Mostrando postagens com marcador destaque. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador destaque. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Ernani Moraes é um dos grandes destaques de "Amor sem Igual"

 "Amor sem Igual" é a primeira novela que voltou ao ar, após a interrupção das gravações por conta da pandemia do novo coronavírus. A Record já gravou todos os capítulos restantes e a autora Cristianne Fridman precisou alterar o roteiro, cortando abraços, beijos e cenas com proximidade. Após a reprise do compacto da primeira parte da trama, a segunda parte inédita estreou no dia 28 de outubro, quarta-feira. E é inegável que um dos destaques do folhetim é Ernani Moraes. 


É claro que Day Mesquita segue ótima como Poderosa e honra o protagonismo da garota de programa do enredo, assim como Rafael Sardão brilha na pele do mocinho Miguel. Mas o personagem de Ernani, no início da trama, parecia um mero coadjuvante sem grande importância. Ao longo dos meses, todavia, essa impressão foi se dissipando à medida que seu núcleo ganhava cada vez mais cenas dramáticas e relevância na história. 

Oxente, apelido de Antônio Barros, é um nordestino que esbanja integridade e patriarca de uma família numerosa: tem esposa e quatro filhos ----- Zenaide (Andrea Avancini), Pedro Antônio (Guilherme Dellorto), José Antônio (César Cardadeiro) Antônio Júnior (Miguel Coelho) e Maria Antônia (Giselle Batista) ----, além de Miguel, considerado um outro filho.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Rosi Campos se destacou merecidamente em "Êta Mundo Bom!"

Uma das qualidades de Walcyr Carrasco é a valorização dos atores experientes. Eles são destacados em todas as suas novelas e o autor sempre faz questão de presenteá-los com bons papéis. Tanto que os casais de 'veteranos' costumam ter uma boa importância nas suas histórias, protagonizando cenas sensíveis e bem escritas. Baseado no histórico mencionado, a escalação de Rosi Campos para "Êta Mundo Bom!" foi uma ótima notícia. E, assim que o folhetim estreou, ficou perceptível que a intérprete seria valorizada como merecia.


A atriz ganhou a carismática Eponina ---- que havia sido escrita para a também talentosa Jandira Martini (que não pôde aceitar em virtude de compromissos com o teatro) ----, praticamente uma Cinderela que passou da idade de viver o primeiro amor e encontrar seu príncipe. Ingênua, atrapalhada e com um forte sotaque caipira, a personagem é uma das principais do ótimo núcleo da fazenda e um dos grandes destaques da novela. Considerada um estorvo na família, a irmã de Quinzinho (Arty Fontoura) não tem uma relação amistosa com a cunhada Cunegundes (Elizabeth Savalla), mas foi praticamente a mãe postiça de Candinho (Sérgio Guizé) e Mafalda (Camila Queiroz), tendo ainda um imenso carinho por Filó (Débora Nascimento) e Quincas (Miguel Rômulo).

A virginal senhora ainda é apaixonada pelas rádio-novelas e tem uma autoestima bastante elevada, pois sempre achava que os homens que iam à fazenda estavam interessados em seu decote e suas 'ancas'. Rosi Campos sempre foi uma ótima comediante e incorporou uma caipira pura brilhantemente, se adaptando ao texto do autor, com quem trabalhava pela primeira vez.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Nany People foi um dos raros acertos de "O Sétimo Guardião"

A atual novela das nove da Globo, em plena reta final, é um festival de problemas. Audiência muito abaixo do esperado, história mal desenvolvida por Aguinaldo Silva, elenco subaproveitado, personagens desinteressantes e brigas nos bastidores. A emissora e parte do elenco, com razão, torcem para a produção chegar ao fim logo. No entanto, tem um nome que não tem do que reclamar: Nany People.


A intérprete de Marcos Paulo tem um bom destaque na história e a personagem é um dos poucos pontos positivos da trama. Vale lembrar que o braço direito de Valentina Marsalla (Lília Cabral) seria a Nazaré Tedesco. Sim, a vilã icônica de "Senhora do Destino" (2004) voltaria em "O Sétimo Guardião". Porém, Renata Sorrah, muito sábia, convenceu o autor a desistir da ideia. E a decisão não poderia ter sido mais acertada. Seria lamentável ver um perfil tão marcante na teledramaturgia em um folhetim tão equivocado.

