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sábado, 17 de agosto de 2024

Rei da televisão brasileira, Silvio Santos nunca perderá a majestade

 Neste sábado, dia 17 de agosto de 2024, o Brasil perdeu uma de suas mais emblemáticas figuras: Silvio Santos. O dono do SBT faleceu, às 4h50, aos 93 anos. Ele estava internado há 17 dias no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, por conta de uma infecção por Influenza (H1N1), e acabou desenvolvendo uma broncopneumonia. A notícia só foi dada por volta das dez horas da manhã, o que iniciou uma leva de homenagens em todo o país e uma cobertura integral da imprensa. 


Tamanha comoção é explicada com facilidade. Silvio Santos era o maior apresentador e comunicador do Brasil e o rei da televisão nacional. Dominava os palcos como poucos e não vivia sem seu auditório, sempre majoritariamente composto por mulheres, a quem chamava de "colegas de trabalho". Era o companheiro das donas de casa e das famílias que se reuniam todo domingo para vê-lo brincar, proferir seus famosos bordões e se divertir ao longo de muitas horas na programação. Nem parecia que estava trabalhando. Era visível que ali encontrava o seu lugar. 

Silvio nasceu Senor Abravanel, em 12 de dezembro de 1930. Natural do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, ele tinha outros cinco irmãos. Ainda criança, era apaixonado por cinema e ia sempre com um irmão assistir a sessões na Cinelândia. Na década de 1940, Silvio começou a trabalhar como camelô nas ruas do Rio e a ideia surgiu durante as eleições de 1946, quando começou a vender capas para títulos de eleitor e canetas.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

"A Infância de Romeu e Julieta" é um acerto da parceria entre SBT e Prime Video

 O SBT deixou claro com "Poliana Moça" que não sabe fazer novela para adolescentes. O intuito da trama, que se tratava da continuação de "As Aventuras de Poliana", era mostrar os dilemas da juventude através da protagonista crescida, mas apresentou um roteiro tão infantil quanto o anterior e ainda afugentou o público que já não estava mais interessado no produto baseado em uma produção que teve 564 capítulos. Agora a mesma Íris Abravanel, a única autora da emissora, resolveu voltar ao enredo para crianças, sem pretensões de atingir outra faixa etária, com "A Infância de Romeu e Julieta", que estreou semana passada. 


A história é baseada no clássico de William Shakespeare, mas sem a tragédia no final por razões óbvias. E foi uma boa ideia criar uma novela infantil tendo como premissa um casal tão conhecido mundialmente. Também merece elogios a escolha de um ator negro para interpretar Romeu, o que implicou na escalação de outros intérpretes negros para a composição da família do protagonista. O SBT está muito atrasado na questão da diversidade, já que nunca teve qualquer preocupação a respeito em suas novelas ou programas da emissora. Mas antes tarde do que nunca. Miguel Ângelo é carismático e não faz feio em cena. Já Julieta ficou a cargo de Vittória Seixas.

Castanheiras é um bairro dividido em dois lados, apelidados pelos próprios moradores, de Vila e Torre. No primeiro, encontram-se sobrados coloridos, estabelecimentos menores e familiares. No segundo, condomínios de prédios imponente e um boulevard luxuoso.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

"Poliana Moça" segue tão infantil quanto "As Aventuras de Poliana"

A nova novela do SBT, "Poliana Moça", primeira trama inédita da emissora após um período só de reprises, estreou no dia 21 de março, às 20h30. Com adaptação da autora Iris Abravanel e direção-geral de Rica Mantoanelli, a obra representa a volta das gravações depois de quase dois anos suspensas devido à pandemia. A sequência da história se passa três anos depois de "As Aventuras de Poliana" e agora retrata a protagonista enfrentando questões da adolescência, como conflitos de amizade, emoções à flor da pele e o primeiro amor.

