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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

"Nos Tempos do Imperador" falhou na construção dos casais protagonistas

 A atual novela das seis da Globo, dirigida por Vinícius Coimbra, começou enfrentando muitas críticas a respeito de distorções históricas em torno do período imperial do Brasil. Porém, folhetim não é documentário e licenças poéticas são compreensíveis. Afinal, é ficção. Nenhuma novela que retrata períodos reais do país agradará todo mundo, principalmente historiadores. O grande problema do roteiro envolve os romances centrais. Algumas observações são necessárias sobre os dois casais principais da história de Alessandro Marson e Thereza Falcão. 

Os romances são vitais em milhares de folhetins. Os autores foram muito felizes na construção dos casais em "Novo Mundo", de 2017. Até conseguiram contornar bem todas as controvérsias em torno da relação de Dom Pedro I (Caio Castro) e Leopoldina (Letícia Colin), ao mesmo tempo que conquistaram o público com um casal aventureiro que representou o lado mais lúdico do roteiro: Anna (Isabelle Drummond) e Joaquim (Chay Suede). Já em "Nos Tempos do Imperador" houve um equívoco na condução dos dois casais.

Tanto Pilar (Gabriela Medvedovski) e Samuel/Jorge (Michel Gomes), quanto Pedro II (Selton Mello) e Luísa (Mariana Ximenes) foram formados através do amor à primeira vista. Nada contra o clichê, mas esse tipo de situação só emplaca quando há uma química gigantesca entre os atores. Às vezes nem assim. Isso porque não há construção.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sérgio Mamberti e Juca de Oliveira: os grandes destaques de "Flor do Caribe"

Normalmente é uma estratégia infalível: escalar um bom ator para interpretar um interessante personagem para viver uma boa história é garantia de êxito. Portanto, Walther Negrão mostrou que sabia exatamente o que estava fazendo quando escalou Sérgio Mamberti para dar vida ao Dionísio Albuquerque e Juca de Oliveira para viver o Samuel em "Flor do Caribe".


Desde o primeiro capítulo, ficou evidente que esses dois grandes atores haviam recebido ótimos papéis. Em uma novela onde o 'mais do mesmo' se fez presente em quase todos os núcleos, foi um grande acerto do autor abordar a questão do nazismo, ainda que tenha precisado usar da licença-poética para justificar a diferença de idade entre os personagens.

Dionísio participou ativamente do nazismo delatando as famílias dos judeus, as enviando diretamente para o campo de concentração. Entre os traídos pelo vilão, estava Samuel, na época uma criança, e seus pais. O pai de Ester (Grazi Massafera) acabou ficando sozinho no mundo, enquanto que o avô de Alberto