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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Brilhante em "Vai na Fé", Sheron Menezzes merecia uma protagonista há tempos

 O capítulo desta quinta-feira (18/05) de "Vai na Fé" foi um dos melhores da novela das sete de sucesso de Rosane Svartman. E só não pode ser classificado como o melhor porque a história fica no ar até agosto, então muitos outros tão bons quanto ainda certamente virão. Mas o capítulo marcou uma das revelações mais esperadas do enredo: a identidade do pai biológico de Jenifer (Bella Campos). O impacto dramático da notícia colocou Sheron Menezzes diante de uma sucessão de cenas difíceis, todas defendidas com uma entrega visceral. 


A sequência em que a protagonista descobriu através de Ben (Samuel de Assis) que tinha sido abusada no passado por Theo (Emílio Dantas) foi a mais impactante e emocionante da produção até agora. Começou com a incredulidade da personagem, depois passou pelo horror do choque e finalizou com um choro dilacerante de desespero. Quase cinco minutos de intensa carga dramática. Todos os momentos interpretados brilhantemente por Sheron Menezzes. Deu para sentir a dor daquela mulher e foi impossível não ter se emocionado junto com ela. Vale também elogiar Samuel de Assis, um ótimo ator que tem honrado o protagonismo ao lado de sua parceira. 

Sol é uma mocinha que nunca teve medo dos obstáculos da vida e, mesmo diante de vários dramas que a assolam, procura manter a fé em sua religião e no amor pela família. No entanto, um trauma no passado se manteve presente em lembranças dolorosas: o término com o seu grande amor e uma relação sexual que virou a sombra de uma culpa devastadora.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ótimo como Afonso em "Deus Salve o Rei", Rômulo Estrela prova que está pronto para novos protagonistas

Tempos atrás, a Globo adotava um esquema de 'descanso de imagem' no seu elenco. Ou seja, atores que concluíam o trabalho em um novela raramente emendavam em outra. Porém, já há alguns anos isso acabou em virtude da economia. Afinal, ter vários atores recebendo sem trabalhar é bastante custoso. Então, agora quase todos vivem sendo requisitados para várias séries e folhetins, independente de imagem 'desgastada'. O resultado, obviamente, é um certo cansaço do público em ver sempre os mesmos rostos no ar. Por isso é importante a aposta em caras novas e ver Rômulo Estrela protagonizando "Deus Salve o Rei" pode ser enquadrado nesse exemplo.


Claro que ele não é um rosto novo. Estreou fazendo uma pequena participação em "Da Cor do Pecado", em 2004, na Globo, e fez várias novelas da Record ---- "Essas Mulheres" (2005), "Os Mutantes" (2008), "Bela, a feia" (2010), "Rei Davi" (2012) e "Balacobaco" (2012). Porém, o ator já estava merecendo um papel de maior importância desde que voltou para a Globo em "Além do Horizonte", problemática novela das sete exibida em 2013. Após bons desempenhos em produções da emissora dos bispos, ele conseguiu mostrar talento nas pouquíssimas cenas que fez nessa trama. E a certeza de sua capacidade se deu em "Além do Tempo", em 2015, quando viveu o interesseiro Roberto nas duas fases do primoroso folhetim de Elizabeth Jhin.

Um ano depois, Rômulo também se destacou em "Liberdade, Liberdade", mesmo em mais um papel pequeno. Era o assustador Gaspar, temido traficante de escravos na obra de Mário Teixeira. E em 2017, o ator brilhou na pele do Chalaça, fiel escudeiro de Dom Pedro, em "Novo Mundo", escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão. Era outro coadjuvante, mas nem isso impediu o intérprete de se destacar.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Ótima como Clara em "O Outro Lado do Paraíso", Bianca Bin fez por merecer uma protagonista no horário nobre

Protagonizar uma novela é um desafio para qualquer ator, incluindo os mais experientes. E quando não é um casal de mocinhos e, sim, uma única personagem? E no horário nobre da Globo? Com certeza, é ainda pior para o intérprete. Se fracassar, a mancha em sua carreira será inevitável. Ser o responsável pelo mote central de um enredo é uma missão complicada, exigindo um grau de entrega muitas vezes exaustivo. Mas, Bianca Bin conseguiu driblar todas as armadilhas possíveis e vive seu melhor momento na pele da vingativa Clara, em "O Outro Lado do Paraíso".


