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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Walther Negrão mostra em Flor do Caribe que conseguiu aprender com seus erros

É normal dizer que os erros ensinam mais que os acertos. Afinal, quando uma pessoa enxerga seus equívocos, procura não cometê-los no futuro, mudando seu jeito de agir e se aperfeiçoando. No ramo da teledramaturgia, atores, atrizes, diretores e autores também erram profissionalmente como qualquer ser humano que se preza. Porém, não são todos que conseguem admitir seus tropeços e, infelizmente, muitos preferem insistir errando. Só que, por outro lado, é muito bom ver quando um profissional resolve acordar, conseguindo renovar seu trabalho. Toda essa introdução tem o objetivo de citar o caso de Walther Negrão em "Flor do Caribe".


Após se equivocar completamente com "Araguaia", em 2011, o autor parece ter corrigido quase todos seus erros na atual novela das seis. Na sua trama anterior, Walther optou por uma história pouco atraente, cujo tema principal era baseado em feitiços indígenas, que evoluía lentamente. Além de não se sentir atraído pela trama, o telespectador ainda via diversos personagens desnecessários e que pouco acrescentavam. E para piorar, os papéis centrais também sofriam pela falta de uma bom enredo. O resultado foi um vilão (Max - Lima Duarte) que não funcionou e um casal protagonista (Manuela/Milena Toscano e Solano/Murilo Rosa) que deu errado. A novela terminou sem empolgar e com um clima de monotonia que reinou do início ao fim. Porém, agora, com seu novo trabalho, Walther Negrão mostra que aprendeu com seus deslizes.

"Flor do Caribe" estreou transmitindo a falsa impressão de que nada havia mudado na cabeça do criador da fraca "Araguaia". Capítulo lento, história batida, vilão caricato e casal protagonista meloso. É bem verdade que todo esse conjunto se manteve até a fuga de Cassiano (Henri Castelli), porém, depois do

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A monotonia de Araguaia

A novela das 18 horas da Rede Globo tem um grande elenco e lindas imagens, porém falta uma boa história para se tornar atraente para o telespectador. O tema central trata de feitiços praticados por índios que dura séculos e vai matando todos os homens da familia do protagonista (Solano-Murilo Rosa). Com isso,já morreram todos, inclusive seu pai, portanto só restando o mesmo como a próxima vítima da terrível maldição. Ficou atraído para assistir? Difícil...


As subtramas também não são nada incríveis. Há um viúva (Suzana Pires) que idolatra o marido e com isso reluta em assumir seu amor por um bonitão (Fred-Raphael Vianna) filho do vilão da historia (Max-Lima Duarte), e ainda tem que disputá-lo com sua irmã invejosa (Nancy-Marianna Rios). Temos um núcleo circense chatíssimo formado pelos ótimos Emilio Orciollo Neto, Nando Cunha e Thaís Garayp, além de mais algumas tramas que nada acrescentam.

Os bons momentos da novela se devem às atuações de Laura Cardoso, Eva Wilma, Yunes Chami (o hilario Mamede Mascate), Julia Lemmerts e Lima Duarte. Milena Toscano segura bem o posto de protagonista e não faz feio. O mesmo nao se pode dizer de Cléo Pires, que está muito ruim e não tem expressão alguma.
 
Há mais uma falha grave na novela: a falta de agilidade. Hoje em dia o público não tolera mais histórias lentas e que se arrastam ao longo dos capítulos. Em Araguaia nada acontece com rapidez e verdade seja dita,nem tem histórias o suficiente para movimentar a trama. Com isso, o telespectador pode ficar duas semanas sem ver a novela que não perderá grandes acontecimentos.

A novela vem obtendo baixos índices de audiência (em torno dos 20/23 pontos) devido ao horário de verão, que sempre prejudica qualquer produto exibido no final de tarde. Mas não podemos negar que isso  também se deve à falta de criatividade e desenvolvimento da história.

Após o sucesso de 'Cama de Gato' e 'Escrito nas Estrelas', 'Araguaia' tinha a missão de manter os elevados índices no horário, mas  fatalmente não conseguirá. Walther Negrão já escreveu grandes novelas, como as mais "recentes" 'Desejo Proibido' e 'Como uma Onda'(essa apesar de ter sido boa não teve grande repercussão). Mas definitivamente o autor não foi feliz em 'Araguaia'.