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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Racismo e a pouca diferença entre ficção e realidade

Em julho deste ano, Maria Júlia Coutinho, que se destacou em 2015 na previsão do tempo do "Hora Um", sendo promovida para o "Jornal Nacional", foi vítima de ataques racistas na internet. Já em novembro, a vítima da vez foi a atriz Taís Araújo. E, poucos dias depois, as atrizes Cris Vianna e Sheron Menezzes foram os novos alvos dos criminosos. Milhares de negros sofrem preconceito todos os dias no país e há séculos, ou seja, nada disso é novidade. Tanto que a teledramaturgia aborda esse assunto constantemente e várias novelas já levantaram a questão, que infelizmente está longe de acabar.


E os casos recentes que aconteceram com as quatro figuras conhecidas mencionadas apenas comprovam que há pouca diferença entre ficção e realidade. Ainda que alguns considerem o tom do racismo explorado em algumas obras 'exagerado' ou 'forçado', a verdade é que o assunto é apenas exposto da forma como ele infelizmente é. E foram muitos folhetins que exploraram a questão racial, tanto que nem tem como citar todos. O preconceito é exibido em função da ficção (retratando também a sociedade, obviamente) desde o surgimento da telenovela e da dramaturgia no geral.

Atualmente, por exemplo, "Além do Tempo" vem abordando o preconceito de uma forma explícita e competente. Na primeira fase da obra de Elizabeth Jhin, ambientada no século XIX, Raul (Val Perré) era um ex-escravo que vivia sendo ofendido por Bento (Luiz Carlos Vasconcelos) e Pedro (Emílio Dantas). Na época, claro, o racismo era vomitado com 'orgulho' e nem era considerado crime.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"Carrossel": chega ao fim um dos grandes acertos do SBT

Chegou ao fim o projeto responsável pela retomada do SBT, após um crítico período, onde a vice-liderança foi perdida para a Record em todos os horários. O remake de "Carrossel", que estreou em maio de 2012 e explodiu em audiência, teve seu último capítulo exibido nessa sexta-feira (26/07), deixando um saldo extremamente positivo para a emissora de Silvio Santos.


Tentando atingir o mesmo sucesso alcançado anos atrás com a produção de excelentes novelas ---- vide "Éramos Seis" (1994), "As Pupilas do Senhor Reitor" (1995), "Ossos do Barão" (1997) e "Fascinação" (1998) ----, o SBT resolveu voltar a investir em teledramaturgia em 2008 com a produção de "Amigas & Rivais", versão nacional da obra homônima mexicana. Não deu certo. Novas tentativas foram feitas com a exibição de "Revelação", "Vende-se um véu de Noiva", "Corações Feridos" e "Amor e Revolução", mas, novamente, o bom resultado não veio. Todos os projetos fracassaram. Porém, ao invés de jogar a toalha de vez, a emissora resolveu apostar no remake da obra infantil mexicana que foi um fenômeno na década de 90 e virou febre no Brasil quando foi exibida pelo mesmo SBT.

O risco valeu a pena. O sucesso não demorou muito para chegar e a novela adaptada por Íris Abravanel novamente fez a alegria das crianças e da emissora. Sem querer, acabaram constatando o óbvio: o público infantil não tem absolutamente nada para assistir à noite nos canais abertos. O telespectador-mirim que

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Estreia de "Chiquititas" apresenta um capítulo promissor e evidencia a evolução do SBT

Após o bem-sucedido remake de "Carrossel" (que ainda está no ar), o SBT resolveu apostar na nova versão de um outro sucesso: "Chiquititas", fenômeno dos anos 90 que estreou há 15 anos na emissora de Silvio Santos, já oriunda da obra original argentina. E baseada na versão de 1997 de Patrícia Maldonado, Cris Morena e Gustavo Barrios, o remake da novelinha, adaptada por Íris Abravanel e dirigida por Reynaldo Boury, estreou nessa segunda (15/07).


