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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

"Orgulho e Paixão" trata homossexualidade de forma delicada e bem construída

Não é fácil abordar relações homossexuais em novelas, mesmo em pleno 2018. O beijo de Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), no sucesso "Amor à Vida", em 2013, entrou para a história da teledramaturgia e serviu como incentivo para maiores ousadias em futuras novelas. Walcyr soube criar um casal que caiu no gosto popular, despertando uma imensa torcida. Infelizmente, errou feio com Samuel (Eriberto Leão) e Cido (Rafael Zulu) em "O Outro Lado do Paraíso". Mas esse passo do autor virou um marco. Tanto que o casal "Feliko" pode ter influenciado indiretamente o delicado relacionamento visto em "Orgulho e Paixão".


Além das inúmeras qualidades já listadas da atual trama das seis, Marcos Berstein conseguiu construir uma linda relação que cativou o telespectador aos poucos. Luccino (Juliano Laham) era um perfil de pouca importância no enredo e o Capitão Otávio (Pedro Henrique Muller) mal tinha falas, era apenas a dupla de Randolfo (Miguel Rômulo). Porém, o autor soube aproveitar o contexto envolvendo Mariana (Chandelly Braz) para destacar o italianinho. Isso porque o rapaz se viu confuso quando se interessou pela melhor amiga vestida de "Mário".

O tempo serviu para mostrar ao público a angústia de um homem de 1910 ao se constatar homossexual. Retraído e tímido, Luccino tentou negar a si mesmo sua condição, mas não conseguiu seguir com o autoengano assim que se aproximou do capitão. Otávio, por sinal, ia se casar com Lídia (Bruna Griphao) e ficou aliviado quando a filha de Ofélia (Vera Holtz) fugiu da igreja atrás de Uirapuru (Bruno Gissoni), o pai de seu filho.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Com uma história leve e divertida, Guerra dos Sexos acerta e supera seus problemas iniciais

O remake de Silvio de Abreu já passou dos cem capítulos e, após um início turbulento, ficou evidente o quanto que a novela melhorou ao longo de sua exibição. Se no início muitos núcleos eram pouco aproveitados, atores exageravam e a história não saía do lugar, o mesmo não tem sido mais visto nos últimos meses. Embora pouca coisa tenha sido alterada da versão original, o que foi um equívoco é bom ressaltar, o telespectador não tem motivos para reclamar de "Guerra dos Sexos" ---- que tem se mostrado uma novela leve e divertida, como toda trama das 19h tem que ser.


E um dos acertos do autor foi a primorosa escalação do elenco. Se na primeira versão o público via Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Glória Menezes, Ary Fontoura, entre tantos outros; no remake está sendo possível ver Irene Ravache, Tony Ramos, Mariana Ximenes, Reynaldo Gianecchini, Glória Pires, Drica Moraes e Luana Piovani se destacarem. Claro que também há atores fracos como Eriberto Leão, Thiago Rodrigues e Jesus Luz no time, mas infelizmente ter um elenco impecável é raro na teledramaturgia.

Além de contar com uma turma de atores digna de horário nobre, Silvio de Abreu também foi feliz ao reduzir a 'guerra' e priorizar os relacionamentos amorosos. A rivalidade entre homens e mulheres ficou restrita ao casal protagonista, enquanto que os demais núcleos passaram a destacar as paixões entre casais e a vilania de

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tony Ramos e Irene Ravache mostram em Guerra dos Sexos que atores veteranos também merecem ser protagonistas

Na primeira versão de "Guerra dos Sexos", o casal protagonista era representado por Paulo Autran e Fernanda Montenegro. A novela fez um imenso sucesso e até hoje todos se lembram da clássica cena em que um joga comida no outro, em pleno café da manhã, numa sequência de mais puro pastelão. Os atores ficaram marcados e deram um show na pele de Otávio e Charlô. Ao escrever o remake de sua própria obra, Silvio de Abreu não pensou duas vezes e escalou dois atores de peso para viver a dupla que tanto teve repercussão no passado: Tony Ramos e Irene Ravache.


O autor acertou em cheio ao escolher esses dois veteranos de tanto talento para protagonizar a novela das sete. Os dois atores já participaram de várias produções do próprio Silvio e sempre costumam ser lembrados por ele. Aliás, a última novela em que os dois marcaram presença foi a ótima "Passione", onde Tony viveu o enganado Totó e Irene deu vida a uma perua hilária, a inesquecível Clô. Agora, em "Guerra dos Sexos", ambos têm brilhado na pele dos sobrinhos do casal de 1983 e a parceria está sendo muito bem-sucedida.

Tony Ramos está impagável e totalmente à vontade no papel. Otávio é um quase-vilão e suas leves maldades costumam descambar para o riso, principalmente através dos trejeitos e na forma de falar do personagem. O ator deu um tom farsesco ao tipo e acertou em cheio. Já Irene Ravache não fica atrás na pele da Combuqueta, ou melhor, Charlô. A empresária é

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Silvio de Abreu erra ao não inserir novas histórias em Guerra dos Sexos

Com pouco mais de 30 capítulos no ar, o remake escrito por Silvio de Abreu não está agradando. As críticas são constantes e a audiência não tem correspondido --- embora todas as novelas estejam enfrentando dificuldades no ibope. Muitos responsabilizam a temática ultrapassada da trama para justificar a rejeição, mas a verdade é que esse nunca foi o problema.


O eterno embate entre homens e mulheres não ficará cansativo tão cedo, uma vez que ainda está presente em nossa sociedade. Basta perguntar aos homens o que eles acham das mulheres ao volante, ou o que as mulheres acham dos homens tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo, por exemplo. O assunto ainda rende muito. Os erros do remake são outros e passam longe do tema central --- que aliás, é o único que mostra essa guerra entre homens e mulheres, tendo Otávio e Charlô como protagonistas.

Todos os telespectadores que viram a primeira versão de "Guerra dos Sexos" constatam que Silvio de Abreu está praticamente escrevendo os mesmos diálogos e as mesmas cenas, sem mudar nada. São poucas as alterações. E é justamente aí que está o erro. Histórias que fizeram sucesso anos atrás, muitas vezes não apresentam o mesmo fôlego para os dias de hoje e precisam ser