Sorte da Nany que acabou escalada e ganhou um perfil "adaptado" especialmente para ela. O amigo do passado de Valentina é um ótimo químico e pouco antes de surgir na história se recuperava de uma cirurgia que o transformou em uma quase mulher. No entanto, mesmo após a completa 'recauchutagem', continuou com o nome no masculino.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Alice Wegmann vive seu melhor momento em "Onde Nascem os Fortes"

Que "Malhação" é um celeiro de talentos já é sabido há tempos. O seriado adolescente lançou muito ator talentoso no mercado e segue apresentando novos rostos que emplacam na carreira. A recém-terminada "Viva a Diferença", por exemplo, foi protagonizada por cinco meninas ótimas. Toda temporada revela bons nomes. Algumas mais e outras menos. Alice Wegmann é uma dessas gratas revelações e atualmente protagoniza com extremo brilhantismo "Onde Nascem os Fortes", trama das 23h, classificada pela Globo como supersérie.


A atriz é até um caso "atípico". Isso porque sua primeira aparição foi na fase de 2010, escrita por Emanuel Jacobina, onde interpretou a simpática Andréia, uma menina que entrou na metade da história e não teve muita importância. Em 2011, por sua vez, Alice conseguiu mostrar um pouco mais do seu talento na primorosa "A Vida da Gente", novela das seis de Lícia Manzo. Ela emocionou vivendo a tenista Sofia. Também era um perfil secundário, mas proporcionou bons momentos para a intérprete. Até que, em 2012, Alice voltou para "Malhação", interpretando Lia, uma das protagonistas do enredo de Rosane Svartman e Glória Barreto. Ou seja, esteve duas vezes no seriado adolescente.

A marrenta roqueira foi defendida com muita competência pela atriz, que ainda fez uma deliciosa parceria com Agatha Moreira, intérprete da doce Ju, outra boa revelação da fase e que atualmente se destaca como Ema em "Orgulho e Paixão". Lia foi o divisor de águas na carreira de Alice. A personagem era um dos trunfos da "Malhação Intensa" e o sucesso dessa temporada ajudou a projetá-la para voos mais altos.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Chay Suede faz jus ao destaque de Ícaro em "Segundo Sol"

João Emanuel Carneiro vem destacando bastante o elenco jovem na segunda fase de sua novela. Tanto que ocorreu uma clara diminuída no foco do trio Beto (Emílio Dantas), Karola (Deborah Secco) e Laureta (Adriana Esteves), enquanto o triângulo amoroso protagonizado por Rosa (Letícia Colin), Ícaro (Chay Suede) e Valentim (Danilo Mesquita) cresceu em "Segundo Sol". E Chay tem conseguido aproveitar muito bem esse crescimento, honrando a confiança do autor na pele de um perfil repleto de complexidade.


O filho de Luzia é um rapaz revoltado, prepotente e marrento, cuja principal defesa é enfrentamento direto, elevando o tom de voz em qualquer início de discussão. Se revoltou com o assassinato do pai, nunca perdoou o 'abandono da mãe' e não esquece a dolorosa separação da irmã, Manuela (Luisa Arraes), provocado por sua tia, que deixou a menina com uma família rica e ficou com o sobrinho. Mas toda essa sua agressividade com o mundo é uma camuflagem de sua constante mágoa com tudo o que aconteceu em sua vida.

