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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Reprise de "A Favorita" reforçou a potência da trama central e os vários problemas dos núcleos secundários

 A reprise de "A Favorita" no "Vale a Pena Ver de Novo" está em plena reta final. A decisão da Globo de reprisá-la surpreendeu muita gente, afinal, a novela de João Emanuel Carneiro tem cenas fortes. Infelizmente, a suspeita do público foi confirmada. A reprise foi mutilada. Mas houve uma preocupação em cortar muito mais os núcleos paralelos do que o central. Até as cenas icônicas pesadas foram exibidas na íntegra, como o assassinato de Salvatore e de Gonçalo, mas várias cenas com frases irônicas da grande vilã foram eliminadas. Uma pena. E, apesar das edições grosseiras, a reexibição confirmou o que todos já sabiam: a potente trama central fez a história entrar para a galeria de grandes produções da teledramaturgia, enquanto quase todos os núcleos paralelos merecem o esquecimento. 

  A novela foi emblemática porque começou a ser exibida para o público sem as 'determinações' clássicas a respeito de quem era mocinha e quem era vilã. O telespectador não ficou na condição privilegiada de saber o contexto do enredo, muito pelo contrário, ele simplesmente passou a fazer parte daquela trama, podendo ser enganado ou não pelas duas principais personagens. Eram duas versões de uma mesma história e a pergunta exposta no teaser chamava atenção: "Quem está falando a verdade?". Um dos atrativos era justamente bancar o detetive, analisando o comportamento dos perfis.

O público se viu na mesma condição dos personagens, não podendo julgar quem acreditava ou não em quem. Afinal, o telespectador ficou tão em dúvida quanto várias figuras pertencentes ao enredo tão bem trabalhado pelo autor. Porém, João, muito inteligentemente, soube induzir com competência, abusando de estereótipos clássicos em folhetins.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Nova aquisição da Globoplay, "A Favorita" vale a pena ver de novo

A Globoplay está cada vez mais empenhada em ampliar seu catálogo para atrair mais assinantes. Como a gravação de novas séries está interrompida por conta da pandemia do coronavírus, o serviço de streaming da Globo insere a partir de hoje, dia 25, uma lista de novelas que fizeram sucesso e são até hoje lembradas. Entre as escolhidas estão "Dancin`Days" (1978), "Baila Comigo" (1981), "Tieta" (1989), "Guerra dos Sexos" (1983), "Roque Santeiro" (1985), "Vale Tudo" (1988), "Vamp" (1991), "A Próxima Vítima" (1995), "Explode Coração" (1995), "Torre de Babel" (1998) e "Laços de Família" (2000). Há vários outros títulos escolhidos ainda sem previsão de estreia. O investimento contabiliza cerca de 50 produções em processo de resgate, sendo 21  liberados para publicação. Aliás, todos os folhetins já reexibidos pelo Canal Viva serão inseridos. E a primeira produção que inaugura esse projeto, hoje (dia 25), é "A Favorita" (2008).


É a primeira oportunidade do telespectador assistir ao folhetim em HD, já que em 2008 a maioria das televisões no Brasil não tinha resolução em alta definição. A novela marcou a teledramaturgia porque começou a ser exibida para o público sem as 'determinações' clássicas a respeito de quem era mocinha e quem era vilã. O telespectador não ficou na condição privilegiada de saber o contexto do enredo, muito pelo contrário, ele simplesmente passou a fazer parte daquela trama, podendo ser enganado ou não pelas duas principais personagens. Eram duas versões de uma mesma história e a pergunta exposta no teaser chamava atenção: "Quem está falando a verdade?". Um dos atrativos era justamente bancar o detetive, analisando o comportamento dos perfis.

O público se viu na mesma condição dos personagens, não podendo julgar quem acreditava ou não em quem. Afinal, o telespectador ficou tão em dúvida quanto várias figuras pertencentes ao enredo tão bem trabalhado pelo autor. Porém, João, muito inteligentemente, soube induzir com competência, abusando de esteriótipos clássicos em folhetins.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

"A Favorita": a novela mais ousada de João Emanuel Carneiro

João Emanuel Carneiro ainda não tem muitas produções como autor titular na televisão. São cinco novelas e uma série. Levando em consideração os autores mais experientes, é uma lista pequena. Entretanto, sua carreira já é repleta de sucessos. Pode-se constatar, inclusive, que "A Regra do Jogo", seu folhetim mais recente, é a sua pior produção até agora (mesmo tendo sido uma novela regular), comparando com seus bons trabalhos anteriores. E, entre todas as suas histórias já produzidas, não há dúvidas de que a mais ousada e bem escrita foi "A Favorita", exibida em 2008, que completou nove anos no último dia 2.


A novela marcou a teledramaturgia porque começou a ser exibida para o público sem as 'determinações' clássicas a respeito de quem era mocinha e quem era vilã. O telespectador não ficou na condição privilegiada de saber o contexto do enredo, muito pelo contrário, ele simplesmente passou a fazer parte daquela trama, podendo ser enganado ou não pelas duas principais personagens. Eram duas versões de uma mesma história e a pergunta exposta no teaser era: "Quem está falando a verdade?". Um dos atrativos era justamente bancar o detetive, analisando o comportamento dos perfis.

