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quarta-feira, 24 de julho de 2024

"Os Outros" impactou e surpreendeu o público

 O que acontece quando todo mundo acha que tem razão? Essa pergunta é o despertar da série Original Globoplay ‘Os Outros’, criada por Lucas Paraizo e com direção artística de Luisa Lima, que estreou no dia 31 de maio de 2023 no Globoplay e migrou para a Globo no dia 18 de abril deste ano. A produção foi um dos maiores sucessos do streaming no ano passado e chega ao fim na grade aberta nesta quinta-feira, dia 25.


No fictício condomínio Barra Diamond, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, duas famílias vizinhas vividas por Cibele (Adriana Esteves) e Amâncio (Thomás Aquino) e Wando (Milhem Cortaz) e Mila (Maeve Jinkings) entram em choque após a briga dos filhos adolescentes, Marcinho (Antonio Haddad) e Rogério (Paulo Mendes). O que poderia ser um desentendimento corriqueiro cresce e desperta reflexões importantes sobre os limites da tolerância, capacidade de escuta e diálogo, compaixão, influência dos pais na criação dos filhos e solução de conflitos na atualidade.

 Ã‰ em busca de segurança e qualidade de vida que a família de Cibele se muda para o condomínio Barra Diamond, após ter vivido de perto a violência em um bairro de subúrbio onde moravam. Seduzidos pelo ideal de felicidade dos grandes residenciais, Cibele e o marido Amâncio estão aliviados em poder oferecer uma condição de vida melhor e uma juventude com mais opções para o filho Marcinho.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Tudo sobre a coletiva de "Pedaço de Mim", nova série da Netflix

 Da janela do apartamento do casal protagonista para o evento de lançamento de Pedaço de Mim: a vista privilegiada de um dos cartões-postais mais deslumbrantes do Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar, foi o cenário de uma conversa sobre a primeira série brasileira de melodrama da Netflix. Na manhã desta terça-feira, com mediação da apresentadora Regina Volpato, os atores Juliana Paes e Vladimir Brichta, o diretor artístico Maurício Farias e a autora e roteirista Angela Chaves contaram detalhes da história, que estreia na próxima sexta-feira, 5 de julho. 


Para Angela, as pessoas vão se identificar com o que a Liana (Juliana Paes) passa a viver dentro de casa. "A trama fala sobre assuntos muito difíceis, sem qualquer tipo de julgamento sobre o comportamento da protagonista. O que interessa, o cerne da história, é a transformação na vida dela depois da violência que sofre. A superfecundação heteroparental, na verdade, é apenas o catalisador de um grande drama familiar", confirma a autora.

Depois da exibição de uma cena em que Liana confronta Oscar, o antagonista vivido pelo ator Felipe Abib, Juliana Paes teve uma reação inusitada e se exaltou com o personagem.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Segunda temporada de "Encantado`s" mantém as qualidades da primeira

 Em meio ao sucesso da primeira temporada de "Encantado`s" no Globoplay --- cuja estreia foi em novembro de 2022 e a exibição na Globo entre maio e junho de 2023 ---, uma segunda já tinha sido encomendada e estreou na plataforma de streaming da emissora em março deste ano. A receptividade do público seguiu em alta e sua entrada na grade da tevê aberta se deu em pouco mais de um mês ---- um intervalo muito menor. E dá para entender todos os motivos para o êxito da série. 


Na primeira temporada, o público conheceu o funcionamento do mercado e da agremiação Joia do Encantado, que dividem o mesmo espaço no estabelecimento da família Ponza, em uma mistura de personagens apaixonados por ambos. De dia, é Olímpia (Vilma Melo) quem administra o comércio, sucesso entre os moradores do bairro, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Quando anoitece, é hora de arrastar as prateleiras e abrir espaço para o samba, a maior inspiração na vida de Eraldo (Luis Miranda). E é encarando as adversidades e levando o dia a dia com leveza que esses irmãos mantêm a união para tocar os negócios herdados pelo pai, Geraldo Ponza, também interpretado por Luis Miranda. 