A fragilidade do personagem se expõe principalmente quando bebe e perde o controle do seu choro, agindo quase como uma criança. Ícaro, todavia, também tem um lado cômico e até sarcástico. Esse outro lado se evidencia quando está com Rosa, menina por quem se apaixonou perdidamente. O casal de garotos de programa transborda química e protagoniza cenas com muitas trocas de ironias. Isso vale para os momentos bons e ruins, aliás.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Irretocável como Benê, Daphne Bozaski é o grande destaque de "Malhação - Viva a Diferença"

"Malhação - Viva a Diferença" vem fazendo um justo sucesso de público e crítica. As razões para tamanho êxito são muitas e uma delas é a escolha certeira do time de protagonistas. Tanto na escalação das atrizes, quanto na construção das cinco personagens. O autor Cao Hamburger e o diretor Paulo Silvestrini foram muito felizes. Entretanto, embora todas as meninas sejam apaixonantes, recheadas de qualidades e defeitos, há uma que sempre se destacou em virtude da sua 'diferença', que acaba sendo mais visível: a fofa Benê.


Daphne Bozaski está simplesmente perfeita na composição primorosa de sua personagem, que tinha o sério risco de virar uma caricatura pouco crível. Afinal, a menina doce, extremamente carente e com aspecto de nerd sofre de Síndrome de Asperger, um grau mais leve de autismo. Esse transtorno neurobiológico é pouco conhecido e o autor acertou em cheio quando o colocou em uma de suas protagonistas. Embora ainda não tenha sido falado claramente na trama, o problema vem sendo exposto através das atitudes da menina.

Benedita tem problemas de convívio social e sempre foi uma pessoa solitária. Tudo mudou quando conheceu Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaine Vieira), Keyla (Gabriela Medvedovski) e Tina (Ana Hikari) no metrô, fazendo questão de adicioná-las no WhatsApp, organizando um novo quinteto que se tornou inseparável. Contudo, as dificuldades da frágil menina sempre se mostraram presentes, apesar dessa evolução em torno de um maior vínculo de amizade.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Débora Bloch é o grande destaque de "Treze Dias Longe do Sol"

Em uma minissérie com um elenco tão bem escalado, é até injusto mencionar apenas um ator. Porém, é inegável que Débora Bloch é o grande nome de "Treze Dias Longe do Sol", trama escrita por Elena Soárez e Luciano Moura, exibida pela Globo logo após "O Outro Lado do Paraíso", cujo enredo sufoca quem assiste, em virtude de todos os desdobramentos angustiantes ao longo dos capítulos.


Gilda é o perfil mais complexo da história e o mais atrativo. Sócia de Saulo (Selton Mello) no empreendimento em torno da construção do edifício comercial que desabou, a empresária demonstra uma frieza assustadora diante dos negócios e toda a sua conduta em torno do resultado trágico que a ambição do sócio ocasionou desperta nojo. Ela simplesmente ignora a dor das vítimas e só pensa em se safar das investigações da polícia, deixando de lado qualquer moralidade.

A influente mulher faz questão de incriminar um inocente ---- o passional Newton (Enrique Diaz) ----, sem pensar nas consequências, e ainda despacha todos os funcionários contratados irregularmente para evitar o flagra da imprensa.

domingo, 1 de outubro de 2017

Mesmo em um papel secundário, Juliana Paiva se destaca em "A Força do Querer"

'Orelha' é um termo usado na teledramaturgia para definir um personagem criado exclusivamente para outro, sempre com maior destaque ou até protagonista, desabafar. O perfil não tem trama própria e acaba vivendo a vida dos outros. Quase sempre resulta em um subaproveitamento de atores, caso os mesmos sejam conhecidos ou consagrados. Por isso, muitas vezes os autores optam pela escalação de nomes menos conhecidos ou relevantes. Mas, no caso de Simone, em "A Força do Querer", toda essa 'regra' foi deixada de lado.


A filha de Silvana foi escolhida pela própria Lília Cabral, que adorou o trabalho da colega em "Totalmente Demais" (onde viveu a hilária Cassandra), e já vinha acompanhando a trajetória de Juliana. A veterana sugeriu o nome para o diretor Rogério Gomes, que prontamente atendeu, recebendo o aval de Glória Perez. E a escalação não poderia ter sido mais certeira. A atriz se sobressaiu logo no começo, mesmo tendo ainda cenas pequenas. Pouco tempo depois da estreia, ficou perceptível que era um tipo promissor no enredo. Ou seja, uma expectativa acabou gerada.

