Mostrando postagens com marcador química. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador química. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Nicolas Prattes e Juliana Paiva honram o posto de mocinhos de "O Tempo Não Para"

A atual novela das sete segue agradável, apesar da evidente queda de ritmo e da questão envolvendo os congelados ter perdido o fôlego. "O Tempo Não Para", que chega ao seu centésimo capítulo, consegue se sustentar bem pelos diálogos inspirados de Mário Teixeira e alguns conflitos momentâneos que entretêm despretensiosamente. Já o romance de Samuca (Nicolas Prattes) e Marocas (Juliana Paiva) sempre foi um dos pontos altos da história, dirigida por Leonardo Nogueira.


O casal funciona e logo no primeiro capítulo ficou claro que o autor tinha acertado na escalação. Não se sabia, porém, se o desenvolvimento da relação seria bem realizado. Mas acabou sendo. Apesar do estranhamento inicial em torno das características do mocinho (um rapaz extremamente jovem ser um empresário bem-sucedido, dono de uma grande empresa, por exemplo), o seu encantamento por Marocas fez todo sentido. Afinal, nada mais fascinante do que uma menina de 1886, descongelada em 2018, que redescobre o mundo sem abrir mão de seus valores. Qualquer um em seu lugar se apaixonaria.

É preciso citar essa observação porque paixões súbitas em novelas andam cada vez mais catastróficas. Todos os casais recentes que se apaixonaram à primeira vista logo no primeiro capítulo não funcionaram ao longo da novela, vide Luiza (Camila Queiroz) e Eric (Mateus Solano), em "Pega Pega", ou Luzia (Giovanna Antonelli) e Beto (Emílio Dantas), em "Segundo Sol", por exemplo. O que costuma dar certo é o sentimento surgindo aos poucos e normalmente depois de algum embate, como em "Orgulho & Paixão".

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

"Orgulho e Paixão" tem lindos casais para todos os gostos

A atual novela das seis da Globo, infelizmente já na reta final, é encantadora. Mescla drama e humor de forma despretensiosa, apresenta uma história que atrai pela simplicidade e seus personagens se mostram muito bem delineados pelo autor. O fato de ser um enredo de época, ambientado em 1910, imprime um charme a mais ao folhetim e são vários os acertos da obra de Marcos Berstein, baseada em vários sucessos da escritora inglesa Jane Austen. Mas o principal trunfo é a elevada quantidade de bons pares românticos. Tem romance para todos os gostos.


Os mocinhos, por exemplo, são inteligentes e dificilmente são feitos de bobos pelos vilões por muito tempo. Darcy e Elisabeta vem sendo defendidos com competência por Thiago Lacerda e Nathalia Dill, que honram o protagonismo e apresentam uma boa sintonia. Os conhecidos perfis são do livro "Orgulho e Preconceito", de Jane, cuja maior referência até então havia sido no filme homônimo exibido em 2005, protagonizado por Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Marcos e o diretor Fred Mayrink, entretanto, suavizaram Darcy, diminuindo a sisudez do rapaz, evitando uma possível rejeição do público noveleiro. Funcionou.

Errar no casal central é um dos muitos medos dos autores, mas Marcos Berstein não se contentou só em acertar com seus protagonistas. Se preocupou também com os demais e conseguiu criar pares tão encantadores quanto o principal. Jane (Pâmela Tomé) e Camilo (Maurício Destri), por exemplo, encabeçam outra deliciosa relação, porém, mais voltada para os clássicos da Disney.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Cativantes, Miss Celine e Elmo formam um casal hilário em "O Tempo Não Para"

A atual novela das sete tem feito por merecer os elogios e o sucesso de audiência. "O Tempo Não Para" vem sendo conduzida com habilidade por Mário Teixeira, embora a direção de Leonardo Nogueira deixe a desejar em alguns momentos com cortes bruscos e cenas (publicadas antes pelo site GShow) que nem vão ao ar. A premissa da família de 1886 descongelada em 2018 vem rendendo bem até o momento. E um dos êxitos da trama tem sido o inusitado casal Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho) e Elmo (Felipe Simas).


