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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Apesar de ser a história mais atraente de Salve Jorge, tráfico humano não deixa de ser mais um déjà vu de Glória Perez

A novela das nove continua sem empolgar. "Salve Jorge" tem enfrentado uma baixa audiência e a rejeição do público tem sido muito grande. Entretanto, o único núcleo que conseguiu despertar um certo interesse dos telespectadores foi o que envolve o tráfico humano, tema escolhido pela autora para retratar situações reais, que infelizmente acontecem no Brasil e no mundo. O drama de Jéssica (Carolina Dieckmann) acabou causando comoção pelo sofrimento personagem e, a partir de agora, Morena (Nanda Costa) também caiu nas mãos do tráfico e a trama tenderá a crescer. Porém, em meio a tantas repetições presentes na novela, a questão do tráfico não deixa de ser mais um déjà vu.


Para o azar de Glória Perez, o "Vídeo Show" está reprisando no quadro "Novelão da Semana" justamente "América", trama da autora exibida em 2005. Através da reprise, os telespectadores mais desatentos podem acompanhar como são parecidas as histórias de Sol (Deborah Secco) e Morena; além da perceptível semelhança entre a imigração e o tráfico humano. Claro que essas comparações já ocorriam, mas ao cometer, digamos, essa 'gafe', o programa vespertino da Globo acaba expondo as fragilidades criativas da autora.

Sol presenciou a casa dos pais ser demolida e precisou se mexer para conseguir dinheiro. A forma mais rápida foi tentar entrar nos E.U.A. para ganhar em dólar e progredir em um novo país. Mas a protagonista não conseguiu o visto e acabou resolvendo entrar em um esquema ilegal, desembolsando cinco mil reais para dar ao chefe do esquema, Alex, interpretado por Thiago Lacerda. Mas a mocinha não esperava que para entrar ilegalmente precisaria se sujeitar a

sábado, 24 de novembro de 2012

O Clone, América, Caminho das Índias, Salve Jorge e as eternas repetições de Glória Perez

Glória Perez é uma profissional consagrada e não há como contestar seu prestígio. Com várias novelas de sucesso no currículo e vista, há anos atrás, como sucessora de Janete Clair, fez sua história na televisão e merece respeito. Porém, é impossível não observar um grande comodismo em suas obras e o que poderia ser apontado por alguns como 'estilo', nada mais é do que uma verdadeira overdose de repetições. "Salve Jorge" está no ar há pouco mais de um mês e, caso nada de extraordinário aconteça, caminha para ser o maior equívoco da autora.


Embora já tenha demonstrado interesse em apresentar novas culturas ao telespectador em "Explode Coração" (1995) --- onde retratou os costumes ciganos ---, foi depois do estrondoso sucesso de "O Clone" (2001) que Glória resolveu estabelecer um padrão para suas novelas: sempre exibir um núcleo cuja história se passa no exterior. Provavelmente achou que tinha encontrado a fórmula do sucesso e de início até parecia mesmo que era uma estratégia inteligente. Apesar dos problemas iniciais, "América" e "Caminho das Índias" tiveram uma boa repercussão e audiência satisfatória. Mas a paciência do telespectador parece ter finalmente chegado ao fim.

Em "Salve Jorge", a autora resolveu praticamente misturar todas as suas obras anteriores, incluindo até mesmo personagens iguais e situações muito semelhantes. A Turquia, por exemplo, como é muçulmana, faz lembrar o "O Clone"; cujos bordões fazem lembrar "Caminho das Índias", cujas vestimentas fazem lembrar os turcos de "Salve Jorge", novela cuja história da protagonista faz lembrar a Sol, personagem de