdade seja dita, não é tão atrativa quanto prometia nos primeiros capítulos. Entretanto, a produção tem sido muito benéfica para uma atriz que mostrou talento desde que surgiu na televisão: Juliana Silveira.


A atriz ganhou sua primeira vilã e está aproveitando a chance dada pela autora. Ela interpreta Priscila, uma mulher que persegue gays, judeus e negros. Líder de um grupo neonazista, a personagem é linda, elegante, culta e usa de extrema violência para impor sua ideologia, sem despertar suspeitas. Isso porque, ironicamente, a mulher tem doutorado em história e ainda é dona de uma escola particular. A bela sacada de Cristianne contribuiu para deixar este perfil interessante, além de cercá-lo com uma vida hipócrita, que nada tem a ver com sua conduta real.

Logo nos primeiros capítulos, a personagem matou um flanelinha e explodiu um ônibus que transportava nordestinos. A trama é forte e, segundo pesquisas divulgadas, despertou rejeição do público, entretanto, a ideia da autora foi válida e bem ousada, principalmente em um folhetim.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Marjorie Estiano: o grande destaque da primeira fase de "Império"

A estreia de "Império" foi promissora. A primeira fase da novela já estava prometendo com atrativas chamadas e os quatro capítulos correspondentes honraram as qualidades apresentadas. Reginaldo Faria e Regina Duarte fizeram excelentes participações, Chay Suede convenceu na pele de José Alfredo jovem, enquanto que Vanessa Giácomo deu um show vivendo a doce e sofrida Eliane, não lembrando em nada a demoníaca Aline, de "Amor à Vida". Mas entre todas estas boas atuações, é preciso fazer jus ao desempenho grandioso de uma atriz que mais uma vez comprovou sua competência: Marjorie Estiano.


Escalada para viver a vilã Cora na primeira fase, Marjorie honrou a confiança de interpretar uma das personagens mais importantes da história de Aguinaldo Silva e que já está sendo interpretada pela grande Drica Moraes na segunda fase, iniciada nesta quinta-feira (24/07). Assim que surgiu no primeiro capítulo, a atriz já mostrou que roubaria a cena na pele de um perfil muito bem construído pelo autor. E de fato roubou.

Rancorosa, amargurada e fria, a personagem não pode ser classificada como uma simples vilã. Afinal, apesar de todas as características citadas e de ter arruinado o romance de Eliane com o cunhado José Pedro, a mulher mostrou uma preocupação extrema por sua irmã, a defendeu do agressivo marido (Evaldo - Thiago Martins) e,