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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

"Alma Gêmea" foi a melhor novela da Globo em 2024

 A Globo acertou em cheio com a reprise de "Alma Gêmea", que acaba nesta semana. Escrita por Walcyr Carrasco, a história foi uma das melhores novelas do autor e um dos maiores fenômenos de audiência do horário das seis. A trama chegou a marcar impressionantes 53 pontos, com picos de 56, no último capítulo, índice inimaginável na época, e impossível de ser alcançado hoje em dia até mesmo em uma novela de horário nobre. A história de época que tinha a reencarnação como tema central conquistou o público e foi um grande sucesso.


Logo no primeiro capítulo (exibido no dia 20 de junho de 2005), Luna (Liliana Castro), grande amor da vida do floricultor Rafael (Eduardo Moscovis) ---- que criou uma espécie de rosa branca especialmente para a amada ----, leva um tiro durante um assalto (planejado pela invejosa Cristina para ficar com as joias da prima) e morre, para o desespero do florista e da mãe (Agnes - Elizabeth Savalla) da pianista. Mas o sentimento que unia o casal era tão intenso que a mulher voltou na pele de uma índia (Serena - Priscila Fantin), para reencontrar o amor de sua vida.

Vinte anos se passam, e aquela criança, que nasceu em uma aldeia indígena, vira uma bela mulher. Já Rafael segue amargurado com a vida e infeliz sem Luna ----- apesar de ser constantemente cortejado por Cristina (Flávia Alessandra) ----- e se fecha em seu mundo de sofrimento e solidão, mesmo tendo um filho (Felipe - Sidney Sampaio) com sua falecida mulher.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Sucesso da reprise de "Alma Gêmea" prova que o público sente falta de novelas espíritas

 A reprise do fenômeno de Walcyr Carrasco, exibido entre 2005 e 2006, está perto de seu fim. "Alma Gêmea" mais uma vez repetiu o imenso sucesso e por muitas vezes foi o assunto mais comentado nas redes sociais, além de ter sido a responsável pela elevação da audiência da Globo, que teve sua grade noturna bastante beneficiada com os bons números. Aliás, em alguns dias a reexibição teve picos maiores no Ibope que os de "Mania de Você", novela das nove que vem fracassando. E os motivos para o êxito da aclamada história são muitos, sendo um deles a temática do espiritismo. 


O autor conseguiu uma mescla perfeita de dramalhão clássico com humor pastelão, tendo como pano de fundo o universo espírita e uma premissa de reencarnação envolvendo a mocinha da trama. O trágico assassinato de Luna (Liliana Castro) durante um assalto marca o primeiro capítulo de "Alma Gêmea" e o desespero de Rafael (Du Moscovis) faz a alma da protagonista voltar quase que imediatamente depois do início de sua passagem em uma sequência impactante, com direito a efeitos especiais avançados para a época. A partir de então, nasce Serena (Priscila Fantin) e o envolvente enredo é iniciado de fato. 

Recentemente, foi ao ar a cena antológica em que Débora (Ana Lucia Torre em seu melhor papel na carreira) bebe o extrato de dedaleira que colocou na bebida planejada para Rafael beber, sendo vítima não só do próprio veneno, quanto da própria obsessão com arrumação, uma vez que fez da vida do mordomo Eurico (Ernesto Piccolo) um inferno.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Flávia Alessandra e Ana Lucia Torre formaram uma dupla irretocável em "Alma Gêmea"

 A reprise de "Alma Gêmea" no "Vale a Pena Ver de Novo" está em plena reta final. A novela das seis exibida em 2005 foi um dos maiores fenômenos de Walcyr Carrasco. Muitas vezes tinha mais audiência que a trama das nove na época. Por ironia do destino, o mesmo tem acontecido com a atual reprise, que se tornou o maior sucesso da Globo e já chegou a picos de audiência maiores que os de "Mania de Você". O canal acertou em cheio ao reprisá-la e um dos maiores trunfos da história é a dupla formada por Flávia Alessandra e Ana Lucia Torre. 


