Mostrando postagens com marcador Record. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Record. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

"A Fazenda 14" é um verdadeiro circo dos horrores

 Ã‰ verdade que o reality mais famoso da Record nunca primou pela ética e muito menos transparência. Quem acompanha desde a primeira edição sabe bem. A falta de nível, situações que aparentam de todas as formas uma manipulação e o elenco recheado de nomes controversos sempre foram a maior identidade do formato, ainda que qualquer reality show tenha sua dose de baixaria ao longo do percurso. Porém, em "A Fazenda 14" tudo vem dando errado desde o início. O pouco (e bem pouco, quase nada) de 'credibilidade' que o programa tinha foi jogado na lata do lixo. 

Até na primeira semana o reality demonstrou que não teria um bom caminho pela frente. Isso porque em uma dinâmica com jornalistas convidados foi exposto que quase todos os participantes já haviam se comunicado sobre a entrada no jogo e até combinaram estratégias. Como houve um vazamento antecipado dos nomes pela imprensa, vários já entraram em contato uns com os outros para planejar o que fariam. Eles mesmos já deixaram escapar isso várias vezes. Pétala, por exemplo, disse que Thomaz chegou a propor para fazerem um casal. 

Ainda na primeira semana, antes mesmo da primeira eliminação, já houve um barraco generalizado onde as protagonistas foram Deolane e Deborah. E o nível de xingamentos foi tão pesado que parecia um ódio antigo e não que surgiu na casa. 'Cadela', 'cachorra' e 'putinha' foram só algumas entre muitas ofensas proferidas pela dita advogada.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

O que esperar de "A Fazenda 14"?

 A décima quarta temporada do reality mais longevo da Record estreou nesta terça-feira, dia 13. Na verdade, estreou na segunda-feira e foram apresentados os nomes do elenco ---- todos já vazados pela imprensa. Mas o diretor Rodrigo Carelli resolveu chamar aquilo de pré-estreia. Enfim, o programa teve a sua largada dada e fica no ar até dezembro.


É importante observar que "A Fazenda 14" é a última esperança da emissora, após os fracassos da sexta temporada do "Power Couple Brasil" e a segunda de "Ilha Record". Mas vale ressaltar que não é só a Record que vem sofrendo com os realities em 2022. A Globo também não foi feliz com o "BBB 22" e a temporada de "No Limite", apesar do ótimo elenco, não fez sucesso. Já a Band apresentou a temporada mais fraca do "Masterchef BR" até hoje. Não vem sendo um ano bom para reality show. 

A nova temporada de "A Fazenda" chega com a missão de quebrar a sina dos formatos em 2022. E Carelli apostou em alguns nomes que têm boas possibilidades de crescimento. O principal é Deolane Bezerra. Viúva de MC Kevin, a influenciadora digital estava em clara ascensão e chegou a promover um festão no início do ano para celebrar seu sucesso.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

"O Cravo e a Rosa" afundou "A Hora da Venenosa" e resolveu o maior problema da Globo

 A Globo sempre foi a líder de audiência do país com larga vantagem. Só perde em situações esporádicas e pouco tempo depois volta ao seu posto de sempre. Porém, a emissora estava precisando se acostumar com o segundo lugar na faixa do extinto "Vídeo Show". Há muitos anos que o "Balanço Geral", na Record, vencia a rede dos Marinhos quando o quadro "A Hora da Venenosa", comandado por Fabíola Reipert, entrava no ar em SP. Tinha virado rotina e nada parecia mudar. Até vir a reprise de "O Cravo  a Rosa". 


Assim que a reexibição da primeira novela de Walcyr Carrasco na Globo, exibida em 2001, entrou no ar a resposta foi imediata: derrotou a concorrente. Com pouca diferença, mas venceu. Não demorou para que a distância numérica aumentasse cada vez mais. Agora a Record não chega nem perto da Globo na única faixa que triunfava com facilidade. O folhetim vem alcançando mais de 15 pontos diários, chegando a impressionantes picos de 18, enquanto "A Hora da Venenosa" dificilmente passa dois 6 pontos. Antes era comum o quadro de Fabíola Reipert alcançar cerca de 12 pontos contra 8 da Globo. 