O descongelamento da preceptora das irmãs menores de Marocas (Juliana Paiva) foi o mais diferente de todos: ela simplesmente se encantou com as novidades no novo século, ao contrário dos demais, que ficaram em choque a cada nova descoberta. E assim que a personagem entrou na história ficou claro que seria um dos destaques, valorizando o talento de Maria Eduarda. Não demorou para a letrada mulher conhecer o amigo atrapalhado de Samuca (Nicolas Prattes). Ele tentou salvá-la de um assalto, mas acabou espancado pelos ladrões. A partir de então os dois não se desgrudaram mais.

E aos poucos foram crescendo em cena, divertindo através das inúmeras diferenças. Miss Celine é refinada e seu vocabulário extenso, enquanto Elmo abusa das gírias e não apresenta um intelecto muito elevado. Tanto que os diálogos da dupla são os mais inspirados da novela, muitas vezes resultando em questionamentos imprevisíveis.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Antes improvável, romance de Ema e Ernesto vira um dos acertos de "Orgulho e Paixão"

Construir bons casais virou um grande desafio para os autores. Afinal, um par sem química e mal desenvolvido é sinônimo de telespectador desinteressado. Não dá para comprar uma relação com desdobramentos rasos e protagonizada por atores que não demonstram uma boa sintonia. Fica perceptível, portanto, a preocupação de Marcos Berstein com os pares de "Orgulho e Paixão", deliciosa novela das seis da Globo. Quase todos os casais se mostram atrativos e encantadores. Mas, curiosamente, o autor acabou criando um relacionamento improvável que virou um dos trunfos do atual folhetim.


A relação de Ema (Agatha Moreira) e Ernesto (Rodrigo Simas) parecia absurda para o telespectador que é fã dos romances de Jane Austen. Isso porque a trama é baseada em vários livros de sucesso da autora, como "Orgulho e Preconceito" (1813), "Lady Suan (1971) e justamente "Emma" (1815). Na história da escritora, a personagem se envolve com Jorge (Murilo Rosa) e os conflitos são permeados pela dificuldade da jovem casamenteira ser bem-sucedida no amor, enfrentando vários obstáculos para conseguir ficar com seu amado, que na novela se casou com uma mulher adoentada (Amélia - Letícia Persiles).

Todavia, essa questão não foi muito bem abordada inicialmente e nem foi possível despertar uma torcida por esse casal no folhetim. Ao contrário do livro, Jorge se mostra um sujeito passivo e conformado, procurando desabafar com seu melhor amigo, Coronel Brandão (Malvino Salvador).

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Química, personagens humanos e boas atuações fazem de 'Cabibi' e 'Jeizeca' os melhores casais de "A Força do Querer"

"A Força do Querer" segue fazendo sucesso e angariando merecidos elogios. Glória Perez tem conseguido prender o telespectador através de bons dramas e personagens bem construídos. Mas, curiosamente, não é um folhetim com muitos romances. São poucos os casais que protagonizam momentos românticos no enredo. Ainda assim, a autora criou dois pares muito interessantes e que se beneficiam da imensa química entre os atores: Jeiza (Paolla Oliveira) e Zeca (Marco Pigossi), e Caio (Rodrigo Lombardi) e Bibi (Juliana Paes).


O primeiro par arrebatou logo na primeira cena. O clássico jogo do "Gato e Rato" quase nunca falha na ficção. A ideia de juntar um sujeito machista com uma mulher empoderada foi uma ótima sacada da autora. O bronco Zeca é da fictícia Parazinho e teve uma criação em torno da 'valorização' da 'macheza', enxergando a mulher como uma figura frágil. Ou seja, algo inaceitável nos dias de hoje. Porém, o caminhoneiro é um sujeito íntegro. Mas, a passionalidade sempre foi seu maior defeito. Já Jeiza é uma mulher que luta MMA, trabalha como policial militar, sustenta a mãe e não aceita homem lhe impondo regras. Nada melhor, portanto, do que juntar esses opostos.