Estrelada por Sophia Valverde e Igor Jansen, a trama tem no elenco nomes já vistos em "As Aventuras de Poliana": Duda Pimenta, Enzo Krieger, Lucas Burgatti, Dalton Vigh, Flavia Pavanelli, Lilian Blanc, Maria Gal, Clarisse Abujamra, Murilo Cezar, Thaís Melchior, entre outros. Também tem novidades no elenco como Junno Andrade, Marcello Airoldi, Amanda Acosta, Ana Paula Valverde, Bella Chiang, Luisa Bresser, Allana Lopes, Humberto Morais, Giovanni de Lorenzi, Thiago Franzé e as crianças Tavinho Martins, Mari Campolongo, Marianna Santos e João Pedro Delfino como Pinóquio.
 
A história recomeça pouco antes do aniversário de quinze anos de Poliana. Otto (Dalton Vigh), pai de Poliana, leva a filha à pequena cidade no interior de São Paulo (São Bento do Sapucaí), onde o avô dela, Richard (Dalton Vigh), montou sua primeira oficina de brinquedos artesanais. Ele explica que ali foi criado o boneco que serviu de inspiração e base para desenvolver Ester, a androide.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Público deve lamentar fim de "Chaves" no Multishow, não no SBT

Uma notícia espantou o público nesta sexta-feira: o cancelamento da exibição de "Chaves" no SBT, após 36 anos na emissora de Silvio Santos. É o fim de uma era. Mas a verdade é que os fãs do seriado icônico de Roberto Gómez Bolaños têm muito mais a lamentar o encerramento da exibição no Multishow, canal a cabo da Globo, que estava exibindo várias episódios até então inéditos no Brasil desde que comprou os direitos em 2018 --- foram comprados 277 episódios de "Chaves" e 250 de "Chapolin". A interrupção da série é fruto de um entrave entre a Televisa e o Grupo Chespirito.


Os telespectadores que acompanhavam as reprises no Multishow já sabiam da não renovação do contrato porque o próprio canal exibiu chamadas de despedidas. Mas o SBT manteve tudo em silêncio, sem ao menos avisar previamente ao público sobre o ocorrido. A emissora de Silvio enviou uma nota justificando que só souberam do rompimento do contrato na última quarta-feira (29/07). A Televisa é detentora dos direitos das fitas, enquanto o Grupo Chespirito é dona dos roteiros escritos por Roberto Gómez Bolaños.

A principal desconfiança é sobre o interesse do grupo chefiado por um dos filhos do saudoso comediante queira vender os direitos para algum serviço de streaming por uma bela fortuna e a Netflix, segundo consta, é a maior interessada. Tanto que essa quebra de contrato provocou o cancelamento do seriado em todos os canais ao redor do mundo que ainda exibiam a turma da vila, como o Las Estrellas, canal de entretenimento da Televisa.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

"Triturando" é a mais recente prova do amadorismo de Silvio Santos

Não é novidade que Silvio Santos nunca levou o SBT a sério. A emissora seria a vice-líder isolada com certa folga se o empresário a tratasse com a mínima responsabilidade. Mas não é por acaso que tem sempre disputado o segundo lugar com a Record e ainda não se fixou em terceiro porque seu nicho é quase igual ao da concorrente. O "Triturando" é a maior prova recente do amadorismo do dono do Sistema Brasileiro de Televisão.


O programa se chamava "Fofocando" em 2016, quando foi criado por Silvio para frear o crescimento da Record na faixa vespertina com a "Hora da Venenosa" ---- quadro de fofocas da Record comandado por Fabíola Reipert, dentro do "Balanço Geral", que conseguia até a liderança e deixava o então "Vídeo Show", da Globo, para trás. Porém, nunca alcançou o objetivo e raramente saía do terceiro lugar. A Record ainda se mantinha em segundo através das reprises de suas novelas, como os remakes de "Betty - a feia" e "Escrava Isaura".