Vale lembrar que o sucesso do programa da Record foi o responsável pelo cancelamento do "Vídeo Show", um dos formatos mais longevos da Globo. Estava há mais de 35 anos no ar. A emissora tentou de tudo para frear o crescimento da concorrente. O péssimo "Se Joga" foi a tentativa mais fracassada. A atração comandada por Fernanda Gentil, Érico Brás e Fabiana Karla era um show de vergonha alheia e nunca ameaçou o quadro de fofocas da jornalista.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

"Todas as Garotas em mim" é uma das piores coisas que a Record já produziu

 A pandemia do novo coronavírus afetou as gravações de todas as novelas das emissoras. Mas a Record vem enfrentando dificuldades até hoje. Ainda não conseguiu reestruturar sua faixa de teledramaturgia. O relativo êxito de "Gênesis", em 2021, animou a emissora em criar temporadas para suas produções. Porém, foi apenas uma mudança de nome porque o folhetim bíblico nada mais era do que uma história com várias fases. O canal tentou repetir o feito com "Reis", mas não conseguiu uma frente de gravações e resolveu chamar a novela de série. Tanto que precisou interromper sua exibição. Aí que entra "Todas as Garotas em Mim", produção que a substituiu. 

A nova série entrou como um tapa-buraco para "Reis" conseguir avançar nas gravações sem que a Record precise colocar outra reprise no ar. Mas a emissora já começou errando porque a série parece uma "Malhação" bíblica. É um produto destinado a outro tipo de público e ainda assim com sérias ressalvas. Não por acaso, a queda de audiência foi gigantesca. O folhetim conseguia média em torno dos 8 pontos, o que também não era considerado um bom índice, e agora caiu para 5 pontos e muitas vezes até 2. É a menor audiência de uma novela na história da Record ---- posto até então ocupado por "Jesus" e "Máscaras" ----, o que fez o canal perder a vice-liderança para o SBT. 

Para culminar, a história é rasa e muito mal escrita. Lendo a sinopse até parece um enredo clássico de seriado adolescente. Mirela (Mharessa), a protagonista, é uma digital influencer, namorada do rapaz mais popular de um colégio, Gustavo (Caio Vegatt), e que desperta a paixão de Erick (Diego Kropotoff), o filho de Carla (Manuela do Monte).

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

"Gênesis" apresenta bom início e conhecida história bíblica desperta a atenção do público

 Anunciada como a 'nova superprodução da Record', "Gênesis" estreou nesta terça-feira (19/01), na faixa antes ocupada por "Amor sem Igual", até então a única novela inédita no ar atualmente. A nova produção bíblica da emissora agora é o segundo folhetim inédito em meio ao caos da pandemia do novo coronavírus. Após ter fugido um pouco da mesmice com a boa trama de Cristianne Fridman, o canal volta a apostar nas histórias bíblicas para atrair o público. 

A nova novela tem um alto investimento da emissora. É o maior elenco da teledramaturgia nacional até hoje, com mais de 250 atores, e dividida em sete fases: "Criação" (Adão e Eva); "Dilúvio" (Arca de Noé); "Torre de Babel"; "Ur dos Caldeus", "Abraão"; "Jacó" e "José do Egito". Serão 150 capítulos. Ou seja, a bem da verdade, há uma boa estratégia de marketing. Afinal, analisando friamente, não se trata de um folhetim e, sim, de várias minisséries interligadas por poucos atores. Apenas dois estão em todas as fases: Flávio Galvão, intérprete de Deus (apenas por voz), e Igor Rickli, que vive Lúcifer. 

A produção é escrita por Camilo Pelegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro, dirigida por Edgard Miranda. A trama aborda os primeiros 2.300 anos da humanidade a partir da história contada no primeiro livro da Bíblia. Há uma boa frente de capítulos já prontos. O início das gravações foi em janeiro de 2020, dois meses antes do início da pandemia no Brasil.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

"Amor sem Igual" não deve enfrentar dificuldade para manter a audiência de "Topíssima"

"Topíssima", recém-encerrada novela de Cristianne Fridman, não foi um grande sucesso da Record. Porém, não fez feio na audiência e sua média em torno dos oito pontos, até pelo horário que era exibida (por volta das 19h45), se mostrou satisfatória. Afinal, a emissora voltou apostar em uma novela não bíblica, após anos produzindo apenas formatos do gênero. E a autora, por falta de opção (os bispos demitiram vários escritores, como Carlos Lombardi e Gustavo Reiz), recebeu a missão de escrever outro folhetim para substituir a sua obra.