A heroína do fenômeno de Walcyr Carrasco correu um risco alto de ser rejeitada nas primeiras semanas, pois apresentava todas as características irritantes de uma mocinha. Era excessivamente ingênua, passiva e totalmente manipulável. Caiu na lábia do conquistador e violento Gael (Sérgio Guizé) com facilidade e não reagia diante das declarações arrogantes da sogra, Sophia (Marieta Severo), e da cunhada, Livia (Grazi Massafera). Para piorar, mesmo apanhando do esposo várias vezes, se negava a denunciá-lo --- como ocorre mesmo na vida real. Ou seja, um teste de paciência para o telespectador.

A questão que a humanizava, despertando empatia do público, era a tragédia envolvendo o seu pai, morto quando garimpava as suas terras em busca de esmeraldas. Esse trauma, inclusive, deixava a protagonista firme em relação ao terreno do avô, Josafá (Lima Duarte), negando qualquer chance de garimpo e enfrentando as intimidações da sogra e do marido.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Na pele da empoderada Jeiza, Paolla Oliveira se sobressai em "A Força do Querer"

"A Força do Querer" vem apresentando um ótimo início. Glória Perez está conseguindo despertar a atenção do público com uma trama concisa e bem estruturada, cujos conflitos vêm sendo conduzidos com competência, ao menos até agora. E um dos acertos da novela é a escolha das protagonistas, pois os três perfis femininos são fortes e ganharam intérpretes talentosas. Bibi (Juliana Paes), Ritinha (Isis Valverde) e Jeiza movem o enredo. E Paolla Oliveira tem se sobressaído em virtude do bom destaque da policial empoderada no folhetim dirigido por Rogério Gomes.


A personagem vem se mostrando a mais atrativa do trio. Mulher bem-sucedida no trabalho, dona de si e imponente, Jeiza se destaca como policial e é tratada como líder na sua equipe. Corajosa, a PM não pensa duas vezes antes de prender algum bandido ou ajudar alguém. Mas sua firmeza não a faz antipática ou fria. Ela se mostra bem-humorada e debochada na sua vida 'normal' e vive uma relação de cumplicidade com a mãe, Cândida (Gisele Fróes). Para fechar esse bom conjunto, a mulher ainda luta MMA e é uma campeã nata, amedrontando suas adversárias no ringue.

Portanto, se nota que o perfil é repleto de atrativos. E, claro, o fato de ser linda deixa a situação ainda mais interessante, pois é um 'padrão' que costuma despertar estranhamento diante da profissão ou da luta. Afinal, mulheres belas são sempre taxadas pela sociedade como modelos ou pessoas fúteis.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Brilhando em "Liberdade Liberdade", Andreia Horta prova que merecia uma protagonista há tempos

Ela estreou na televisão em 2006, interpretando Márcia Lemos Kubitschek na ótima minissérie "JK", exibida na Globo. Em 2007 foi para a Record onde atuou em "Alta Estação" (uma espécie de cópia da "Malhação") e no ano seguinte protagonizou a elogiada série Alice, um dos melhores seriados já produzidos pelo canal a cabo HBO. Ainda em 2008, Andreia Horta participou da novela "Chamas da Vida" (vivendo a Beatriz), na Record, e em 2010 fez parte do elenco da primorosa série "A Cura" (onde deu um show interpretando a íntegra Rosângela), permanecendo na Globo desde então.


Além dos trabalhos já mencionados, a atriz fez quatro novelas e uma série. Em "Cordel Encantado" (2011) viveu a Bartira, um papel pequeno, e em "Amor Eterno Amor" (2012) interpretou a periguete Valéria, onde se destacou bem mais, protagonizando muitas cenas cômicas. Em "Sangue Bom" (2013), ótima produção das sete, fez uma participação e emocionou ao lado de Sophie Charlotte na sequência mais tocante da trama, quando sua personagem (a Simone) morreu ao lado da irmã (Amora). Ela ainda mostrou seu talento na série "A Teia", ao dar vida a Celeste, e em 2014 convenceu na pele da geniosa Maria Clara, uma das filhas do comendador José Alfredo em "Império". 