Leão Lobo e Mama Bruschetta (Luiz Henrique), que estavam há anos na TV Gazeta, foram contratados para a atração e dividiam a apresentação com um tal "Homem do Saco" (Dudu Camargo), que comentava as fofocas com um saco de papelão na cabeça. Algo constrangedor.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Multishow prova que os fãs de "Chaves" e "Chapolin" foram desrespeitados pelo SBT

No dia 21 de maio, o Multishow estreou "Chaves" e Chapolin" em sua programação. Algo que, teoricamente, não teria qualquer relevância. Afinal, as icônicas sérias mexicanas protagonizadas por Roberto Gómez Bolaños viraram uma espécie de marca do SBT, que começou a exibi-las em 1984 e nunca mais parou.  São anos de reprises e mais reprises. Porém, o canal a cabo conseguiu surpreender em vários aspectos, fazendo a alegria dos inúmeros fãs.


Além da boa qualidade de imagem e som, a emissora se preocupou em exibir as séries em ordem cronológica e conseguiu reunir os dubladores clássicos para algumas redublagens que foram necessárias em episódios que o SBT nunca se preocupou em exibir ---- obviamente, os profissionais já falecidos foram substituídos. Ainda deixou como opção o áudio original através de ícones disponibilizados pelas operadoras de canais pagos. E o melhor de tudo foi a compra de mais de cem capítulos inéditos, incluindo alguns considerados perdidos pelos fãs.

Não por acaso, "Chaves" e "Chapolin" entraram para o topo da lista de programas mais vistos do Multishow. E impressiona a quantidade de episódios que o SBT jamais exibiu. Claro que o anúncio de "cem episódios inéditos" adquiridos pelo canal despertou uma grande expectativa, mas havia a chance de a maioria deles serem da década de 90, quando Roberto chegou a regravar várias histórias com parte do elenco e todos bastante envelhecidos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

SBT aposta no público adolescente com "Z4", mas não abandona o infantil

O SBT se firmou na produção de novelas infantis e o imenso sucesso de "As Aventuras de Poliana", em segundo lugar isolado desde a estreia, é a prova disso. Mas o canal de Silvio Santos resolveu apostar no público adolescente com "Z4", nova série que estreou no dia 25 de julho, ocupando a faixa que antecede o "Programa do Ratinho". E ficou evidente a preocupação em não afastar as crianças deste novo projeto, procurando apenas agregar uma outra faixa etária.


Produzida em parceria com a Disney Channel, a produtora Formata e a Sony Music, a trama conta a história de um grupo de jovens que sonha com o estrelato. O produtor musical Zé Toledo (Werner Schunemann) há anos não emplaca uma banda de sucesso  e, a cada dia que passa, é mais ignorado na indústria fonográfica. Disposto a provar que ainda consegue emplacar um novo fenômeno, Zé decide montar uma boyband.

Para atingir seu objetivo, convoca Luca (Pedro Rezende), youtuber popular com milhões de seguidores; Enzo (Apollo Costa), jovem de família rica criado para apreciar música clássica; Paulo (Gabriel Santana), um dançarino que enfrenta dificuldades na vida; e Rafael (Matheus Lustosa), garoto tímido que compõe canções de amor. Para executar sua missão, o  produtor conta com a ajuda da filha Pâmela (Manu Gavassi), que trabalha como professora de dança.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

"As Aventuras de Poliana" tem tudo para ser mais um sucesso infantil do SBT

"Carinha de Anjo", atual sucesso do SBT, estreou em novembro de 2016 e ainda está no ar. Virou regra na emissora de Silvio Santos estender ao máximo as produções infantis, aproveitando a ótima aceitação que todas vêm tendo com o público. Outro costume do canal (e até copiado recentemente pela Globo no "Vale a Pena Ver de Novo") é emendar a reta final de uma trama com o início da outra, aproveitando a migração de audiência. Como a história protagonizada pela fofa Lorena Queiroz está em plena reta final (já estava na hora), "As Aventuras de Poliana" entrou na grade nesta quarta-feira (16/05), iniciando uma nova saga que promete durar ainda mais que a de Dulce Maria.


