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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

"Meu Pedacinho de Chão": chegou ao fim um mundo mágico em forma de novela

O mundo encantado de "Meu Pedacinho de Chão" se despediu do telespectador nesta sexta-feira (01/08). O remake de Benedito Ruy Barbosa (a obra original é de 1972) foi transformado em uma linda fábula pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, que se 'apossou' do folhetim, ousou ao apostar no tom lúdico e conseguiu deixar esta produção impecável esteticamente. Assim que estreou, a novela impressionou pelo capricho dos cenários e das cenas poéticas, que foram alguns dos pontos altos da história.


O diretor acertou em cheio ao apostar em uma linguagem mais teatral, fazendo jus ao colorido do figurino e aos naturais exageros fantasiosos da cidade cenográfica, onde os troncos das árvores eram de várias cores e os animais de brinquedo. Luiz Fernando Carvalho sempre foi ousado em seus trabalhos, mas muitas vezes esta sua ousadia prejudicava a produção em virtude dos excessos. As séries "A Pedra do Reino" e "Capitu" são alguns exemplos. Porém, neste remake, sua interferência funcionou como um atrativo e tanto dentro de um folhetim que pecou por não ter apresentado conflitos que despertassem interesse e movimentassem a história.

A novela tinha uma trama simples, poucos acontecimentos relevantes e várias situações já vistas em obras de Benedito: um padre simpático e comilão, dois fazendeiros poderosos que se detestam e acabam tendo que se entender porque seus respectivos filhos se apaixonam, um capataz que serve cegamente ao vilão,

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Luiz Fernando Carvalho acerta novamente ao inserir a chegada do inverno em "Meu Pedacinho de Chão"

"Meu Pedacinho de Chão" não é uma novela movimentada, pelo contrário, há uma escassez de acontecimentos relevantes. O ritmo é muito devagar e a história contada não apresenta muitas possibilidades de conflitos. Portanto, provocar uma virada em uma trama deste tipo é praticamente impossível. Mas, surpreendendo a todos, Luiz Fernando Carvalho conseguiu dar um novo fôlego à novela com a chegada do inverno.


Em mais uma sequência de encher os olhos, o diretor apresentou para o telespectador uma sucessão de imagens lindíssimas, com a neve começando a cair, cobrindo toda a Vila de Santa Fé, para a surpresa e alegria dos personagens. Os flocos brancos vindos do céu, ao som de uma tocante trilha, eram pura poesia. E o bonito momento serviu para marcar uma espécie de nova fase da trama; só que ao invés de ocorrer alguma reviravolta no roteiro, houve uma drástica mudança em toda a estética da produção.

Toda a cidade cenográfica ficou coberta de neve e gelo (artificiais, obviamente), e todo o colorido forte cedeu espaço para cores mais suaves e gélidas. O mesmo aconteceu com o figurino dos personagens, que passaram a usar roupas ainda mais espalhafatosas e incrementadas, como se todos estivessem no Polo Norte.

domingo, 17 de abril de 2011

Cordel Encantado hipnotiza o telespectador

Estávamos entediados com o horário das 18h.Pelo menos eu sim. Após a cansativa e enfadonha "Araguaia" , que substituiu a excelente "Escrito nas Estrelas", tínhamos uma substituta que já estava conquistando todo mundo pelas suas chamadas. Era "Cordel Encantado" e seu mundo recheado de reis, princesas, cangaceiros e todo tipo de combinação improvável.

Em seu primeiro capítulo, foi possível avaliar que a excelência das vinhetas da trama não estava errada. Era realmente uma superprodução que se iniciava. Lindas imagens com alta definição, qualidade cinematográfica, dinamismo, um ótimo elenco e uma criativa história a ser contada.

Duca Rachid e Thelma Guedes eram colaboradoras do Walcyr Carrasco, autor que tem vários sucessos em suas costas. Ambas mostraram que o período em que passaram com ele,as ajudaram muito. As autoras escreveram o remake de "O Profeta" e "Cama de Gato". As duas tramas foram sucessos de público e crítica. Isso também contribuiu para que todos estivessem com uma boa espectativa em relação à estréia dessa nova novela.

Até agora tudo se manteve impecável. A história é extremamente agradável de se assistir e que nos remete aos contos infantis ou as chamadas fábulas. Em um período onde a maioria das tramas fogem de qualquer tipo de fantasia ou ficção, é muito louvável a idéia das autoras. Há como não se envolver com a saga do rei que busca sua filha perdida e carrega com ele toda a sua realeza para o nordeste onde se inicia uma mistura de costumes?

O elenco também é um dos pontos altos. Carmo Dalla Vechia,Debora Bloch (ótima como a perfeita "bruxa" má que quer tranformar sua filha na princesa do reino), Luis Fernando Guimarães (que mesmo fazendo ele próprio agrada), Marcos Caruso, Zezé Polessa, Nathalia Dill, Reginaldo Faria, Osmar Prado, Isabelle Drumond, Ana Cecilia Costa, Debora Duarte, Tony Tornado, Ilva Niño, Berta Loran, dentre tantos outros, além da participação marcante de Alinne Moraes no primeiro capítulo.

Cordel Encantado estreou encantando a crítica e a todos. Após uma novela tão fraca, precisávamos de uma trama de qualidade e que empolgasse o grande público. A audiência ainda não agrada aos índices estipulados pela emissora, mas acredito que seja só uma questão de tempo. Não é possível que uma obra tão interessante seja desprezada. Duca, Thelma e a direção merecem todos os elogios possíveis. E viva o sertão! Viva o rei!