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quarta-feira, 24 de março de 2021

Evolução da sociedade expõe o péssimo envelhecimento de Pedro em "Laços de Família"

 A evolução do comportamento do público já deixou bem claro que o galã de uma novela da década de 80 pode se tornar quase um vilão em 2021. Por isso a teledramaturgia é tão estudada e apreciada por vários historiadores, além dos tradicionais noveleiros. Há até ótimas monografias de faculdade sobre o tema. A atual reprise de "Laços de Família", em plena reta final, por exemplo, expõe uma completa mudança do olhar do público diante do personagem Pedro, interpretado por José Mayer. 

O sucesso de Manoel Carlos vem repetindo o êxito no "Vale a Pena Ver de Novo". A audiência está elevada. E com todo mérito. É um dos melhores trabalhos do autor, além de ser um dos mais lembrados com carinho pelo telespectador. Porém, Pedro é o tipo que pior 'envelheceu' no enredo. A expressão 'envelheceu mal' virou uma espécie de 'meme' na internet justamente por mostrar como determinadas situações, antes vistas como naturais, soam problemáticas hoje em dia. E pouco se salva deste perfil criado por Maneco. 

O administrador do Haras de Alma (Marieta Severo) é um sujeito solitário e rabugento. Transborda grosseria com todos ao seu redor, principalmente com as mulheres. Chegou a ter um casamento relativamente duradouro, mas acabou se divorciando. Os cavalos são sua única paixão.

sábado, 22 de dezembro de 2018

As teorias sobre "Espelho da Vida"

A atual novela das seis não é um estouro de audiência. Aliás, pelo contrário. Os índices deixam bastante a desejar e estão bem abaixo do esperado. Mas, "Espelho da Vida" tem reagido aos poucos no Ibope e há perspectiva de melhora ano que vem. Afinal, a trama de Elizabeth Jhin é muito bem amarrada e os vários mistérios em torno da história despertam imensa curiosidade no público. Esse conjunto de enigmas tem proporcionado várias teorias dos telespectadores, gerando repercussão e debates nas redes sociais.


Não é incomum que uma novela com audiência modesta provoque grande repercussão. Um bom caso foi a primorosa "A Vida da Gente", de 2011. O enredo de Lícia Manzo não registrava números extraordinários (embora tenha passado longe de um fracasso), mas os debates sobre os rumos de Manu (Marjorie Estiano), Ana (Fernanda Vasconcellos) e Rodrigo (Rafael Cardoso) eram intensos. Também não é raro uma produção de Ibope excelente não despertar qualquer tipo de "burburinho" ---- "Pega Pega", por exemplo, exibida ano passado, teve uma das maiores médias da faixa das sete, mas ninguém falava sobre a trama.

O folhetim das seis tem telespectadores apaixonados. Quem assiste todos os dias realmente está envolvido com o roteiro de Elizabeth e não são poucas as teorias que se proliferam no Twitter, Facebook, Instagram e afins, provocando discussões acaloradas ----- várias vezes resultando em brigas, inclusive.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Descaracterizada e problemática, "A Lei do Amor" começou promissora e terminou decepcionante

"A Lei do Amor" foi uma novela 'problemática' antes mesmo de estrear. Isso porque a história teve a sua estreia subitamente adiada, cedendo lugar para"Velho Chico", que inicialmente seria uma trama das seis. As explicações dadas ---- por causa do teor político do enredo em época de eleições municipais ---- nunca foram convincentes e naufragaram de vez quando o folhetim de Benedito Ruy Barbosa acabou explorando a política muito mais que a sua substituta. A mudança ainda implicou em uma tragédia involuntária, pois Domingos Montagner faria o Tião Bezerra, mas preferiu interpretar o Santo dos Anjos, falecendo em uma tragédia na reta final das gravações. Entretanto, deixando todas essas questões de lado, havia uma boa expectativa em cima da primeira produção de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari no horário nobre.