Depois do desfile apoteótico que emocionou a avenida, Olímpia, Eraldo e toda a turma enfrentam novos desafios. Se a disputa entre os irmãos foi a base da primeira temporada, agora, sem deixar de lado os conflitos da dupla,

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Tudo sobre "Cilada", nova série do Globoplay

 Uma foto duvidosa encaminhada sem querer no grupo da família, uma viagem com amigos tão malas que poderiam fazer parte da bagagem, uma obra interminável no banheiro de casa e uma reunião de condomínio em dia de jogo do seu time de coração. Bruno, personagem interpretado por Bruno Mazzeo, e Debora, personagem vivida por Debora Lamm, passam juntos por essas e outras situações no mínimo desconfortáveis em "Cilada", série original Globoplay. Com estreia marcada para 21 de maio, a comédia de 10 episódios, que serão disponibilizados no mesmo dia, mostra diferentes momentos do dia a dia do casal, que está junto há uma década.  


A nova fase começa dez anos após o último episódio da série original, uma das comédias pioneiras no Multishow, que também foi adaptada e exibida no Fantástico e chegou a virar filme, ‘Cilada.com’ (2011). Nesta nova temporada, o humorístico surge repaginado, com a dupla de protagonistas passando por situações típicas dos tempos atuais, enfrentando os desafios de um casamento em crise, e o Globoplay promoveu a coletiva da série nesta terça-feira, dia 14. Os atores falaram sobre a retomada da trama e o que esperar da nova temporada.

  A história começa com Bruno e Debora decidindo fazer terapia de casal, depois de vários desentendimentos e falhas na comunicação — mesmo em tempos de ultra conectividade. "As pessoas conhecem esses personagens há anos, já viram o Bruno e a Debora em uma série de situações, e agora vão acompanhar o amadurecimento deles como casal estabelecido num relacionamento irritantemente comum.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Tudo sobre a coletiva online de "A Vida Pela Frente", nova série do Globoplay

 A Globo promoveu nesta quarta-feira, dia 14, a coletiva online de "A Vida Pela Frente", nova série do Globoplay em parceria com a Daza Filmes e co-produção do GNT. Participaram as criadoras Leandra Leal, Rita Toledo e Carol Benjamin, além dos atores Jaffar Bambirra, Nina Tomsic, Muse Maya, Lourenço Dantas, Flora Camolese e Henrique Barreira. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Leandra Leal, que atua e dirige a produção, comentou: "Essa série foi gestada há quase uma década por mim, Rita e Carol. E Bruno (Safadi, diretor) é meu parceiro de outros projetos. Ele topou assinar a direção comigo. A série é inspirada e se passa na nossa adolescência, na virada de 1999 para 2000. Tem coisas que vivemos e outras inspiradas. Fala sobre a fase potente de intensidade, descoberta e primeiras vezes. A gente acompanha o último ano do colégio de seis amigos e os anos deles pela frente através de uma dura perda. Tem um acontecimento trágico, mas não se trata só nisso. Fala com muita sensibilidade e crueza sobre o fim da adolescência, mas não é só para adolescentes. Fala sobre o início da vida adulta.", explicou.

Rita Toledo complementou: "Somos três amigas e nos conhecemos na adolescência. Somos apaixonadas pela adolescência como tema. E as questões difíceis que ocorrem nessa época. As dificuldades, as dores, entender quem você é. Na minha adolescência, assisti a filmes e séries que foram muito importantes. Então quero que 'A Vida Pela Frente' seja importante para o público. Tomara que isso aconteça."