Não é exagero afirmar que Débora e Cristina foram as vilãs mais perversas da história do horário das 18h. As maldades cometidas por mãe e filha eram dignas de horário nobre. Aliás, algumas vilanias não seriam exibidas nem às 21h atualmente em meio a tantas restrições (algumas infundadas). A vilã brilhantemente interpretada por Flávia foi a responsável indireta pelo assassinato de Luna, já que mandou seu comparsa Guto (Alexandre Barillari) roubar as joias da prima e o crime resultou em um tiro fatal na mocinha. 

Cristina era movida pela passionalidade. Não pensava nas consequências dos seus atos na hora de agir. Sempre o impulso falava mais alto e a morte de Luna foi a maior prova. Já sua mãe representava a frieza. Calculista e ambiciosa, Débora usava a filha para realizar seus planos.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

"Cheias de Charme" é uma delícia de novela, mas perde o fôlego pelo caminho

 "Cheias de Charme" foi um dos maiores fenômenos da Globo. A novela que marcou a estreia de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira como autores fez um baita sucesso em 2012, recebeu uma avalanche de elogios, tanto de público quanto da crítica, e sua repercussão foi a melhor possível. Até hoje é lembrada com carinho. Sua primeira reprise foi exibida entre 2016 e 2017 no "Vale a Pena Ver de Novo" e a segunda reexibição entrou na faixa chamada de 'especial' da emissora --- pertencente ao extinto "Vídeo Show" --- em março deste ano, chegando ao fim nesta sexta.


A novela, dirigida por Denise Saraceni, foi uma trama colorida, recheada de personagens carismáticos e soube utilizar a internet a seu favor, fazendo da dita 'concorrente' da televisão uma aliada poderosa. O clipe 'Vida de Empreguete' foi colocado no site da novela ao mesmo tempo que 'vazou' na história e o resultado foi simplesmente mais de doze milhões de acessos, em uma época onde o termo chamado 'transmídia' ainda era novidade. A própria Globo não tinha muita familiaridade com o uso de redes sociais e os sites das novelas eram precários. O Gshow nem existia. A produção inaugurou uma nova era para a empresa e deu muito certo. As músicas 'Vida de Empreguete', 'Maria Brasileira', 'Xote da Brabuleta', entre outras, fizeram sucesso dentro e fora da ficção.

A saga de Cida (Isabelle Drummond), Rosário (Leandra Leal) e Penha (Taís Araújo) caiu na boca do povo. Os autores souberam aproveitar os programas da emissora e as empreguetes se apresentaram em quase todas as atrações da casa --- "Domingão do Faustão", "Mais Você" e "Encontro com Fátima Bernardes" foram alguns deles. Ainda na mistura de ficção e realidade, no último capítulo, Cida lançou um livro baseado nos contos do seu diário e a obra também foi vendida em todas as livrarias do país, em uma época em que as lojas físicas não eram ameaçadas pelo mercado online.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

"Paraíso Tropical" foi uma novela injustiçada

 O Viva reprisou "Paraíso Tropical" em 2021 e três anos depois foi a vez da Globo reexibi-la no "Vale a Pena Ver de Novo". A reprise chegou ao fim nesta sexta-feira (03/05). A novela foi exibida em 2007 e sofreu um forte rejeição inicial. Isso porque o casal de mocinhos não emplacou e o enredo não prendeu o telespectador. No entanto, ao longo dos meses, os autores conseguiram reverter a dificuldade e emplacaram a história, que chegou ao fim como um grande sucesso. 


A verdade é que a novela nunca foi ruim, nem mesmo no período que sofreu rejeição da audiência. O conjunto se mostrou muito bem estruturado desde o começo e impressiona como todos os núcleos têm atrativos e se complementam. Há uma gama de personagens construídos com densidade e vários enfrentam conflitos convidativos, principalmente os vilões --- há vários no enredo e todos responsáveis por boas movimentações nos núcleos. 