Os autores vinham de um elogiado trabalho: "Sangue Bom", deliciosa trama das sete exibida em 2013 que agradou público e crítica. Além, claro, do respeitável currículo de Maria Adelaide, responsável pelas primorosas minisséries ""A Muralha", "Os Maias", "A Casa das Sete Mulheres", "JK", "Queridos Amigos", "Dercy de Verdade", entre tantas outras, incluindo o inesquecível remake da novela "Anjo Mau". E, para culminar, o elenco grandioso despertou ainda mais atenção, como Vera Holtz vivendo sua primeira grande vilã, Grazi Massafera de volta após o sucesso da Larissa em "Verdades Secretas", José Mayer na pele de um sujeito desprezível, Cláudia Raia interpretando uma devoradora de homens, Tarcísio Meira retornando aos folhetins, e Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu vivendo os mocinhos, além de vários outros ótimos nomes.

O início do enredo, ao menos, despertou interesse e fez jus ao que vinha sendo apresentado nas chamadas. A primeira fase foi linda, voltada para o romance de Pedro e Helô, valorizando a química entre Chay Suede e Isabelle Drummond, destacando ainda os grandiosos Tarcísio Meira e Vera Holtz.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Fazendo jus ao protagonismo de "A Lei do Amor", Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu transmitem a linda sintonia de Pedro e Helô

A missão não era nada fácil: repetir a química arrebatadora vista entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor". Entretanto, Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu conseguiram atingir o objetivo com louvor e logo na primeira cena deles, na segunda fase da novela das nove, que está há pouco mais de um mês no ar. A essência do par foi mantida, assim como a sintonia observada no prólogo de cinco capítulos do folhetim, protagonizado pelos jovens atores citados.


Pedro e Helô têm uma história muito bem construída por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que souberam conquistar o telespectador com uma primeira fase voltada praticamente para o nascimento desse amor. E o par representou um dos maiores clichês da teledramaturgia em seu início: a mocinha pobre e o mocinho rico que se apaixonam, mas acabam tendo a paixão destruída por uma armação dos vilões, representados pelo pai e pela madrasta do rapaz. Vinte anos se passaram, mas o sentimento continuou intenso, apesar da distância e do mal entendido (uma traição inexistente) provocado por Fausto (Tarcísio Meira) e Magnólia (Vera Holtz).

O receio do encanto do casal ter se quebrado com a mudança de fase era inevitável, afinal, Chay e Isabelle formaram um par encantador. Mas Gianecchini e Cláudia logo acabaram com esse medo assim que protagonizaram o reencontro dos protagonistas, justamente em uma praia que representava um dos locais mais marcantes dos personagens.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Segunda fase de "A Lei do Amor" começa movimentada e com ótimas cenas

A nova novela das nove entrou em sua segunda semana, após a segunda fase do enredo escrito por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari ter sido iniciada no final do capítulo de sexta-feira (07/10). A trama, contada inicialmente em 1995, teve uma passagem de 20 anos e praticamente apresentou um novo começo, tendo como base o amor interrompido de Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Cláudia Abreu). E esse início não poupou acontecimentos, se mostrando ainda melhor que a primeira fase.


O capítulo desta segunda-feira (10/10) foi digno de uma reta final ou então de uma metade de novela, quando costuma acontecer alguma grande virada para movimentar o enredo. Mas foi apenas o sétimo capítulo, mostrando a coragem dos autores em resolver o motivo da separação do casal de mocinhos logo no começo, não poupando história e comprovando que há ainda muitas cartas na manga. Foram muitas cenas dignas de elogios, destacando não só o elenco como também a direção de Denise Saraceni, principalmente no forte momento do atentado sofrido por Fausto (Tarcísio Meira) e Suzana (Regina Duarte).

O remorso do poderoso empresário acabou sendo o responsável por todos os grandes acontecimentos do início da agitada segunda fase. Ele contou para o filho sobre a armação que provocou a sua separação de Helô, despertando a ira de Pedro e uma quase imediata reconciliação dele com a agora esposa de Tião Bezerra (José Mayer).