Cristianne criou, então, "Amor sem Igual", que estreou nesta terça-feira (10/12), na faixa das 20h30. Nem Walcyr Carrasco, autor mais requisitado da Globo, teve tamanha proeza: encerrar uma novela e escrever a sua substituta. No caso da Record, houve uma ideia de última hora porque as gravações de "Gênesis", trama bíblica prevista para esse horário, atrasou. E como a produção contemporânea cumpriu o objetivo, os responsáveis apelaram para a autora, que também já recebeu a ordem para escrever "Topíssima 2". Só é difícil imaginar como arranjará tempo para a realização desse outro pedido nada simples.

A nova história tem uma premissa ousada em se tratando de uma emissora evangélica. A protagonista é Angélica, uma prostituta conhecida como Poderosa, interpretada por Day Mesquita (ironicamente, a atriz viveu Maria Madalena em "Jesus"). A trama, dirigida por Rudi Lagemann e ambientada em São Paulo, tem como premissa o clichê mais conhecido pelo filme "Uma Linda Mulher", de 1990.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Record volta a apostar em uma novela contemporânea com "Topíssima" e faz bem

Há cinco anos a Record não produzia uma novela não bíblica contemporânea. A última era "Vitória", de Cristianne Fridman, exibida em 2014. Ironicamente, a autora que marca essa volta aos folhetins atuais é a mesma Cristianne, que estreou "Topíssima", nesta terça-feira, dia 21, às 19h55, na faixa que exibia a reprise de "A Terra Prometida". A escritora, inclusive, também está no ar com outra produção inédita: "Jezabel", exibida logo após essa sua nova empreitada, às 20h45.


O novo folhetim enfrentou problemas antes da estreia. Isso porque Cristianne foi chamada pela Record, em 2017, para criar uma história para a faixa das sete. A sinopse foi aprovada em agosto e entraria no ar no primeiro semestre de 2018, substituindo "Belaventura". O título era "Rosa Choque" e só depois virou "Topíssima". Vários atores foram contratados pela emissora para a produção, mas tempos depois o projeto acabou cancelado em virtude do corte de custos. O canal manteria apenas a faixa das 20h45 com novelas inéditas e sempre bíblicas. A das sete seria preenchida com reprises.

Em novembro de 2018, a trama foi desengavetada pela emissora e a autora voltou a trabalhar na produção. Agora, em maio de 2019, finalmente foi ao ar. E já é possível observar vários elementos que Fridman adora: crimes, sequestros, mistérios envolvendo assassinatos e cenas de ação.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

"Jezabel" apresenta um bom início

"Jesus", novela bíblica da Record que chegou ao fim nesta segunda-feira (22/04), ficou nove meses no ar. Um longo tempo. A trama, escrita por Paula Richard e dirigida por Edgar Miranda, não fez o sucesso esperado, sempre perdeu o segundo lugar para "As Aventuras de Poliana" (do SBT) e a repercussão foi nula. No entanto, conseguiu se manter entre 9 e 10 pontos de audiência, o que não é ruim para os parâmetros da emissora. E o folhetim acabou emplacando nos Estados Unidos, surpreendendo o canal. Agora o objetivo é atrair o público com "Jezabel", nova produção bíblica que estreou nesta terça-feira (23/04).


Interpretada por Lidi Lisboa ---- atualmente também no ar na minissérie "Se Eu Fechar os Olhos Agora", na Globo, na pele da madre Maria Rosa ----, Jezabel é um tipo bem controverso apresentado no Livro dos Reis (um dos livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia) como uma sacerdotisa dominadora, potencialmente religiosa e que se denominava porta-voz de Deus. Isso a categorizava como profetisa. Filha do rei dos Sidónios Etbaal, se casou com Acabe para fortalecer as relações entre Israel e Fenícia. Não demorou para sua forte personalidade apagar por completo o marido, promíscuo e fraco.