A produção marcou o início da parceria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Ricardo já tinha colaborado com o veterano no sucesso "Celebridade", de 2003, mas "Paraíso Tropical" foi sua estreia como autor titular ao lado de Braga. Embora a dupla tenha penado com a audiência nos meses iniciais, o resultado foi positivo. Escreveram um novelão.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Bebel e Olavo foram a sensação de "Paraíso Tropical"

 A reprise de "Paraíso Tropical" no "Vale a Pena Ver de Novo" reforçou todas as qualidades da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho. A trama teve muitos acertos e impressiona rever como o rodízio dos núcleos eram bem realizados, proporcionando um destaque de todos. Mas o folhetim não ficou na memória do grande público. A história sofreu uma rejeição inicial em 2007 e os autores só conseguiram reverter a situação com algumas mudanças no enredo, entre elas o maior destaque para o casal Bebel e Olavo. 


Os vilões acabaram tomando o lugar dos mocinhos, que fracassaram logo no início por conta da construção equivocada e muito apressada do romance. Fábio Assunção e Alessandra Negrini tiveram um ótimo desempenho e a culpa do fiasco do amor de Daniel e Paula não foi deles. Mas os intérpretes foram inevitavelmente ofuscados por Camila Pitanga e Wagner Moura. Até porque Gilberto e Ricardo foram muito mais hábeis no envolvimento do grande vilão da história com a garota de programa que sempre sonhou com uma vida de luxo. 

Olavo foi inicialmente apresentado como um típico malvado maniqueísta. Não havia um contexto para a personalidade egocêntrica e arrogante do sujeito que sempre quis destruir Daniel na empresa de Antenor Cavalcante (Tony Ramos). O empresário nutria inveja pelo rival, principalmente por conta da relação de carinho que Antenor e Ana Luísa (Renée de Vielmond) tinham com o 'filho do caseiro'.

quarta-feira, 6 de março de 2024

"Mulheres de Areia" repetiu o sucesso em sua terceira reprise

 No dia 1º de fevereiro, a estreia de "Mulheres de Areia" completou 31 anos. O remake da saudosa Ivani Ribeiro, com direção de Wolf Maya, foi um imenso sucesso e marcou a carreira de vários atores que participaram da produção. Foram muitos personagens emblemáticos e a história arrebatou o público da mesma forma como ocorreu em 1974, quando foi exibida a versão original protagonizada por Eva Wilma. A novela foi reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" duas vezes: entre novembro de 1996 e abril de 1997, e entre setembro de 2011 e março de 2012. A sua terceira reprise estreou em 26 de junho de 2023, no início das tardes, em uma faixa que até hoje não foi nomeada pela Globo. 


A trama central aborda a clássica rivalidade de duas irmãs gêmeas que, embora fisicamente idênticas, têm personalidades completamente distintas. Gloria Pires brilhou absoluta interpretando Ruth e Raquel em uma época onde os efeitos visuais ainda estavam engatinhando, o que provocava um trabalho ainda maior nas cenas que necessitavam da presença das irmãs juntas. A doce Ruth é uma mulher tímida que volta para a fictícia cidade Pontal D`Areia, após dar aulas para alunos em uma fazenda do interior. Raquel (que tem um caso com o malandro Wanderley - Paulo Betti) é uma mulher ambiciosa e extremamente sedutora que tem como principal objetivo de vida ficar rica sem fazer esforço.

As duas são filhas de Isaura (Laura Cardoso) e Floriano (Sebastião Vasconcellos), humildes pescadores que lutam para ter uma vida digna. A mãe tem uma clara predileção por Raquel, enquanto que o pai se identifica com Ruth.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Lucas e Ana Luísa conquistaram o público em "Paraíso Tropical"

 O Viva reprisou "Paraíso Tropical" em 2021 e a Globo colocou a novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares no "Vale a Pena Ver de Novo" três anos depois. A segunda reprise mostra novamente como a obra é bem estruturada e movimentada. Tudo através de planejados ciclos que se abrem e fecham ao longo das semanas em um esquema de rodízio onde todos os personagens acabam sendo bem aproveitados. E uma das gratas surpresas da trama na época, exibida em 2007, foi o casal formado por Lucas e Ana Luísa. 