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Isabelle Drummond e Chay Suede formaram um encantador casal na primeira fase de "A Lei do Amor"

A primeira fase de "A Lei do Amor" teve apenas cinco capítulos e nem estava prevista antes da novela ser adiada, cedendo lugar para "Velho Chico". Esse prólogo serviu para expôr toda a construção do amor dos protagonistas, além de mostrar as manipulações dos vilões do enredo. Vera Holtz e Tarcísio Meira já mostraram que Magnólia e Fausto serão grandes personagens, sendo necessário ainda mencionar a ótima Ana Rosa na pele da doce Zuza e a talentosa Gabriela Duarte como Suzana. A luxuosa participação de Denise Fraga, vivendo a sofrida Cândida, também engrandeceu o início da história. Mas os grandes destaques foram Isabelle Drummond e Chay Suede.


Os dois fizeram jus ao posto de protagonistas, mesmo sendo tão novos. Afinal, todo folhetim das nove costuma ter perfis centrais mais velhos. E com "A Lei do Amor" não será diferente, pois Cláudia Abreu e Reynaldo Gianecchini entram na trama agora, interpretando os mesmos personagens na segunda fase, ambientada em 2016. Mas os mocinhos foram brilhantemente defendidos pelos jovens talentos, que esbanjaram química do primeiro ao último capítulo da fase exibida em 1995, que chegou ao fim hoje. A escalação dos autores Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari e da diretora Denise Saraceni não poderia ter sido mais acertada.

Os cinco primeiros capítulos foram praticamente voltados para o envolvimento amoroso de Pedro e Helô, repleto de clichês típicos de um bom folhetim. Eles se apaixonaram à primeira vista, trocaram declarações, protagonizaram momentos delicados, tiveram cumplicidade de sobra, compartilharam alegrias e sofrimentos, enfim...

terça-feira, 4 de outubro de 2016

"A Lei do Amor" aposta no clássico e tem tudo para ser um novelão

"A lei do amor é simples, é indestrutível, incontrolável, indivisível, inevitável... Porque se não for tudo isso a lei não é do amor". Essa foi a mensagem dos teasers da nova novela das nove, cujo primeiro capítulo foi ao ar nesta segunda-feira (03/10), apresentando uma sucessão de acontecimentos e vários clichês do gênero. Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari estreiam no horário nobre da Globo com a responsabilidade de elevar os números de audiência da faixa, que apresentou um crescimento de apenas alguns décimos entre "A Regra do Jogo" e "Velho Chico" --- folhetins medianos, que vieram depois do retumbante fracasso de "Babilônia" e enfrentaram problemas no desenvolvimento.


O enredo deixa claro que os autores preferiram apostar no certo, deixando o duvidoso de lado. A história principal reúne as situações mais clássicas da telenovela: o mocinho rico e a mocinha pobre que se apaixonam, culminando em uma vingança da menina, que vê a sua vida arruinada por causa da família do amado. Mas são situações facilmente convidativas, quando bem desenvolvidas. E parece ser o caso da atual produção. A estreia desenhou todo o conflito central com competência, apresentando um ritmo ágil e várias cenas bem realizadas, provocando bastante interesse pela trama, que mescla amor, interesse, ética, política e a hipocrisia em torno dos valores familiares ---- o título inicial da obra, inclusive, seria "Sagrada Família".

A trama tem duas fases. A primeira é ambientada em 1995 e dura cinco capítulos, já a segunda é ambientada em 2016 e entra no ar a partir de sábado (08/10). O primeiro capítulo foi praticamente voltado para o calvário da destemida Helô, interpretada com brilhantismo por Isabelle Drummond ---- Cláudia Abreu interpreta a personagem na segunda fase.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

"Além do Tempo" finaliza a primeira fase de forma primorosa e inicia um novo ciclo promissor

A primeira fase de "Além do Tempo" durou praticamente quatro meses e teve 87 capítulos. Após muitas semanas de história ambientada no século XIX, agora o folhetim migra para 2015, após uma passagem de 150 anos ---- na verdade uma cronologia controversa em virtude do ano da fase recém-encerrada (ao que tudo indica, por volta de 1895, ou seja, a passagem é de 120 anos). E a primeira 'etapa' da trama cumpriu sua missão com louvor, foi estendida em virtude da boa aceitação, e apresentou momentos finais primorosos.