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

"Onde Está Meu Coração" é uma série forte e necessária

As gravações de "Onde Está Meu Coração" duraram quase quatro meses e chegaram ao fim em julho de 2019. Desde então, houve uma grande expectativa para a estreia da série. Porém, sempre era adiada para um momento propício. Acabou ficando para 2020, mas veio a pandemia do novo coronavírus e novamente a exibição ficou para depois, mesmo sendo um produto exclusivo para a plataforma de streaming. A produção foi disponibilizada na íntegra na Globoplay em maio de 2021 e teve seu primeiro episódio exibido no dia 3 de maio do mesmo ano, na Globo, após a reprise de "Império". Dois anos depois, entrou para a grade da emissora nesta terça, dia 31, após o "BBB 23". 


A dependência química é uma questão urgente que afeta muitas famílias no Brasil e no mundo, nos dias atuais. A droga não diferencia cor, religião e muito menos classe social. São vidas viradas do avesso e adoecidas, tanto do dependente quanto dos que se relacionam com ele. Tratamento médico especializado e afeto são essenciais na busca da cura. Este é o mote da série escrita por George Moura e Sérgio Goldenberg, autores que já escreveram juntos as primorosas ""O Canto da Sereia" (2013); "Amores Roubados" (2014); o remake de "O Rebu" (2014) e "Onde Nascem os Fortes" (2018).

Dirigida por Luísa Lima (em sua estreia como diretora artística), a série apresenta os conflitos que uma família enfrenta por causa da dependência de drogas da filha primogênita. Na história (ambientada em São Paulo), Amanda (Letícia Colin), uma jovem médica bem-sucedida e idealista, vinda de uma família de classe alta, que se deixa levar pelo prazer fugaz das drogas sem conseguir mais dar conta da sua vida profissional e afetiva.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Tudo sobre a coletiva online de "Rota 66 - A Polícia que Mata", nova série do Globoplay

 A Globo promoveu nesta segunda-feira, dia 19, a coletiva online da nova série do Globoplay: "Rota 66 - A Polícia que Mata", baseada no livro homônimo de Caco Barcellos, lançado há 30 anos e vencedor do Prêmio Jabuti. Protagonizada por Humberto Carrão, que interpreta o jornalista que passou oito anos investigando os assassinatos cometidos pelo batalhão especial de São Paulo, a trama tem oito episódios e os dois primeiros estreiam na plataforma de streaming nesta quinta-feira, dia 22. Participaram da coletiva Humberto Carrão, a atriz Naruna Costa e Caco Barcellos. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo.


Caco Barcellos expôs sua animação com a estreia e emoção que sentiu com a atuação de Humberto, que o representa na série: "É uma grande expectativa. Quando escrevi esse livro, um pouco antes do lançamento, trabalhei oito anos na investigação. Eu imaginava fazendo um roteiro para o cinema. Sempre que encontrava alguma vítima da rota, tentava captar algum diálogo das pessoas. Da narrativa, dos momentos de episódios violentos pensando em construir diálogos para o futuro roteiro. Mas o tempo me absorveu para o trabalho na televisão. E agora ver realizado visualmente tudo o que apurei é muito especial, emocionante. Fiquei muito sensibilizado com a atuação dele. O Humberto é incrível, que cara maravilhoso", observou o jornalista. 

Humberto Carrão não escondeu a sua satisfação com o trabalho: "Fico muito emocionado com esse momento. Não é sempre que aparecem projetos assim. Percebi a força do que a gente tinha em mãos. Sou doido pelo Caco, ele é uma pessoa muito admirável. Acho que a construção do personagem Caco foi a partir da pesquisa do roteiro.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

"Rensga Hits!" daria uma deliciosa novela das sete

 A Globo exibiu na quarta-feira passada, dia 3, no "Cinema Especial", os dois primeiros episódios de "Rensga Hits!", a nova série do Globoplay. A plataforma de streaming da emissora disponibilizou mais dois episódios um dia depois (04/08). Ao todo foram quatro de um total de oito. No dia 11/08 ficarão disponíveis os episódios 5 e 6, enquanto no dia 18/08 entrarão no ar o 7 e o 8, finalizando a produção. A trama engloba o universo do sertanejo, tão em alta no Brasil. 


