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domingo, 31 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: os destaques do ano

 Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os piores do ano, os melhores casais, as cenas mais marcantes e as melhores atrizes e atores de 2023, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre o que mais marcou ao longo destes doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.





"Vai na Fé": 

A melhor novela do ano. Rosane Svartman estreou como autora solo, após parcerias bem-sucedidas com Gloria Barreto e Paulo Halm, e o resultado foi o melhor possível. A novela elevou a média da faixa das sete em três pontos e o conjunto se mostrou um baita acerto. A história arrebatou o público logo no início e o interesse só foi aumentando ao longo dos meses. A trama teve uma mescla harmônica de dramas pesados envolvendo abuso com conflitos leves envolvendo o universo pop com direito a clipes que fizeram sucesso dentro e fora da ficção, vide as músicas de Lui Lorenzo (José Loreto) que viralizaram nas redes. Com um elenco diverso, onde os atores negros ganharam personagens de destaque e nada estereotipados, a produção emocionou e divertiu na mesma medida com a saga de Sol (Sheron Menezzes) e Ben (Samuel de Assis). O tema de abertura, cantado por Negra Li e MC Liro, fez um baita sucesso e foram muitos os intérpretes que brilharam no enredo, como Emilio Dantas na pele do asqueroso Theo e Clara Moneke, a maior revelação do ano como Kate. Um fenômeno que deixou saudades. 



"Terra e Paixão": 

Nunca duvide de Walcyr Carrasco. O autor emplaca mais um sucesso para chamar de seu, após vários problemas de saúde e um começo conturbado da atual novela das nove. A sua missão era reerguer o horário após o imenso fiasco de "Travessia", mas o início mais lento de seu enredo não agradou o público e a saga de Aline (Barbara Reis) com seus vários pretendentes amorosos acabou irritando a audiência. No entanto, o autor é conhecido por fazer várias mudanças com o intuito de atrair o telespectador e foi isso que fez. Antecipou a morte de Daniel (Johnny Massaro), deu mais destaque aos vilões Antônio e Irene, brilhantemente interpretados por Tony Ramos e Gloria Pires, e promoveu uma sequência de viradas na história que surtiu efeito. Durante o percurso, precisou operar a catarata, fraturou o fêmur e precisou ficar internado no hospital. Mas nada o abalou. Chamou a amiga Thelma Guedes para escrever a trama ao seu lado e a parceria, já vista em "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", funcionou novamente. A dupla agora encaminha o enredo para seus momentos finais e com a audiência lá em cima, tendo alcançado 30 pontos várias vezes. Vale citar ainda a volta de Agatha (Eliane Giardini magistral), uma vilã carismática, que deixou a novela ainda melhor. Fora os outros êxitos, como a saga de Lucinda (Débora Falabella), a dupla Anely (Tatá Werneck) e Luigi (Rainer Cadete), o drama de Petra (Debora Ozório) e o casal Kelvin (Diego Martins) e Ramiro (Amaury Lorenzo). Uma produção que chegou ao capítulo 200 nesta semana e terminará em 2024 com 221 capítulos escritos. Um desafio que não é para qualquer escritor. 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

"Fim" é uma série de qualidades inquestionáveis

 A nova série do Globoplay estreou cercada de expetativas porque é baseada no livro homônimo de imenso sucesso, escrito por Fernanda Torres, lançado em 2013. A autora sempre teve a intenção de adaptar para o audiovisual por achar sua obra um dramalhão típico de folhetim e conseguiu dez anos depois. A produção estreou dois episódios no dia 25 de outubro e disponibilizou mais dois a cada semana de um total de dez. A história é envolvente e captura a atenção do telespectador. 


"Fim" é uma série sobre a vida e a certeza da finitude. Mesclando momentos solares com outros mais soturnos, a obra é uma tragicomédia que acompanha a jornada de nove protagonistas, um grupo de amigos do Rio de Janeiro que faz parte de uma geração que acreditava em um "felizes para sempre", mas foi atropelada pela revolução de costumes dos anos 1970. A trama se passa em um período entre 1968 e 2012 e é dividida em quatro fases que abrangem a juventude, a maturidade e a velhice dos personagens. Ao longo das décadas, eles compartilham amores, traições, mágoas, alegrias, manias, loucuras e frustrações. 

A história começa com a partida de Ciro (Fábio Assunção), o mais admirado do grupo, que morre sozinho na cama de um hospital. Nos tempos dourados, se apaixonou perdidamente por Ruth (Marjorie Estiano), com quem se casou.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Débora Falabella brilha em "Terra e Paixão" e na série "Fim"

 Atrizes talentosas, por mais estranho que pareça, desafiam qualquer um que escreve sobre teledramaturgia. Afinal, como elogiar sem cair na repetição ou na obviedade? Débora Falabella representa um destes casos. A intérprete vem brilhando desde o início de "Terra e Paixão" e agora pode ser vista igualmente bem na série "Fim", estreia recente do Globoplay. 