Interpretados por Rodrigo Veronese e Renée de Vielmond, respectivamente, os personagens só se conheceram após algumas semanas de novela no ar. E a química foi imediata. Isso porque Ana Luísa caiu nas graças do público já no início. A esposa do poderoso Antenor Cavalcante (Tony Ramos) já começa a história sendo enganada pelo marido, que a trai com várias mulheres, incluindo uma amante 'fixa', Fabiana, vivida por Maria Fernanda Cândido. Não foi difícil o telespectador logo se afeiçoar pela ricaça, que esbanja delicadeza e elegância. 

O primeiro encontro com Lucas, melhor amigo do mocinho Daniel (Fábio Assunção), se dá, ironicamente, após uma suspeita (correta) que Ana tem sobre a fidelidade do esposo. Os dois se esbarram em uma galeria de arte e a troca de olhares promove o clichê mais comum na teledramaturgia. O jovem se encanta e a milionária fica balançada.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

"Chocolate com Pimenta": quinta exibição, quinto sucesso

 Exibida entre 8 de setembro de 2003 e 7 de maio de 2004, "Chocolate com Pimenta" foi um dos grandes sucessos de Walcyr Carrasco no horário das seis e completou 19 anos em 2023. A novela obteve tanto êxito quanto "O Cravo e a Rosa", "Alma Gêmea" e "Êta Mundo Bom!", outras três produções do autor que foram estrondosos sucessos às 18h. A trama que tinha uma fábrica de chocolates como foco principal conquistou o público e já foi reprisada duas vezes no "Vale a Pena Ver de Novo" ----- em 2006 e 2012 ---- e uma no Canal Viva (em 2020). Em 2023, ganhou uma quarta reprise logo após o "Jornal Hoje", faixa do extinto "Vídeo Show" e chamada pela Globo de 'especial' porque até hoje não criou um título decente. A quarta exibição chega ao fim nesta sexta-feira, dia 30. 


Walcyr escreveu uma deliciosa comédia romântica passada em 1920, onde a protagonista era uma mocinha humilde, ingênua e desengonçada que vai morar na cidade de Ventura com uma parte da família que não conhece, após perder o pai assassinado por grileiros no sul do país ---- família composta por caipiras que moram em uma fazenda. Não demora muito para a mocinha se sentir acolhida. Entretanto, seu estilo brejeiro provoca repulsa nos moradores preconceituosos do lugar.

Interpretada lindamente por Mariana Ximenes, Ana Francisca, mesmo com seu jeito atrapalhado e visual risível, despertou atenção do galanteador Danilo (Murilo Benício) ---- sobrinho do prefeito (Vivaldo - Fúlvio Stefanini) ----, o homem mais cobiçado da cidade, alvo de várias meninas do colégio onde estudava.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

"O Rei do Gado" expõe a essência de toda novela de Benedito Ruy Barbosa

 A quarta reprise de "O Rei do Gado" chegou ao fim na sexta-feira retrasada, dia 2 de junho. E foi um quarto sucesso. Um dos maiores êxitos de Benedito Ruy Barbosa começou a ser reexibido em novembro do ano passado e foi crescendo gradativamente na audiência. Na reta final, ultrapassou várias vezes "Amor Perfeito", folhetim das seis inédito da Globo. A emissora tinha reprisado a produção em duas ocasiões: em 1999 e, em 2015, na comemoração dos 50 anos do canal. A novela também foi transmitida pelo Canal Viva em 2011. É um fenômeno incontestável. 


A tradicional trama do ódio entre duas famílias, cujo conflito é aumentado com o amor nascido entre seus herdeiros, conquistou o público. A rivalidade entre os Mezenga e os Berdinazzi era o eixo central da primeira fase da trama (passada em 1943), que durou sete capítulos e foi impecável. Antônio Fagundes e Tarcísio Meira protagonizaram ótimos embates e os fazendeiros que se odiavam foram brilhantemente interpretados por eles.