Todavia, a ausência de uma trama própria frustrou parte do público e da própria crítica, em virtude do conhecido talento da atriz. Ela não tem um conflito para chamar de seu. Realmente, vive o dos outros, principalmente o da mãe e o da prima(o) Ivana/Ivan (Carol Duarte). E nunca foi prometido algo diferente, até porque era uma personagem inicialmente nem pensada para ela --- e, sim, provavelmente, para uma intérprete menos conhecida.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Agatha Moreira se destaca com a derrocada de Domitila em "Novo Mundo"

A atual novela das seis da Globo está a pouco menos de dois meses de seu final. E um dos momentos mais aguardados da trama foi finalmente ao ar nesta quarta-feira (16/08): a queda de Domitila (Agatha Moreira). A amante de Dom Pedro (Caio Castro), conhecida nos livros de História como a Marquesa de Santos, acabou mais vilanizada pelos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão, privilegiando o bom folhetim, criando assim uma maior rivalidade com a doce princesa Leopoldina (Letícia Colin). A estratégia se mostrou um acerto e o desmascaramento da personagem destacou a atriz.


Inicialmente, Domitila parecia uma vítima sofredora, padecendo com as agressões do marido violento (Felício - Bruce Gomlesvky) e sofrendo nas mãos da irmã, a interesseira Benedita (Larissa Bracher). O início de seu  romance com Chalaça (Rômulo Estrela), por sinal, rendia cenas delicadas para o casal. Entretanto, aos poucos, a verdadeira face da mulher foi sendo exposta para o público através de atitudes egoístas e traiçoeiras. O lado maquiavélico se firmou desde que ela adotou como principal meta a sua aproximação de Dom Pedro, com o intuito de se livrar do marido e conseguir a guarda dos filhos.

Mas, na verdade, Domitila sempre quis uma vida luxuosa e a posição de princesa do Brasil. Tanto que assim que conseguiu a guarda das crianças, as internou em um colégio. Também não pensou duas vezes antes de trair Chalaça, fazendo o amante odiar seu até então melhor amigo.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Valorizada como merece, Elizângela emociona em "A Força do Querer"

Em suas últimas novelas, Glória Perez vinha cometendo o mesmo erro: o elenco 'inchado'. A autora exagerava nas escalações e enchia as suas tramas de personagens, deixando sempre vários deles avulsos, desvalorizando atores, que acabavam fazendo figuração de luxo. "Salve Jorge" foi seu maior equívoco. Mas, em "A Força do Querer", ela acabou com isso. Aprendeu com os erros e as merecidas críticas. Agora são poucos perfis e o time coeso, onde todos têm espaço de destaque. A maior prova é Elizângela, que vem protagonizando grandes cenas.


Inicialmente, Aurora parecia uma figura sem muita importância. Mãe de Bibi (Juliana Paes), uma das protagonistas, a personagem aparecia apenas para implicar com o genro, Rubinho (Emílio Dantas), e condenar a separação da filha com Caio (Rodrigo Lombardi), o genro dos sonhos. Sua função, basicamente, era ser a 'orelha' dos desabafos da herdeira. Porém, com o destaque cada vez maior do núcleo, em virtude do rodízio do trio central ---- primeiro Ritinha (Isis Valverde), depois Jeiza (Paolla Oliveira) e agora Bibi ----, o perfil virou um dos vários êxitos do folhetim.

Não é exagero constatar que Aurora se transformou na maior sofredora da história desde que viu a filha se perder completamente em virtude de uma paixão cega e doentia. Ela nunca se conformou com a união de Bibi e Rubinho, mas acabou tolerando para não gerar brigas gratuitas.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Ótimo como Léo Régis, Rafael Vitti se destaca em "Rock Story"

Ele foi uma grata revelação de "Malhação Sonhos" e conquistou o público interpretando o atrapalhado Pedro, que formou um casal de grande sucesso com a esquentadinha Karina (Isabella Santoni) em 2014. Depois da bem-sucedida temporada escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, Rafael Vitti fez uma participação no quadro "Não se apega, não", do "Fantástico" (2015), e esteve na primeira fase de "Velho Chico" (2016), vivendo o vilão Carlos Eduardo. Agora, em "Rock Story", o ator brilha na pele do mimado Léo Régis, fazendo jus ao destaque que tem na trama de Maria Helena Nascimento.