Glória fez exatamente isso logo no começo e acertou em cheio, deixando os dois como casal principal do enredo. Aliás, eles acabaram assumindo a função dos mocinhos da novela. Até porque Jeiza é a representação da heroína moderna, quase uma Mulher Maravilha. O início do relacionamento foi bastante conturbado em virtude do extremo machismo do rapaz, que não tolerava uma namorada lutadora e se indignava com a falta de tempo que ela tinha para o namoro por causa da profissão de PM.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Renato Góes e Sophie Charlotte honram o protagonismo de "Os Dias Eram Assim"

A atual produção das onze (que a Globo teima em chamar de "supersérie", mas não passa de uma novela como todas as anteriores) tem qualidades, como a trilha sonora selecionada a dedo e o elenco recheado de talentos. Entretanto, o roteiro é o principal defeito. Há poucos conflitos e a história não se sustenta. O único drama do enredo é o romance dos mocinhos, que movem todos os demais personagens, direta ou indiretamente. E em virtude de tamanha importância, é vital elogiar o desempenho de Renato Góes e Sophie Charlotte.


Os dois estão irretocáveis, fazendo jus ao protagonismo da história. Renato e Alice são perfis bem construídos pelas autoras Alessandra Poggi e Angela Chaves, que se preocuparam em fugir do pedantismo de muitos mocinhos, inserindo uma firmeza admirável na postura de ambos, cujas características se mostram cativantes e humanas. Eles esbanjam integridade, mas não são chatos ou bonzinhos demais. Sabem se impor sempre que necessário e não abaixam a cabeça para ninguém. Posturas assim nas décadas de 70 e 80 (época de Ditadura, conservadorismo e repressão) demonstravam uma coragem bem maior do que hoje em dia.

Renato representa a classe média e Alice a elite, onde a família dele foi destruída emocionalmente pela dela. O pai da mocinha, em conluio com o noivo da mesma, obrigou a mãe do mocinho a compactuar com a falsa morte do rapaz com o objetivo de separá-lo da heroína em troca da 'proteção' de Gustavo (Gabriel Leone), que havia sido preso pelos militares.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Química entre Nicolas Prattes e Marina Moschen faz de Zac e Yasmin um ótimo casal de "Rock Story"

"Rock Story" não é uma novela repleta de cenas de casais. E o romantismo também não é o mote do enredo. Entretanto, os poucos casais que existem na trama são bem construídos pela autora Maria Helena Nascimento, que vem conseguindo juntar bons perfis, criando belos pares. Curiosamente, os mocinhos Gui (Vladimir Brichta) e Júlia (Nathalia Dill) acabaram ficando em segundo plano atualmente, em virtude da ausência de maiores conflitos na relação, cedendo espaço para os coadjuvantes. E um deles é o ótimo par formado por Zac (Nicolas Prattes) e Yasmin (Marina Moschen).


Os atores foram os mocinhos da fraca temporada "Malhação - seu lugar no mundo" e tiveram química, se mostrando gratas revelações do seriado adolescente. Porém, o roteiro fraco de Emanuel Jacobina e os perfis rasos prejudicaram o casal, que se perdeu ao longo dos meses, assim como toda a história encerrada em agosto de 2016. Agora está tudo diferente, com exceção da boa sintonia cênica já vista anteriormente. A autora e os diretores (Maria de Médicis e Dennis Carvalho) acertaram na escolha dos atores, principalmente porque acabaram corrigindo as falhas do casal Rodrigo e Luciana, mesmo de forma involuntária.

Zac e Yasmin representam o clássico dos opostos que se atraem, uma fórmula que dificilmente dá errado na ficção. Ele é filho de Gui e foi reconhecido pelo pai há pouco tempo, depois que a mãe do garoto sumiu no mundo, 'obrigando' o filho a viver com um sujeito que nunca tinha visto antes. A relação inicialmente foi conturbada, mas a convivência os aproximou, fazendo nascer um sentimento genuíno entre eles.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Fazendo jus ao protagonismo de "A Lei do Amor", Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu transmitem a linda sintonia de Pedro e Helô

A missão não era nada fácil: repetir a química arrebatadora vista entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor". Entretanto, Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu conseguiram atingir o objetivo com louvor e logo na primeira cena deles, na segunda fase da novela das nove, que está há pouco mais de um mês no ar. A essência do par foi mantida, assim como a sintonia observada no prólogo de cinco capítulos do folhetim, protagonizado pelos jovens atores citados.