A saga de Lucinda, na atual novela das nove de sucesso de Walcyr Carrasco, agora com colaboração de Thelma Guedes, é uma das melhores desenvolvidas na trama e proporciona para a atriz momentos muito distintos dramaticamente. Nos primeiros meses, a personagem vivia um casamento abusivo com Andrade (Ângelo Antônio) e foram muitas cenas de violência doméstica protagonizadas por Débora. Era uma mulher que raramente sorria e vivia em constante estágio de alerta e medo. A intérprete transmitia toda a angústia daquela sofredora com muita verdade. 

Apesar da fase inicial dramática, Lucinda tinha momentos leves com a irmã, Anely, o que resultava em uma boa sintonia entre Débora e Tatá Werneck. A atriz também emocionava ao lado do pequeno Felipe Melquíades, intérprete de Cristian, filho da personagem.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Tudo sobre a coletiva de "Fim", nova série do Globoplay

 A série "Fim", Original Globoplay baseado no best-seller homônimo de Fernanda Torres, teve sua pré-estreia na noite desta segunda-feira (23) com a exibição dos dois primeiros episódios para elenco, equipe, convidados e imprensa. Fui um dos convidados e nos reunimos no cinema Kinoplex Leblon Globoplay, no Rio de Janeiro, numa noite em que a milícia tinha provocado um dia de terror na população. A realidade do Estado foi pausada durante o evento para celebração da estreia da obra, marcada para esta quarta-feira, dia 25. 


Ciro (Fabio Assunção), Ruth (Marjorie Estiano), Álvaro (Thelmo Fernandes), Irene (Débora Falabella), Neto (David Junior), Célia (Heloísa Jorge), Silvio (Bruno Mazzeo), Norma (Laila Garin) e Ribeiro (Emilio Dantas) são amigos desde a juventude, com personalidades bem diferentes e formam os nove personagens centrais da trama. As doses de melancolia e resignação do grupo são intercaladas com momentos de graça, amor e festa, mostrando os contrastes da vida de cada um deles durante quatro décadas. 

Criadora e roteirista da série, Fernanda Torres esteve na pré-estreia e se alegrou ao falar sobre o processo de adaptação de seu livro para as telas. "Não escrevi pensando em adaptar. Mas, achava que "Fim" tinha um DNA de folhetim.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O que a televisão e o streaming reservam para o telespectador em 2023?

 Após um 2022 que marcou a volta da rotina com o avanço da vacinação contra a covid-19, o ano de 2023 promete bastante investimentos na área da cultura, incluindo várias produções no streaming. Duas novas novelas das seis e das sete se aproximam na Globo, assim como uma grande novela das nove. Muitas séries no Globoplay e uma nova produção para o público infantil no SBT. enfim, há várias novidades e outras continuações de temporadas . Vamos a elas. 




"Vai na Fé": 

É a primeira novela que Rosanne Svartman escreve sozinha. Seus dois folhetins anteriores de imenso sucesso ("Totalmente Demais" e "Bom Sucesso") foram desenvolvidos em parceria com Paulo Halm. Agora a autora contará a história de Sol, interpretada por Sheron Menezzes, mulher batalhadora que já foi dançarina de funk e vende quentinhas para sobreviver. Ela acaba voltando para seu passado quando começa a trabalhar como dançarina do cantor decadente Lui Lorenzo (José Loreto). A trama terá muita música, além de um elenco repleto de atores negros, incluindo os protagonistas. As chamadas já despertam interesse e a estreia é dia 16 de janeiro. A faixa das sete da Globo está precisando de um bom folhetim após a fraca "Cara e Coragem".



"BBB 23": 

Após a completa decepção do "BBB 22", as expectativas para a vigésima terceira edição do reality mais famoso do país não são muito altas. Até mesmo por conta de alguns nomes já divulgados pela imprensa do time 'camarote'. Mas é até melhor não ter muita ansiedade e se surpreender positivamente do que exagerar na animação e logo se frustrar, como foi o caso da temporada passada. Tadeu Schmidt segue no comando, o que é um boa notícia. 


sábado, 12 de janeiro de 2019

Fim do "Vídeo Show" foi desrespeitoso e fruto do descaso da Globo

O "Vídeo Show" era um dos programas mais longevos da Rede Globo de Televisão. Foram 35 anos de história. A atração estreou em março de 1983 e a ideia de mostrar momentos antigos da tevê e os bastidores das produções foi uma ousadia que deu muito certo. Virou referência para produtos da concorrência e muitos tentaram copiá-lo, sem sucesso. Mas a emissora decidiu pelo fim da atração através de um breve comunicado que anunciava as "novidades" da programação em 2019, publicado esta semana. No meio de um parágrafo, a empresa decretou o término do formato nesta sexta-feira (11/01).