Elizabeth Jhin foi muito corajosa e pela primeira vez na teledramaturgia foi apresentado para o público toda uma saga de personagens que reencarnam juntos e têm suas vidas novamente cruzadas séculos depois. A situação, analisada friamente, é absurda até mesmo na doutrina espírita, pois é inconcebível um 'renascimento grupal'. Entretanto, a licença poética ---- que inclui no caso até mesmo a permanência dos nomes dos personagens ---- é mais do que bem-vinda, até mesmo em virtude da ousadia da autora.

Todos os folhetins que abordam o tema da reencarnação e vidas passadas utilizam dos conhecidos flashbacks para detalhar as histórias, inseridos ao longo dos meses de trama. A própria Elizabeth fez isso no sucesso "Escrito nas Estrelas" e na fraca "Amor Eterno Amor". Mas, agora, o telespectador pôde acompanhar um enredo com começo, meio e fim. Ou seja, "Além do Tempo" representa duas novelas em uma, proposta arriscada e inovadora.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Arthur Aguiar, Rafael Vitti, Guilherme Hamacek e Felipe Simas: quatro atores que se destacaram em "Malhação Sonhos"

A atual temporada de "Malhação" está perto do seu fim e deixará saudades. Além da ótima história e dos bem construídos personagens, a fase 'Sonhos' apresentou um elenco talentoso. Foram vários os intérpretes que brilharam. E, do elenco masculino, pode-se dizer que quatro atores se sobressaíram ao longo dos muitos meses (mais de um ano) de história: Arthur Aguiar, Rafael Vitti, Guilherme Hamacek e Felipe Simas.


Os quatro ganharam bons perfis. Arthur é o mais experiente, uma vez que já participou de novelas na Record ("Rebelde" e "Dona Xepa") e ainda esteve em "Em Família", na Globo. Já Rafael, Felipe e Guilherme estrearam neste seriado, que já lançou vários talentos no mercado. Mas todos amadureceram igualmente com este trabalho e cresceram artisticamente ao longo da temporada. Basta assistir aos primeiros acontecimentos, exibidos em julho de 2014, e comparar com as situações protagonizadas por eles agora para observar como o tempo foi um grande aliado.

Arthur teve o desafio de interpretar o mocinho clássico da "Malhação" e Duca foi muito bem defendido. O lutador de muay thai sempre precisou encarar as pancadas da vida de frente e sua família passou a ser Dona Dalva (Iná de Carvalho) e Alan (Diego Amaral), depois que um acidente de carro matou seus pais, deixando sua avó paraplégica.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Pedro e Karina: o casal mais popular de "Malhação Sonhos"

O tradicional ditado 'os opostos se atraem' costuma funcionar muito bem na ficção. É difícil um casal deste tipo, cuja relação começa com brigas cômicas e depois vira amor, dar errado na teledramaturgia. Portanto, é perfeitamente compreensível o êxito do par Pedro (Rafael Vitti) e Karina (Isabella Santoni) em "Malhação Sonhos". Desde o início ficou claro que a dupla cairia nas graças do público. E de fato caiu. O sucesso de 'Perina' é incontestável e logo na primeira semana de temporada ficou perceptível que a dupla seria um dos pontos altos da história.


Karina é uma menina sem vaidade, com baixa autoestima e que se culpa pela morte da mãe (ela faleceu em seu parto). Apaixonada por muay thai, usa a luta como uma válvula de escape para seus conflitos internos. Tem na figura da irmã (Bianca - Bruna Hamu) um porto seguro e é superprotegida pelo pai (Gael - Eriberto Leão). No começo da trama, teve uma paixão platônica por Duca (Arthur Aguiar) e demorou para perceber que na verdade estava gostando do Pedro, garoto que despertou sua fúria logo no primeiro encontro (quando a menina o flagrou tocando violão no restaurante do pai e da mãe dele).

