Os atores costumam dizer que é muito mais difÃcil fazer rir do que chorar. Mas a verdade é que a dificuldade está tanto na comicidade quanto no drama. Entretanto, em se tratando de novela das nove, pode-se dizer que a dificuldade em fazer rir é realmente muito maior. Os núcleos cômicos do horário nobre não costumam ter vida fácil, vide os praieiros de "Fina Estampa" e o Cadinho e suas mulheres de "Avenida Brasil", só para citar exemplos relativamente recentes. Em "Salve Jorge", somente Maria Vanúbia e Pescoço deram certo, os demais personagens do núcleo do Complexo do Alemão (incluindo Diva e suas fofocas) que teoricamente eram para divertir não funcionaram e foram rejeitados pelo público. Porém, em "Amor à Vida", contrariando essa 'lógica', o núcleo cômico é justamente um dos pontos altos da trama de Walcyr Carrasco.
Valdirene (Tatá Werneck), Carlito (Anderson Di Rizzi), Márcia (Elizabeth Savalla) e AtÃlio/Gentil (Luis Melo) formam um impecável quarteto. No inÃcio da novela, havia apenas a ótima dupla formada pela ex-chacrete e sua filha; porém, com o tempo, o filho de Denizard (Fúlvio Stefanini) foi se aproximando até ser totalmente 'inserido' na famÃlia. E após a primeira perda de memória do amigo de César (Antônio Fagundes), foi a vez de AtÃlio entrar para a trupe.
Ao longo dos capÃtulos, os quatro foram ficando cada vez mais entrosados e acabaram formando uma famÃlia. FamÃlia essa que vive protagonizando brigas impagáveis. A periguete é apaixonada por Carlito, que é apaixonado por ela; mas ambos vivem discutindo porque Márcia não desistiu de fazer a filha se casar com um milionário. Já AtÃlio recuperou sua memória e agora tem consciência de que se casou com