A história da nova trama da Record, curiosamente chamada pela emissora de macrossérie e não novela ---- resta aguardar a duração do formato para constatar se acertaram ou não na classificação ----, vai abordar todas as camadas dessa rica personagem. Afinal, aparentemente parece uma grande vilã, mas a autora Cristianne Fridman deixou bem claro logo na estreia que o intuito do enredo será humanizá-la.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

"Canta Comigo" foi uma boa aquisição da Record

Com o claro intuito de fazer uma frente ao já longevo "The Voice Brasil", na Globo, a Record comprou os direitos de "All Together Now", formato britânico pouco conhecido no Brasil que envolve uma ambiciosa estrutura. O programa estreou na penúltima quarta-feira de julho (18/07), às 23h, e provocou a melhor das impressões.


Apresentado por Gugu Liberato, o reality musical sai da mesmice ao ter 100 jurados no time e todos posicionados em um enorme painel. O candidato ou candidata precisa se apresentar diante deles e conseguir levantar o maior número de julgadores. Quanto mais pessoas, mais pontos o cantor (a) faz. Dez competidores se apresentam em cada um dos seis primeiros programas. Quem consegue a maior pontuação do dia já se classifica para a semifinal. E o participante que atinge a difícil missão dos cem pontos, ou seja, cem jurados levantados, vai direto para a final.

O esquema da soma de pontos, aliás, é bem parecido com o do extinto "SuperStar", exibido na Globo entre 2014 e 2016, que era baseado no formato israelense "Rising Star". A diferença é que agora não é um telão eletrônico que sobe quando se atinge determinada pontuação com a votação popular.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

"Jesus" tem bons ingredientes para reconquistar o público da Record

Após viver o auge com "Os Dez Mandamentos" em 2015 --- cuja última reprise chegou ao fim somente agora ---, a Record nunca mais conseguiu emplacar um sucesso na faixa das 20h30. As tramas bíblicas que vieram depois tiveram índices razoáveis, mas longe do fenômeno anterior. Porém, o período de maior crise na emissora foi, sem dúvida, durante a exibição de "Apocalipse", primeira obra contemporânea baseada na Bíblia. A intervenção da filha de Edir Macedo acabou piorando o que já estava catastrófico e o fracasso foi inevitável. Agora a missão é reconquistar o público com "Jesus", nova novela que estreou nesta terça-feira (24/07).


Tanto que, antes da trama, o canal exibiu a minissérie "Lia", produção bíblica despretensiosa e bem desenvolvida. O intuito era dar um tempo maior para a finalização dos primeiros capítulos do novo folhetim e ainda preparar a faixa para o retorno dos enredos de época. É inegável que "Jesus" tem um forte apelo, afinal, conta a história da figura mais conhecida do mundo, independente da religião de cada um. O enredo é de Paula Richard, autora de "O Rico e Lázaro", exibida em 2017, e dirigido por Edgar Miranda. A parceria com a produtora Casablanca também está mantida, mas agora não haverá um elevado investimento em efeitos especiais. A ordem é focar no roteiro e evitar cenas megalomaníacas, após o trauma de "Apocalipse".

O primeiro nome para interpretar o personagem-título era Rodrigo Santoro, mas o ator recusou e a Record precisou contar com seu banco de atores mesmo. Dudu Azevedo, então, assumiu o papel de Jesus de Nazaré. Um desafio para qualquer intérprete viver a figura central do cristianismo, considerado filho de Deus, gerado para disseminar o amor entre os povos, mas que acaba traído pelos que não toleravam seus ideais.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

"Lia" é uma boa produção da Record

"Apocalipse" foi um dos maiores fracassos da Record. Repleta de problemas, incluindo a intervenção da filha de Edir Macedo no roteiro (desagradando a autora Vivian de Oliveira), a novela fez jus ao seu título. Realmente representou um cataclismo na programação da emissora, perdendo constantemente de "Carinha de Anjo" e depois de "As Aventuras de Poliana", do SBT, amargando um incômodo terceiro lugar de audiência. Foi o folhetim bíblico menos visto do canal, que demorou demais para escolher uma trama substituta, expondo a surpresa com o fiasco da história que custou uma fortuna em efeitos especiais e escalação de mais de 100 atores. A saída, então, foi a produção de uma minissérie.