O título causa estranhamento por ser uma expressão conhecida apenas em Goiânia, onde é ambientada a história. 'Rensga' é uma interjeição tipicamente goiana, que sai do fundo da alma quando uma coisa impressionante acontece diante dos olhos. Pode ser um espanto, uma admiração, um susto. Você nem pensa para falar. É uma palavra que simplesmente sai direto do coração quando algo impacta, em uma demonstração de que aquilo que você acabou de ver ou ouvir realmente te afetou de alguma forma. É uma expressão natural no meio sertanejo. 

A série conta a história de Raíssa Medeiros (Alice Wegmann), uma jovem do interior que descobre que é traída pelo ex-noivo e o abandona no altar, partindo rumo ao sonho de viver da música sertaneja na grande Goiânia.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

"Turma da Mônica - A Série" é uma das melhores ideias do Globoplay

 O sucesso do live action de "Turma da Mônica" no cinema deixou claro que o universo criado por Maurício de Souza segue mais vivo do que nunca. O filme "Laços", lançado em 2019, foi um fenômeno e o lançamento de "Lições", em 2021, em plena pandemia, surpreendeu e mostrou o fôlego da trama. Embalada pela boa aceitação do público na telona, a Globo teve a ideia de lançar na Globoplay uma série de 8 episódios com uma das turminhas mais amadas do universo infantil. A estreia foi no dia 21 de julho e a repercussão tem ultrapassado qualquer expectativa mais otimista. 


A obra traz Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kelvin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo), Cascão (Gabriel Moreira) e Milena (Emilly Naiara) no papel do quinteto protagonista. A história mostra a chegada de Carminha Frufru (Luiza Gattai) ao Bairro do Limoeiro e a sabotagem de sua festa. Mônica e seus amigos se tornam os principais suspeitos e vão precisar superar suas insguranças e reeveelar seus segredos para decifrar o mistério. Com as participações especiais de Mariana Ximenes, no papel de Madame Frufru, mãe de Carminha; e Fernando Caruso como Feitoso Araújo, "Turma da Mônica - A Série tem redação final de Mariana Zatz e direção geral de Daniel Rezende. AA produção é da Biônica Filmes em coprodução com a Maurício de Souza Produções. 

Na trama, as crianças do Bairro Limoeiro marcam presença na festa descolada de Carminha Frufru, que acaba de se mudar para uma mansão no bairro. Quando um balde de lama vira na cabeça de Carminha no meio do evento, Mônica é apontada como principal suspeita. A festa se torna palco de uma investigação, conduzida pela maior fofoqueira do bairro, Denise (Becca Guerra).

quarta-feira, 13 de julho de 2022

"Filhas de Eva" é uma série agradável e despretensiosa

 A Globo estreou "Filhas de Eva" na Globoplay em março de 2021. Agora, mais de um ano depois, a série, criada e escrita por Adriana Falcão, Jô Abdu, Martha Mendonça e Nelito Fernandes, com direção artística de Leonardo Nogueira, estreou na televisão aberta nesta terça, dia 12. Com dois episódios semanais, exibidos às terças e quintas, a trama pode ser apreciada por um público mais amplo.


Três mulheres fortes e independentes. Recordações de uma vida inteira. Momentos inesquecíveis que parecem ter acontecido há muito tempo e uma pergunta em comum: até onde elas irão para encontrar a felicidade? Esse é o questionamento que dá início à série. Consequências e impactos de decisões importantes são o pano de fundo deste drama leve, com pinceladas de humor cotidiano e que levanta reflexões comuns a todos. A história fala sobre família, amizade e liberdade, suscitando questões que levam a pensar sobre as mudanças, os obstáculos e a coragem necessários para dar um novo rumo à vida, seja em qual fase for. 