Porém, apesar de várias ótimas atuações, Andreia não ganhava uma protagonista nas novelas. Ela chegou a ser escalada para a mocinha Tóia, em "A Regra do Jogo", mas a escolha foi logo mudada em virtude da escalação de Alexandre Nero para viver Romero Rômulo. Afinal, seria estranho os dois protagonizarem uma relação amorosa pouco depois de terem sido pai e filha na trama anterior. Ou seja, parecia que um papel de grande destaque nunca viria para atriz.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Perfeito como Candinho, Sérgio Guizé honra o protagonismo de "Êta Mundo Bom!"

Um dos maiores desafios de Walcyr Carrasco, Jorge Fernando e equipe era a escalação do protagonista de "Êta Mundo Bom!". Afinal, a novela conta a história de Candinho, personagem do clássico "Cândido, ou o otimismo", do filósofo Voltaire, que ainda foi interpretado pelo grande e saudoso Mazzaropi na adaptação da sátira para o cinema em 1954. Portanto, era uma responsabilidade imensa a escolha do intérprete para o folhetim. Mas, desde o primeiro capítulo, ficou perceptível que a produção se saiu muito bem na escalação e a escolha foi certeira. Sérgio Guizé está impecável.


O caipira ingênuo coube perfeitamente na figura do ator, que conseguiu incorporar o personagem de uma forma impressionante. O papel exige muitos riscos, pois qualquer deslize implica em uma caricatura desnecessária e prejudicial ao protagonista. Portanto, a figura central desta novela tem um peso ainda maior do que um perfil 'normal'. Há sempre uma linha tênue a ser seguida e Sérgio tem conseguido atingir o objetivo com louvor. Muitas vezes ele parece o Mazzaropi, até mesmo no jeito de andar e em alguns trejeitos, enquanto em outras imprime um tom particular para Candinho. Ou seja, é uma mistura mais do que bem-vinda.

O protagonista é o grande fio condutor da novela das seis e a representa tudo o que o enredo quer transmitir: o otimismo e a alegria de viver. Tendo como lema "Tudo o que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar", frase dita várias vezes pelo professor Pancrácio (grande amigo e praticamente pai do rapaz), Candinho nunca perdeu o encanto pela humanidade, mesmo tendo sido separado de sua mãe assim que nasceu e virado um mero empregado rejeitado na família que o adotou.

sábado, 5 de março de 2016

Ana Paula foi a protagonista do "BBB 16"

O "Big Brother Brasil 16" perdeu a sua protagonista neste sábado (05/03). Após se embebedar (mais uma vez) durante a festa, Ana Paula acabou dando dois tapas em Renan, sendo desclassificada pela produção do reality. Ela provocou o rival e Adélia durante toda a noite, até chegar ao momento que culminou em sua eliminação: Adélia jogou bebida nela, que foi atrás a adversária, sendo impedida por Renan, lhe dando duas bofetadas. A partir daquele instante o seu destino estava traçado.


Ana Paula foi a participante mais entregue que o "BBB" já teve. Sem papas na língua, sarcástica, arrogante, barraqueira, descontrolada e extremamente leal aos amigos, Ana viveu aquele jogo intensamente. Mergulhou de cabeça na disputa e não teve medo de se mostrar como é, provocando fúrias e amores intensos. Era detestada e amada. Tanto pelos seus concorrentes quanto pelos telespectadores, que se dividiram entre defensores ferrenhos e odiadores implacáveis.

Ela foi o foco central de absolutamente todos os conflitos e rivalidades da edição. Tudo girou em torno da participante, que não tinha receio de entrar em uma briga, desafiava seus rivais com prepotência e não suportava falsidade.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A complexidade de Miguel e o show de Domingos Montagner em "Sete Vidas"

Nada mais gratificante para um ator do que ganhar um perfil complexo para interpretar. Isso proporciona sempre grandes cenas para o intérprete, que precisa vivenciar todas as angústias e mostrar as nuances daquele personagem. E é o que vem acontecendo com Domingos Montagner desde a estreia da primorosa "Sete Vidas", novela das seis que lamentavelmente está perto de seu fim. Ele ganhou um tipo desafiador, brilhantemente escrito pela autora.


Miguel é a figura que move toda a história de Lícia Manzo e o protagonista transborda complexidade. Atormentado por um trauma do passado, o navegador tem uma séria dificuldade de se relacionar com o outro, de criar vínculos, expressar sentimentos, enfim, de viver. Isso porque, quando adolescente (interpretado por Jesuíta Barbosa), ele viu o pai (Celso Frateschi) abusando sexualmente da menina por quem era apaixonado e o confrontou, provocando uma briga séria. A mãe do rapaz (vivida por Cláudia Netto) ouviu tudo e foi atrás do filho, que saiu de casa a toda velocidade em uma moto. Esta perseguição acabou culminando no acidente que matou a mãe, atingida em cheio por um caminhão.

Desde então, a vida deste homem passou a ser um verdadeiro inferno. Além de ter se culpado pela morte da mulher que mais amava, ele ainda achava que havia cometido uma injustiça com o pai. Todo o trágico conjunto deixou Miguel introspectivo e cada vez mais isolado. Porém, uma atitude sua no passado foi a responsável por uma armadilha do destino: ainda adolescente, doou sêmen nos Estados Unidos para ganhar dinheiro e cinco filhos foram originados, sendo que todos eles acabaram se encontrando por meio da internet anos depois.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Na pele do poderoso José Alfredo, Alexandre Nero honra o posto de protagonista de "Império"

A estreia de Alexandre Nero na televisão foi tardia. Com 38 anos, em 2008, o ator caiu nas graças do público logo em sua primeira novela. Na pele do humilde verdureiro Vanderlei, Alexandre se destacou vivendo um dos personagens de menor importância de "A Favorita", primeira novela de João Emanuel Carneiro no horário nobre. Pois seis anos se passaram e hoje ele brilha vivendo o protagonista de "Império", na trama de Aguinaldo Silva.


José Alfredo é um personagem bem complexo e engrandecedor para qualquer ator. Após se apaixonar pela mulher do irmão, viu sua vida entrar em desgraça e acabou caindo nas armações de Cora (Marjorie Estiano), que fez de tudo para vê-lo longe da irmã e da casa de seu cunhado. Ao cair nas graças de um senhor milionário, o jovem viu seu destino mudar e enriqueceu ---- devido ao mercado negro de pedras preciosas ----, formando uma família que vive às voltas com o poder de seu tão cobiçado império.

O homem carinhoso da primeira fase deu origem a um sujeito amargo e agressivo, que foge do passado a qualquer custo. Tudo por causa da dor de um amor que não conseguiu se concretizar. Com a entrada de Cristina (Leandra Leal) em sua vida ---- filha dele com Eliane (Vanessa Giácomo/Malu Galli) ----, o rico empresário entra em conflito consigo mesmo, uma vez que demonstra uma simpatia pela moça, enquanto enfrenta dificuldades de encarar todo o sofrimento que a figura daquela mulher representa.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Ao ficar sem seu principal ponto de conflito, BBB 13 perde com a eliminação de Kamilla

O "Big Brother Brasil 13" perdeu sua participante mais polêmica na última terça-feira (12/03): Kamilla. A paraense --- que foi Miss Mundo Brasil em 2010 --- foi amada e odiada com a mesma intensidade e protagonizou quase todos os momentos do reality, incluindo a época em que ficou na casa de vidro. Ela era o principal ponto de conflito do BBB. Ou seja, ao eliminar a causa de várias rivalidades, o público acabou deixando o reality sem grandes atrativos na reta final.


Kamilla comia escondida de madrugada; cantava o tempo todo despertando o ódio de seus inimigos de jogo; quebrou todos os esteriótipos de Miss; formou um casal hilário com Eliéser; fez uma amizade conflituosa e intensa com Fernanda; rivalizou com Nasser e Maroca, além de ter formado uma boa dupla com Fani. Kamilla se mostrou por inteiro desde o início e é um tipo de pessoa que não passa despercebida por nenhum lugar. Gosta de chamar atenção e isso para um programa como o BBB é um ponto positivo, independente de gerar aceitação ou rejeição. 