A Record resolveu produzir apressadamente "Lia", que terá apenas 15 capítulos, servindo como tapa-buraco da grade enquanto as gravações iniciais da novela "Jesus" não são concluídas. A trama estreou nesta terça-feira (26/06), na mesma faixa de "Apocalipse". Escrita por Paula Richard e dirigida por Juan Pablo Pires, a trama conta a vida da bondosa Lia (Bruna Pazinato), jovem batalhadora que nunca deixou de acreditar no amor, mesmo diante de todos os percalços. É a primeira história bíblica da emissora vista sob o ponto de vista de uma mulher, embora se passe 2000 anos antes de Cristo.

A protagonista cresceu cuidando da irmã Raquel (Graziela Schmitt), desde a morte da mãe, e sofreu várias humilhações da madrasta Laila (Suzana Alves). Lia se apaixona por Jacó (Felipe Cardoso), mas o rapaz só tem olhos para sua irmã, que só se preocupa com riquezas e ama seduzir homens. No entanto, Raquel cede aos cortejos de Jacó somente para fazer a irmã sofrer e a relação das duas fica cada vez mais conturbada.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Record é a única culpada pelo atual fracasso de sua teledramaturgia

Na última sexta (26/01), chegou ao fim "Belaventura", trama medieval de Gustavo Reiz, ocupando a faixa das sete. A trama teve seis pontos de média geral, um índice pífio. Mas não foi o único fracasso da Record no atual período. A reprise de "Os Dez Mandamentos" também amarga baixos índices e a novela "Apocalipse" faz jus ao seu título, sendo uma verdadeira catástrofe nos números do Ibope. Entretanto, tudo isso tem uma única culpada: a própria emissora.


Começando pelo folhetim que substituiu a re-reprise de "Escrava Isaura". O enredo de Gustavo teve um começo promissor, mas aos poucos o autor foi se perdendo. A trama tinha poucos acontecimentos e não prendia o telespectador. Para culminar, o casal protagonista teve dois atores limitados: Bernardo Velasco e Rayane Moraes, que não transmitiam emoção. O elenco, por sinal, deixou bastante a desejar com raras exceções (Helena Fernandes, por exemplo, que deu show como a grande vilã Marión).

Ficou claro que o escritor não esteve inspirado, não conseguindo repetir o êxito de "Escrava Mãe" (2016). Todavia, a novela ainda conseguia se manter com uns 9 pontos de audiência. Bem longe do que a emissora pretendia e marcando menos do que a re-reprise que a antecedeu, mas, ainda assim, uma média razoável para a faixa das sete. O naufrágio de "Belaventura" se deu quando a Record resolveu reprisar "Os Dez Mandamentos" na faixa das seis, tentando copiar a Globo com três novelas no ar.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Interrompendo sequência de tramas de época, "Apocalipse" tem início bastante ousado

Em virtude do claro esgotamento das tramas bíblicas, a Record resolveu apostar em uma trama contemporânea para substituir "O Rico e Lázaro", folhetim de repercussão nula e baixa audiência da emissora. Vivian de Oliveira, autora de "Os Dez Mandamentos" (2015), o maior sucesso do canal, foi escolhida para assumir essa nova empreitada. Assim, nesta terça-feira (21/11), estreou "Apocalipse", trama que falará sobre o fim do mundo, explorando as vilanias de um 'anticristo' e tento três fases (1980, 1996 e 2017), divididas em 170 capítulos, caso não haja um esticamento no percurso (o que costuma ocorrer em produções da emissora) .


Dirigida por Edson Spinello, a novela abusará dos efeitos especiais e vai misturar amor, fé, catástrofes e redenção. O clipe do folhetim deixou claro que o enredo é sombrio e bastante pesado, repleto de momentos de tensão, incluindo assassinatos macabros e tiroteios. Uma ousadia e tanto, levando em consideração parte das críticas em torno da história pesada de "O Outro Lado do Paraíso", escrita por Walcyr Carrasco e exibida atualmente na Globo. Também ficou evidente o elenco numeroso. Há mais de cem atores escalados, ocorrendo algumas entradas e saídas a cada mudança de fase. 