A trama se desencadeia a partir das histórias de Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo). As três atrizes dividiram a cena em "A Regra do Jogo", problemática novela de João Emanuel Carneiro, exibida em 2015. O trio honra o protagonismo da série e as personagens têm camadas que proporcionam um tom mais naturalista na interpretação.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

"Todas as Garotas em mim" é uma das piores coisas que a Record já produziu

 A pandemia do novo coronavírus afetou as gravações de todas as novelas das emissoras. Mas a Record vem enfrentando dificuldades até hoje. Ainda não conseguiu reestruturar sua faixa de teledramaturgia. O relativo êxito de "Gênesis", em 2021, animou a emissora em criar temporadas para suas produções. Porém, foi apenas uma mudança de nome porque o folhetim bíblico nada mais era do que uma história com várias fases. O canal tentou repetir o feito com "Reis", mas não conseguiu uma frente de gravações e resolveu chamar a novela de série. Tanto que precisou interromper sua exibição. Aí que entra "Todas as Garotas em Mim", produção que a substituiu. 

A nova série entrou como um tapa-buraco para "Reis" conseguir avançar nas gravações sem que a Record precise colocar outra reprise no ar. Mas a emissora já começou errando porque a série parece uma "Malhação" bíblica. É um produto destinado a outro tipo de público e ainda assim com sérias ressalvas. Não por acaso, a queda de audiência foi gigantesca. O folhetim conseguia média em torno dos 8 pontos, o que também não era considerado um bom índice, e agora caiu para 5 pontos e muitas vezes até 2. É a menor audiência de uma novela na história da Record ---- posto até então ocupado por "Jesus" e "Máscaras" ----, o que fez o canal perder a vice-liderança para o SBT. 

Para culminar, a história é rasa e muito mal escrita. Lendo a sinopse até parece um enredo clássico de seriado adolescente. Mirela (Mharessa), a protagonista, é uma digital influencer, namorada do rapaz mais popular de um colégio, Gustavo (Caio Vegatt), e que desperta a paixão de Erick (Diego Kropotoff), o filho de Carla (Manuela do Monte).

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

"Orgulho Além da Tela", nova série documental da Globoplay, vale a pena ser conferida

 A Globoplay estreou nesta segunda-feira, dia 11, "Orgulho Além da Tela". Uma série documental que faz um retrospecto, ao longo de três episódios, da trajetória das novelas da Globo em torno da abordagem do universo LGBTQIA+, desde os anos 70 até os dias atuais, acompanhando a evolução da pauta da sociedade e na forma como é abordada na ficção. Como as tramas e os personagens foram importantes para a pavimentação do caminho para um presente de maior inclusão e representatividade. 


A série começa com o primeiro personagem gay na teledramaturgia, feito por Ary Fontoura em 1970, e a partir daí vai destacando outros que fizeram essa história da temática LGBTQIA+ avançar. Dirigida por Antonia Prado, tendo como redator Lalo Homrich ---- que concebeu o projeto a partir de sua tese de doutorado sobre o tema ----, a produção conta com 50 pessoas entrevistadas entre elenco da Globo e personagens da vida real que falam sobre a construção desses perfis ficcionais e o reflexo deles na sociedade. 

Os três episódios não só percorrem a trajetória dos personagens LGBTQIA+ ao longo das cinco décadas subsequentes, mas também resgatam importantes marcos da história do país que contribuíram ora para uma maior aceitação das tramas, ora para rejeição das novelas pelo público.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

"Dom" é uma ótima série da Amazon Prime Video

 A primeira série original brasileira da Amazon Prime Video foi uma grata surpresa. O serviço de streaming produziu com muita qualidade a história, baseada em fatos reais, de Pedro Dantas, jovem de classe média que se torna um dos bandidos mais perigosos do Rio de Janeiro e ganha o apelido de Pedro Dom. Como é um tipo bonito fisicamente, utiliza a imagem a seu favor e vira um chefe de quadrilha que aterroriza a classe alta da cidade nos anos 2000. Criada por Breno Silveira, a trama tem Gabriel Leone interpretando o protagonista e apresenta oito episódios muito bem desdobrados. 