 Antônio Mezenga e Giuseppe Berdinazzi eram homens poderosos, determinados e extremamente passionais. Defendiam seus interesses com unhas e dentes e a principal razão da grande rivalidade entre eles era a faixa de terra que ficava na divisa das duas fazendas ----- cada um era dono de um cafezal. Mas os eternos rivais não contavam que seus filhos se apaixonassem.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

"O Rei do Gado" sempre vale a pena ver de novo

 Um dos maiores sucessos de Benedito Ruy Barbosa começa a ser reexibido no "Vale a Pena Ver de Novo" nesta segunda-feira (07/11). "O Rei do Gado" é um dos grandes clássicos da teledramaturgia e um dos trabalhos mais elogiados do autor. Mas não é a primeira reprise. A Globo já reprisou a produção em duas ocasiões: em 1999 e em 2015 na comemoração dos 50 anos de emissora. A novela também foi transmitida pelo Canal Viva em 2011. Ou seja, é a quarta vez que a história é contada para o público. Agora a decisão foi tomada em virtude do recente sucesso do remake de "Pantanal", escrito pelo mesmo Benedito.


 A tradicional história do ódio entre duas famílias, cujo conflito é aumentado com o amor nascido entre seus herdeiros, foi abordada pelo autor e conquistou o público. A rivalidade entre os Mezenga e os Berdinazi era o eixo central da primeira fase da trama (passada em 1943), que durou sete capítulos e foi impecável. Antônio Fagundes e Tarcísio Meira protagonizaram ótimos embates e os fazendeiros que se odiavam foram brilhantemente interpretados por eles.

 Antônio Mezenga e Giuseppe Berdinazi eram homens poderosos, determinados e extremamente passionais. Defendiam seus interesses com unhas e dentes e a principal razão da grande rivalidade entre eles era a faixa de terra que ficava na divisa das duas fazendas ----- cada um era dono de um cafezal. Mas os eternos rivais não contavam que seus filhos se apaixonassem.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Reprise de "O Beijo do Vampiro" no Viva matou a saudade da última boa novela de Antônio Calmon

 A ousadia de Antônio Calmon lhe rendeu um estrondoso sucesso, em 1991, com a novela "Vamp". A trama que falava de vampiros e tinha um clima totalmente 'thrash' marcou a teledramaturgia e até hoje é lembrada pelo público saudosista. Em 2002, onze anos depois, o autor resolveu reviver a temática e escreveu "O Beijo do Vampiro", que fez uma legião de fãs, conquistados com a 'nova geração' vampiresca integrante da última boa novela de Calmon. A produção sempre foi uma das mais pedidas na internet para ser reprisada, mas como não foi um sucesso de audiência o desejo nunca foi realizado pela Globo. No entanto, o canal Viva, após ter lançado uma nova faixa de reprises, finalmente colocou a novela no ar.


 A reexibição, que está em sua última semana, reforçou todas as qualidades da história muito bem estruturada por Calmon. Muitos tinham até o receio da chamada memória afetiva ser a responsável pela saudade da produção e se decepcionar com a reprise. Mas a produção envelheceu muito bem. A trama, dirigida pelo saudoso Marcos Paulo, virou uma febre e teve até álbum de figurinhas. As crianças e os adolescentes foram os principais fãs do folhetim, que teve um grandioso elenco, personagens cativantes e uma enredo bem construído, repleto de efeitos especiais considerados ousados para a época. Um enredo de amor, entremeado por elementos sobrenaturais, drama, humor e a clássica luta do bem contra o mal foram as principais marcas do folhetim.

 A trama começa no século XII, com o vampiro Bóris Vladesco (Tarcísio Meira) se apaixonando perdidamente pela princesa Cecília (Flávia Alessandra), que vive um romance com o conde Rogério (Thiago Lacerda). No dia do casamento da princesa com o conde, o vampiro mata o noivo de seu grande amor em um duelo, assim como toda sua família.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Reprise de "Alma Gêmea" no Viva repete o êxito de um dos maiores fenômenos de Walcyr Carrasco

 O Canal Viva acertou em cheio com a reprise de "Alma Gêmea", que está em plena reta final. Escrita por Walcyr Carrasco, a história foi uma das melhores novelas do autor e um dos maiores fenômenos de audiência do horário das seis. A trama chegou a marcar impressionantes 53 pontos, com picos de 56, no último capítulo, índice inimaginável na época, e impossível de ser alcançado hoje em dia até mesmo em uma novela de horário nobre. A história de época que tinha a reencarnação como tema central conquistou o público e foi um grande sucesso.


Logo no primeiro capítulo (exibido no dia 20 de junho de 2005), Luna (Liliana Castro), grande amor da vida do floricultor Rafael (Eduardo Moscovis) ---- que criou uma espécie de rosa branca especialmente para a amada ----, leva um tiro durante um assalto (planejado pela invejosa Cristina para ficar com as joias da prima) e morre, para o desespero do florista e da mãe (Agnes - Elizabeth Savalla) da pianista. Mas o sentimento que unia o casal era tão intenso que a mulher voltou na pele de uma índia (Serena - Priscila Fantin), para reencontrar o amor de sua vida.

Vinte anos se passam, e aquela criança, que nasceu em uma aldeia indígena, vira uma bela mulher. Já Rafael segue amargurado com a vida e infeliz sem Luna ----- apesar de ser constantemente cortejado por Cristina (Flávia Alessandra) ----- e se fecha em seu mundo de sofrimento e solidão, mesmo tendo um filho (Felipe - Sidney Sampaio) com sua falecida mulher.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

"O Cravo e a Rosa" afundou "A Hora da Venenosa" e resolveu o maior problema da Globo

 A Globo sempre foi a líder de audiência do país com larga vantagem. Só perde em situações esporádicas e pouco tempo depois volta ao seu posto de sempre. Porém, a emissora estava precisando se acostumar com o segundo lugar na faixa do extinto "Vídeo Show". Há muitos anos que o "Balanço Geral", na Record, vencia a rede dos Marinhos quando o quadro "A Hora da Venenosa", comandado por Fabíola Reipert, entrava no ar em SP. Tinha virado rotina e nada parecia mudar. Até vir a reprise de "O Cravo  a Rosa". 


Assim que a reexibição da primeira novela de Walcyr Carrasco na Globo, exibida em 2001, entrou no ar a resposta foi imediata: derrotou a concorrente. Com pouca diferença, mas venceu. Não demorou para que a distância numérica aumentasse cada vez mais. Agora a Record não chega nem perto da Globo na única faixa que triunfava com facilidade. O folhetim vem alcançando mais de 15 pontos diários, chegando a impressionantes picos de 18, enquanto "A Hora da Venenosa" dificilmente passa dois 6 pontos. Antes era comum o quadro de Fabíola Reipert alcançar cerca de 12 pontos contra 8 da Globo. 

Vale lembrar que o sucesso do programa da Record foi o responsável pelo cancelamento do "Vídeo Show", um dos formatos mais longevos da Globo. Estava há mais de 35 anos no ar. A emissora tentou de tudo para frear o crescimento da concorrente. O péssimo "Se Joga" foi a tentativa mais fracassada. A atração comandada por Fernanda Gentil, Érico Brás e Fabiana Karla era um show de vergonha alheia e nunca ameaçou o quadro de fofocas da jornalista.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

"Páginas da Vida" marcou o início do declínio de Manoel Carlos

 A reprise de "Página da Vida" chegou ao fim nesta sexta-feira, dia 15, no Viva. A reexibição foi um sucesso, o que reforçou a potência das histórias de Manoel Carlos. Na época, entre 2006 e 2007, a trama também teve um ótimo retorno da audiência, após um início conturbado. No entanto, a história marcou o início do declínio do autor, que já não estava mais tão inspirado quanto antes. 

Maneco vinha de três trabalhos que foram, em sequência, um fenômeno de audiência no horário nobre da Globo: "Por Amor", em 1997, "Laços de Família", em 2000, e "Mulheres Apaixonadas", em 2003. A trinca de ouro foi sucesso de público e crítica. Mas "Páginas da Vida" acabou marcada por vários problemas observados pela crítica especializada e uma rejeição inicial do público, o que obrigou o autor a mexer na trama. As alterações surtiram o efeito na audiência. Alguns conflitos receberam mais destaque em detrimento de outros. 