O personagem é uma ótima crítica da autora a todos esses artistas adolescentes que surgem sem nenhuma bagagem, se deslumbrando rapidamente com a fama e o sucesso. Léo Régis é um ícone pop que começou a se destacar na mídia quando lançou a música "Sonha Comigo", canção escrita por Gui Santiago (Vladimir Brichta), que o acusa publicamente de roubo. O rapaz nunca se importou com as acusações do rival e sempre faz questão de provocá-lo, aumentando o ódio entre os dois. Para culminar, ele ainda se envolveu com Diana (Alinne Moraes), ex-esposa de Gui.

O cantor também é superprotegido pela mãe, a controladora Néia (Ana Beatriz Nogueira), e sua relação com a irmã Yasmin (Marina Moschen) ficou estremecida quando soube que a garota está namorando Zac (Nicolas Prattes), filho de Gui e um dos integrantes da 4.4, banda que passou a rivalizar no mercado musical com ele.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

De volta ao drama, Camila Morgado se destaca em "A Lei do Amor"

Entre os problemas de "A Lei do Amor", o elenco escalado com certeza não é um deles. Apesar das críticas em torno do excesso de personagens, os atores escolhidos, em sua grande maioria, são muito talentosos. E uma das estrelas da trama de Maria Adelaide e Vincent Villari, que protagonizou a sua melhor cena, até então, quando Vitória flagrou sua própria mãe e seu marido transando, é Camila Morgado.


A atriz sempre foi um dos destaques do núcleo central e esse papel marca o seu retorno ao drama, após alguns papéis voltados para a comicidade nas novelas. Camila estreou na televisão vivendo a romântica Manuela, na primorosa minissérie "A Casa das Sete Mulheres" (2003), também escrita por Maria Adelaide juntamente com Walther Negrão. Ali tinha ficado claro que seu talento dramático era incontestável e o mesmo pôde ser admirado no filme "Olga" (2004), onde viveu a personagem título, protagonizando cenas pesadas e extremamente difíceis.

Ela ainda brilhou nas minisséries "Um Só Coração" (2004) e "JK" (2006), além de ter se destacado vivendo a vilã May, em "América" (2005). Também fez uma ótima participação na microssérie "Amor em 4 Atos" (2011) e emocionou em "O Canto da Sereia" (2013). Todos perfis voltados para o drama. A sua ida para a comicidade se deu na fraca "Viver a Vida", de Manoel Carlos, em 2009, quando viveu a jornalista Malu. A partir de então só interpretou tipos mais leves nos folhetins.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Débora Falabella é o grande destaque de "Nada Será Como Antes"

"Nada Será Como Antes" vem cumprindo menos do que prometeu. A série escrita por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão tem uma boa premissa, mas o enredo deixa a desejar, pois foca em situações não muito atrativas em detrimento da história do surgimento da televisão. Os dramas da ficção são fundamentais para o conjunto, mas, infelizmente, os que foram criados não prendem o telespectador, ainda mais em um formato semanal. Entretanto, a direção precisa de José Luiz Villamarim novamente se sobressai , extraindo o melhor do elenco muito bem escalado. E um dos grandes destaques é Débora Falabella.


A atriz estava longe da telinha desde a sua ótima participação em "Dupla Identidade" (2014), onde viveu a complexa Ray, namorada do serial Killer Edu (Bruno Gagliasso). Em 2015 ainda esteve em um dos episódios da série "As Canalhas", do canal a cabo GNT, mas não participou de nenhuma outra produção. O seu retorno é mais do que bem vindo e o seu papel faz jus ao seu talento, principalmente porque explora várias vertentes cênicas, incluindo uma deliciosa metalinguagem. Débora interpreta justamente uma atriz que enfrenta problemas pessoais e profissionais, precisando lidar com o julgamento da sociedade e com o inesperado rumo que sua carreira toma.

