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terça-feira, 8 de novembro de 2016

"Haja Coração" tinha todos os ingredientes de uma ótima novela das sete, mas deixou a desejar

Foram apenas cinco meses no ar e 139 capítulos. "Haja Coração" estreou em 31 de maio, excepcionalmente uma terça-feira, e chegou ao fim (também excepcionalmente) nesta terça, dia 8 de novembro ---- o caso da estreia houve a justificativa plausível de adiar o fim de "Totalmente Demais" para não enfrentar um feriado prolongado, mas no caso da trama atual foi algo gratuito e desnecessário mesmo. A segunda novela de Daniel Ortiz foi um remake de "Sassaricando" (1987), grande sucesso de Silvio de Abreu, e cumpriu sua missão no quesito audiência: teve média de 27,5 pontos, empatada tecnicamente com o fenômeno anterior de Rosane Svartman e Paulo Halm (27,4). Excelentes números. Porém, a produção poderia ter sido muito melhor do que foi.


Após seu bom trabalho como estreante em "Alto Astral" (2014), o autor apresentou um início promissor de seu segundo folhetim. Havia ali todos os ingredientes de uma deliciosa novela das sete. E o primeiro mês foi animador, onde a dupla formada por Fedora (Tatá Werneck) e Teodora (Grace Gianoukas) logo se destacou, assim como o trio impagável de amigas interesseiras formado por Rebeca (Malu Mader), Penélope (Carolina Ferraz) e Leonora (Ellen Roche). A composição de Mariana Ximenes como Tancinha também agradou e parecia uma ótima protagonista, tendo ainda a rivalidade com Fedora como um dos atrativos. Os erros observados em alguns núcleos paralelos deslocados e na história cansativa do mocinho Apolo (Malvino Salvador) pareciam pequenos diante dos acertos.

Entretanto, ao longo dos meses, Ortiz começou a dar claros sinais de falta de domínio de seu enredo. Os problemas começaram a crescer e até mesmo os pontos positivos começaram a ficar negativos. A falsa morte de Teodora foi um dos mais graves equívocos do autor, que preferiu seguir o roteiro original de "Sassaricando", ignorando a diferença do contexto atual. O resultado foi catastrófico para o núcleo Abdala, que era o melhor da novela. Com a saída da melhor personagem da família, todos os perfis ficaram sem função e perdidos na história.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Mariana Ximenes compôs uma ótima Tancinha em "Haja Coração"

"Haja Coração" chega ao fim nesta terça (08/11), marcada por altos e baixos. Apesar do êxito nos números de audiência, a novela de Daniel Ortiz teve sérios problemas de condução e equívocos evidentes. Entre eles a falta de um enredo que fizesse jus ao protagonismo de Tancinha, personagem icônico de Cláudia Raia em "Sassaricando", que voltou ao ar 29 anos depois nas mãos de Mariana Ximenes. Mas, apesar da falta de história, o perfil foi defendido com brilhantismo pela intérprete, cujo desempenho arrancou merecidos elogios.


Na novela original de Silvio de Abreu, exibida em 1987, Tancinha era um perfil pequeno que foi crescendo até dominar a trama, ofuscando o enredo principal. Tudo graças ao talento de Cláudia Raia, que adotou um tom caricato da feirante que comia o plural, inseria o pronome 'me' em todas as frases e exagerava no sotaque paulistano. Visando esse sucesso, o autor optou em transformar a personagem em protagonista de "Haja Coração". Entretanto, se esqueceu de criar um enredo digno de perfil principal e que move a história. Inicialmente, até parecia que a trama dela renderia, pois a rivalidade com Fedora (Tatá Werneck) funcionou e a investigação sobre o desaparecimento do pai gerava interesse.

Mas ao longo dos meses nada se manteve. A rivalidade da feirante com a patricinha se diluiu quase por completo e a procura dela pelo pai acabou sem maiores explicações. A única função da personagem passou a ser a indecisão amorosa. Tancinha ficou 'divididinha' entre Beto (João Baldarreini) e Apolo (Malvino Salvador), protagonizando cansativas idas e vindas com ambos. Até mesmo o sonho da personagem (fazer balé) era fruto do desejo da mãe e não dela.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Após início promissor, "Haja Coração" apresenta sérios problemas de desenvolvimento

"Haja Coração" estreou no dia 31 de maio, ou seja, está no ar há pouco mais de dois meses (o capítulo 64 foi ao ar nesta sexta). A novela das sete da Globo teve um início muito agradável, se mostrando uma gostosa trama e perfeitamente propícia ao horário, onde a comédia ditava o rumo do enredo. O remake de "Sassaricando" parecia bastante promissor e com bons atrativos para prender o público. Entretanto, a produção começou a apresentar sérios problemas de desenvolvimento, expondo a limitação da história escrita (ou reescrita) por Daniel Ortiz.