Já o garoto é um típico trapalhão que, ao perceber o temperamento agressivo da garota, fez questão de apelidá-la de Esquentadinha assim que a viu. E foram os constantes e acidentais esbarrões que acabaram aproximando os dois. Apaixonado por música e guitarrista de uma banda, Pedro é responsável por inúmeras pérolas e sua irmã mais nova (Tomtom - Bianca Vedovato) consegue ser mais madura que ele.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Aclamada por público e crítica, "Sete Vidas" foi uma novela que primou pela sensibilidade

"O que é bom dura pouco." Esta frase conhecida pode ser aplicada facilmente ao segundo folhetim de Lícia Manzo na Globo. "Sete Vidas" chegou ao fim nesta sexta-feira (10/07), exibindo um último capítulo recheado de sensibilidade e cenas emocionantes, onde todo o contexto da trama foi fechado com maestria. O horário das seis foi premiado com uma produção que priorizou o cotidiano, excluindo a presença de vilões clássicos. A vida era a antagonista de todos. A novela teve apenas 106 capítulos e ficou cerca de quatro meses no ar. A curta duração evitou qualquer tipo de enrolação, mas não há como negar que deixou um gosto de quero mais.


Após o êxito da elogiada "A Vida da Gente", Lícia se aventurou novamente no horário das seis com uma história que tratava de arranjos familiares. Inicialmente prevista para a faixa das 23h, a duração da obra foi aumentada (seria ainda mais curta do que foi), mas o conjunto não foi mexido. E a autora apenas comprovou a sua competência ao contar uma história tão bem construída e envolvente quanto a exibida em 2011, marcando, na época, sua estreia como autora solo. As novas famílias (nem tão novas assim, diga-se) foram abordadas com um extremo detalhismo e a humanidade dos personagens cativou o telespectador, que logo se viu mergulhado naquele enredo tão bem elaborado.

O drama do solitário navegador Miguel (Domingos Montagner), que doou sêmen anos atrás no Estados Unidos, implicando no surgimento de cinco vidas, despertou atenção logo no primeiro capítulo, quando o mesmo iniciava sua saga, que era atormentada por um traumático acontecimento do passado. Toda a trama foi brilhantemente entrelaçada pela autora, onde a história de cada um foi sendo contada à medida que as semanas se passavam.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Triângulo amoroso protagonizado por Pedro, Júlia e Felipe é um dos trunfos da reta final de "Sete Vidas"

Lícia Manzo tem uma capacidade rara de emocionar o telespectador, evitando qualquer tipo de pieguice. A autora também sabe como envolver o público com seus personagens reais, cujas relações são sempre cheias de dificuldades impostas por decisões ou pela própria vida. E uma das muitas questões que tem norteado esta reta final de "Sete Vidas" é o dilema amoroso de Júlia (Isabelle Drummond), personagem que se vê dividida entre a razão e a emoção, encabeçando um triângulo amoroso bastante complexo.


A menina é o grande elo de ligação dos irmãos (todos filhos de Miguel - Domingos Montagner) e foi a responsável, direta ou indiretamente, pela aproximação de todos. E, ironicamente, ela é a única que não é filha do doador 251, uma vez que a mãe Marta (Gisele Fróes) mentiu a respeito de sua origem, provocando uma verdadeira avalanche sentimental em sua vida. O triângulo amoroso que a tem como protagonista, inclusive, é consequência de toda esta rede de mentiras.

Júlia e Pedro (Jayme Matarazzo) se apaixonaram perdidamente assim que se conheceram e logo tiveram que 'interromper' este forte sentimento em virtude da descoberta do laço sanguíneo ---- que nunca existiu, mas, na época, eles sequer imaginavam que não eram irmãos. Os dois tentaram seguir suas respectivas vidas até que ela descobriu toda a verdade e foi correndo contar a ele.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Encontro dos sete irmãos em um parque de diversões emociona e proporciona uma das cenas mais lindas de "Sete Vidas"

A sensibilidade de "Sete Vidas" pôde ser sentida logo na estreia da novela e quem acompanhou a série "Tudo Novo de Novo" e a novela "A Vida da Gente" não ficou surpreso com esta facilidade que Lícia Manzo tem de emocionar. Mas, ainda assim, a autora conseguiu surpreender com a tocante sequência do reencontro dos sete irmãos em um parque de diversões, exibida no capítulo de quinta- feira (14/05) desta semana ----- o vídeo pode ser assistido aqui.