Pedro e Helô têm uma história muito bem construída por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que souberam conquistar o telespectador com uma primeira fase voltada praticamente para o nascimento desse amor. E o par representou um dos maiores clichês da teledramaturgia em seu início: a mocinha pobre e o mocinho rico que se apaixonam, mas acabam tendo a paixão destruída por uma armação dos vilões, representados pelo pai e pela madrasta do rapaz. Vinte anos se passaram, mas o sentimento continuou intenso, apesar da distância e do mal entendido (uma traição inexistente) provocado por Fausto (Tarcísio Meira) e Magnólia (Vera Holtz).

O receio do encanto do casal ter se quebrado com a mudança de fase era inevitável, afinal, Chay e Isabelle formaram um par encantador. Mas Gianecchini e Cláudia logo acabaram com esse medo assim que protagonizaram o reencontro dos protagonistas, justamente em uma praia que representava um dos locais mais marcantes dos personagens.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Isabelle Drummond e Chay Suede formaram um encantador casal na primeira fase de "A Lei do Amor"

A primeira fase de "A Lei do Amor" teve apenas cinco capítulos e nem estava prevista antes da novela ser adiada, cedendo lugar para "Velho Chico". Esse prólogo serviu para expôr toda a construção do amor dos protagonistas, além de mostrar as manipulações dos vilões do enredo. Vera Holtz e Tarcísio Meira já mostraram que Magnólia e Fausto serão grandes personagens, sendo necessário ainda mencionar a ótima Ana Rosa na pele da doce Zuza e a talentosa Gabriela Duarte como Suzana. A luxuosa participação de Denise Fraga, vivendo a sofrida Cândida, também engrandeceu o início da história. Mas os grandes destaques foram Isabelle Drummond e Chay Suede.


Os dois fizeram jus ao posto de protagonistas, mesmo sendo tão novos. Afinal, todo folhetim das nove costuma ter perfis centrais mais velhos. E com "A Lei do Amor" não será diferente, pois Cláudia Abreu e Reynaldo Gianecchini entram na trama agora, interpretando os mesmos personagens na segunda fase, ambientada em 2016. Mas os mocinhos foram brilhantemente defendidos pelos jovens talentos, que esbanjaram química do primeiro ao último capítulo da fase exibida em 1995, que chegou ao fim hoje. A escalação dos autores Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari e da diretora Denise Saraceni não poderia ter sido mais acertada.

Os cinco primeiros capítulos foram praticamente voltados para o envolvimento amoroso de Pedro e Helô, repleto de clichês típicos de um bom folhetim. Eles se apaixonaram à primeira vista, trocaram declarações, protagonizaram momentos delicados, tiveram cumplicidade de sobra, compartilharam alegrias e sofrimentos, enfim...

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Melhor casal da trama, Shirlei e Felipe esbanjam química e se sobressaem em "Haja Coração"

"Haja Coração" teve um ótimo início, mas foi perdendo o rumo ao longo das semanas, lamentavelmente. Essa queda de qualidade, inclusive, pôde ser observada através do desenvolvimento de vários casais da história ---- muitos deles começaram promissores e tiveram o enredo estagnado. Já o par protagonista, composto por Tancinha (Mariana Ximenes) e Apolo (Malvino Salvador), cansa pela repetição desde o começo do folhetim. Porém, em contraponto a tudo o que foi mencionado, Daniel Ortiz criou um casal que caiu nas graças do público assim que surgiu e, desde então, vem tendo um bom desenvolvimento: Shirlei e Felipe.


Os personagens interpretados com competência por Sabrina Petraglia e Marcos Pitombo protagonizam um dos enredos mais clássicos dos contos de fadas: o da gata borralheira em busca do seu príncipe encantado. É uma situação que transborda clichê, mas sempre funciona quando bem construída. E foi o caso da novela. Aliás, embora seja um remake de "Sassaricando" (1987), Shirlei não pertencia ao folhetim das sete de Silvio de Abreu. Mas fazia parte de outra novela do autor, do horário das nove: "Torre de Babel" (1998). A menina ingênua que tinha um problema na perna foi vivida na época por Karina Barum, fazendo um grande sucesso ---- a música "Corazón Patío", de Alejandro Sanz (tema da personagem), estourou, inclusive.