Inspirada no romance "Pollyanna", um clássico da literatura infantojuvenil, de Eleanor H. Porter (1913), a nova novela é dirigida por Reinaldo Boury e escrita por Íris Abravanel, que também supervisionou "Carinha de Anjo". A missão da trama é, óbvio, manter os elevados índices da atual produção, que deixou "Apocalipse", da Record, em terceiro lugar praticamente todas as vezes. A confiança da emissora no produto é grande, pois, como já mencionado, planeja deixá-la no ar por mais de dois anos, se tornando uma das novelas mais longas do SBT (700 capítulos). Pena que isso muitas vezes desgaste o roteiro, criando uma barriga gigantesca e prejudicando a narrativa. A sorte do canal é que o público infantil dificilmente abandona uma história depois que foi conquistado por ela.

O enredo não é muito diferente das últimas tramas exibidas anteriormente. Poliana tem 11 anos e é uma menina doce e extrovertida. Ela viajava com seus pais, Lorenzo (Lázaro Menezes) e Alice (Kiara Sasso), na trupe de teatro mambembe Vagalume. Todavia, a protagonista vê seu mundo mudar quando a mãe morre e seu pai adoece.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Ótimos em "A Força do Querer" e "Carinha de Anjo", João Bravo e Lorena Queiroz são gratas revelações mirins

O tradicional Dia das Crianças (Dia de Nossa Senhora Aparecida) é comemorado em 12 de outubro e nada mais justo do que prestar um merecido reconhecimento ao talento de duas crianças que estão encantando o público, mostrando que vão muito longe na carreira artística. São eles: João Bravo, o Dedé, de "A Força do Querer", na Globo, e Lorena Queiroz, a Dulce Maria, de "Carinha de Anjo", no SBT. Dois pequenos que fazem trabalho de gente grande.


Ele começou no sucesso de Glória Perez de forma tímida, até porque quase sempre as crianças não ficam muito em evidência no início de tramas. Mas, à medida que o enredo de Bibi (Juliana Paes) crescia, João ia ganhando mais cenas e já começava a expor seu talento. O filho da impulsiva mulher, que arruinou sua vida por uma paixão cega, passou a naufragar junto com a mãe e o pai (Rubinho - Emílio Dantas), tendo como único grande apoio a avó, Aurora (Elizângela). 

Uma criança atuar não é um tarefa fácil. Difícil explorar a espontaneidade delas, evitando que o texto seja declamado. Tanto que muitas deixam a desejar no percurso, o que é até natural. Então, basta multiplicar esse fato por cinco quando a mesma está envolvida em um enredo pesado. Os cuidados acabam redobrados, evitando deixá-la em momentos de grandes conflitos ou tensão.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

"Chiquititas": os 20 anos de um fenômeno

"Mexe, mexe, mexe com as mãos (pequeninas)... Mexe, mexe, mexe com os pés (pequeninas)..." Quem nunca se viu cantando essa música em 1997? Era o início de uma novela que viraria um fenômeno entre as crianças e os adolescentes, provocando uma sucessão de produtos derivados da história infanto-juvenil, como álbuns, cards, bonecas, enfim. No dia 28 de julho daquele ano, o SBT colocava no ar a trama, produzida em parceria com o canal argentino Telefé e adaptada da original argentina, de mesmo título. Há exatos 20 anos.


Escrita pela autora argentina Cris Morena, com colaboração de roteiristas brasileiros, a produção substituiu "Maria do Bairro" e conseguiu manter os ótimos índices da faixa do canal de Silvio Santos com louvor. A verdade é que ninguém imaginou o sucesso que a trama faria. Nem mesmo os mais otimistas executivos do SBT. Mas o êxito do projeto fez com que a história tivesse cinco temporadas, chegando ao fim apenas em 2001. Ou seja, ficou nada menos que cinco anos no ar. E a fase mais lembrada é, sem dúvida, a primeira.