É um perfil muito atrativo, o que proporciona para a intérprete bons momentos na série. Verônica era uma atriz de rádio-novela que viu sua vida mudar quando conheceu Saulo (Murilo Benício), seu grande amor. Ele virou uma espécie de empresário da esposa e a fez ficar ainda mais famosa --- no caso, a sua voz.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Bárbara França é uma grata revelação de "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz"

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" estreou no final de agosto e desde então tem sido possível observar um bom enredo, principalmente se comparado com a fraca temporada passada, escrita pelo mesmo Emanuel Jacobina. O principal acerto é o núcleo central, envolvendo Ricardo (Marcos Pasquim), o dono da Academia Forma. Tudo que está ligado a ele desperta atenção, vide a sua relação conturbada com as três filhas, seu romance com Tânia (Deborah Secco), o desgaste com a namorada Tita (Paula Possani), a rivalidade com o ex-amigo Caio (Thiago Fragoso) e a descoberta da filha Joana (Aline Dias). Mas entre todos os pontos da trama principal, há um que merece uma menção especial: o desempenho de Bárbara França.


A intérprete da vilã Bárbara, ironicamente o seu nome real, se sobressaiu logo na estreia, já prometendo bons momentos no seriado adolescente. E a promessa vem sendo cumprida com louvor. A personagem é riquíssima, cheia de nuances, proporcionando para a atriz ótimas cenas. Não é apenas um perfil malvado, pois há todo um contexto explicativo para a sua personalidade nada fácil. A irmã de Juliana (Giulia Gayoso) e Manuela (Milena Melo) tem uma relação de extrema carência com o pai, fazendo de tudo para ter aprovação ou reconhecimento do seu esforço ---- ela trabalha na academia e é o braço direito dele. A ausência da mãe (já falecida), com quem era muito ligada, a afeta e o seu relacionamento amoroso com Gabriel (Felipe Roque) é de insegurança, refletindo um ciúme intenso e tentativa de posse.

Todas essas características engrandecem o papel, provocando várias vezes uma compreensão pelas suas motivações. Muitas de suas atitudes não têm justificativa, mas têm explicação. E quando isso ocorre é sinal claro da densidade do perfil. O conjunto que a cerca sempre foi desenhado e vem sendo bem desenvolvido pelo autor desde a estreia, valorizando a intérprete.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Na pele da sofrida Shirlei, Sabrina Petraglia foi o maior destaque de "Haja Coração"

"Haja Coração" está quase no seu fim e a segunda novela de Daniel Ortiz teve mais erros que acertos. Entretanto, a trama apresentou alguns bons destaques e outros que fizeram um sucesso além do esperado. O caso de Shirlei, por exemplo, ultrapassou até o mais otimista: a personagem tinha uma participação relativamente pequena no início do enredo, mas foi crescendo à medida que Sabrina Petraglia ia mostrando o seu talento. Até chegar ao ponto de virar um dos trunfos do folhetim das sete, ganhando ares de protagonista.


A personagem foi a única que não fazia parte de "Sassaricando", produção de Silvio de Abreu que originou a atual versão, e sim de outra novela: "Torre de Babel", do mesmo autor, cuja reprise pode ser vista no Canal Viva. A menina extremamente sensível, com baixa autoestima e que tem uma deficiência na perna fez um imenso sucesso na obra original, destacando Karina Barum, que emocionou e cativou o público na época. Ironicamente, agora, não foi diferente. O perfil mais uma vez caiu nas graças do telespectador.

Para culminar, Shirlei ainda protagoniza um romance claramente inspirado nos contos de fadas, especialmente "Cinderela". Ela conheceu Felipe (Marcos Pitombo) quando o rapaz quase a atropelou e perdeu sua bota ortopédica, que ficou com ele até o aguardado reencontro. O 'príncipe' calçou a bota em sua amada e aí o amor se concretizou, iniciando uma saga que encantou o público.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Juliana Silveira foi um bom destaque do elenco de "A Terra Prometida"

Nesta semana, foi ao ar uma sequência muito aguardada de "A Terra Prometida": a queda das muralhas de Jericó. A prévia da cena já havia sido mostrada na estreia da novela, no dia 5 de julho, antes do enredo retroceder no tempo, exibindo tudo o que ocorreu antes da chegada de Josué (Sidney Santiago) com o povo hebreu. Os momentos de batalha honraram a boa audiência (17/18 pontos), culminando ainda em uma quase mudança de fase. Afinal, muitos personagens importantes morreram e novos estão entrando. E um dos perfis vitimados foi a rainha de Jericó, vivida por Juliana Silveira.