Ao inserir Shirlei no contexto de "Haja Coração", o autor acabou se vendo obrigado a criar uma trama para ela e não simplesmente seguir com a obra original. E isso foi algo bem positivo, ainda mais levando em consideração os erros que Daniel Ortiz vem cometendo com vários perfis e enredos da sua história, muitas vezes tentando repetir situações de 1987 que não funcionaram agora ---- vide o sumiço de Teodora (Grace Gianoukas) e toda a trajetória de Aparício (Alexandre Borges), por exemplo.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Jonatas e Eliza, Carolina e Arthur, Germano e Lili: três pares distintos, três ótimos casais de "Totalmente Demais"

Rosane Svartman e Paulo Halm são escritores que sabem criar casais. Na temporada de 2012 de "Malhação" ("Intensa"), eles criaram (juntamente com Glória Barreto) o casal Bruno (Rodrigo Simas) e Fatinha (Juliana Paiva), até hoje lembrado pela imensa química. Ju (Agatha Moreira) e Gil (Daniel Blanco) formaram outro par atrativo na época. Dois anos depois, quando desenvolveram a "Malhação Sonhos", eles novamente acertaram em cheio: Pedro (Rafael Vitti) e Karina (Isabella Santoni), Duca (Arthur Aguiar) e Bianca (Bruna Hamu), e Cobra (Felipe Simas) e Jade (Anaju Dorigon) foram alguns dos muitos romances acertados da trama. Pois agora, em "Totalmente Demais", a dupla mais uma vez se mostrou inspirada.


A novela das sete é um imenso sucesso de audiência, fazendo jus ao reconhecimento do público. Toda a história é bem trabalhada e elaborada, onde há vários personagens complexos e com boas nuances. O enredo nunca cai no esgotamento, havendo sempre um rodízio de núcleos. Mas, uma das principais qualidades da produção é a grande quantidade de bons casais, fazendo o telespectador torcer por aqueles romances cheios de obstáculos a serem vencidos. Os três principais pares da novela são defendidos com maestria pelos atores e as histórias cativam, não apenas pela química dos intérpretes, como também pelos dramas vividos por aqueles perfis tão humanos.

Jonatas (Felipe Simas) e Eliza (Marina Ruy Barbosa), por exemplo, representam o casal de mocinhos clássico. A menina arredia contou com a ajuda do 'empresário das ruas' que lhe ensinou a vender flores para sobreviver, enquanto a apoiava em busca do seu sonho de seguir a carreira de modelo (para ganhar dinheiro e trazer sua família para perto dela).

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Enquanto Alinne Moraes e Rafael Cardoso esbanjam química em "Além do Tempo", Lívia e Felipe honram o título da novela das seis

A principal característica de "Além do Tempo" é a presença de duas fases completamente distintas, com longa duração cada uma. A primeira se passou no século XIX, por volta de 1895, e a atual se passa no século XXI, em 2015. E um dos grandes motivos para a transição de fase é justamente o casal protagonista, composto por Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), cujo amor atravessa o tempo. Ou seja, se o par não funcionasse, a história fatalmente naufragaria. Mas funcionou.


A clássica história do amor de outras vidas, desta vez, foi contada de forma diferente, mantendo a essência folhetinesca. Ao contrário do que sempre costuma ocorrer em obras espíritas ---- através de flashbacks inseridos durante a história, quase sempre frutos de regressões ----, a vida passada do casal foi contada, na íntegra, ao longo de 87 capítulos na primeira fase e sem final feliz. Tudo para que o novo ciclo do amor pudesse ser reiniciado com o público já sabendo de todos os meandros daquele romance.

E a estratégia ousada de Elizabeth Jhin foi muito benéfica para a novela, que nada mais é do que duas obras em uma. Já a imensa química entre os atores e a ótima construção dos personagens foram vitais para que tudo funcionasse e conquistasse o telespectador. Até porque um dos maiores desafios para um autor hoje em dia é justamente conseguir criar um casal principal que empolgue e desperte torcida do público.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Um dos acertos de "A Regra do Jogo", dupla formada por Romero e Atena evidencia a química entre Alexandre Nero e Giovanna Antonelli

"A Regra do Jogo" tem enfrentado dificuldades de audiência, principalmente em virtude do sucesso de "Os Dez Mandamentos", da Record. Porém, a novela da Globo, ao menos até agora, vem se mostrando bem amarrada e com uma trama promissora para ser contada. Há equívocos evidentes, mas ainda não comprometem o todo. O núcleo central tem um enredo bem instigante. E o principal ponto positivo deste início é a ótima dupla formada por Romero (Alexandre Nero) e Atena (Giovanna Antonelli), que estão diretamente ligados na história mais importante deste folhetim, escrito por João Emanuel Carneiro e dirigido por Amora Mautner.


O protagonista da trama é um tipo que prima pela ambiguidade. Defensor dos direitos humanos e aparente figura respeitada, o homem é na verdade um canalha integrante de uma perigosa facção criminosa, que lhe paga uma grande quantia em dinheiro. Para se vingar da mãe Djanira (Cássia Kiss) --- a quem não perdoa por ter lhe abandonado quando criança ---, ele usa Tóia (Vanessa Giácomo) e Juliano (Cauã Reymond) como peças. Ainda une o útil ao agradável, pois a mocinha é filha do homem ---- assassinado em um massacre em Seropédica ---- que inventou uma milionária fórmula, que agora está sob o poder de seu rival Orlando (Eduardo Moscovis).

Já Atena é uma 171 nata. A mulher se chama, na verdade, Francineide e sobrevive através de seus golpes, sempre dados em pessoas riquíssimas. No início da história, ela conseguiu desfrutar uma boa mordomia em virtude da ingenuidade de uma perua deslumbrada. Assim que conheceu Romero, percebeu que ele escondia algo e não demorou para descobrir seus podres, deixando a 'presa' em suas mãos.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Pedro e Karina: o casal mais popular de "Malhação Sonhos"

O tradicional ditado 'os opostos se atraem' costuma funcionar muito bem na ficção. É difícil um casal deste tipo, cuja relação começa com brigas cômicas e depois vira amor, dar errado na teledramaturgia. Portanto, é perfeitamente compreensível o êxito do par Pedro (Rafael Vitti) e Karina (Isabella Santoni) em "Malhação Sonhos". Desde o início ficou claro que a dupla cairia nas graças do público. E de fato caiu. O sucesso de 'Perina' é incontestável e logo na primeira semana de temporada ficou perceptível que a dupla seria um dos pontos altos da história.


Karina é uma menina sem vaidade, com baixa autoestima e que se culpa pela morte da mãe (ela faleceu em seu parto). Apaixonada por muay thai, usa a luta como uma válvula de escape para seus conflitos internos. Tem na figura da irmã (Bianca - Bruna Hamu) um porto seguro e é superprotegida pelo pai (Gael - Eriberto Leão). No começo da trama, teve uma paixão platônica por Duca (Arthur Aguiar) e demorou para perceber que na verdade estava gostando do Pedro, garoto que despertou sua fúria logo no primeiro encontro (quando a menina o flagrou tocando violão no restaurante do pai e da mãe dele).

Já o garoto é um típico trapalhão que, ao perceber o temperamento agressivo da garota, fez questão de apelidá-la de Esquentadinha assim que a viu. E foram os constantes e acidentais esbarrões que acabaram aproximando os dois. Apaixonado por música e guitarrista de uma banda, Pedro é responsável por inúmeras pérolas e sua irmã mais nova (Tomtom - Bianca Vedovato) consegue ser mais madura que ele.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Enquanto Débora Bloch e Domingos Montagner se destacam, Lígia e Miguel esbanjam química em "Sete Vidas"

O principal casal de "Sete Vidas" é um dos muitos acertos desta trama tão bem escrita por Lícia Manzo. A conturbada relação de Lígia e Miguel afeta, direta ou indiretamente, todos os personagens da novela e o par tem um enredo denso que os cerca desde o primeiro capítulo. O sentimento que os une é tão intenso que eles sempre estiveram ligados, mesmo com tanto tempo de afastamento e conflitos. Débora Bloch e Domingos Montagner são muito exigidos e vêm correspondendo desde a estreia.


A jornalista sempre foi apaixonada pelo oceanógrafo e ambientalista, sendo plenamente correspondida. A relação acabou justamente quando o relógio biológico dela tocou, e o desejo de ter uma família estável afastou o navegador. Em meio ao término da relação, já houve um tudo: uma morte que na verdade era um desaparecimento, culminando em uma fuga; o nascimento de um bebê, fruto deste amor; um casamento; o aparecimento de cinco filhos gerados através da doação de sêmen feita pelo protagonista no passado; um retorno (após um longo isolamento em Fernando de Noronha) que chocou a todos; e um transplante de fígado que provocou sérias complicações. Praticamente uma avalanche de dramas e acontecimentos.

Porém, mesmo com tantas mudanças drásticas, novas formações familiares, mágoas, cruel passagem do tempo e reviravoltas impensáveis, eles nunca ficaram separados no pensamento. E a resistência de Miguel em estabelecer vínculos ---- sendo justamente esta questão a responsável por todos os conflitos gerados ---- está em seu traumático passado, já amplamente abordado na história.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pedro e Júlia: um casal que transborda sensibilidade em "Sete Vidas"

O que fazer quando você se encontra apaixonado por um(a) irmão/irmã? Luta contra este sentimento? Ignora o incesto e busca a sua felicidade? Foge? Sem dúvida, são questionamentos nada fáceis e muito dolorosos. Mas e quando você descobre que o objeto do seu desejo na verdade não tem vínculo sanguíneo algum com a sua pessoa e que tudo não passou de uma grande mentira do passado? É a hora de finalmente se entregar ao amor ou o tempo passou e já é tarde demais? Estas são algumas questões que envolvem o lindo casal Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia (Isabelle Drummond), em "Sete Vidas".


Lícia Manzo tem uma facilidade gigantesca para emocionar através de envolventes histórias. A série "Tudo Novo de Novo" e a novela "A Vida da Gente" comprovam este fato e agora a autora conseguiu novamente sensibilizar através da impecável "Sete Vidas". E entre os vários acertos da trama está este casal. Pedro e Júlia se apaixonaram assim que se encontraram em uma manifestação, mas logo depois se deram conta que eram os meios-irmãos (filhos de Miguel - Domingos Montagner) que tinham marcado um encontro pelo telefone. A partir desta constrangedora constatação, o par passou a lutar contra a atração e o forte sentimento que os unia.

Em meio a algumas passagens de tempo, um beijo incontrolável foi o responsável pelo afastamento da dupla. Júlia agilizou seu casamento com Edgar (Fernando Belo) e Pedro viajou para Fernando de Noronha para estudar, mas encontrou Taís (Maria Flor) e se envolveu com ela. Ficou perceptível que os dois estavam seguindo a vida, apesar do vazio que sentiam em virtude desta relação interrompida.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Momento romântico entre Maria Marta e José Alfredo resulta em uma linda cena na última semana de "Império"

No capítulo de terça-feira da última semana de "Império", Aguinaldo Silva presenteou o telespectador e os atores com uma das cenas mais bonitas da novela. Foi o raro momento em que Maria Marta (Lília Cabral) e José Alfredo (Alexandre Nero) se desarmaram e se declararam um para o outro. Uma situação muito esperada pelos fãs do casal (apelidados de Malfred) e também pelo público da trama que aguardava um momento mais sensível do principal par do folhetim que está perto do seu fim.


Após o casamento de Cristina (Leandra Leal) e Vicente (Rafael Cardoso), a imperatriz debochou do desejo dos recém-casados de passar a lua de mel no quartinho da noiva em Santa Teresa. Ao ouvir a ironia, o comendador falou sobre sua relação com ela e afirmou que luxo não tem nada a ver com amor, já que eles não foram felizes e não adiantou nada uma lua de mel em um hotel cinco estrelas. Porém, Maria Marta não ouviu calada e fez questão de dizer que os dois tiveram, sim, momentos de felicidade.

"Sinceramente, Zé? Uma vida fantástica, maravilhosa, com todos os momentos que um verdadeiro casal tem direito. Inclusive aqueles de pura baixaria. Nós fomos muito felizes, Zé. Demais da conta. Teve dias, até, que nós explodimos de tanta felicidade. E não adianta dizer ou fingir que não foi assim."

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Cobra e Jade: um complexo e atrativo casal de "Malhação Sonhos"

Um bom vilão sempre desperta atenção do público. E a atenção é duplicada quando há um casal de vilões. No caso de "Malhação Sonhos", o par que apresenta desvios de caráter é composto por Cobra e Jade, interpretados respectivamente por Felipe Simas e Anaju Dorigon. Porém, inicialmente apresentados como duas pestes, os personagens estão longe de serem 'maus', principalmente se forem comparados com Lobão (Marcelo Faria) e Heideguer (Odilon Wagner), estes sim os grandes malvados da temporada.


Rosane Svartman e Paulo Halm construíram muito bem os perfis e rechearam os dois com complexidades muito interessantes. Cobra é um sujeito agressivo, antiético e não mede esforços para atingir suas ambições. Jade é uma menina arrogante, vaidosa e que faz questão de se mostrar cruel e debochada diante dos colegas. Entretanto, ambos têm conflitos internos que não expõem a ninguém. Enquanto ele faz questão de não falar de seu passado sombrio, ela esconde de todos sua baixa autoestima, provocada pela opressão da mãe (Lucrécia - Helena Fernandes).

A similaridade de 'estilos' aproximou os personagens, que começaram a se envolver emocionalmente. A relação é repleta de problemas, uma vez que Cobra tem uma forte resistência em demonstrar qualquer tipo de sentimento bom. O rapaz faz questão de afastar qualquer pessoa que começa a criar um laço com ele.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

João Lucas e Du: um ótimo casal de "Império"

Entre os casais de "Império", há um par que conseguiu despertar o interesse justamente por causa da cumplicidade do casal. A parceria entre João Lucas (Daniel Rocha) e Du (Josie Pessoa) se destaca em meio a pares que muitas vezes se perdem com histórias cansativas ou que não se desenvolvem a contento. O filho mais novo de José Alfredo (Alexandre Nero) e Maria Marta (Lilia Cabral) ganha atrativas nuances quando está ao lado de sua fiel companheira.


João Lucas sempre foi um rebelde sem causa e fazia de tudo para provocar os pais. Se sentia rejeitado  e sozinho (tendo um pouco de razão) naquela família tão preocupada em gerir os negócios para multiplicar todo o império que foi conquistado pelo poderoso comendador. Sua única companhia era Du, a melhor amiga e parceira de todas as horas. Ela, inclusive, sempre foi um anjo da guarda que o protegia das constantes encrencas que se metia.

A trama que os une é o clássico clichê --- que sempre funciona --- da amizade que se transforma em amor. Os dois têm um forte laço de amizade e apresentam similaridades, como a rebeldia e a forma como vivem, usando a liberdade como uma aliada. Tanto que formam uma dupla dinâmica e são confidentes um do outro.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os melhores casais do ano

O ano de 2014 não foi muito feliz para as novelas. O número de fracassos foi maior que o número de êxitos ----- situação bem semelhante ocorreu em 2013, vale lembrar. Porém, os pares românticos, como não poderia deixar de ser, estiveram presentes em várias delas e muitos conquistaram o público. Alguns, inclusive, ainda estão no ar e repletos de cenas românticas para evidenciar bastante a boa química existente entre eles. Assim como ocorreu no ano passado, fiz uma seleção dos melhores casais da ficção.





Pedro e Karina ("Malhação Sonhos"):
A atual temporada está repleta de ótimos casais e este é um deles. Rafael Vitti e Isabella Santoni são gratas revelações e a química que têm em cena é nítida. O Exibido e a Esquentadinha formam um par apaixonante e a relação é claramente inspirada na ' A Megera Domada', que também serviu de inspiração para Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adrina Esteves) em "O Cravo e a Rosa". Karina sofre de problemas de autoestima e Pedro é um verdadeiro trapalhão. Os dois combinam muito e fazem um sucesso merecido.



Gina e Ferdinando ("Meu Pedacinho de Chão"):
O improvável casal foi ganhando destaque no remake de Benedito Ruy Barbosa, e o mundo encantado criado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho fez este par parecer com os contos da Disney. Entretanto, Gina era uma mulher briguenta e nada parecida com as princesas clássicas. Mas no final da história, ela acabou sendo conquistada de vez pelo seu 'príncipe' Nando e se desarmou por completo. Johnny Massaro e Paula Barbosa formaram um lindo casal e os atores brilharam.