A história de Mili (Fernanda Souza), Pata (Aretha Oliveira), Vivi (Renata Del Blanco), Cris (Francis Helena), Mosca (Pierre Bittencourt), Bia (Gisele Frade), Tati (Ana Olivia Seripieri) e cia marcou época, chegando a picos de 22 pontos, índice altíssimo para os padrões do SBT. O enredo era tipicamente folhetinesco e envolveu o público logo no começo.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Dudu Camargo é uma das figuras mais deslumbradas e despreparadas que já passaram pela televisão

Nas duas últimas semanas o assunto Dudu Camargo tem dominado a imprensa especializada em televisão. Isso porque o rapaz se envolveu em uma polêmica com Maísa no Jogo das Três Pistas, do "Programa Silvio Santos", e logo depois aproveitou a situação para se expor ainda mais na mídia, indo a vários programas falar da 'saia justa', incluindo até o "A Tarde É Sua", da Rede TV!, sendo defendido por Sônia Abrão. Para culminar, esteve no "Pânico da Band" no domingo passado protagonizando situações degradantes e vexatórias ao lado de várias mulheres com fantasias sexuais.


Todos esses fatos só serviram para comprovar que esse rapaz, de 19 anos, não tem o mínimo de preparo. E o mais absurdo de tudo isso é que ele se considera um jornalista, sendo tratado como tal no SBT. Desde outubro de 2016 que Dudu apresenta o "Primeiro Impacto", primeiro programa jornalístico da emissora do dia, indo ao ar às 6h. Essa escolha de Silvio Santos até hoje é questionada por razões óbvias: o garoto nem se formou ainda e foi colocado em um dos postos mais altos do jornalismo. Para culminar, sua nomeação implicou na demissão de duas talentosas jornalistas: Joyce Ribeiro e Patrícia Rocha.

Outro ponto que sempre gerou crítica merecida foi a sua postura na atração. Suas dancinhas constrangedoras são um espetáculo degradante e nada condizem com um produto jornalístico. Aliás, Maísa estava coberta de razão quando o chamou de engessado. Ele emposta a voz de uma forma artificial, parecendo imitação de programa humorístico.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

"Carinha de Anjo" é uma graça de novela

Mantendo a já tradição de produzir folhetins infantis, o SBT estreou, nesta segunda-feira (21/11), "Carinha de Anjo", nova produção da emissora que com certeza terá uma duração tão grande quanto as tramas que vieram antes. Entrando no ar simultaneamente com a reta final de "Cúmplices de um Resgate", o novo remake tem como principal objetivo manter os pequenos diante da televisão, preservando a ótima audiência de "Carrossel", "Chiquititas" (que vem sendo reprisada logo depois) e da atual novelinha protagonizada por Larissa Manoela que está perto do seu fim.


Porém, apesar de seguir mantendo o mesmo tipo de público, houve uma mudança na equipe. A autora Íris Abravanel e o diretor Reynaldo Boury, responsáveis pelas três novelas anteriores, saem de cena e cedem lugar para Leonor Corrêa (responsável pela condução do roteiro) e Ricardo Mantoanelli (na direção). É verdade que Íris não saiu tão de cena assim, pois é supervisora de texto, entretanto, já é uma renovação importante. A própria história, por sinal, exige uma alteração na forma de ser contada, uma vez que é ainda mais infantil que as antecessoras.

É uma novela de crianças para crianças, onde a 'fofura' é o mote do enredo. Ao contrário das outras produções, que tinham personagens saindo da infância e entrando na pré-adolescência, "Carinha de Anjo" é totalmente infantil. O elenco é repleto de pequenos cuja idade máxima não passa de sete ou oito anos. E a protagonista tem apenas cinco aninhos, fazendo jus ao título da trama.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

"Cúmplices de um Resgate" completa um ano no ar com bonita e aguardada cena

"Cúmplices de um Resgate" completou um ano no ar no último dia 3, primeira quarta-feira de agosto. A novela infantil é mais um grande sucesso do SBT, após as bem-sucedidas "Carrossel" e "Chiquititas". Assim como as anteriores, é um remake da versão mexicana "Cómplices al Rescate", que também teve um bom resultado de audiência quando foi transmitida pelo canal de Silvio Santos na época. O êxito da produção se deve ao fiel público, até porque não há concorrência em se tratando de formatos voltados para as crianças no horário. E recentemente a trama exibiu uma das suas cenas mais aguardadas.