A atriz foi um dos destaques da trama bíblica, mostrando mais uma vez o seu conhecido talento. Kalesi foi uma vilã extremamente caricata, parecendo as bruxas de peças infantis. Tudo era 'over': tanto a vestimenta, quanto as situações que protagonizava e o texto que proferia. Juliana seguiu o que foi imposto: imprimiu uma interpretação quase teatral e cumpriu a sua missão com louvor. Seria bem mais proveitoso se o papel tivesse um tom a menos, porém, a direção de Alexandre Avancini não quis assim e nem o autor Renato Modesto. Ou seja, a intérprete corria uma avalanche de riscos.

Mas Juliana conseguiu se sair muito bem na complicada empreitada. Apesar das inúmeras armadilhas que a personagem lhe impunha constantemente (muitas cenas eram exageradas demais), a atriz se destacou positivamente e foi um dos trunfos do elenco.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Selma Egrei pôde mostrar a grande atriz que é em "Velho Chico"

O elenco da primeira fase de "Velho Chico" ---- escrita por Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi, dirigida por Luiz Fernando Carvalho ---- foi muito enxuto. Eram poucos os personagens e a história era voltada apenas para o enredo central, que retratava a tradicional guerra de famílias por poder. Rodrigo Santoro foi o grande protagonista e defendeu com maestria o controverso Afrânio. Porém, um outro grande destaque do início do folhetim foi justamente um nome que estava precisando há tempos de um bom papel nas novelas: Selma Egrei. E, para o privilégio do público, a sua personagem foi uma das poucas que permaneceram na segunda fase, através de um minucioso processo de caracterização.


A atriz esbanja talento e é uma das melhores profissionais do meio, embora não tenha tido tantos papéis significativos na televisão --- o que é de se lamentar bastante, inclusive. Ela ganhou de Luiz Fernando Carvalho (que fez questão de escalá-la) uma personagem interessantíssima, representante da maior licença poética do folhetim. Encarnação era uma autoritária e amargurada mulher, que nunca se conformou com a morte de seu primogênito, afogado no Rio São Francisco. Viúva do influente Coronel Jacinto (Tarcísio Meira), a matriarca da poderosa família fez questão de dominar seu outro filho, Afrânio (Rodrigo Santoro), que assumiu a posição do pai na região.

Ela era a figura clássica da Rainha má e louca dos contos de fadas, mas também podia ser uma representação de Lady Macbeth, figura clássica de William Shakespeare. E a licença poética estava justamente no figurino da personagem que não condizia com o ambiente retratado na trama ---- sertão nordestino, na fictícia Grotas de São Francisco ---- e muito menos com a época.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Maior revelação do ano, Lucy Alves é uma grata surpresa de "Velho Chico"

Um dos defeitos de "Velho Chico" (e foram muitos observados ao longo de sua exibição) definitivamente não é o elenco. O time da novela das nove de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, é muito bem escalado e há vários intérpretes talentosos, vide Christiane Torloni, Selma Egrei, Domingos Montagner, Irandhir Santos, Zezita Matos e Dira Paes, por exemplo. Mas entre os ótimos nomes do time, há uma revelação surpreendente e que tem se sobressaído cada vez mais na trama: Lucy Alves.


Ela se revelou para os telespectadores na segunda edição do "The Voice Brasil", onde mostrou seu imenso talento para o canto. A linda voz de Lucy encantou a todos e foi uma das favoritas da competição musical, conseguindo merecidamente chegar à final (Sam Alves foi o vencedor em 2013). Suas apresentações, acompanhada do seu inseparável acordeon, foram inesquecíveis e desde então não saiu mais da mídia. Seus shows triplicaram e sua carreira como cantora deslanchou de vez.