A trama se passa em quatro países: Brasil, Itália, Estados Unidos e Israel. Os sinais do fim dos tempos estarão presentes em todos os locais. A primeira fase narra a trajetória de quatro jovens ---- o americano Alan (Maurício Pitanga), a brasileira Susana (Carolina Oliveira), o italiano Adriano (Felipe Cunha) e israelense Débora (Manuela do Monte) ----, nos anos 80, que escolhem Nova York como destino universitário.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

"O Rico e Lázaro" expôs o esgotamento das tramas bíblicas da Record

Após o fenômeno "Os Dez Mandamentos", maior sucesso da Record, exibida em 2015, deixando a Globo para trás algumas vezes, a emissora resolveu adotar de vez o esquema de obras bíblicas. O canal dos bispos sempre priorizou esse tipo de produção, mas, ainda assim, havia espaço para outro tipo de histórias. Porém, na faixa das 20h30 ficou estabelecido esse padrão. A questão é que depois nenhuma outra chegou perto do êxito ou da repercussão da mesma. E, com "O Rico e Lázaro", esse esgotamento, que era cada vez mais inevitável, chegou de vez.


A trama de Paula Richard, dirigida por Edgar Miranda, estreou em março, substituindo "A Terra Prometida", um folhetim que obteve uma audiência razoável, mas longe do desejado, pois tinha entrado no lugar da equivocada 'segunda temporada' de "Os Dez Mandamentos". Ou seja, foi a quarta produção bíblica seguida. A coprodução com a Casablanca, iniciada durante todo esse processo de padronização de folhetins da emissora, melhorou um pouco a qualidade de alguns cenários e nos efeitos especiais de cenas específicas. O problema foi a mesmice.

A história, que chega ao fim em novembro, seguiu a cronologia das passagens da Bíblia e, teoricamente, o encaminhamento observado nos folhetins anteriores. Mas, claro, com novos personagens e outros conflitos. Só que todo o conjunto permaneceu igual.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ao explorar declarações racistas de William Waack no "Domingo Espetacular", Record expõe seu telhado de vidro

Neste domingo (12/11), o "Domingo Espetacular" colocou como a matéria da semana as declarações de cunho racista de William Waack, provocando seu afastamento na Globo. Foram onze minutos de reportagem sobre toda a polêmica que ocorreu em torno do jornalista de sua concorrente. Nada de anormal nisso, afinal, foi um assunto de imensa repercussão e toda a imprensa noticiou o caso (provocando atenção até de veículos internacionais). O problema dessa reportagem específica é o telhado de vidro da Record.


A emissora dos bispos exibiu uma longa reportagem, sem apresentar nada de novo, reexibindo o trecho da declaração deprimente do jornalista e expondo as reações negativas de alguns atores da Globo, como Bruno Gagliasso, Cris Vianna e Lázaro Ramos, além de ferrenhas críticas de militantes negros. O programa ainda entrevistou Diego Pereira, operador de TV que presenciou o comentário de Waack e o divulgou um ano depois, quando foi demitido da emissora. Ainda exibiu declarações de Robson Cordeiro, amigo do rapaz que o ajudou a divulgar o vídeo.

Mas, ironicamente, quem estava apresentando a revista eletrônica dominical da Record e ainda anunciou a matéria foi Paulo Henrique Amorim. Para quem não lembra, o jornalista foi condenado por injúria racial em 2015,  quando perdeu definitivamente o processo movido por Heraldo Pereira, comentarista político do "Jornal da Globo" (e cotado para substituir Waack na bancada).

terça-feira, 1 de agosto de 2017

"Belaventura" é um conto de fadas despretensioso e bem apresentado

A Record estreou a sua nova novela das sete na terça passada (25/07), substituindo a terceira reprise do remake de "A Escrava Isaura", que, ironicamente, vinha marcando mais audiência que a inédita "O Rico e Lázaro", exibida logo depois. "Belaventura" é uma história escrita por Gustavo Reiz, responsável pela ótima "Escrava Mãe", que inaugurou essa nova faixa de teledramaturgia da emissora em 2016, e dirigida por Ivan Zettel.