Foram muitos meses de espera, mas a expectativa acabou sendo recompensada com uma ótima cena protagonizada por Juliana Baroni e Larissa Manoela. O encontro de mãe e filha foi emocionante, destacando as atrizes, que convenceram durante aquele momento tipicamente folhetinesco. Rebeca nunca desconfiou que tinha uma outra filha além de Manuela e muito menos que era uma gêmea idêntica. O roubo de sua herdeira pôde ser visto logo no primeiro capítulo, tendo como responsável a arrogante Regina (Maria Pinna), grande vilã da história.

Portanto, o telespectador esperou nada menos do que um ano para ver esse encontro. Um tempo bem exagerado, mas 'normal' em se tratando de uma produção do SBT, onde os inúmeros esticamentos são rotineiros em virtude do sucesso das novelinhas infantis.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Apesar dos problemas evidentes, "A Garota da Moto" é uma boa iniciativa do SBT

O SBT começou uma nova empreitada na última quarta-feira (14/07) ao estrear "A Garota da Moto", logo após a reprise de "Carrossel", às 21h30 (na verdade só começou uns 15 minutos depois do término de "Velho Chico", na Globo). A emissora ---- que se fixou nas produções infantis, alcançando excelentes resultados de audiência e comerciais (vide os remakes bem-sucedidos de "Carrossel", "Chiquititas" e "Cúmplices de um Resgate") ---- agora se enveredou pelo ramo das séries em parceria com a Fox Brasil e a produtora Mixer.


Com texto de David França Mendes e direção de João Daniel Tikhomiroff, o seriado teve um processo lento até conseguir finalmente estrear. A produção começou em 2014, incluindo as seleções para a escalação do elenco, se estendendo até o início de 2015. As gravações foram iniciadas em agosto do mesmo ano e a estreia estava prevista para um ou dois meses depois. Porém, os atrasos foram inevitáveis (incluindo demora na liberação do orçamento) e adiaram para março de 2016. Depois mudaram para abril, até o lançamento ser marcado para julho, com direito a uma coletiva de imprensa.

O primeiro capítulo apresentou a história de forma bem didática, como se o telespectador fosse uma criança. Talvez seja o costume dos profissionais da emissora (ainda que trabalhando em parceria), já acostumados na segmentação da audiência, em virtude dos anos dedicados exclusivamente a produções voltadas para o público infantil.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Os 45 anos de "Chapolin", um dos grandes sucessos de Roberto Gómez Bolaños

No dia 19 de novembro de 1970, ia ao ar pela primeira vez "Chapolin", um dos muitos personagens de sucesso do genial Roberto Gómez Bolaños. A produção mexicana acabou virando uma febre mundial e surgiu, curiosamente, dois anos antes de "Chaves", outro fenômeno (o maior, diga-se) criado pelo ator, roteirista e humorista. Desde então, o 'herói' virou uma febre mundial e até hoje está vivo na memória dos fãs, sendo que muitos deles são brasileiros.


A saga do super-herói mais covarde que já existiu começou na década de 70 e era um quadro do programa "Los Supergenios de la Mesa Cuadrada". Em virtude do imenso sucesso, a produção foi transformada em série e acabou ganhando um horário fixo, com 30 minutos de duração cada episódio. Processo quase igual ao ocorrido com o "Chaves". O formato foi produzido de forma despretensiosa e virou um grande êxito de audiência.