Para piorar, o programa foi cancelado para ceder lugar aos filmes da "Sessão da Tarde". Logo depois, a reprise de "Cordel Encantado", no "Vale a Pena Ver de Novo", e reexibições de "A Grande Família" pouco antes de "Malhação". Tiraram do ar um dos programas mais queridos da emissora sem ter algo para substituí-lo. Sim, a audiência estava péssima há pelo menos uns dois anos e perdia frequentemente a liderança para "A Hora da Venenosa", quadro de fofocas da Record. Várias mudanças chegaram a ser feitas, mas não houve efeito. Ainda assim, o produto merecia um pouco mais de respeito. A súbita atitude condiz mais com a Record, Band ou o SBT, que cancelam de uma hora para outra o que não vai bem.

Ao menos uma despedida em grande estilo a atração merecia, com os melhores erros de gravações, as melhores matérias e depoimentos dos vários apresentadores que fizeram parte da história do programa. No mínimo, uma semana para apresentar tudo isso. Não teve nada. Nem no último dia. Mas a atitude mais sensata seria transformar o formato diário em semanal.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Repleta de problemas, "Em Família" chega ao fim marcada como a pior novela de Manoel Carlos

Para o alívio da Globo e de muitos atores envolvidos, chegou ao fim, nesta sexta-feira (18/07), "Em Família". A última novela de Manoel Carlos, lamentavelmente, não fez jus ao seu respeitado currículo, foi repleta de problemas, não conquistou o público, não repercutiu, e terminou sendo o pior Ibope da história do horário nobre da emissora (tendo uma média ainda pior do que o fracasso "Salve Jorge"). Sem dúvida, um trabalho para ser esquecido, mas que acaba ficando marcado como o pior folhetim de Maneco.


A história, que teve três fases, começou num ritmo muito arrastado, desanimando quem assistia. O equívoco da parceria Maneco/Jayme Monjardim voltou a ficar evidente. Mas a segunda fase ---- com o surto de Laerte, que enterrou Virgílio vivo, provocando uma virada na trama ---- apresentou bons conflitos, fortes cenas e despertou interesse em relação aos futuros acontecimentos que a novela apresentaria na terceira fase. Entretanto, assim que a terceira parte foi iniciada, vários problemas foram ficando bem claros. 

Além do ritmo ter voltado a ficar muito arrastado, a questão das idades dos personagens ficou inverossímil. Vanessa Gerbelli (Juliana) foi escalada para viver a tia de Júlia Lemmertz (Helena), que por sua vez era filha de Natália do Vale. Já Thiago Mendonça foi escolhido para viver Felipe, o irmão de Clara, um rapaz mais velho que Giovanna Antonelli, e Ana Beatriz Nogueira foi colocada como mãe de Gabriel Braga Nunes.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O triste fim da "MTV"

No dia 20 de outubro de 1990, uma emissora dedicada exclusivamente aos jovens surgia na TV Aberta. Era a MTV Brasil, versão nacional da MTV norte-americana, que começou suas atividades justamente na época em que o rock nacional ainda era um sucesso e o mundo musical não tinha um espaço na televisão para chamar de seu. E a ousadia do canal ao optar por um público segmentado era evidente, afinal, a rede aberta sempre foi dedicada a todos os públicos, já que seu principal objetivo é ter audiência para consequentemente obter bons resultados comerciais.


A MTV marcou toda uma geração através dos videoclipes que eram exibidos durante a sua programação e das mais diferentes formas, como por exemplo através de programas onde os apresentadores (chamados de VJs) comandavam a atração ao vivo e viam os resultados das votações do público, exibindo os clipes vencedores das 'disputas' na mesma hora. Mas, infelizmente, o crescimento da internet e a quantidade gigantesca de clipes colocados no You tube acabaram aniquilando gradativamente uma das principais características da emissora.

Aos poucos a MTV foi deixando de ser a "Music Televison". Os clipes foram saindo de cena e cedendo o lugar para programas de humor que foram dominando a grade. Fazendo uma comparação superficial em cima dos últimos anos, pode-se dizer que para cada 10 programas, 8 eram humorísticos, um sobre sexo e o