O enredo se passa no final da Idade Média, por volta do século XV, e, segundo o próprio autor, é um romance de capa e espada. Ambientada na fictícia e linda região conhecida como Belaventura, a história é um típico conto de fadas, com direito a reis, rainhas, príncipes e plebeias. Tanto que o casal protagonista representa vários clássicos da Disney, como "Cinderela". O príncipe Enrico (Bernardo Velasco) e a camponesa Pietra (Rayanne Morais) se apaixonam na infância, mas, 15 anos depois, vivem esse amor em segredo por ele ser herdeiro do trono e ela uma simples plebeia.

Fruto de mais uma parceria entre a Record e a produtora Casablanca, a novela se mostra bem cuidada, tanto nos cenários quanto nos figurinos. Lembra a produção de "Escrava Mãe", que rendeu merecidos elogios. Ficou perceptível a qualidade logo no primeiro capítulo, que se mostrou bem realizado e com os mocinhos ainda crianças. A passagem de tempo ocorreu perto do final da estreia.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

"Dancing Brasil" é um bom entretenimento

A estreia da Xuxa na Record foi desastrosa. Após quase 30 anos de Globo, apresentadora migrou para a concorrente em 2015 e recomeçou com o programa "Xuxa Meneghel" em agosto. A atração foi um equívoco e fracassou logo no início, deixando a emissora em terceiro lugar quase sempre. Ela, inclusive, já não fazia mais sucesso na líder, muitas vezes perdendo audiência para, ironicamente, a própria Record. A rainha dos baixinhos não conseguia mesmo voltar ao seu auge e a sua contratação pelo canal dos bispos chegou a ser considerada um erro pelos próprios responsáveis. Mas, ao menos agora, depois de mais de um ano fracassando, a apresentadora ganhou um bom formato: o "Dancing Brasil".


O novo programa nada mais é do que um formato estrangeiro de muito sucesso, exibido pela BBC na Inglaterra e pela ABC nos Estados Unidos: o "Dancing With the Stars". Embora muito parecido com a "Dança dos Famosos", quadro de maior sucesso do "Domingão do Faustão", a produção da Globo é baseada na versão britânica "Stricly Come Dancing". E basta ver a atração da Record para comprovar a diferença nas apresentações. Aliás, também basta assistir ao programa para perceber que Xuxa é uma mera coadjuvante, como já era de se esperar em um reality de dança. Ou seja, a emissora resolveu 'usar' a apresentadora em um produto consagrado internacionalmente ao invés de continuar insistindo com seu fracassado "Xuxa Meneghel". Foi uma boa ideia ao mesmo tempo que comprovou que o canal não sabe o que fazer com a sua contratada --- a peso de ouro, inclusive.

Xuxa conta ainda com o 'auxílio' de Sérgio Marone que divide o comando da atração com ela, tendo a função de entrevistar os concorrentes. A presença dele, por sinal, se mostra um equívoco, pois suas perguntas são sempre irrelevantes e o ator se mostra artificial na posição de entrevistador.

sexta-feira, 17 de março de 2017

"O Rico e Lázaro" apresenta um bom começo

"A Terra Prometida" ficou quase nove meses no ar. A trama estreou em julho de 2016 e só acabou nesta segunda-feira (13/03). Embora não tenha repetido o fenômeno de "Os Dez Mandamentos", a audiência foi satisfatória e houve uma nítida melhora na qualidade dos cenários e figurinos, embora o exagero nas interpretações e a barriga (comum em produções da emissora que sempre são esticadas) tenham continuado ---- o último capítulo, por sinal, foi tão fraco quanto o da produção anterior. Agora a missão da Record é manter os bons índices com "O Rico e Lázaro", nova novela bíblica da emissora que acabou de estrear.