"Dom" tem um formato inicialmente confuso, mas que logo se estabelece de forma mais clara para o telespectador. Há três narrativas quase simultâneas: a da infância de Pedro Dantas, a transformação do jovem rebelde em bandido e o passado do pai de Dom, Victor Dantas, vivido por Flávio Tolezani. Ironicamente, a história mais interessante é a do pai do protagonista. A principal razão é o tom 'novelesco' dado para o homem que era mergulhador e se viu no meio de uma guerra entre policiais e traficantes.

A filha de Victor, irmã de Dom, Érika Grandinetti, deu uma declaração sobre a dor que vem sentindo diante da história contada pela série. Isso porque, segundo ela, o pai retratado da obra nunca existiu. A família está até processando a Amazon Prime Vídeo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

"Shippados" na Globo é a chance do grande público prestigiar o último trabalho de Fernanda Young

 A Globoplay estreou "Shippados" em junho de 2019, exclusivamente para os assinantes da plataforma. Foi o último trabalho da saudosa escritora Fernanda Young, em parceria com seu marido, Alexandre Machado. A autora faleceu dois meses depois. Mas encerrou sua trajetória com uma ótima produção. A história protagonizada por Tatá Werneck e Eduardo Sterblich, agora, estreou na grade da Globo, quase dois anos após o lançamento em seu serviço de streaming. 


A trama marcou a volta dos autores da inesquecível "Os Normais" (2001/2003) e das ótimas "Os Aspones" (2004), "Minha Nada Mole Vida" (2006), "Separação?!" (2010), "Macho Man" (2011), "Como Aproveitar o Fim do Mundo" (2012), "Surtadas na Yoga" (2014/2014), "Odeio Segundas" (2015) e "Edifício Paraíso" (2017) ---- as três últimas no canal a cabo GNT. Claro que a inspirada dupla teve também séries fracassadas, vide a cansativa "O Sistema" (2007), a péssima "O Dentista Mascarado" (2013) e a equivocada "Vade Retro" (2017).

Como os erros foram bem menos numerosos que os acertos, é evidente que os escritores têm um currículo televisivo admirável e "Shippados" entrou para a lista de seriados bem-sucedidos. A história protagonizada por Rita e Enzo ---- o 'shipper' 'Rizo' não é obra do acaso ---- mistura momentos essencialmente cômicos com outros depressivos de forma hábil e inteligente. 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

"As Five" mantém a qualidade de "Malhação - Viva a Diferença"

 A Globoplay disponibilizou o primeiro episódio de "As Five", série exclusiva do serviço de streaming e derivada de "Malhação - Viva a Diferença" (2017/2018), no dia 12 de novembro, meia noite em ponto. Isso após um protesto dos fãs da trama contra o horário estipulado anteriormente (às 17h), mesmo sendo uma produção para assistir a hora que quiser. E a estratégia é exibir um episódio por semana, atraindo mais engajamento e audiência em uma determinada hora. 

A Globo também exibiu o primeiro capítulo nesta segunda-feira (16/11); mas neste caso, sim, valeria um protesto dos fãs. O episódio foi ao ar depois da meia noite, em um horário ingrato para a audiência. A faixa logo depois da reprise de "A Força do Querer" seria bem mais adequada. Porém, a série é exclusiva da Globoplay e a exibição foi apenas um chamariz para mais assinantes. O que é possível observar da nova saga das protagonistas de "Malhação", escrita por Cao Hamburger, é a permanência de todas as características já observadas no seriado adolescente vespertino. Tanto na essência das personagens quanto na elaboração de seus dramas. E, como a temporada foi primorosa, não é um demérito.