Porém, Lucy ainda não tinha apresentado todas as suas facetas para o grande público. Além de cantar lindamente, ser compositora e multi-instrumentista, ela também tem vocação para as artes cênicas. A finalista do "The Voice" estreou no teatro com o musical "Nuvem de Lágrimas" e angariou elogios pela sua atuação.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Rosi Campos foi valorizada como merecia em "Êta Mundo Bom!"

Uma das qualidades de Walcyr Carrasco é a valorização dos atores experientes. Eles são destacados em todas as suas novelas e o autor sempre faz questão de presenteá-los com bons papéis. Tanto que os casais de 'veteranos' costumam ter uma boa importância nas suas histórias, protagonizando cenas sensíveis e bem escritas. Baseado, então, no histórico mencionado, a escalação de Rosi Campos para "Êta Mundo Bom!" foi uma ótima notícia. E, assim que o folhetim estreou, ficou perceptível que a intérprete seria valorizada como merecia.


A atriz ganhou a carismática Eponina ---- que havia sido escrita para a também talentosa Jandira Martini (que não pôde aceitar em virtude de compromissos com o teatro) ----, praticamente uma Cinderela que passou da idade de viver o primeiro amor e encontrar seu príncipe. Ingênua, atrapalhada e com um forte sotaque caipira, a personagem é uma das principais do ótimo núcleo da fazenda e um dos grandes destaques da novela. Considerada um estorvo na família, a irmã de Quinzinho (Arty Fontoura) não tem uma relação amistosa com a cunhada Cunegundes (Elizabeth Savalla), mas foi praticamente a mãe postiça de Candinho (Sérgio Guizé) e Mafalda (Camila Queiroz), tendo ainda um imenso carinho por Filó (Débora Nascimento) e Quincas (Miguel Rômulo).

A virginal senhora ainda é apaixonada pelas rádio-novelas e tem uma autoestima bastante elevada, pois sempre achava que os homens que iam à fazenda estavam interessados em seu decote e suas 'ancas'. Rosi Campos sempre foi uma ótima comediante e incorporou uma caipira pura brilhantemente, se adaptando perfeitamente ao texto do autor, com quem trabalha pela primeira vez.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Flávia Alessandra repete boa parceria com Walcyr Carrasco e se destaca em "Êta Mundo Bom!"

Ela estreou na televisão em "Top Model" (1989), graças ao concurso de novas atrizes que o "Domingão do Faustão" promoveu na época, onde Adriana Esteves também foi revelada. Desde então participou de várias novelas, como "História de Amor", "A Indomada", "Meu Bem Querer", "Porto dos Milagres" e "O Beijo do Vampiro", entre outras. Porém, foi graças a Walcyr Carrasco que Flávia Alessandra se firmou de vez na carreira, mostrando a ótima atriz que é. O autor iniciou uma bem-sucedida parceria com a intérprete em "Alma Gêmea", lhe presenteando com seu melhor papel (a diabólica Cristina), e agora os dois novamente estão juntos em "Êta Mundo Bom!".


A atriz ganhou a ambiciosa Sandra, a grande vilã do atual fenômeno das seis. A personagem tem algumas semelhanças evidentes com Cristina, como os cabelos e o estilo elegante de se vestir. O objetivo do autor, por sinal, foi esse mesmo, pois a novela que marca seu retorno ao horário que o consagrou tem todos os elementos já usados por ele nos seus outros folhetins das 18h. Entretanto, há também diferenças claras entre os perfis. A víbora de "Alma Gêmea" era impulsiva e ficava vulnerável sem a mãe do lado planejando seus próximos passos, além de ter um completo descontrole emocional.

Sandra é uma mulher fria e calculista. Mais contida, se comparada com a sua semelhante, e idealizadora de tudo o que faz. Não precisa de uma mãe para lhe dar ordens. Tem o poder da manipulação e só está preocupada com o dinheiro, ao contrário de Cristina, que tinha uma obsessão pelo mocinho. Flávia Alessandra vem brilhando desde a estreia, conseguindo explorar com talento as similaridades e as diferenças que unem e separam sua segunda grande vilã da primeira.