Antes da reaproximação, houve um sério desentendimento entre eles. Isso porque Laila (Maria Eduarda de Carvalho) falsificou a carteira de identidade de Bernardo (Ghilherme Lobo) para 'ajudá-lo' a arrumar um emprego, uma vez que ele só tem 16 anos. Júlia (Isabelle Drummond) e Felipe (Michel Noher) não aprovaram, mas foram cúmplices do plano. Só que Marlene (Cyria Coentro), mãe do garoto, descobriu, brigou com o filho e ainda contou para Pedro (Jayme Matarazzo), que se indignou ---- aumentando ainda mais a raiva que o mesmo vem sentindo de tudo e de todos. Para culminar, Bernardo ainda desapareceu por um tempo, causando preocupação e despertando a indignação de Luiz (Thiago Rodrigues).

O resultado foi uma briga generalizada entre os irmãos, com direito a uma sucessão de verdades vomitadas por Laila, atingindo principalmente o malandro Durval (Cláudio Jaborandy). Esta cena, aliás, foi uma das melhores da novela, evidenciando bem a preciosidade do drama familiar que a autora inseriu em seu folhetim. Depois de tantos desencontros e muita procura, parecia que a reunião de todos aqueles parentes terminaria com um drástico rompimento e inúmeras feridas emocionais.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Volta de Miguel provoca uma aguardada reviravolta em "Sete Vidas" e deixa a novela ainda mais atrativa

Entre as muitas qualidades de "Sete Vidas", o bom ritmo se configura como uma das principais. Lícia Manzo conta sua história sem qualquer tipo de enrolação, ao mesmo tempo que consegue valorizar cada diálogo, cada momento e cada situação vivida pelos seus personagens. Ou seja, é uma novela que não tem um ritmo alucinante, mas apresenta vários acontecimentos diariamente. E, com o folhetim chegando praticamente na metade (ficará cerca de quatro meses no ar), a grande virada da trama aconteceu recentemente com a volta de Miguel (Domingos Montagner).


A razão para este retorno foi alheia à sua vontade, afinal, era uma questão de vida ou morte. Mais um filho do protagonista foi 'achado' e o rapaz corria sério risco de falecer porque precisava urgentemente de um transplante de fígado. Graças ao esforço de sua mãe (Beatriz - grande Lígia Cortez), Felipe (Michel Noher) conheceu Pedro (Jayme Matarazzo), Júlia (Isabelle Drummond), Laila (Maria Eduarda de Carvalho), Bernardo (Ghilherme Lobo) e Luis (Thiago Rodrigues) e logo se afeiçoou a esta 'nova família'. Mas, após a felicidade de ter encontrado vários irmãos, a decepção se fez presente depois que nenhum foi compatível para a doação de parte do órgão. Foi o estopim para a chegada de Miguel.

O navegador, incentivado pelo melhor amigo Lauro (Leonardo Medeiros), deixou a covardia de lado e resolveu voltar para salvar a vida deste novo filho. O retorno do personagem mais importante da trama provocou a mais aguardada virada de "Sete Vidas" e proporcionou uma sucessão de cenas dramáticas, muito bem interpretadas por todos os integrantes do ótimo elenco.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pedro e Júlia: um casal que transborda sensibilidade em "Sete Vidas"

O que fazer quando você se encontra apaixonado por um(a) irmão/irmã? Luta contra este sentimento? Ignora o incesto e busca a sua felicidade? Foge? Sem dúvida, são questionamentos nada fáceis e muito dolorosos. Mas e quando você descobre que o objeto do seu desejo na verdade não tem vínculo sanguíneo algum com a sua pessoa e que tudo não passou de uma grande mentira do passado? É a hora de finalmente se entregar ao amor ou o tempo passou e já é tarde demais? Estas são algumas questões que envolvem o lindo casal Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia (Isabelle Drummond), em "Sete Vidas".


Lícia Manzo tem uma facilidade gigantesca para emocionar através de envolventes histórias. A série "Tudo Novo de Novo" e a novela "A Vida da Gente" comprovam este fato e agora a autora conseguiu novamente sensibilizar através da impecável "Sete Vidas". E entre os vários acertos da trama está este casal. Pedro e Júlia se apaixonaram assim que se encontraram em uma manifestação, mas logo depois se deram conta que eram os meios-irmãos (filhos de Miguel - Domingos Montagner) que tinham marcado um encontro pelo telefone. A partir desta constrangedora constatação, o par passou a lutar contra a atração e o forte sentimento que os unia.