A 'releitura', como o autor gosta de chamar, tinha com ponto alto o núcleo da família Abdala e isso ficou perceptível desde a estreia. Embora tenha colocado Tancinha (Mariana Ximenes) como protagonista da nova versão, o escritor se esqueceu de fortalecer sua trama, que era digna de uma coadjuvante em 1987. As deficiências em torno da personagem central não demoraram para aparecer, que logo começou a ser ofuscada pelos demais núcleos, principalmente o já mencionado, cuja comicidade se fazia presente através da impagável dupla formada por Fedora e Teodora Abdala, vividas pelas ótimas Tatá Werneck e Grace Gianoukas.

Enquanto Tancinha protagonizava cenas repetitivas de idas e vindas com Apolo (Malvino Salvador), as peruas viviam situações hilárias e ainda menosprezavam os demais habitantes da mansão, como Aparício (Alexandre Borges), Lucrécia (Cláudia Jimenez) e Gigi (Marcelo Médici).

quinta-feira, 2 de junho de 2016

"Haja Coração" faz boa estreia e tem tudo para agradar

Estreou, excepcionalmente em uma terça-feira (31/05) ---- em virtude do esticamento do final de "Totalmente Demais" para o fenômeno das sete não cair em uma emenda de feriado ----, "Haja Coração". A nova novela das sete é escrita por Daniel Ortiz (responsável pela agradável "Alto Astral", exibida entre 2014 e 2015) e recebe uma excelente audiência da produção que a antecedeu. Portanto, o objetivo do autor é ao menos conseguir segurar os bons índices da trama de Rosane Svartman e Paulo Halm e, claro, contar uma história atrativa.


A nova novela, ambientada em São Paulo, é uma releitura de "Sassaricando", sucesso de Silvio de Abreu que também era exibido no horário das sete, entre 1987 e 1988. Mas não é um remake porque apresenta novos conflitos e outros personagens. A personagem que era uma coadjuvante na obra original, agora, é a protagonista, interpretada por Mariana Ximenes. A inesquecível Tancinha era vivida por Cláudia Raia e foi um de seus papeis mais marcantes. Se o caricato perfil repetirá o sucesso não há como saber, entretanto, será defendido por uma talentosa atriz que já se destacou no primeiro capítulo.

Aliás, a estreia foi focada nas duas personagens que serão mesmo grandes destaques da história: Tancinha e Fedora Abdala. Mariana Ximenes está exuberante no papel e imprimiu um tom um pouco menos exagerado que o de sua colega anos atrás. Não é um perfil de fácil interpretação e muitas comparações serão feitas, mas a intérprete já mostrou seu talento e tem tudo para honrar o protagonismo do enredo com louvor.

terça-feira, 17 de maio de 2016

"Haja Coração": o que esperar da próxima novela das sete?

A missão da próxima produção do horário das sete é complicadíssima: manter a boa audiência de "Totalmente Demais" e prender o público que ficará de luto com o fim de um dos maiores fenômenos da faixa. Alcançar os mesmos números impressionantes da trama de Rosane Svartman e Paulo Halm será quase impossível, porém, há chances de ao menos manter um bom resultado. Substituir um imenso sucesso é tão difícil quanto entrar no lugar de um imenso fracasso. Mas, deixando todas essas questões de números de lado, Daniel Ortiz tem tudo para contar uma boa história com a sua "Haja Coração" ---- cujo clipe pode ser visto aqui.


A nova novela é uma espécie de releitura de "Sassaricando", uma das tramas de sucesso de Silvio de Abreu, exibida entre 1987 e 1988 no mesmo horário das sete. Porém, segundo o próprio autor, o folhetim não é considerado um remake, tanto que o título foi mudado. Embora siga a premissa da obra original, a história terá vários novos personagens e situações distintas. Haverá até perfis de outras novelas, como a Shirley, inesquecível personagem manca de "Torre de Babel" (também de Silvio de Abreu), vivida por Karina Barum na época (1997). Agora a menina será interpretada por Sabrina Petraglia.

Só que, embora a classificação de remake seja rejeitada, o grande chamariz da nova produção é a Tancinha, um dos tipos mais icônicos da carreira de Cláudia Raia. Até hoje a personagem ingênua, burra, e com um sotaque paulista carregadíssimo, é lembrada pelo público e virou um dos clássicos da teledramaturgia. A cena marcante da mulher xucra na feira anunciando 'seus melão' é inesquecível. Agora, o perfil está nas mãos da linda e talentosa Mariana Ximenes.