Sua presença na casa era alvo de críticas e elogios. Ganhou uma torcida forte na internet com direito a vários fã-clubes, mas também angariou uma elevada rejeição, que acabou aumentando nos últimos dias, o que resultou na sua eliminação com

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Público elimina Eliéser e Big Brother Brasil 13 perde seu protagonista

Para os verdadeiros torcedores de Kamilla, Fernanda, André e, claro, de Eliéser, a última terça-feira (26/02) não teve uma noite feliz. O grande protagonista dessa edição foi eliminado com 46% dos votos, em uma votação apertada, onde Nasser alcançou 41% e Marcello 13%. Após a briga entre Eliéser e Kamilla, houve uma grande divisão de torcidas, abrindo brecha para que os opositores do participante se fortalecessem com a falta de foco alheia. Se antes o quarteto havia conseguido a ajuda do público, depois do desentendimento na casa ocorreu uma burra ruptura. Parte dos fãs de Kamilla, André e Fernanda se voltaram contra Eli por razões inúteis. E o resultado foi a lamentável saída dele.


Essa divisão entre os torcedores do quarteto poderia ter sido irrelevante na votação caso Eliéser não tivesse uma forte rejeição devido à sua participação no BBB10. Mas muitos não quiseram apagar o que havia sido feito anos atrás. Ignoraram a nova chance dada ao participante. A prova era o nível de argumentação de alguns para criticá-lo. O chamando de 'falso', por exemplo, coisa que ele nunca foi. Parte do público nem se dava ao trabalho de enxergar o desempenho de Eli no jogo e ignorava sua boas atitudes.

Eliéser voltou amadurecido e sua visão no BBB era impecável. Conseguia ver a tática de quase todos os participantes e não demorou muito para identificar as intensões de Marcello, um de seus grandes adversários. Fez questão de frisar para André que ambos tinham que proteger sempre Kamilla e Fernanda. Afinal, os quatro se protegiam e se gostavam. Não por acaso que

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Os mocinhos rejeitados de Glória Perez

Ultimamente os autores têm muito mais dificuldade para criar um mocinho convincente do que uma vilã maquiavélica. Se há 20 anos atrás era normal torcer pelo bom rapaz, de uns tempos para cá o público só compra o personagem se ele for um homem que transmita confiança e tenha carisma. Entretanto, Glória Perez sempre enfrentou muitas dificuldades para criar mocinhos, mesmo na época em que era 'normal' torcer por todos os galãs. Atualmente o Théo de "Salve Jorge" enfrenta uma grande rejeição e há motivos de sobra pra isso.  Mas, infelizmente, não é a primeira vez que a autora enfrenta esse tipo de problema.


Quem não se lembra do trágico Cigano Igor, de "Explode Coração"? Embora o personagem funcionasse como um contraponto do romance entre Dara (Tereza Seiblitz) e Julio (Edson Celulari), o cigano era uma figura central e o intuito era formar um triângulo amoroso, despertando a divisão da torcida do público. Mas a interpretação de Ricardo Macchi era tão ruim que o papel virou uma grande piada de mau gosto. E para culminar, o mocinho vivido por Edson foi insosso e poucos se lembram dele. Nesse caso específico ocorreu a soma de erros. Escalaram um ator despreparado para viver um tipo sem atrativos, enquanto que o profissional mais experiente acabou vivendo um empresário apático e sem carisma.

Já em "O Clone" (2001), a autora foi mais feliz no casal protagonista. Lucas (Murilo Benício) e Jade (Giavanna Antonelli) formaram um casal lindo e o público se apaixonou. Entretanto, o mocinho era um tipo sem sal, bobo e não funcionava sozinho. Todas as suas cenas solo eram cansativas e monótonas. Impossível não se

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Eliéser: o protagonista injustiçado do BBB13

O "Big Brother Brasil 13" tem se mostrado bastante movimentado e cheio de conflitos. Com a eliminação do Yuri, na última terça-feira (05/02), o jogo sofreu uma nova reviravolta e Maroca foi obrigada a diminuir sua empáfia perante os demais. E em meio a discussões e mudanças no jogo, pode-se afirmar tranquilamente que Eliéser tem sido o protagonista da edição --- embora Kamilla também mereça fazer parte do time 'principal'. Porém, um motivo que leva o participante a se sobressair no jogo, além das palhaçadas, é justamente a quantidade de situações e julgamentos injustos que o rodeiam.


