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segunda-feira, 15 de abril de 2019

"Vidas Brasileiras" foi a pior temporada da história de "Malhação"

O sucesso de público e crítica de "Malhação - Viva a Diferença" (que ganhou o Emmy Internacional Kids na semana passada) colocou uma responsabilidade e tanto nas mãos de Patrícia Moretzohn. O enredo primoroso de Cao Hamburger tirou o longevo seriado adolescente da mesmice e provocou uma grande repercussão. Vários temas importantes foram levantados com brilhantismo, os personagens cativaram, os romances foram bem desenvolvidos, enfim. A produção substituta tinha que, no mínimo, manter o alto nível. A própria autora reconheceu isso em entrevista na época da estreia (em março de 2018). Porém, tudo o que a temporada anterior construiu, a trama encerrada nesta segunda-feira (15/04) destruiu.


A história, dirigida por Natália Grimberg, adaptou o formato da série canadense "30 Vies", que apresentava um enredo a cada quinze capítulos. Nunca deu certo. Uma das funções da teledramaturgia é envolver o telespectador através dos conflitos de seus personagens. Como atingir esse objetivo em um enredo que trocava de protagonista em menos de três semanas? Sim, porque muitas vezes o drama em questão nem durava 15 dias. Era resolvido em dez mesmo, por exemplo. Não tinha como funcionar exibir uma espécie de "minissérie" dentro de um seriado. O telespectador nem conseguia se apegar ao personagem e o conflito era sempre desenvolvido de forma superficial. O desfecho, então, era súbito e nada convincente.

A única personagem que permanecia no foco da trama era Gabriela (Camila Morgado), professora do Colégio Sapiência. O objetivo da autora era colocá-la como elemento conciliador dos adolescentes. Ou seja, Gabi descobria o problema do aluno em questão e logo virava uma parceira. Porém, não demorou para o papel cansar.

quarta-feira, 7 de março de 2018

"Malhação - Vidas Brasileiras" tem estreia apressada e com protagonismo claro

"Em cada vida, várias histórias." "Malhação - Vidas Brasileiras" terá esse lema como maior identidade e a responsabilidade da nova temporada, que estreou nesta quarta-feira (07/03), é complicada: entrar no lugar do imenso sucesso "Malhação - Viva a Diferença", êxito de audiência, repercussão e crítica, escrito por Cao Hamburger. A missão de manter a qualidade da faixa é dita até pela autora, Patrícia Moretzohn, e o início da nova saga mostrará as pretensões desse enredo.


O Rio de Janeiro volta ao cenário da trama adolescente, mais especificamente o bairro de Botafogo, deixando São Paulo da temporada anterior de lado. E pela primeira vez "Malhação" terá um personagem maduro como protagonista: a determinada Gabriela, professora de Português e Literatura, que luta por uma educação de qualidade e se preocupa com todos os seus alunos, muitas vezes fazendo parte da vida de cada um. A talentosa Camila Morgado foi selecionada para esse posto e é um nome de peso.

Outra novidade da fase é a estrutura do enredo. Baseada na produção canadense "30 Vies", premiada série que estreou em 2011 e teve 11 temporadas, completando 660 capítulos ---- também é a primeira vez que "Malhação" se baseia em um formato de fora ----, a história tem um rodízio de protagonismo. A cada 15 dias, um aluno vira o personagem central do roteiro, tendo a professora como grande aliada para lidar com os conflitos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Responsável por vários sucessos em todas as faixas, Walcyr Carrasco é o autor mais versátil da Globo

Ele é praticamente uma fábrica de fazer novelas e um conquistador de sucessos. Walcyr Carrasco foi o responsável pelo maior êxito da Globo em 2015, uma vez que "Verdades Secretas", recém-terminada --- primeira trama inédita da faixa das 23h e com média geral de 20 pontos ---, foi o produto de maior audiência e repercussão da emissora no ano. E essa primorosa novela apenas evidenciou o que já estava claro há alguns anos: o autor é o mais versátil da emissora.


Walcyr já escreveu para todas as faixas da líder e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que costuma ocorrer com seus colegas, que têm um período de férias um pouco mais longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor, é praticamente uma novela a cada dois anos (vale citar que de 2011 a 2013 foram três em três anos), um intervalo bem curto de uma produção para a outra, ainda mais em se tratando de teledramaturgia que fica no mínimo quatro meses no ar.

"Verdades Secretas" é o quinto sucesso seguido do autor, o que explica o interesse da Globo em sempre selecioná-lo para a criação de novas obras. O folhetim que abordou com maestria o submundo da moda, a prostituição, o alcoolismo, a bissexualidade, as drogas, o assédio moral e sexual, os jogos de interesse e o suspense em torno de um triângulo amoroso macabro, foi um dos melhores trabalhos do Walcyr.

terça-feira, 23 de junho de 2015

"Sete Vidas" e "Verdades Secretas" comprovam o êxito do entrosamento entre autor e diretor

O entrosamento do autor com o diretor da sua novela é de vital importância para que a mesma funcione a contento. Qualquer tipo de divergência (ou métodos de trabalhos que não se complementam) já provoca um efeito imediato no resultado final, prejudicando o conjunto. Em compensação, quando há uma sintonia perfeita, onde um auxilia o trabalho do outro, a novela dificilmente enfrenta problemas. Pois este é o caso de "Sete Vidas" e "Verdades Secretas", exibidas atualmente na Globo.


As duas novelas evidenciam o êxito de uma boa parceria, onde autor e diretor se conhecem e confiam no trabalho um do outro. Para que isso ocorra, aliás, é (na maioria das vezes) preciso que este 'casamento' se perdure. Ou seja, que a dupla dê prosseguimento a uma parceria bem-sucedida. E foi exatamente o que aconteceu em ambos os casos. Lícia Manzo, Jayme Monjardim, Walcyr Carrasco e Mauro Mendonça Filho são responsáveis por dois folhetins repletos de qualidades e as duplas já fizeram outros trabalhos juntos. 

Lícia e Jayme produziram a impecável "A Vida da Gente" (2011) e a novela das seis entrou para a lista de melhores já exibidas no horário, sendo uma das mais vendidas da Globo. A história protagonizada por Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano) emocionou o público e a harmonia entre autora e diretor pôde ser sentida do primeiro ao último capítulo.

sábado, 27 de outubro de 2012

Gabriela chega ao fim e mostra que Walcyr Carrasco está apto a estrear no horário nobre

A nova adaptação de "Gabriela" terminou na noite dessa sexta-feira (26/10) e encerrou com chave de ouro mais um sucesso de Walcyr Carrasco. Com um último capítulo onde Coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes) morre no meio da praça; Mundinho (Mateus Solano) e Gerusa (Luiza Valdetaro) finalmente se casam; uma nova política chega em Ilhéus e Nacib (Humberto Martins) perdoa Gabriela (Juliana Paes); o telespectador pôde se emocionar com os finais felizes e não se arrependeu de ter acompanhado esse remake desde a estreia.


O autor modificou a história em vários aspectos e deu uma nova roupagem à obra de Jorge Amado. Ao inserir personagens cativantes como Lindinalva (Giovanna Lancellotti), Dona Dorotéia (Laura Cardoso), Juvenal (Marco Pigossi) e Berto (Rodrigo Andrade), por exemplo, Walcyr aumentou as possibilidades da novela, o que gerou uma resposta imediata do público: o núcleo acabou virando um dos mais queridos e os atores foram excelentes. Outro acerto foi aumentar o destaque de Coronel Jesuíno, que mal aparecia no livro, e acabou tendo uma grande importância na novela, presenteando o telespectador com o show de José Wilker. Vanessa Giácomo, mais uma talento, fez uma Malvina  revolucionária e apaixonante --- pena que não tenha aparecido  no último capítulo. Já Fabiana Karla surpreendeu ao compor sua Olga e convenceu. Gero Camilo fez um Miss Pirangi sarcástico e foi ótimo ver acompanhar o mistério sobre o misterioso par do 'invertido' ---  Coronel Amâncio (Genésio de Barros),  filho de Dorotéia, um sujeito hipócrita e machista, mas que se redimiu no fim.

No entanto, nem tudo foram flores. A protagonista da trama não emplacou e Juliana Paes, apesar de ser uma boa atriz, acabou não convencendo ao viver Gabriela. Tinha momentos onde a personagem não aparentava inocência, mesclada com sensualidade, e sim que tinha problemas mentais. O excesso de sorrisos também prejudicou. Outro que errou feio foi

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

José Wilker e Laura Cardoso: os grandiosos destaques de "Gabriela"

A nova versão de "Gabriela", escrita por Walcyr Carrasco, entra em sua última semana de exibição. O telespectador já sente o final se aproximando e começa a se despedir dos personagens presentes na obra de Jorge Amado. Muitos se destacaram, outros se apagaram e alguns nem serão lembrados. Mas entre os muitos atores que brilharam, dois foram os grandes destaques e protagonizaram um festival de cenas ótimas nessa nova adaptação: José Wilker e Laura Cardoso. 


Coronel Jesuíno e Dona Dorotéia já mostraram que se destacariam logo na primeira cena. José Wilker e Laura Cardoso são dois atores consagrados e já fizeram inúmeros trabalhos na televisão, teatro e cinema. Ou seja, estão em um patamar muito elevado e não precisavam provar mais nada para ninguém; no entanto, ambos conseguiram surpreender o telespectador a cada cena que era exibida.

Embora o livro não tenha destacado muito a história de Jesuíno, na novela essa situação foi alterada, dando novos rumos e ocorrendo exatamente o contrário: o personagem cresceu e o público pôde acompanhar a atuação magnífica de José Wilker; que conseguiu compor um sujeito machista, violento, frio e intolerante da forma mais genial possível. A sequência em que o Coronel flagra sua esposa, Dona Sinhazinha, nos braços do amante, acabou sendo uma

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dona Dorotéia, Quinquina e Florzinha: as lobas em pele de cordeiro que se destacam em "Gabriela"

A novela das onze, que se encaminha para o final, já apresentou uma série de acontecimentos. Paixões, assassinatos, disputa política, situações hilárias, ameaças, surras, estupro, traições, golpes e até castração. Em meios a tantos conflitos, o telespectador observou que a maioria dos fatos trágicos, e que resultaram em infelicidade e tristeza, só ocorreram por culpa de três senhoras nada gentis e muito sonsas. Elas atentem pelos nomes de Dorotéia, Quinquina e Florzinha; as fofoqueiras de "Gabriela".


Sempre defendendo a moral e os bons costumes, este trio de invejosas funciona como uma espécie de 'câmera de vigilância' da cidade de Ilhéus. Não há quem consiga escapar do olhar atento das víboras que se fazem de santas. A primeira vítima foi Dona Sinhazinha (Maitê Proença). Após ter sua traição delatada pela chefe da equipe --- Dona Dorotéia, que só descobriu quando mandou surrarem a empregada Néia ---, acabou sendo assassinada junto com o amante por Coronel Jesuíno (José Wilker), seu marido. A próxima vítima foi Lindinalva (Giovanna Lancelloti): como se não bastasse ter sido renegada pela sogra depois de ser violentada por Berto (Rodrigo Andrade), ainda foi alvo de sua fúria quando a velha descobriu que a menina estava tendo um romance com seu outro neto, Juvenal (Marco Pigossi). Não pensou duas vezes ao mandar espancarem a menina.

Apesar de Florzinha e Quiquina serem fiéis escudeiras de Dorotéia, ambas começaram a ter uma participação maior na fofoca quando descobriram a respeito do romance proibido entre Mundinho Falcão (Mateus Solano) e Gerusa (Luiza Valdetaro). Muito desconfiadas, as três fizeram questão de ir até a igreja para ouvir o plano de fuga dos pombinhos. Resultado: foram correndo

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mundinho Falcão, Gerusa, Juvenal e Lindinalva: dois casais que conquistaram o público em "Gabriela"

Walcyr Carrasco está escrevendo com competência a nova adaptação da obra de Jorge Amado e vem apresentando uma boa novela para os telespectadores que ficam até tarde esperando a trama começar. "Gabriela" --- apesar dos protestos de alguns por não estar retratando fielmente o livro e nem a novela exibida em 1975 --- tem sido um ótimo remake e várias cenas são merecedores de elogios, assim como grande parte do elenco escalado. Mas se o romance de Nacib (Humberto Martins) e Gabriela (Juliana Paes) não agradou nesta nova versão, não se pode negar que dois casais despertaram a paixão do público: Mundinho Falcão e Gerusa, assim como Juvenal e Lindinalva.


Este quarteto sempre protagoniza grandes cenas. Os atores conseguem brilhar tanto nas situações de romance quanto nas sequências mais pesadas de "Gabriela". Mateus Solano, Luiza Valdetaro, Marco Pigossi e Giovanna Lancellotti são muito talentosos e se destacam em meio a uma história que mescla política, conflitos amorosos e costumes rigorosos de uma época, onde a mulher era, quase sempre, tratada como lixo e não tinha vez.

Se antes Gerusa era uma moça submissa e que aceitava as ordens de seu avô (Ramiro Bastos - Antônio Fagundes), ao se apaixonar pelo inimigo número um do Coronel, passou a perceber que os ideais feministas de sua melhor amiga (Malvina - Vanessa Giácomo) não eram tão absurdos quanto supunha. Assim, a personagem passou a

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Laura Cardoso completa 85 anos presenteando o telespectador com seu talento

Hoje é um dia muito especial para uma das maiores atrizes deste país. Nesta quinta-feira (13/09), Laura Cardoso completa 85 de vida e recebeu merecidas homenagens da equipe da novela "Gabriela" --- atual produção que conta com o privilégio de ter esta dama do teatro e da televisão em seu elenco. A atriz também recebeu um emocionante presente, no sábado passado, do "TV Xuxa". A apresentadora fez uma linda homenagem remetendo ao teleteatro, tendo depoimentos tocantes, participações de colegas e a narração de Rodrigo Sant`anna, Thalita Carauta e Daniel Boaventura.


Laura Cardoso sempre foi uma figura muito querida por todos. Profissional dedicada, sempre foi apaixonada pela arte da interpretação e nunca reclamou do excesso de trabalho, nem mesmo agora, com 85 aninhos. Com mais de 50 novelas no currículo e mais de 20 filmes, Laura sempre se destacou e pode dizer tranquilamente "Eu sou atriz!" para qualquer um que vier a perguntar sua profissão.

Além de brilhar em todos os trabalhos que faz, Laura é uma simpatia e transborda humildade. Nunca teve atitudes grosseiras, sempre mostra um sorriso no rosto e alegria de viver. É uma pessoa realizada no que faz e isto fica claro a cada palavra dita, a cada frase proferida. A experiência está ali, dentro dela, e há

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Neusa Maria Faro: uma atriz que merece reconhecimento

Ela tem 67 anos e aos 19 resolveu ser atriz. Inicialmente dedicou-se apenas ao teatro, mas apareceu pela primeira vez em uma película ("Quase Tudo") em 1989. Somente em 1996 fez sua estreia na televisão, na novela "Irmã Catarina", exibida pela CNT. Foi para a Rede Record em 1997 e integrou o elenco de "Direito de Vencer". Ainda no mesmo ano, foi para o SBT e interpretou Valentina, do sucesso "Chiquititas", e a Leda de "Fascinação". Sua primeira aparição na Rede Globo foi vivendo uma presidiária nada amigável em "Torre de Babel", novela de Silvio de Abreu. Estes são alguns dos trabalhos de Neusa Maria Faro, a Dona Arminda da atual versão de "Gabriela".


É bem provável que ninguém se lembre destes trabalhos citados acima, porém, todos irão recordar da Dona Divina, do fenômeno de audiência "Alma Gêmea". Foi nesta novela, exibida às 18h em 2005, que a atriz se tornou conhecida pela grande público e sua personagem foi uma das mais divertidas da trama. Afinal, como esquecer do hilário bordão "Osvaldo, não fale assim com a mamãe", dito por ela quando seu marido (Fúlvio Stefanini) destratava a sogra (Nicette Bruno)!

Walcyr Carrasco é o único autor que a valoriza e sempre a escala para suas obras. A 'parceria' entre eles  surgiu em "Fascinação", quando ambos estavam no SBT. E após "Alma Gêmea", a atriz logo emendou em "O Profeta"(vivendo a governanta Teodora), remake escrito por Thelma Guedes e Duca Rachid, e supervisionado por Walcyr, que com certeza

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Com uma atuação magistral de José Wilker, "Gabriela" apresenta seu melhor capítulo desde a estreia

O capítulo desta terça-feira (07/08) de "Gabriela" estava sendo muito esperado pelo público, após uma grande gancho na sexta-feira passada --- Coronel Jesuíno (José Wilker) estava prestes a flagrar sua esposa transando com o amante. E a excelência da cena provou que valeu a pena esperar por este momento, que com certeza ficará marcado na memória de todos.


José Wilker teve uma atuação magistral e não moveu nenhum músculo da face durante a sequência mais forte da novela. Coronel Jesuíno arrombou a porta da casa onde fica o consultório de Osmundo (Erik Marmo); subiu as escadas; girou a maçaneta da porta do quarto em que Sinhazinha (Maitê Proença) e seu amante estavam; se deparou com os dois se beijando; olhou; mirou; e atirou em ambos a sangue frio. Uma cena marcante e muito pesada. Maitê Proença emocionou na última aparição, embora tenha tido um desempenho de altos e baixos durante sua participação. Já Erik Marmo foi inexpressivo do início ao fim; entretanto, nada disso atrapalhou a esperada cena de "Gabriela".

Mas o capítulo todo foi merecedor de um festival de elogios. Além desta forte situação, foi mostrado a reação positiva da cidade após o assassinato brutal. A imensa maioria dos habitantes (todos religiosos fervorosos) aprovou a atitude do Coronel e o

sábado, 28 de julho de 2012

Vivendo a sofrida Lindinalva, Giovanna Lancellotti rouba a cena e vira protagonista em "Gabriela"

A nova adaptação de "Gabriela", exibida às 23h, segue seu rumo e apresenta uma grande qualidade, cenários impecáveis, elenco admirável e o autor tem mostrado com competência a história de Jorge Amado. Entretanto, a personagem título, Gabriela, não disse a que veio. Juliana Paes, embora não esteja fazendo feio, está apenas regular e não convence como papel-título. Além de não parecer ter 18 anos, a atriz exagera nos sorrisos e não transmite inocência, pelo contrário. Quem tem roubado mesmo a cena é Lindinalva, personagem vivida por Giovanna Lancellotti.


A menina tem uma vida sofrida e passou por várias experiências traumatizantes. No início da novela, sofria com os constantes assédios de seu noivo (Berto - Rodrigo Andrade), mas conseguia ter a proteção dos pais. No entanto, a garota teve que suportar a morte deles, após um acidente em uma estrada cheia de buracos e malconservada por Ramiro Bastos (Antônio Fagundes). Como se não bastasse esse sofrimento, ainda foi violentada duas vezes pelo seu noivo e acabou sendo difamada na cidade. Também se viu sem saída em meio a tantas dívidas deixadas pelo seu pai, o que a acabou deixando sem teto. Quando pediu ajuda a todos os moradores da cidade, se viu sozinha e renegada por toda a população. Só tinha Zulmira (Rejane Maya), a empregada da família, como fiel escudeira. Acabou tendo como única opção o Bataclã e ao pedir abrigo na casa de prostituição, virou uma 'quenga'.

Com esta história rica e atraente, não foi difícil a personagem cair no gosto dos telespectadores. E Walcyr Carrasco acertou em cheio quando escalou a talentosa atriz para o papel. Giovanna Lancellotti é uma grata revelação de "Insensato Coração" e após

terça-feira, 19 de junho de 2012

Estreia de Gabriela apresenta mais qualidades que defeitos

Estreou, nesta segunda-feira (18/06), a nova novela das onze da Rede Globo: "Gabriela". Ao contrário do que aconteceu ano passado em "O Astro", a novela não é um remake da trama exibida em  1975 (adaptada pelo já falecido Walter George Durst) e sim uma adaptação do livro de Jorge Amado (Gabriela Cravo e Canela). Walcyr Carrasco (autor responsável por esta missão) mostrou que terá competência para apresentar essa nova versão para o público e a estreia teve mais acertos que erros.


A história começou a ser contada em 1895, em Mata do Siqueíro Grande, Bahia. Logo no início, o temido Coronel Ramiro Bastos (Antonio Fagundes) inicia um confronto para tomar as terras de um pequeno fazendeiro (vivido por ZeCarlos Machado). Foram cenas bem produzidas e com muitos tiros, facadas, enfim, quase um faroeste. Após o triunfo de Ramiro, há uma passagem de tempo, e a partir desse ponto se inicia a trama, em Ilheus, 1925.

A fotografia impressiona e fica claro o quanto que os responsáveis foram primorosos na parte técnica da obra. Os cenários e a cidade cenográfica estão maravilhosos, o que não é nenhuma