A maior qualidade da novela foi seu núcleo central. A potência do drama protagonizado por Helena (Regina Duarte), Marta (Lilia Cabral), Alex (Marcos Caruso) e Nanda (Fernanda Vasconcellos) arrebatou o público com um clichê irresistível e bem explorado: a gravidez na adolescência que resultou em uma rejeição antológica e um processo de adoção que esbanjou delicadeza. Nanda engravidou fora do país e sua volta ocasionou um embate com sua mãe que nunca foi esquecido pelos telespectadores.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Reprise de "Malhação Sonhos" ressaltou todas as qualidades da temporada que marcou o 1º êxito da dupla Paulo Halm e Rosane Svartman

 No dia 14 de julho de 2014 estreava "Malhação Sonhos", substituindo a fracassada "Malhação Casa Cheia", iniciada em 2013. A partir de então, o público começou a acompanhar uma trama adolescente repleta de tipos críveis, que precisavam enfrentar muitos dilemas e, apesar das inúmeras diferenças de personalidade, tinham algo em comum: todos sonhavam. O sonho era o que movia todos os personagens, sem exceção. A reprise, iniciada em 2021, chegou ao fim nesta sexta-feira, dia 28, fechando o ciclo do seriado adolescente na Globo. 


Escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção de Luiz Henrique Rios e Marcus Figueiredo, a história prendeu a atenção desde o primeiro capítulo. Apesar de ser um seriado adolescente, esta temporada foi voltada para todas as idades, uma vez que abordou diversos assuntos com propriedade, sem subestimar o público. O sucesso alcançado fez jus ao conteúdo de qualidade que foi apresentado. Não ficou devendo a nenhuma ótima novela, cujos gastos de produção são bem maiores. E esta foi praticamente a mesma equipe responsável pela "Malhação Intensa", exibida em 2012/2013, que também conseguiu conquistar o telespectador através de um enredo bem escrito.

A saga de vários jovens que buscavam seus sonhos foi muito bem desenvolvida pelos autores, que conseguiram manter o ritmo da história, evitando maiores enrolações ou estagnação do roteiro. O esquema de rodízio em torno dos casais e dos dramas de cada núcleo foi uma das principais razões para o êxito na condução da história.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

"Paraíso Tropical" foi a melhor novela da dupla Gilberto Braga e Ricardo Linhares

 O Viva resolveu reprisar "Paraíso Tropical", após o sucesso da segunda reexibição de "A Viagem". São folhetins totalmente distintos, mas a reprise, em plena reta final, provou que foi uma boa escolha. A novela foi exibida em 2007 e sofreu um forte rejeição inicial. Isso porque o casal de mocinhos não emplacou e o enredo não prendeu o telespectador. No entanto, ao longo dos meses, os autores conseguiram reverter a dificuldade e emplacaram a história, que chegou ao fim como um grande sucesso. 

A verdade é que a novela nunca foi ruim, nem mesmo no período que sofreu rejeição da audiência. O conjunto se mostrou muito bem estruturado desde o começo e impressiona como todos os núcleos têm atrativos e se complementam. Há uma gama de personagens construídos com densidade e vários enfrentam conflitos convidativos, principalmente os vilões. Aliás, há vários no enredo e todos responsáveis por boas movimentações nos núcleos. 

A produção marcou o início da parceria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Ricardo já tinha colaborado com o veterano no sucesso "Celebridade", de 2003, mas "Paraíso Tropical" foi sua estreia como autor titular ao lado de Braga. Embora a dupla tenha penado com a audiência nos meses iniciais, o resultado foi positivo. Escreveram um novelão.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Anaju Dorigon, Isabella Santoni e Bruna Hamú foram gratas surpresas de "Malhação Sonhos"

 "Malhação" sempre revelou uma grande quantidade de atores. Muitos são aproveitados em novelas, não só da Globo, como da Record e SBT. Os que conseguem se fixar na líder, mostrando talento, vão ganhando cada vez mais destaque na emissora. Claro que há exceções, onde rostinhos bonitos e sem vocação alguma para as artes cênicas acabam ganhando oportunidades sem merecer. Mas muitos deles fizeram jus ao reconhecimento que ganharam. E na fase "Sonhos", exibida em 2014, cuja reprise está em plena reta final, pode-se afirmar que foram três destaques femininos: Bruna Hamú, Isabella Santoni e Anaju Dorigon.


