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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Liberdade Liberdade" foi uma boa novela, mas poderia ter sido muito melhor

Apresentando uma estreia caprichada e um desenvolvimento morno, "Liberdade, Liberdade" ficou praticamente quatro meses no ar (67 capítulos) e fechou seu ciclo com uma reta final empolgante, presenteando o telespectador com cenas muito bem realizadas. O último capítulo, exibido excepcionalmente nesta quinta-feira (04) ---- por causa do início das Olimpíadas (a Globo fará uma transmissão intensiva do evento) ----, encerrou o folhetim com dignidade, após momentos finais de tirar o fôlego, principalmente em virtude do início da revolução comandada pela protagonista e o enforcamento de seu irmão.


A novela das onze viveu uma novela própria antes de entrar em produção. Márcia Prates estrearia como autora, mas Silvio de Abreu e sua equipe observaram vários erros históricos no texto da escritora, fazendo muitas modificações. Glória Perez e Alcides Nogueira chegaram a trabalhar como supervisores, mas abandonaram a função. Outros problemas foram detectados, até a responsável pela história ser desligada do projeto, sendo utilizado apenas o seu 'argumento' para o enredo. Mário Teixeira foi chamado às pressas para assumir o controle de um trem que parecia desgovernado e a partir de então finalizaram a escalação do elenco, iniciando de vez a elaboração do folhetim.

Portanto, em virtude de todas as questões mencionadas, a expectativa em torno da novela ---- baseada no livro "Joaquina, filha de Tiradentes", de Maria José de Queiroz ---- não era animadora. Afinal, tudo se encaminhava para um produto retalhado e equivocado. A estreia serviu para diminuir essa 'preocupação', pois a trama promissora, o contexto histórico atrativo, o figurino caprichado e o grande elenco agradaram bastante. Entretanto, as constantes mudanças nos bastidores acabaram refletindo na condução do enredo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Ótima em "Liberdade Liberdade", Lília Cabral mais uma vez mostrou o seu talento

"Liberdade, Liberdade" está perto de seu fim e um dos acertos da novela das 23h foi o seu elenco. Muito bem escalado, o time da produção esteve repleto de talentos e quase todos conseguiram brilhar em algum momento da história, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Vinícius Coimbra. Entre os intérpretes que mais se destacaram está a sempre grandiosa Lília Cabral, que ganhou a íntegra Virgínia, mulher responsável pelo cabaré da cidade de Vila Rica.


A personagem é uma das mais importantes do enredo, pois está ligada a todos os acontecimentos da novela. A cafetina cuida das suas meninas como se fosse uma mãe e é uma revolucionária disfarçada, sendo a responsável pelas maiores articulações do movimento contra a Coroa Portuguesa e tendo Xavier (Bruno Ferrari) como fiel escudeiro. Ela, aliás, sempre esperou a volta de Joaquina (Andreia Horta) desde que viu a menina ainda criança partir nos braços de Raposo (Dalton Vigh), seu grande amor.

Para culminar, Virgínia é mãe de Rubião (Mateus Solano), o grande vilão do folhetim, que sempre renegou cruelmente a mãe. Toda a teia que envolve o papel proporciona bons conflitos, destacando o conhecido talento de Lília.