É no momento mais conturbado da vida de Tina (Ana Hikari) que as cinco jovens se reencontram após seis anos sem se verem e cerca de três desde a última mensagem no grupo "As Five". As amigas se mobilizam para estarem presentes no velório da mãe de Tina. Morando nos Estados Unidos, Ellen (Heslaine Vieira) volta ao Brasil especialmente para acompanhar a cerimônia.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

"Amor e Sorte" foi uma grata surpresa em tempos tão difíceis para o setor cultural

"Todos dizem eu te amo, mas é em momentos adversos que o amor é posto à prova. Entre quatro paredes, ou algumas a mais, a quarentena trouxe para as pessoas rotinas e vivências nunca Antes experimentadas. Muitos de nós se viram diante de conflitos internos, mas também externos, principalmente com as pessoas isoladas por tempo indeterminado". Essa foi a premissa de "Amor e Sorte", série criada por Jorge Furtado, e exibida em quatro deliciosos episódios na Globo. O último foi ao ar nesta terça-feira.


Cada história era independente e protagonizada por uma dupla diferente. Para a segurança dos envolvidos, em plena pandemia do novo coronavírus (que não acabou, importante lembrar), os dois personagens de cada trama eram interpretados por atores que já moram juntos. Ou porque são família, como Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, ou porque são casados/namoram, vide Lázaro Ramos e Taís Araújo, Fabíula Nascimento e Emílio Dantas, e Luisa Arraes e Caio Blat. A direção de Patrícia Pedrosa e Ricardo Spencer foi realizada remotamente (em vídeo-chamadas) e todos os intérpretes também atuaram como diretores, cenógrafos, iluminadores, enfim.

O único episódio que contou com uma produção mais "caprichada" foi o "Gilda e Lúcia" em virtude da condição favorável de Fernandona e Fernanda: as duas estavam em um sítio da família na Serra com um espaço amplo e morando com outras pessoas especialistas no setor audiovisual.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Globoplay aposta em "Making Five" para a divulgação de "As Five"

 Uma das maiores apostas da Globoplay, serviço de streaming da Globo, é "As Five", série derivada da bem-sucedida temporada "Malhação - Viva a Diferença", reprisada atualmente por conta da pandemia do novo coronavírus. Tanto que o mistério em torno da estreia foi mantido por muito tempo. Só em julho revelaram a data: 12 de novembro. Mas antes fizeram muitos enigmas sobre o famigerado dia para render engajamento com os fãs. Agora outra estratégia de marketing foi criada através de uma espécie de spin-off chamado "Making Five". 


Os fãs das cinco amigas terão a oportunidade de mergulhar no universo de Keyla (Gabriela Medvedovski), Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaiene Vieira), Benê (Daphne Bozaski) e Tina (Ana Hikari) e de suas intérpretes através de "Making Five". O making of faz uma viagem ao passado mostrando a formação do grupo, a escolha das protagonistas e o sucesso por trás da série que ganhou o Emmy Kids Internacional em 2018. 

Dividido em quatro episódios ---- cada um com 25 minutos ----, "Making Five" tem direção artística de Fabrício Mamberti, que também é criador do projeto, ao lado de Marcel Souto Maior. A estreia na Globoplay é hoje, quinta-feira, dia 24.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

"Amor e Sorte" tem deliciosa estreia com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres

A pandemia do novo coronavírus implicou na interrupção das gravações de todas as produções de teledramaturgia da Globo. Agora, aos poucos, as duas novelas interrompidas ("Salve-se Quem Puder" e "Amor de Mãe") retomaram os trabalhos. A emissora conseguiu boas soluções inéditas para engrandecer um pouco seu catálogo na Globoplay (durante os 6 meses de recesso) com produtos gravados na casa dos envolvidos, vide "Sinta-se em Casa", Cada Um no Seu Quadrado" e "Diário de um Confinado". Já "Amor e Sorte" foi produzida para a TV aberta e a nova série estreou nesta terça-feira (08/09).