As três foram escaladas para os mais importantes perfis femininos da fase "Sonhos" e todas se mostraram gratas revelações. O elenco da temporada teve um longo trabalho de preparação antes das gravações serem iniciadas e a atitude da equipe se mostrou bastante acertada. Afinal, o resultado visto no ar foi positivo. Bruna, Anaju e Isabella ganharam personagens difíceis e que exigiram muito delas desde a primeira semana de história, iniciada em julho de 2014. 

Bianca, Karina e Jade são garotas de personalidades completamente diferentes e cada uma tem particularidades que, além de diferenciar bem os perfis, servem para evidenciar todos os conflitos internos delas. Enquanto uma ama as artes dramáticas, a segunda descobriu a paixão pela enfermagem, e a outra é apaixonada por muay thai (sonhando ser uma grande lutadora).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Sequestro de Cobra e Jade é uma das melhores viradas de "Malhação Sonhos"

 A reprise de "Malhação Sonhos" se encaminha para sua reta final e uma das melhores viradas vem sendo reexibida. Após a tensa competição do Warriors, "Malhação Sonhos" continuou mantendo o clima de suspense em torno da vida de Cobra (Felipe Simas). Rosane Svartman e Paulo Halm ainda inseriram Jade (Anaju Dorigon) no drama do personagem, que fugiu com ela para um local isolado, escapando das investidas de Heideguer (Odilon Wagner). O casal, então, passou a protagonizar o enredo e foram o foco de todos os eletrizantes acontecimentos dos últimos dias.


Com a ajuda de Edgar (Guilherme Piva), Cobra e Jade conseguiram despistar o grande mentor do esquema das lutas compradas e ficaram perdidos por um tempo em uma floresta. Os momentos protagonizados por eles lembraram o clássico filme "A Lagoa Azul", onde os mocinhos precisam encontrar meios para sobreviver em um local inóspito. Mas depois deste período de 'aventura', o par encontra uma mansão aparentemente abandonada e se instala no casarão. É a partir desta situação que um clima de thriller passa a dominar a história.

O dono do local ficou observando os dois de longe até que se apresentou, se fazendo de amigo. Haroldo (Álamo Facó) era um típico personagem de filme de terror e tinha até um gato preto de estimação, chamado Júnior. Aos poucos, foi possível perceber que aquele homem tinha sérios problemas mentais e criou uma fixação pela Jade, que foi 'escolhida' por ele para ocupar o lugar de sua falecida esposa.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Bebel e Olavo roubaram a cena em "Paraíso Tropical"

 A reprise de "Paraíso Tropical" no Viva tem reforçado todas as qualidades da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho. A trama teve muitos acertos e impressiona rever como o rodízio dos núcleos eram bem realizados, proporcionando um destaque de todos. Mas o folhetim não ficou na memória do grande público. A história sofreu uma rejeição inicial em 2007 e os autores só conseguiram reverter a situação com algumas mudanças no enredo, entre elas o maior destaque para o casal Bebel e Olavo. 

Os vilões acabaram tomando o lugar dos mocinhos, que fracassaram logo no início por conta da construção equivocada e muito apressada do romance. Fábio Assunção e Alessandra Negrini tiveram um ótimo desempenho e a culpa do fiasco do amor de Daniel e Paula não foi deles. Mas os intérpretes foram inevitavelmente ofuscados por Camila Pitanga e Wagner Moura. Até porque Gilberto e Ricardo foram muito mais hábeis no envolvimento do grande vilão da história com a garota de programa que sempre sonhou com uma vida de luxo. 

Olavo foi inicialmente apresentado como um típico malvado maniqueísta. Não havia um contexto para a personalidade egocêntrica e arrogante do sujeito que sempre quis destruir Daniel na empresa de Antenor Cavalcante (Tony Ramos). O empresário nutria inveja pelo rival, principalmente por conta da relação de carinho que Antenor e Ana Luísa (Renée de Vielmond) tinham com o 'filho do caseiro'.