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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Morte de Elias destaca a boa direção de "Bom Sucesso"

A atual novela das sete da Globo é um sucesso e colhe muitos elogios merecidamente. Rosane Svartman e Paulo Halm estão inspirados e criaram uma ótima história. Mas "Bom Sucesso" tem outra qualidade que merece ser citada: a direção de Luiz Henrique Rios e sua equipe. Esse trabalho, embora seja observado desde a estreia, ficou ainda mais evidente com todas as sequências envolvendo a fuga de Elias (Marcelo Faria).


A entrada do vilão movimentou a novela e promoveu uma tensa virada na vida de Paloma (Grazi Massafera), afetando todo o núcleo central. O acidente sofrido por Gabriela (Giovanna Coimbra), enquanto salvava a vida de Alberto (Antônio Fagundes), implicou em uma transfusão de sangue, mas o tipo sanguíneo da menina era muito raro e somente o pai (dado como morto) era compatível. Graças ao fato todos descobriram, através de padre Paulo (Guti Fraga), que Elias estava vivo.

A cena do acidente mencionado já expôs com mais nitidez o preciso trabalho da direção, principalmente durante a queda do refletor que quase atingiu o dono da Prado Monteiro. Pareceu mesmo que o objeto estava quase caindo na cabeça do personagem.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Fuga de Rubinho e Bibi proporciona sequência de tirar o fôlego em "A Força do Querer"

Glória Perez não tem poupado trama em "A Força do Querer". Inspirada, a autora vem presenteando o público com capítulos ótimos, destacando os personagens através do esquema de rodízio. Cada um tem a sua vez de brilhar. Depois de Ritinha (Isis Valverde) e Jeiza (Paolla Oliveira), chegou a vez da outra protagonista ganhar espaço: Bibi (Juliana Paes). E a personagem vem crescendo cada vez mais. Tanto que a sequência da fuga de Rubinho (Emílio Dantas), exibida nesta quarta-feira (05/07), foi de tirar o fôlego.


A cena foi um divisor para o enredo. Estabeleceu de vez a rivalidade entre Jeiza e Bibi, ao mesmo tempo que marcou a entrada da esposa do traficante no mundo do crime. Agora ela está tão suja quanto o marido, após já ter incendiado o restaurante onde ele trabalhava para destruir provas e tentado ajudar em outra fuga anterior. E toda a cena da perseguição merece palmas, principalmente pela direção irretocável de Rogério Gomes.

O diretor, sempre competente e elogiado, trabalha com Glória pela primeira vez e está fazendo muito bem a ela. Após a direção catastrófica de "Salve Jorge", a escritora  precisava dessa mudança, além de, claro, estar muito mais 'iluminada' na sua atual história.

terça-feira, 22 de março de 2016

O estilo sonhador, poético e nada convencional de Luiz Fernando Carvalho

Dirigir uma novela, série ou minissérie não é tarefa fácil. O diretor ou a diretora precisa transmitir toda a ideia do autor de forma competente, construindo todas as cenas descritas no texto da melhor forma possível. Cada diretor tem um estilo, mas nem todos têm uma marca que se sobressaia em seus trabalhos. Porém, alguns têm uma identidade de fácil identificação, enquanto outros apresentam uma característica que se sobrepõe ao produto. É o caso de Luiz Fernando Carvalho, que está dirigindo a recém-iniciada "Velho Chico", atual novela das nove da Globo.


A primeira fase da trama escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, é ambientada nos anos 60 e o diretor aproveita a ambientação de época para criar um conjunto lúdico, onde o espetáculo visual se torna o grande protagonista. As caracterizações são primorosas e há até uma licença poética na vestimenta da arrogante Encarnação (Selma Egrei), que não tem nada a ver com o período do enredo, mas representa uma espécie de rainha louca dos contos de fadas.

O show de imagens é um presente para os olhos e o diretor conseguiu até deixar uma sequência de incêndio belíssima. O texto da produção é um mero adorno, que nem faria falta se não existisse. As pausas dramáticas (muitas vezes bem longas) se sobressaem, assim como o trabalho corporal dos atores, que estão fazendo parte de um teatro televisionado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Sequência de Larissa na Cracolândia evidenciou a direção impecável de Mauro Mendonça Filho em "Verdades Secretas"

"Verdades Secretas" é um conjunto de acertos e vem mostrando isso em cada capítulo. A trama não perde o ritmo, os personagens são repletos de dubiedades, há um clima de tensão constante no ar e o elenco está primoroso. Mas além de todas estas qualidades e do texto ácido de Walcyr Carrasco, a novela tem uma direção impecável de Mauro Mendonça Filho. E a cena da Cracolândia, exibida nesta primeira segunda-feira de agosto (03/08), já entrou para a lista das mais marcantes desta produção, evidenciando justamente a primorosa direção da obra.


A degradação de Larissa (Grazi Massafera em seu melhor momento na carreira) vem sendo mostrada desde o início da história. Modelo decadente, a personagem vinha garantindo seu maior lucro com o Book Rosa da agência de Fanny (Marieta Severo), cujo dinheiro recebido pelos programas era dado quase que integralmente para a mãe (Divanilda - Ana Barroso), que cafetina a própria filha. O que sobrava ela usava para usar cocaína --- obtida através do seu até então 'ficante', Sam (Felipe de Carolis). Porém, o vício foi ficando cada vez mais forte, até que ela trocou de 'namorado' e conheceu Roy (Flávio Tolezani), outro traficante, que lhe 'apresentou' ao crack.

Foi apenas a gota d`água para transbordar o copo cheio que virou a vida de Larissa. A personagem, que já estava completamente desorientada e viciada, afundou ainda mais. E a imagem da modelo enfiada em uma espécie de barraca, armada no meio da Cracolândia, observando aterrorizada todos aqueles seres humanos se comportando feito zumbis, foi tenebrosa.