A primeira discussão do reality foi justamente entre Eliéser e Dhomini. Não muito tempo depois, Maroca disse que Eliéser havia saído da décima edição com fama de idiota e essa declaração despertou a irritação do participante. Nada mais natural, afinal, quem gosta de ser chamado de idiota? E dias após a briga houve o chamado "BBB Vai e Volta" que movimentou o jogo justamente por envolver Eliéser, que venceu a prova de resistência e indicou Maroca, seu desafeto. Anamara ganhou o poder de 'sair e voltar' justamente para que Eliéser caísse do cavalo. A cena rendeu um grande momento, verdade seja dita.

Nos últimos dias o participante deu o poder do veto para Marien --- que morre de amores por ele e não se conforma em não ter seu sentimento correspondido --- e a partir daí a 'amiga' começou a infernizá-lo. Apesar de ser um benefício, Marien não gostou do presente porque é uma jogadora covarde e não quer se mostrar no

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Malhação acerta ao mudar de protagonista

Há algumas semanas atrás surgiram boatos a respeito do futuro do protagonista, interpretado por Guilherme Prates na atual fase de "Malhação". Alguns jornais noticiaram que --- após o grupo de discussão ter sido ouvido --- algumas mudanças ocorreriam na história, entre elas a saída de Dinho, que deixaria a temporada devido à rejeição sofrida pelo mocinho. Primeiramente o ator negou, mas depois assumiu a saída, alegando 'outros motivos'. E finalmente nessa quarta-feira (23/01) o rapaz se despediu de vez da novelinha.



Há cinco meses no ar, a vigésima temporada de "Malhação" enfrenta uma injusta baixa audiência. A história retratou com propriedade desde o primeiro capítulo a vida dos adolescentes, sem fantasias ou situações inverossímeis. Merecia ser um sucesso, mas infelizmente a fase estreou em um período conturbado e ainda não conseguiu se reerguer nos números. Entretanto, apesar de tantos acertos, ficava claro que o protagonista não tinha dado certo. 

Embora fosse uma pessoa de boa índole, Dinho era um personagem mimado, arrogante e egoísta, que não se importou nem um pouco ao ser o responsável pelo término da forte e intensa amizade de Ju (Agatha Moreira) e Lia (Alice Wegmann). Para piorar a situação, Guilherme Prates não tinha química com nenhuma das

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Marjorie Estiano mais uma vez comprova o seu talento e brilha em Lado a Lado

Ela é tímida e não gosta de expor sua vida pessoal. Dificilmente você a vê em sites de fofoca ou sendo flagrada em baladas. Sua carreira na televisão começou, de fato, em "Malhação", vivendo uma vilã que até hoje ninguém se esquece: a roqueira Natasha. Após esse trabalho nunca mais parou. Foi escalada para diversas novelas. Já protagonizou, inclusive, uma novela das nove, "Duas Caras", onde conseguiu dar a volta por cima ao viver uma personagem difícil e que sofreu fortes críticas nos meses iniciais. Brilhou em "Páginas da Vida", encantou em "Caminho das Índias", seduziu em "Amor em 4 Atos" e emocionou em "A Vida da Gente". Hoje, volta a angariar elogios pelo seu desempenho em "Lado a Lado", atual novela das seis. Claro que a pessoa em questão é a Marjorie Estiano.


Marjorie sempre se destacou em todos os seus trabalhos e ao viver a destemida Laura mais uma vez mostra o quanto é talentosa. Após viver uma personagem tão marcante em "A Vida da Gente" e, em menos de um ano, emendar em "Lado a Lado", vivendo outra protagonista, a atriz correu sérios riscos de acabar se repetindo. A doce Manu ainda estava viva na memória do público e convencer na pele de Laura não era uma missão fácil.