Roberto produziu uma espécie de sátira dos heróis, criando um que era exatamente o oposto de tudo o que os 'salvadores' representavam. Medroso, atrapalhado, convencido, mulherengo e um tanto quanto burro, o Chapolin Colorado sempre enfiava os pés pelas mãos nas suas tentativas de ajudar os inocentes e punir os bandidos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Os 20 anos de "Maria do Bairro", um dos maiores sucessos mexicanos

Produzida pela Televisa entre agosto de 1995 e maio de 1996, "Maria do Bairro" completou 20 anos em 2015, teve 185 capítulos e foi um estrondoso sucesso no México. Mas não só lá. Aqui, através do SBT, que a exibiu pela primeira vez em 1997, a novela se popularizou e virou um dos grandes fenômenos da emissora de Silvio Santos. Tanto que já foi reprisada diversas vezes e está no ar novamente, desde o dia 19 de outubro, nos estados que não tem programação local, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.


A novela mexicana é a conclusão de uma 'trilogia' de Marias, iniciada em 1992 com "Maria Mercedez", protagonizada pela mesma atriz e cantora, a popular Thalía. Já em 1994 foi a vez da intérprete encabeçar o elenco de "Marimar", outro grande êxito que também fez sucesso no Brasil. Até chegar "Maria do Bairro", em 1995. As três produções apresentam muitas similaridades, além de terem a mesma pessoa fazendo a protagonista.

Os folhetins são remakes de tramas venezuelanas, produzidas entre a década de 70 e 80, e todos são protagonizados por uma mulher pobre e ignorante, que muda de vida quando conhece um homem rico.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

"Chiquititas" cumpriu seu objetivo e conseguiu fidelizar o público

Foram mais de dois anos no ar. Uma longa, para não dizer exagerada, duração. "Chiquititas" começou a ser exibida em julho de 2013 e só se despede do público nesta sexta (14 de agosto de 2015), após 545 capítulos exibidos. O SBT emplacou outro remake de sucesso e conseguiu manter a audiência conquistada na época da exibição de "Carrossel". Ou seja, o esticamento da produção teve um forte motivo. E tudo leva a crer que "Cúmplices de um Resgate" manterá o público utilizando basicamente a mesma fórmula.


Esta trama, dirigida por Reynaldo Boury, foi um remake do remake. Isso porque a versão brasileira, exibida em 1997, foi uma adaptação da original argentina e esta, escrita por Íris Abravanel, é uma versão da nacional, que revelou vários talentos na época, como Bruno Gagliasso e Débora Falabella, por exemplo. A história se baseou mais uma vez na rotina do orfanato Raio de Luz e nos conflitos vividos pelos adolescentes que moravam naquele casarão e que precisaram enfrentar vários dilemas clássicos da idade, além de alguns dramas tipicamente novelescos.

O SBT soube aproveitar o êxito de exibir uma atração voltada para o público infantojuvenil às 20h30m, faixa cujas opções para este nicho são inexistentes nos canais abertos. A boa ideia funcionou com "Carrossel" e foi mantida, inteligentemente, com "Chiquititas", que nada mais foi do que uma produção extremamente parecida com a anterior.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

"Cúmplices de um Resgate" tem tudo para manter a boa audiência conquistada pelo SBT

Com o intuito de manter o público conquistado através dos sucessos "Carrossel" e "Chiquititas", o SBT estreou, nesta segunda (03/08), "Cúmplices de um Resgate", mais um remake adaptado por Íris Abravanel. A versão original da novela mexicana foi exibida pela emissora em 2002 e agora a brasileira começou a ser exibida simultaneamente com as duas outras produções infantis (sendo que uma está sendo reprisada pela segunda vez e a outra se encontra em sua reta final).


O conteúdo desta trama está voltado para a clássica história folhetinesca das gêmeas que cresceram separadamente, mas o universo é totalmente infantil, uma vez que as protagonistas ---- ao contrário de Ruth e Raquel ("Mulheres de Areia") e Paola e Paulina ("A Usurpadora"), por exemplo ---- são crianças. Dirigida por Reynaldo Boury, a novela apresenta todos os elementos vistos nas duas produções de maior sucesso do SBT e o intuito é mesmo conquistar os pequenos. A emissora adotou, sem ressalva alguma, este estilo, assim como a Record fez com os enredos bíblicos. E as duas vêm conseguindo bons resultados com esta estratégia.