Em meio a algumas passagens de tempo, um beijo incontrolável foi o responsável pelo afastamento da dupla. Júlia agilizou seu casamento com Edgar (Fernando Belo) e Pedro viajou para Fernando de Noronha para estudar, mas encontrou Taís (Maria Flor) e se envolveu com ela. Ficou perceptível que os dois estavam seguindo a vida, apesar do vazio que sentiam em virtude desta relação interrompida.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Repleta de dramas envolventes, "Sete Vidas" é uma novela que merece ser contemplada

As chamadas iniciais já mostravam que a trama de Lícia Manzo seria recheada de densidade e delicadeza, o que foi confirmado no dia da estreia de "Sete Vidas". E, após algumas semanas de novela no ar, pode-se constatar que a história vem sendo muito bem desenvolvida pela autora. Repleto de dramas, o enredo envolve quem assiste e 'convida' a mergulhar naquele mundo vivido por tantos personagens cativantes.


Toda a trama em torno dos conflitos de Lígia (Débora Bloch) e Miguel (Domingos Montagner), e da aproximação dos filhos dele (oriundos de uma doação de sêmen), está sendo contada aos poucos e de forma detalhada. O mesmo vale para os núcleos paralelos, onde todos têm uma ligação direta ou indireta com o enredo principal. Mas não quer dizer que a novela esteja arrastada, tanto que já ocorreram inúmeros acontecimentos e várias passagens de tempo neste primeiro mês de folhetim.

A direção de Jayme Monjardim está em perfeita sintonia com a história de Lícia Manzo e a fotografia é de encher os olhos. O diretor, aliás, deixa o primoroso texto da autora ser a grande estrela de "Sete Vidas", focando também nos perfis construídos através de tomadas de câmera completas, exibindo os detalhes dos ambientes e a forma como cada um vive.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sequestro de Karina em "Malhação" e o mal do politicamente correto

Após uma sucessão de cenas fortes e muito dramáticas, "Malhação Sonhos" voltou a ficar mais leve e cômica. Depois que sua armação com Bianca (Bruna Hamu) veio à tona, Pedro (Rafael Vitti) foi humilhado por Karina (Isabella Santoni) e está fazendo de tudo para reconquistá-la. Claro que os planos são todos estapafúrdios, o que resulta em inúmeras trapalhadas, proporcionando cenas hilárias. Seu ato mais 'ousado' foi um sequestro, organizado por ele e sua trupe de amigos. E foi justamente esta situação que originou uma polêmica recentemente.


Todas as sequências envolvendo o rapto da esquentadinha foram repletas de comicidade e serviram para imprimir um pouco de humor novamente à temporada, após tantos momentos pesados exibidos nos primeiros capítulos de março. Mais uma vez, Rafael Vitti e Isabella Santoni transbordaram sintonia e, no fundo, Karina gostou da maluquice do Pedro, que foi 'ordenado' pelo melhor amigo João (Guilherme Hamacek), autor do plano. Porém, uma parcela do público parece que não entendeu muito bem a proposta.

Algumas pessoas se mostraram indignadas com as cenas e classificaram como um 'incentivo à violência contra a mulher'. Estes indivíduos ficaram 'chocados' com os momentos de agressividade e com o fato da menina ter sido 'coagida' pelo ex. Quem acompanha a atual temporada e sabe todo o contexto da trama, constata o ridículo destas reclamações.

terça-feira, 3 de março de 2015

Reviravolta na vida de Karina destaca elenco e promove uma sucessão de cenas fortes em "Malhação Sonhos"

Após alguns meses de espera, dois dos principais segredos de "Malhação Sonhos" foram revelados, provocando uma grande reviravolta na trama. Mas as revelações não foram nada surpreendentes para o público, que já sabia sobre tudo, assim como vários personagens da novelinha. A grande questão foi a reação de Karina (Isabella Santoni) ----- a maior enganada e a última a saber -----, que implicou em uma sucessão de ótimas cenas e belos embates.