É o primeiro produto inédito da Globo em meio ao período da pandemia. Não deixa de ser um respiro de novidade para o telespectador; afinal, a grade do setor de teledramaturgia da emissora vem utilizando reprises desde março e assim seguirá até o início de 2021 (com razão). A série é uma criação de Jorge Furtado e tem quatro episódios protagonizados por uma dupla de personagens que muda toda semana. E a ideia para garantir a segurança de todos foi a escolha do elenco: só atores que moram juntos, ou como família ou como casal. Tudo gravado na residência dos intérpretes que estão em quarentena, onde eles mesmos dividiram a função de câmera, iluminação, direção e atuação.

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro protagonizam o primeiro episódio chamado "Gilda e Lúcia" ----- os próximos são protagonizados por Lázaro Ramos e Taís Araújo ("Linha de Raciocínio"); Luisa Arraes e Caio Blat ("A Beleza Salvará o Mundo") e Emílio Dantas e Fabíula Nascimento ("Territórios").

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Valentina Herszage foi uma grata surpresa de "Hebe"

O filme sobre uma parte da vida da rainha Hebe Camargo sofreu muitas críticas, mas a série produzida para a Globoplay (e agora exibida semanalmente pela Globo) teve uma aceitação bem maior e merece. As cenas extras, principalmente sobre a fase da apresentadora no início da carreira, ainda jovem, fizeram bastante diferença. E ainda destacou o talento de Valentina Herszage.


A atriz interpretou Hebe dos 15 aos 25 anos e essa fase da vida da apresentadora é exibida em uma narrativa não linear. A trajetória na juventude surge após alguns breves momentos da dama da televisão brasileira já com sua carreira consagrada. E isso ajuda a expor melhor as diferenças entre Valentin e Andrea. A única similaridade é o talento.

Enquanto Andrea não se parece em nada com Hebe e pegou vários tiques da comunicadora (como o piscar dos olhos e a fala um pouco arranhada, Valentina usou sua semelhança com a protagonista a seu favor. É fantástico o trabalho da caracterização da equipe.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Andrea Beltrão honra a memória de "Hebe" e série merece ser apreciada

O filme "Hebe - A Estrela do Brasil", com Andrea Beltrão no papel título, foi lançado em setembro de 2019, mas não foi um sucesso de bilheteria. O longa, escrito por Carolina Kotsho e dirigido por Maurício Farias, amargou duras críticas e até o filho da saudosa comunicadora, Marcello Camargo, reprovou a obra. Muitos colocaram a cobertura superficial da carreira de Hebe como uma das graves falhas. Mas a Globo guardou cenas extras para uma série exclusiva da Globoplay, seu serviço de streaming, lançada em dezembro de 2019. E o resultado ficou muito melhor. Agora o canal estreou, nesta quinta-feira (30/07), o formato na televisão aberta com episódios semanais (são dez ao todo).


É verdade que como longa-metragem a trama peca na narrativa, que algumas vezes se torna confusa e até cansativa pela não-linearidade, e no final há uma sensação de faltar algo a mais. Claro que seria impossível elucubrar a vida inteira da rainha da televisão brasileira em pouco mais de uma hora de meia, mas poderiam ter aproveitado mais figuras importantes na vida da comunicadora, como Silvio Santos (apenas uma rápida aparição) e Ana Maria Braga (com quem firmou um importante vínculo por conta do câncer que ambas tiveram), que nem aparece. Mas todas essas questões somem ou se tornam ínfimas na série. Afinal, é um formato que propicia uma abordagem menos detalhista e mais breve. Exibir a produção semanalmente ainda deixa um gostinho de quero mais aos que não viram no cinema.

A série passeia por uma parte da trajetória de Hebe e a revela como autora da própria história, mostrando a todo o Brasil como a menina pobre do interior ignorou os olhares tortos, de quem não entendia sua coragem, para estar inteira e ter o direito de ser mulher, artista, mãe e de ter voz e ser feliz sem ter que fazer concessões.