Protagonizada por Larissa Manoela (que vive as gêmeas Manuela e Isabela), "Cúmplices de um Resgate" já tem 250 capítulos planejados. Podendo ocorrer um esticamento, obviamente, de acordo com a recepção do público. "Carrossel" teve 310 e "Chiquititas" chegará ao fim com 545 capítulos. Ou seja, a chance deste novo remake ultrapassar a meta elaborada pelo SBT é bem alta.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

"A Usurpadora": sexta exibição, sexto sucesso

O SBT e a Televisa (principal cadeia mexicana de televisão) têm uma parceria antiga. A emissora de Silvio Santos já adquiriu e exibiu várias produções mexicanas ao longo dos anos ---- incluindo o clássico Chaves, obviamente ----, além de ter produzido alguns remakes de novelas do México. E um dos mais clássicos folhetins daquele país virou um verdadeiro tesouro para o canal do homem do baú. "A Usurpadora" foi exibida pela primeira vez no Brasil em 1999 e foi um fenômeno de audiência. Desde então, a trama vem sendo reprisada várias vezes, sempre obtendo um ótimo retorno do público.


A primeira reprise foi em 2000, menos de um ano depois da exibição original. O SBT depois passou a trama novamente em 2005, 2007 e entre dezembro de 2012 e maio de 2013. Todas as vezes conquistando expressivos números de audiência, para o terror das concorrentes Record, Band e Rede TV!, que perdiam quase sempre para a reexibição de uma produção comprada, enquanto gastavam dinheiro com produções próprias. E Silvio Santos resolveu trazer de volta este 'inimigo' da concorrência em 2015.

A sexta exibição de "A Usurpadora" e quinta reprise entrou na grade no dia 30 de março, às 17h. Inicialmente, as previsões em torno da resposta do público eram receosas, afinal, passar seis vezes uma novela em menos de 20 anos é um exagero para qualquer emissora. Porém, a força da trama mexicana se fez novamente presente.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O que a televisão reserva para o telespectador em 2015

O ano de 2014 ficou para trás e 2015 chegou com boas perspectivas para a televisão. A Globo comemora os seus 50 anos e está com produções que parecem promissoras, incluindo novelas e séries. A Band terá um "CQC" reformulado pela frente e investirá novamente no bem-sucedido "MasterChef". Já a Record prepara "Os Dez Mandamentos", primeira novela bíblica da emissora, e o SBT, ao que tudo indica, se preocupará com a estreia de "Cúmplices de um Resgate", substituta do sucesso "Chiquititas". Vamos aos principais produtos que estrearão no ano que se inicia:





"Felizes para sempre?": Microssérie escrita por Euclydes Marinho e dirigida por Fernando Meirelles, produzida pela O2 Filmes, que será exibida entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro. A produção é uma releitura da minissérie "Quem ama não mata", que teve 20 capítulos, escrita pelo mesmo autor em 1982. A trama falará sobre política e relacionamentos, cujos dramas serão vivenciados por personagens interpretados por um grande elenco: Adriana Esteves, Maria Fernanda Cândido, João Miguel, Cássia Kiss, Carol Abras, Selma Egrei, Paolla Oliveira, Enrique Diaz, entre tantos outros. Promete.




"Luz, câmera 50 anos": Para comemorar seu cinquentenário, a Globo resolveu transformar em filmes várias minisséries e séries da emissora. Serão 12 produções adaptadas: "As Noivas de Copacabana", "Anos Dourados", "Presença de Anita", "A Teia", "Dercy de Verdade", "Ó Paí, ó", "Maysa - quando fala o coração", "O Pagador de Promessas", "Dalva & Herivelto - uma canção de amor", "Lampião e Maria Bonita", "Força-Tarefa" e "O Canto da Sereia", esta última que marca o início do especial. É uma ideia muito interessante em cima de tramas de sucesso, mas não será fácil condensá-las em forma de longa-metragem e algumas escolhas foram equivocadas, vide as recentes "Força-Tarefa" e "A Teia", além da fraca "Ó Paí, ó".