Entretanto, bastou o primeiro capítulo da atual novela de época da Globo ir ao ar para o telespectador perceber que, graças à versatilidade da atriz, não haveria a menor possibilidade de Manu incorporar em Laura. Marjorie soube aproveitar todo o leque de possibilidades que a nova personagem tinha a lhe oferecer. A protagonista, apesar de

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Apesar de ser a história mais atraente de Salve Jorge, tráfico humano não deixa de ser mais um déjà vu de Glória Perez

A novela das nove continua sem empolgar. "Salve Jorge" tem enfrentado uma baixa audiência e a rejeição do público tem sido muito grande. Entretanto, o único núcleo que conseguiu despertar um certo interesse dos telespectadores foi o que envolve o tráfico humano, tema escolhido pela autora para retratar situações reais, que infelizmente acontecem no Brasil e no mundo. O drama de Jéssica (Carolina Dieckmann) acabou causando comoção pelo sofrimento personagem e, a partir de agora, Morena (Nanda Costa) também caiu nas mãos do tráfico e a trama tenderá a crescer. Porém, em meio a tantas repetições presentes na novela, a questão do tráfico não deixa de ser mais um déjà vu.


Para o azar de Glória Perez, o "Vídeo Show" está reprisando no quadro "Novelão da Semana" justamente "América", trama da autora exibida em 2005. Através da reprise, os telespectadores mais desatentos podem acompanhar como são parecidas as histórias de Sol (Deborah Secco) e Morena; além da perceptível semelhança entre a imigração e o tráfico humano. Claro que essas comparações já ocorriam, mas ao cometer, digamos, essa 'gafe', o programa vespertino da Globo acaba expondo as fragilidades criativas da autora.

Sol presenciou a casa dos pais ser demolida e precisou se mexer para conseguir dinheiro. A forma mais rápida foi tentar entrar nos E.U.A. para ganhar em dólar e progredir em um novo país. Mas a protagonista não conseguiu o visto e acabou resolvendo entrar em um esquema ilegal, desembolsando cinco mil reais para dar ao chefe do esquema, Alex, interpretado por Thiago Lacerda. Mas a mocinha não esperava que para entrar ilegalmente precisaria se sujeitar a

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nina: uma mocinha jamais vista na história da teledramaturgia

Uma estreia de novela é sempre cercada de muita curiosidade. O público se encontra entusiasmado por uma nova história ao mesmo tempo que se encontra de luto pela trama que se encerrou (claro, se esta tiver sido bem aceita). A imprensa se cerca de expectativa e já começa a analisar personagens, núcleos, texto, enfim... Mas, nos últimos anos, o principal motivo de preocupação dos autores é a fatídica mocinha, alvo de um festival de críticas tanto do público quanto da mídia especializada. Em "Avenida Brasil, João Emanuel Carneiro soube criar uma protagonista que todos estavam esperando há tempos: Nina.


Se anteriormente o telespectador se via diante de mocinhas choronas, passivas, irritantes e sem uma história realmente atraente, na atual trama do horário nobre , o público se deparou com uma mulher determinada, vingativa, politicamente incorreta e que enfrenta a vilã de igual para igual, sem esperar a 'justiça divina' ou as 'leis do homem'. Para não chocar o público, o autor soube perfeitamente o que fazer: na primeira fase da novela, fez questão de mostrar o quanto que Rita (Mel Maia) sofria nas mãos de Carminha (Adriana Esteves) e o inferno que virou sua vida quando perdeu o pai e foi parar no lixão. Os anos se passaram, mas o desejo de vingança da personagem só cresceu. Rita virou Nina e Mel Maia virou Débora Falabella; e esta mocinha (muito bem interpretada pelas duas atrizes, diga-se de passagem), que cresceu diante dos olhos do telespectador, foi traçando milimetricamente seu plano para destruir Carminha e Max (Marcello Novaes). 

Apesar de ter se apaixonado por Batata (Bernardo Simões), hoje Jorginho (Cauã Reymond), Nina deixou o amor de lado para seguir com seu objetivo de vingança. Uma mocinha que não teve tempo a perder com romances. É uma personagem capaz de tudo, não há limites éticos para