Escrita por Paula Richard (que foi uma das colaboradoras de "Os Dez Mandamentos") e dirigida por Edgar Miranda, a nova trama é inspirada em uma parábola bíblica que começa 600 a.C., quando dois homens morrem no mesmo dia e um vai para o paraíso e o outro para o inferno. O enredo é uma passagem do livro sagrado dos cristãos em que Jesus fala aos seus discípulos. A primeira cena do primeiro capítulo foi justamente a imagem de uma pessoa no inferno (uma espécie de umbral), em meio a vários efeitos especiais.

Após a cena citada, um momento de batalha virou o centro das atenções, liderado por Nabucodonosor (Heitor Martinez), poderoso imperador da Antiguidade. A sequência ficou muito bem feita e se mostrou infinitamente melhor do que todas as cenas do mesmo tipo exibidas em "A Terra Prometida" e "Os Dez Mandamentos" juntas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

"Sem Volta": um seriado mediano da Record

O seriado de ação da Record estreou, completamente gravado, no dia 4 de janeiro. Com 13 episódios e exibida diariamente, a trama foge da mesmice das produções bíblicas da emissora e só por isso já merece um justo reconhecimento. Criada por Gustavo Lipsztein e dirigida por Edgar Miranda, "Sem Volta" tem um quê de "Lost" (famoso seriado americano que fez sucesso no mundo) e "Supermax", formato exibido pela Globo ano passado.


A história narra a aventura de um grupo de montanhistas que partem para uma excursão na Serra dos Órgãos (Rio de Janeiro), onde escalam o perigoso Pico da Agulha do Diabo. No meio da expedição, já quando desciam, são surpreendidos por uma forte tromba d`água e acabam presos na mata. A partir de então, todos se veem isolados e precisando lutar pela sobrevivência enquanto não surge uma equipe de resgate. Uma situação observada nas séries citadas anteriormente e em outras produções, mas que costuma render momentos convidativos.

O telespectador acompanha os percalços do grupo, ao mesmo tempo que alguns flashbacks são exibidos mostrando acontecimentos que antecederam a excursão e que ajudam a apresentar os personagens. O mesmo recurso, vale lembrar, foi usado no início de "Supermax", quando os participantes do reality macabro tinham seus passados expostos para o público através de cenas de uns 3 minutos, no máximo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Com formatos parecidos, "Programa do Porchat" se mostra melhor que "Adnight"

Após o fim das Olimpíadas, várias estreias foram ao ar na semana passada. A principal foi a primorosa minissérie "Justiça", na Globo. Entretanto, deixando o ramo da teledramaturgia de lado, os canais apostaram no conhecido 'late-night talk show', gênero amplamente conhecido e que faz sucesso em vários países, incluindo o Brasil. A líder apresentou ao público o "Adnight", formato comandado por Marcelo Adnet, exibido na quinta-feira (25/08). Já a Record estreou o "Programa do Porchat" um dia antes, na quarta-feira (24/08), depois de uma extensa divulgação ao longo da programação da emissora. Como as estreias foram na mesma semana, e os formatos são parecidíssimos, foi impossível não comparar.


O pioneiro em comandar uma atração do tipo foi Jô Soares, que está em sua última temporada com o "Programa do Jô" na Globo, lamentavelmente. A produção é importada da televisão americana, que já apresentou várias 'versões', entre elas a apresentada pela ótima Oprah Winfrey. Danilo Gentili foi o primeiro humorista a se lançar no gênero depois do icônico Jô, conseguindo uma boa repercussão com o "Agora É Tarde", na Band, entre 2011 e 2013. E a prova de que o êxito do produto era justamente o conjunto de acertos composto pelo apresentador foi o aumento da audiência assim que ele e sua trupe se 'mudaram' para o SBT, alterando o nome para "The Noite", em 2014. Desde então, é um dos maiores sucessos das madrugadas do canal de Silvio Santos.

Porchat e Adnet quiseram dividir o bolo, não se importando com o possível excesso de produtos semelhantes. Até porque além dos citados, existem outros, como o "Luciana By Night", na Rede TV!, por exemplo. Essa situação, inclusive, lembra o que ocorreu depois do imenso sucesso do "MasterChef" na Band: houve uma verdadeira proliferação de realities culinários em todas as emissoras e nenhum conseguiu chegar perto do êxito da atração liderada por Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça.