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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

"As Five" entra na grade da Globo em péssimo horário e com censura

 A Globoplay estreou "As Five", série oriunda de "Malhação - Viva a Diferença" (2017/2018), ano passado, no dia 12 de novembro. A estratégia, na época, foi exibir um episódio por semana, atraindo mais engajamento e audiência em uma determinada hora. Funcionou. Tanto que um esquema parecido vem sendo feito com "Verdades Secretas 2", que tem dez capítulos disponibilizados na plataforma a cada 15 dias. Agora a emissora resolveu lançar a produção em sua grade duas vezes por semana: toda terça e quinta, após a reprise de "Verdades Secretas". 

Todavia, não precisa ser um especialista em televisão para constatar que o horário escolhido foi o pior possível. A trama está indo ao ar depois da meia noite, após a nova temporada do "The Voice Brasil" e a já citada reexibição de "Verdades Secretas". Parece até que a Globo está querendo esconder o produto. Aliás, vem sendo de difícil entendimento as novas estratégias da líder. A nova novela das 21h, escrita por Lícia Manzo, que irá ao ar toda gravada e será a primeira trama totalmente inédita da faixa durante a pandemia do novo coronavírus, teve uma péssima campanha de divulgação. Somente nas últimas semanas houve uma maior atenção. Mas pareciam mais preocupados em falar do remake de "Pantanal", que só estreia em 2022. 

Agora a empresa resolveu colocar "As Five", um produto inédito na grade aberta, em um horário complicado para todos que trabalham no dia seguinte. Tudo bem que a história é mais "pesada" que a vista em "Malhação" e não poderia ser colocada no ar muito cedo. Mas não seria melhor esperar o fim da reprise de "Verdades Secretas"?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

"As Five" tem boas qualidades, mas não foi feita para quem acompanhou "Viva a Diferença"

 O título do texto parece contraditório. Afinal, todo spin-off que se preza é oriundo de um produto de imenso sucesso com o intuito de agradar aos fãs 'órfãos', após o fim de uma determinada série, novela ou filme. Porém, "As Five" foge da regra. A série, escrita por Cao Hamburger e dirigida por José Eduardo Belmonte, é repleta de qualidades e merece o sucesso que vem fazendo na Globoplay (a primeira temporada, exibida semanalmente pelo serviço de streaming da Globo, chegou ao fim nesta semana). A questão é que os problemas do roteiro ficam evidentes para o telespectador de "Malhação - Viva a Diferença". 

O primeiro e mais perceptível é o arco temporal. A série é exibida seis anos após o encerramento de "Malhação". E a história foi exibida pela Globo (reprisada atualmente, já na reta final) em 2017. Mas a trama de "As Five" é de 2019 (ano em que foi gravada) e as personagens se referem ao passado como se fosse por volta de 2012 ou até na década de 90. Vide uma fala de Keyla (Gabi Medvedovski) dizendo que a última vez que saiu para dançar a banda Jota Quest estava no auge. Parece bobagem, mas é justamente através dos pequenos diálogos que a confusão do período do enredo sobressai. 

Outro fato impossível de não ser questionado é a premissa da série. As cinco protagonistas se reencontram no enterro da mãe de uma delas (Tina - Ana Hikari), após seis anos de afastamento e três sem mensagens enviadas no grupo de WhatsApp. A ideia é ótima, pois retrata o oposto do primeiro encontro do quinteto em "Malhação": o nascimento de uma criança.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

"As Five" mantém a qualidade de "Malhação - Viva a Diferença"

 A Globoplay disponibilizou o primeiro episódio de "As Five", série exclusiva do serviço de streaming e derivada de "Malhação - Viva a Diferença" (2017/2018), no dia 12 de novembro, meia noite em ponto. Isso após um protesto dos fãs da trama contra o horário estipulado anteriormente (às 17h), mesmo sendo uma produção para assistir a hora que quiser. E a estratégia é exibir um episódio por semana, atraindo mais engajamento e audiência em uma determinada hora. 

A Globo também exibiu o primeiro capítulo nesta segunda-feira (16/11); mas neste caso, sim, valeria um protesto dos fãs. O episódio foi ao ar depois da meia noite, em um horário ingrato para a audiência. A faixa logo depois da reprise de "A Força do Querer" seria bem mais adequada. Porém, a série é exclusiva da Globoplay e a exibição foi apenas um chamariz para mais assinantes. O que é possível observar da nova saga das protagonistas de "Malhação", escrita por Cao Hamburger, é a permanência de todas as características já observadas no seriado adolescente vespertino. Tanto na essência das personagens quanto na elaboração de seus dramas. E, como a temporada foi primorosa, não é um demérito.

É no momento mais conturbado da vida de Tina (Ana Hikari) que as cinco jovens se reencontram após seis anos sem se verem e cerca de três desde a última mensagem no grupo "As Five". As amigas se mobilizam para estarem presentes no velório da mãe de Tina. Morando nos Estados Unidos, Ellen (Heslaine Vieira) volta ao Brasil especialmente para acompanhar a cerimônia.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Daphne Bozaski fez de Benê um dos trunfos de "Malhação - Viva a Diferença"

"Malhação - Viva a Diferença" fez um justo sucesso de público e crítica. A escolha para ser reprisada durante a paralisação das gravações nos Estúdios Globo por conta da pandemia do novo coronavírus não foi por acaso. As razões para tamanho êxito foram muitas e uma delas a escolha certeira do time de protagonistas. Tanto na escalação das atrizes, quanto na construção das cinco personagens. O autor Cao Hamburger e o diretor Paulo Silvestrini foram muito felizes. Entretanto, embora todas as meninas tenham sido apaixonantes, recheadas de qualidades e defeitos, houve uma que sempre se destacou em virtude da sua 'diferença', que acabou sendo a mais visível: a fofa Benê.


Daphne Bozaski esteve perfeita na composição primorosa de sua personagem, que tinha o sério risco de virar uma caricatura pouco crível. A menina doce, extremamente carente e com aspecto de nerd sofria de Síndrome de Asperger, um grau mais leve de autismo. Esse transtorno neurobiológico é pouco conhecido e o autor acertou em cheio quando o colocou em uma de suas protagonistas. Embora só tenha sido falado claramente na trama perto da reta final, o problema foi exposto através das atitudes da menina.

Benedita tem problemas de convívio social e sempre foi uma pessoa solitária. Tudo mudou quando conheceu Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaine Vieira), Keyla (Gabriela Medvedovski) e Tina (Ana Hikari) no metrô, fazendo questão de adicioná-las no WhatsApp, organizando um novo quinteto que se tornou inseparável. Contudo, as dificuldades da frágil menina sempre se mostraram presentes, apesar dessa evolução em torno de um maior vínculo de amizade.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Quinteto central foi a melhor surpresa de "Malhação - Viva a Diferença"

"Malhação - Viva a Diferença" (exibida entre 2017 e 2018) marcou a estreia de Cao Hamburger na Globo com o pé direito. A temporada, dirigida por Paulo Silvestrini, abordou temas importantes de forma séria e o enredo muito bem escrito pelo autor foi repleto de qualidades. A audiência correspondeu (a média de 20 pontos é um excelente índice e o maior em dez anos de "Malhação", até hoje não superado). A reprise, por conta da pandemia do coronavírus, ajuda a reforçar os inúmeros acertos da trama. E um dos muitos foi a escolha (e construção) das cinco protagonistas.


Keyla (Gabriela Medvedovski), Tina (Ana Hikari), Ellen (Heslaine Vieira), Lica (Manoela Aliperti) e Benê (Daphne Bozaski) são perfis cativantes e totalmente verossímeis, representando a adolescência de uma forma nada maniqueísta. Não há boazinha e nem malvada, há meninas em busca de seus desejos e com muitos dilemas, repletas de virtudes e defeitos. São todas cem por cento humanas, precisando lidar todos os dias com as diferenças que tinham tudo para separá-las, mas que só as unem mais.

Os perfis foram construídos com extrema habilidade pelo autor e a escalação podia colocar tudo a perder. Afinal, atrizes fracas não conseguiriam passar todas as nuances das protagonistas, aniquilando o DNA do roteiro da temporada. E o risco era elevado, pois "Malhação" lança talentos desde a sua estreia, em 1995. Os escolhidos são sempre novatos, implicando em uma chance maior de tropeços.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Sucesso de "Malhação - Viva a Diferença" ainda rende frutos para a Globo

O sucesso de "Malhação - Viva a Diferença" ainda rende frutos. A temporada de maior audiência do seriado adolescente desde 2009 chegou ao fim em março, com 21 pontos de média, e deixou um gosto de quero mais. Isso porque, embora neguem, a trama foi encurtada pela Globo em um mês por causa da Copa do Mundo. A história muito bem escrita por Cao Hamburger conquistou o público com a saga de cinco garotas totalmente diferentes que criaram um vínculo de amizade lindo. A produção foi indicada ao Emmy Internacional Kids em outubro e a boa notícia é que agora vai virar série.


Vários veículos divulgaram a boa nova na segunda feira (26/11). O autor está trabalhando nos episódios de um revival chamado "As Five", como ficaram conhecidas as protagonistas Benê (Daphne Bozaski), Lica (Manoela Aliperti), Tina (Ana Hikari), Keyla (Gabriela Medvedovski) e Ellen (Heslaine Vieira). As gravações devem começar no próximo trimestre e a série será exibida primeiro na plataforma Globo Play, serviço de streaming da emissora. Depois fará parte da programação da tevê aberta, ao que tudo indica ainda em 2019.

A nova produção vai mostrar as vidas das cinco garotas após uma passagem de tempo. Anos depois e já jovens adultas, elas vão se reencontrar no enterro de Mitsuko (Lina Agifu), mãe de Tina, e terão que reaprender a conviver porque suas vidas mudaram muito. Vale lembrar que no final de "Viva a Diferença", as meninas reafirmaram o pacto de amizade que as uniram na temporada, mas seguiram rumos distintos.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Primorosa, "Malhação - Viva a Diferença" honrou seu subtítulo e será eternamente lembrada pelo conjunto de qualidades

Assim que estreou, no dia 8 de maio de 2017, "Malhação - Viva a Diferença" deixou a melhor das impressões. Pela primeira vez na história do seriado adolescente não havia um casal protagonista e, sim, cinco meninas totalmente diferentes que se conheceram em um vagão de metrô, inciando um laço futuramente indestrutível graças ao parto de uma delas. O nascimento do pequeno Tonico (Danilo Castro de Souza), ao som de Trem Bala (cantada por Ana Vilela), marcou o primeiro capítulo, arrebatando o público imediatamente, que logo se apaixonou pela forma como o quinteto central se conheceu. Uma promissora fase se anunciava.


E a promessa de uma grande história acabou sendo cumprida ao longo dos meses. A estreia de Cao Hamburger como autor solo na Globo se mostrou a melhor possível, após brilhantes trabalhos na TV Cultura, como o icônico "Castelo Rá-Tim-Bum" (1994/97), "Um Menino Muito Maluquinho" (2006), "Pedro & Bianca" (2012) e "Que Monstro Te Mordeu?" (2014). O escritor até já tinha trabalhado na Globo escrevendo a série "Cidades dos Homens", em parceria com outros roteiristas, entre 2002 e 2005, além de ter sido redador dos infantis "Disney Club" e "Disney Cruj" (1997 - 2002) no SBT. Acostumado a escrever para crianças, ele mostrou ter total habilidade para representar o mundo jovem e construir adolescentes reais, sem fantasiar ou fugir de temas mais densos.

Além da ousadia em ter cinco meninas protagonizando seu enredo e não um casal, Cao ainda trouxe a trama para São Paulo, após 24 temporadas tendo o Rio de Janeiro como ambientação. Essa mudança pode parecer boba, mas ajudou bastante para ''oxigenar'' o formato, principalmente através de vários diálogos tendo gírias paulistas sendo usadas, como o termo "treta" para se referir a brigas, pouco utilizada pelos cariocas.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Penúltimo capítulo de "Malhação - Viva a Diferença" emociona e tira o fôlego do telespectador

Resta apenas um capítulo para "Malhação - Viva a Diferença" fechar seu ciclo. E Cao Hamburger reservou momentos eletrizantes e emocionantes para esse final de temporada, fazendo jus ao imenso sucesso que a trama fez ao longo dos onze meses de exibição. O penúltimo capítulo presenteou o público com uma sucessão de ótimas cenas que merecem todos os elogios.


Em plena campanha da valorização do ensino público ---- a propaganda exibida no capítulo desta quinta-feira (01/03) passou a ser exibida em toda a programação da Globo -----, o autor resolveu tocar na ferida da ignorância e do conservadorismo através da difamação de Malu (Daniela Galli), que espalhou "Fake News" na internet com o intuito de destruir o colégio Cora Coralina. As fotos tiradas por K2 (Carol Macedo) resultaram em uma ira homofóbica --- em virtude do beijo de Lica (Manoela Aliperti) e Samantha (Giovanna Grigio) --- e depreciadora dos métodos de ensino de Dóris (Ana Flávia Cavalcanti).

A situação, obviamente, remeteu ao Movimento Brasil Livre, que iniciou uma intensa campanha contra uma exposição em um museu ano passado, chamando um dos artistas de pedófilo. E, na ficção, após muitas notícias falsas, houve depredação na escola pública, com direito a pichações e cartazes condenando "viados", "pornografia infantil", entre outros.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Irretocável como Benê, Daphne Bozaski é o grande destaque de "Malhação - Viva a Diferença"

"Malhação - Viva a Diferença" vem fazendo um justo sucesso de público e crítica. As razões para tamanho êxito são muitas e uma delas é a escolha certeira do time de protagonistas. Tanto na escalação das atrizes, quanto na construção das cinco personagens. O autor Cao Hamburger e o diretor Paulo Silvestrini foram muito felizes. Entretanto, embora todas as meninas sejam apaixonantes, recheadas de qualidades e defeitos, há uma que sempre se destacou em virtude da sua 'diferença', que acaba sendo mais visível: a fofa Benê.


Daphne Bozaski está simplesmente perfeita na composição primorosa de sua personagem, que tinha o sério risco de virar uma caricatura pouco crível. Afinal, a menina doce, extremamente carente e com aspecto de nerd sofre de Síndrome de Asperger, um grau mais leve de autismo. Esse transtorno neurobiológico é pouco conhecido e o autor acertou em cheio quando o colocou em uma de suas protagonistas. Embora ainda não tenha sido falado claramente na trama, o problema vem sendo exposto através das atitudes da menina.

Benedita tem problemas de convívio social e sempre foi uma pessoa solitária. Tudo mudou quando conheceu Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaine Vieira), Keyla (Gabriela Medvedovski) e Tina (Ana Hikari) no metrô, fazendo questão de adicioná-las no WhatsApp, organizando um novo quinteto que se tornou inseparável. Contudo, as dificuldades da frágil menina sempre se mostraram presentes, apesar dessa evolução em torno de um maior vínculo de amizade.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

"Malhação - Viva a Diferença" trata temas importantes com propriedade e competência

Além do ótimo elenco, personagens ricos e boa condução do enredo, Cao Hamburger vem acertando em outro ponto com a sua deliciosa "Malhação - Viva a Diferença": a abordagem cuidadosa de vários temas importantes. Racismo, gravidez na adolescência, autismo, uso de drogas, alcoolismo, abuso sexual, direitos humanos, assexualidade, problemas de uma escola pública, automutilação, enfim, não faltam situações exploradas ao longo da temporada, sempre tendo perfis complexos como protagonistas dos mesmos.


Não é fácil inserir tantas temáticas em um enredo ficcional sem parecer gratuito ou forçado, mas o autor vem conseguindo com louvor. Todos os dramas estão inseridos no contexto, complementando os conflitos da trama e deixando os personagens ainda mais cativantes, despertando atenção de quem assiste. A primeira situação abordada foi a gravidez na adolescência, através de Keyla (Gabriela Medvedoski), que pariu em pleno metrô de São Paulo, implicando na aproximação das cinco protagonistas.

Os problemas da menina em criar um filho sem pai e em época escolar foram o foco do começo da temporada, servindo para reforçar cada vez mais o elo do quinteto central, uma vez que todas ajudavam nos cuidados com o pequeno Tonico. Aos poucos, essa dificuldade de Keyla foi cedendo espaço para outras, que eram inseridas com o intuito de destacar outros personagens.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Guto e Benê esbanjam delicadeza em "Malhação - Viva a Diferença"

"Malhação - Viva a Diferença" não é uma trama sobre casais. Ela se diferencia das demais temporadas por focar nas questões individuais dos personagens, tendo cinco protagonistas e não um ou dois pares. O foco é a força da amizade, tendo vários conflitos e dramas pessoais correndo por fora, incluindo os relacionamentos amorosos, obviamente. Mas o espaço para momentos românticos existe e a melhor relação da história é a de Guto (Bruno Gadiol) e Benê (Daphne Bozaski).


Primeiramente, porque Benedita é o perfil mais cativante do quinteto central, apresentando particularidades apaixonantes, como levar tudo o que é dito ao pé da letra, além de jogar verdades na cara dos outros de forma natural e até inocente. Ela sofre de Síndrome de Asperger, um grau leve de autismo, mas o 'problema' nunca foi dito no enredo. Todos sabem que a menina é diferente, embora ninguém saiba exatamente o porquê. Sua dificuldade com o toque e o barulho sempre foi seu maior obstáculo, provocando alguns surtos, inclusive. 

Já Guto é um dos tipos masculinos mais complexos da história, carregando um nuvem de incertezas consigo. Tímido e retraído, o rapaz nunca teve facilidade em socializar com as meninas, mesmo sendo considerado o bonitão da escola. O fato de nunca ser visto namorando, por sinal, começou a despertar desconfianças de alguns.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Briga do quinteto central promove boa virada e comprova o talento das atrizes em "Malhação - Viva a Diferença"

Quando há assunto de sobra para ser comentado sobre uma trama é sinal de que a produção está no caminho certo. "Malhação - Viva a Diferença" já provou e comprovou isso várias vezes desde a sua estreia, em maio. Após abordagens precisas sobre o uso de drogas na adolescência e racismo, a temporada apresentou uma grande virada na história: o rompimento da amizade do quinteto protagonista. E a cena fez jus ao aguardado clímax.


Cao Hamburger esbanjou criatividade na semana passada, quando resolveu contar o drama de cada personagem em um dia da semana. Para isso, o autor usou o telefonema de Benê (Daphne Bozaski), expondo a tristeza das cinco meninas, plantando a dúvida na cabeça do telespectador a respeito do que teria acontecido com elas. E a 'saga' das explicações começou na terça-feira passada (07/11), com o conflito de Tina (Ana Hikari), sendo obrigada pela mãe a viajar para o Japão, após ter sido flagrada com Anderson (Juan Paiva) em seu quarto.

O drama de Lica foi exposto na quarta, com a garota conversando com Tina, e contando os problemas que enfrentou no período 'pós-balada em seu apartamento', confessando ainda que beijou Deco (Pablo Morais) em outra 'festinha'. A quinta foi o dia de Ellen, protagonizando o capítulo mais dramático. A garota se viu mais uma vez humilhada pelas colegas de escola, sendo vítima do preconceito social e do racismo.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

"Malhação - Viva a Diferença" retrata a adolescência com total realismo

Elogiar a atual temporada de "Malhação" virou uma rotina. Cao Hamburger está estreando como autor no seriado adolescente da Globo com o pé direito, após produções muito bem-sucedidas na TV Cultura e no cinema. Sua parceria com o diretor Paulo Silvestrini está acima das expectativas. E entre as várias qualidades de "Malhação - Viva a Diferença", é preciso enfatizar o grau de realismo que a adolescência vem sendo retratada.


A festa organizada por Lica (Manoela Aliperti), em seu apartamento, foi apenas mais uma prova do quanto que o mundo dos adolescentes vem sendo exposto com precisão, sem 'fantasias'. A menina mais rebelde da trama novamente procurou extravasar suas frustrações através de um aparente divertimento, sem pensar nas consequências. A 'reunião' teve bebida alcoólica à vontade, muita música, beijos e drogas. Tudo o que várias festinhas desse tipo costumam ter, para o desespero de muitos pais.

Todos sabem que menores de idade não podem beber, segundo a lei. Porém, é notório que essa legislação nunca é obedecida, ainda mais em festas particulares, promovidas pelos próprios adolescentes. Uma das grandes falhas presente em várias temporadas de "Malhação" era justamente a ausência de bebida alcoólica em momentos festivos ou qualquer momento de confraternização.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

"Malhação - Viva a Diferença" faz jus ao seu subtítulo

A atual temporada de "Malhação" está praticamente há seis meses no ar e Cao Hamburger vem presenteando o público com uma história agradável, repleta de personagens reais e cativantes, onde a individualidade é a maior protagonista. Todos têm um caminho a seguir, precisando lidar com obstáculos e problemas comuns a qualquer ser humano. A trama, mesmo sem apresentar grandes viradas ou uma sucessão de acontecimentos, consegue prender muito por causa do conjunto apresentado, onde tudo flui com naturalidade.


Nesta semana, o enredo, dirigido com competência por Paulo Silvestrini, ficou voltado para a Balada Cultural, promovida para celebrar a diferença e unir todas as tribos. Para isso, os alunos do colégio Grupo (particular) e da escola pública foram convidados, organizando vários eventos para a festa. O resultado foi o melhor possível. As cenas ficaram ótimas, valorizando diferentes ritmos, culturas e vestimentas. Enfim, foi uma celebração da própria temporada, que chegou ao capítulo 100 recentemente.

Com o lema 'O Velho é Novo', o desfile comandado por Keyla (Gabriela Medvedovski) teve roupas dos anos 70 e 80 customizadas. A mesma Keyla ainda cantou lindamente ao lado de Tina (Ana Hikari), encantando todos os presentes. Já Fio (Lucas Penteado) mostrou sua dança cheia de ritmo e passinhos, enquanto MB (Vinicius Wester), Samantha (Giovanna Grigio) e Felipe (Gabriel Calamari) fizeram uma apresentação como grupo Lagostins, lançando uma música nova em homenagem a Lica (Manoela Aliperti).

terça-feira, 20 de junho de 2017

"Malhação - Viva A Diferença" apresenta protagonistas bem construídas e cinco atrizes talentosas

No ar há pouco mais de um mês (estreou no dia 8 de maio), "Malhação - Viva a Diferença" já pode ser considerada um acerto. A temporada de Cao Hamburger, dirigida por Paulo Silvestrini, vem abordando temas importantes de forma séria e o enredo muito bem escrito pelo autor é repleto de qualidades. A audiência, por sinal, está correspondendo (a média está acima dos 20 pontos, excelente índice e o maior em dez anos de "Malhação"). E um dos muitos êxitos da atual fase é a escolha (e construção) das cinco protagonistas.


Keyla (Gabriela Medvedovski), Tina (Ana Hikari), Ellen (Heslaine Vieira), Lica (Manoela Aliperti) e Benê (Daphne Bozaski) são perfis cativantes e totalmente verossímeis, representando a adolescência de uma forma nada maniqueísta. Não há boazinha e nem malvada, há meninas em busca de seus desejos e com muitos dilemas, repletas de virtudes e defeitos. São todas cem por cento humanas, precisando lidar todos os dias com as diferenças que tinham tudo para separá-las, mas que só as unem mais.

Os perfis foram construídos com extrema habilidade pelo autor e a escalação podia colocar tudo a perder. Afinal, atrizes fracas não conseguiriam passar todas as nuances das protagonistas, aniquilando o DNA do roteiro dessa temporada. E o risco era elevado, pois "Malhação" lança talentos desde a sua estreia, em 1995. Ou seja, os escolhidos são sempre novatos, implicando em uma chance maior de tropeços.

terça-feira, 9 de maio de 2017

"Malhação - Viva a Diferença" tem estreia emocionante e envolvente

"A gente cresce com o que é diferente da gente. Se existe uma hora que se aprende que o diferente é ruim, eu não quero aprender isso nunca. O que eu quero é mostrar que a riqueza é a diferença." Essa simples, mas significativa mensagem fez parte do teaser de "Malhação - Viva a Diferença", já deixando clara a  intenção da nova temporada do seriado adolescente, que estreou nesta segunda-feira (08/05), após a exibição de uma prévia na última sexta e cinco vídeos com cerca de cinco minutos na Globo Play sobre os perfis principais.


A história, dirigida por Paulo Silvestrini, marca a estreia do talentoso Cao Hamburger como novelista na produção dramatúrgica mais longeva da Globo. O autor de sucessos infantis como "Disney Club" (1997), "Um Menino Muito Maluquinho" (2006), "Que Monstro te Mordeu?" (2014) e o inesquecível "Castelo Rá-tim-bum" (1994), que marcou toda uma geração, já mostrou sua competência em lidar com as crianças e agora terá o desafio de se comunicar com os adolescentes, embora "Malhação" seja para todos os públicos e tenha um forte apelo infanto-juvenil.

As chamadas da nova temporada foram promissoras e a estreia honrou todas as expectativas, após a convidativa sinopse ter sido divulgada amplamente nas últimas semanas. Pela primeira vez o seriado tem São Paulo como pano de fundo, depois de 24 fases ambientadas no Rio de Janeiro. E outra novidade é a questão envolvendo o protagonismo.