Um dos segredos estava ligado ao relacionamento da lutadora. Bianca (Bruna Hamu) pediu para Pedro (Rafael Vitti) namorar sua irmã e ele cobrou pelo 'serviço'. No entanto, com o tempo, o garoto acabou se apaixonando de verdade. Aos poucos, todos foram descobrindo sobre este pacto entre a irmã da Esquentadinha e o guitarrista, mas guardavam a informação. Até que a bomba estourou quando Jade (Anaju Dorigon) soube do acordo e fez questão de contar para todo mundo, depois que seu plano para sequestrar a mocinha (e assim ficar com o papel de Julieta) deu errado.

Em um ataque de fúria e após uma forte discussão, a filha de Lucrécia (Helena Fernandes) expôs Bianca para toda a plateia que estava presente para assistir ao espetáculo 'Romeu e Julieta', incluindo Karina. A partir de então, as feridas de todos os envolvidos ficaram expostas, resultando em uma leva de cenas bem interpretadas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Duca, Bianca, Pedro e Karina: um quarteto que honra o protagonismo de "Malhação Sonhos"

Não tem sido uma missão fácil escalar os personagens principais de "Malhação" nos últimos anos. Os problemas acabaram surgindo nos mais recentes perfis centrais, afetando o eixo das histórias, provocando rejeição do público. Em "Malhação Conectados", citando apenas alguns exemplos, a mocinha (Cristal - Thaís Melchior), como não deu certo, acabou virando vilã. Já na "Malhação Intensa", o mocinho Dinho (Guilherme Prates) precisou ser trocado pelo Vitor (Guilherme Leicam). E em "Malhação Casa Cheia", o casal principal (Ben e Anita) era infantilizado e os atores não convenceram. Porém, contrariando esta 'regra' presente nas últimas temporadas, "Malhação Sonhos" acertou em cheio com seus protagonistas.


Duca, Bianca, Karina e Pedro são personagens muito bem construídos pelos autores e Arthur Aguiar, Bruna Hamu, Isabella Santoni e Rafael Vitti estão honrando o posto de protagonistas da temporada. O quarteto central move a história escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm e os intérpretes são muito exigidos, pois os perfis estão presentes em todos principais os núcleos da trama. Ou seja, se os atores fossem fracos ou os papéis rasos, a credibilidade do roteiro seria facilmente afetada.

Porém, a equipe responsável pela escalação e pela construção dos personagens estava inspirada. O resultado é a completa sintonia vista entre os intérpretes e a química presente nas relações ficcionais. Duca é um mocinho íntegro, mas que passa longe de qualquer tipo de pedantismo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

História bem escrita, ótimos casais, talentoso elenco e personagens cativantes compõem "Malhação Sonhos"

Receber a missão da Globo de assumir o roteiro de uma temporada de "Malhação" não é nada fácil. A novelinha completa 20 anos em 2015 e já exibiu uma avalanche de temáticas e histórias que involuntariamente são novamente contadas, mas de um jeito diferente. Por isso mesmo, o risco de cair em uma repetição cansativa, ou então em um formato inovador demais e distante da essência da novelinha, é elevado. Entretanto, os autores de "Malhação Sonhos" ignoraram o risco de cair nestas inúmeras armadilhas e têm conseguido apresentar uma trama cativante.


Rosane Svartman e Paulo Halm, com supervisão de Glória Barreto, construíram uma história repleta de possibilidades e que têm fôlego para ficar um ano no ar sem grandes dificuldades. O enredo começou de forma promissora e todas as boas impressões iniciais têm se mantido. A academia de lutas e a escola de artes são ótimas bases de sustentação para o conteúdo, que está enriquecido com bons dramas, ótimos casais e carismáticos personagens.

Os quatro protagonistas honram a importância dos personagens e se destacam merecidamente. Enquanto Arthur Aguiar e Bruna Hamu convencem na pele dos românticos Duca e Bianca, Rafael Vitti e Isabella Santoni brilham interpretando os opostos que se atraem Pedro e Karina. Os dois casais têm química de sobra e os atores mostram uma cumplicidade cênica visível.