O público se viu na mesma condição dos personagens, não podendo, portanto, julgar quem acreditava ou não acreditava em quem. Afinal, o telespectador ficou tão em dúvida quanto várias figuras pertencentes ao enredo tão bem trabalhado pelo autor. Porém, João, muito inteligentemente, soube induzir com competência, abusando de esteriótipos clássicos em folhetins.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Reprise de "A Favorita" mata as saudades do público, marca a volta do Novelão da Semana e levanta a audiência do Vídeo Show

Estranhamente, após completar 30 anos de existência, o "Vídeo Show" resolveu abolir o quadro que mais estava fazendo sucesso no programa desde que foi colocado no ar: o "Novelão da Semana". Sem nenhuma explicação, eliminaram o compacto das novelas que costumava ser exibido durante uma ou duas semanas. Porém, provavelmente por causa das reclamações dos telespectadores ou então devido a algumas derrotas no ibope para o apelativo "Balanço Geral" da Record, o sumiço não durou muito. Na semana passada, o quadro voltou ao ar exibindo o primeiro sucesso de João Emanuel Carneiro no horário nobre: "A Favorita".


A escolha foi mais do que acertada e isso se refletiu nos índices de audiência. O "Vídeo Show" tem marcado nos últimos dias em torno dos 9/10 pontos, mas com a exibição dessa marcante trama no "Novelão da Semana", o programa chegou a atingir picos de 15 pontos enquanto o quadro ia ao ar. E não é muito difícil saber os motivos que levaram a isso.

A novela revolucionou o horário nobre ao apresentar para o telespectador um enredo onde não havia uma vilã declarada, apenas duas mulheres defendendo seus pontos de vista e contando diferentes histórias a respeito de um assassinato. Logo no início, o público se encantou com Flora (Patrícia Pillar), afinal,

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Patrícia Pillar volta em grande estilo e brilha na pele de Constância em Lado a Lado

Ela é uma profissional admirável e fazia muita falta na televisão. A última novela que contou com a presença da atriz, do início ao fim da trama, foi "A Favorita", em 2008. Sua interpretação magistral foi muito marcante e até hoje a vilã Flora, que enganou personagens e telespectadores, é lembrada pelo público. Após essa fase de muita exposição e consagração, tirou um tempo para descansar a imagem. Depois do período sabático, fez pequenas participações em "Passione" (2010) e "Divã" (2011), além de ter emprestado seu lado apresentadora para o "Som Brasil". No início de 2012, protagonizou um episódio da série "As Brasileiras" e agora, finalmente, voltou a integrar o elenco fixo de uma novela. Claro que estou falando de Patrícia Pillar, a Constância de "Lado a Lado".


Uma profissional que foi crescendo a cada trabalho e desde que surgiu na televisão mostrou que não era apenas um rosto bonito. Patrícia Pillar fez sua primeira aparição em "Roque Santeiro", mas foi vivendo a misteriosa Ana do Véu, na primeira versão de "Sinhá Moça" (1986), escrita por Benedito Ruy Barbosa, que a atriz começou a trilhar seu caminho na televisão, colecionando personagens e enriquecendo o currículo. Aliás, foi a partir dessa novela que Benedito caiu de amores pela atriz e fez questão de contar com sua presença em várias outras produções. O autor a escalou para muitas tramas, entre elas "Renascer", "O Rei do Gado" e os remakes de "Cabocla" e "Sinhá Moça".

Mas Patrícia também participou de outras novelas --- "Brega & Chique" (1987), "Rainha da Sucata" (1990), "Salomé" (1991), "Pátria Minha" (1995), "Um Anjo Caiu do Céu" (2001) --- e várias séries, entre elas uma marcante: "Mulher", seriado que mostrava o cotidiano de uma clínica de atendimento a mulheres. Patrícia era Cris e fez uma dupla fantástica com

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

As louras diabólicas de João Emanuel Carneiro

As vilãs fazem parte dos filmes, novelas, livros, enfim, de toda obra ficcional, ou pelo menos quase todas. Normalmente são estas personagens que acabam se destacando, pois, além de serem tipos interessantes, movimentam as histórias. O "Arquivo N", do canal a cabo Globo News, apresentou um compacto com as maiores vilãs da teledramaturgia e o programa foi divido em duas partes. Foi uma atração imperdível para todos os noveleiros de plantão. Toda esta introdução foi feita porque este texto falará das vilãs de João Emanuel Carneiro, o autor do momento.


Um dos maiores sucessos de "Avenida Brasil" é, sem dúvida, Carminha, vilã interpretada magistralmente por Adriana Esteves. Assustando o telespectador desde o primeiro capítulo, praticando as maiores atrocidades em cima de uma sofrida criança, Carmen Lúcia já havia mostrado que seria um marco na história da teledramaturgia. Com o passar dos capítulos, este fato apenas ia se comprovando e no atual momento já pode-se dizer tranquilamente que Carminha será inesquecível. A personagem humilhou, gritou, sofreu, tripudiou, traiu, dissimulou, enterrou a rival viva e fez tudo o que há de pior na atual novela do horário nobre.

Mas bastava olhar o passado de João Emanuel Carneiro para ter a certeza que Adriana estava recebendo um grande papel e o melhor de sua carreira. O autor, apesar de não ter muitas tramas no currículo, já mostrou ao telespectador que sabe criar víboras como poucos. Afinal, não dá para