Com um capítulo sem grandes pretensões e focado exclusivamente em fisgar e conquistar o público de "Carrossel", foi possível constatar a preocupação da emissora em evoluir no ramo da teledramaturgia. Ainda está muito longe de voltar aos bons tempos da extraordinária "Éramos Seis" (remake exibido em 1994), mas é visível a melhora nos cenários e na produção. Porém, apesar de ser uma boa estratégia para fidelizar o telespectador da trama anterior, o fato de estrearem uma produção que substituirá uma outra que ainda está no ar apenas ressalta que o SBT persiste com algumas de suas peculiaridades.

O público infantil que transformou o remake de "Carrossel" em um sucesso, tem tudo para gostar dessa nova história. A trama infanto-juvenil conta a vida das crianças e adolescentes que moram no orfanato "Raio de Luz", casarão comprado e transformado pelo empresário José Ricardo (Roberto Frota). Entre as moradoras do orfanato estão Mili (Giovanna Grigio), Ana (Giulia Garcia), Cris (Cinthia Cruz), Vivi (Lívia Inhudes),

domingo, 30 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012: os destaques do ano

Após selecionar o que tivemos de pior na televisão, nada mais justo do que apresentar o que esse meio de comunicação teve de melhor em 2012. E, ainda bem, o telespectador foi presenteado com excelentes produções ao longo do ano que está terminando. O Brasil congelou e aplaudiu várias séries e novelas que fizeram sucesso merecidamente. Assim como ocorreu na lista dos piores do ano, não houve votação popular e esse que vos escreve foi o responsável pela seleção. Então, vamos ao que interessa.




Avenida Brasil: As chamadas iniciais já anunciavam a estreia de uma produção que tinha tudo para dar certo. E deu. João Emanuel Carneiro escalou um grande elenco e conseguiu contar uma excelente história de vingança onde mocinha e vilã se enfrentavam usando as mesmas armas. O país parou para ver Nina, Carminha e toda a turma do Divino. Ágil, recheada de suspense e cenas tensas, a novela caiu na boca do povo e atingiu uma repercussão que há tempos não se via. A direção foi outro ponto positivo, assim como o fato de todos os atores poderem se destacar, uma vez que o elenco não era tão numeroso. A trama ainda lançou expressões que caíram na boca do povo: "Oi Oi Oi", "É tudo culpa da Rita", "Eu quero vê tu me chamar de amendoim" e "Me serve, vadia" foram alguns bordões que marcaram. A novela deixou saudades e foi o grande fenômeno de 2012.


Cheias de Charme: A novela dos estreantes Filipe Miguez e Izabel de Oliveira foi um sucesso. Colorida e alegre, a trama misturou música e dramaturgia de uma forma genial. Com um bom elenco principal, a história das Empreguetes e a rivalidade com a hilária e espalhafatosa Chayene agradou logo de cara. Não demorou muito para que os hits cantados na história estourassem também na vida real. Os autores ainda foram muito felizes ao utilizar a internet como uma aliada. Exibir o clipe das protagonistas primeiramente no site da novela, para só depois colocarem na trama, foi uma sacada de mestre. Apesar da longa barriga que

terça-feira, 22 de maio de 2012

Carrossel surpreende e tem uma boa estreia

A versão mexicana de "Carrossel" marcou a infância de muita gente. Exibida na década de 90, a novelinha infantil fez um imenso sucesso no Brasil e foi a salvação do SBT, que passava por uma crise na época. Todas as crianças se apaixonaram pelos dramas dos alunos e pela carinhosa Professora Helena, vivida por Gabriela Rivero. E pelo que foi visto na estreia do remake produzido pela emissora do Silvio Santos, e escrita por Íris Abravanel, que estreou nessa segunda-feira (21/05), a boa aceitação tem tudo para se repetir.


Rosanne Mulholhand foi uma excelente escolha para viver a amada Professora Helena e convenceu logo que surgiu em cena. A atriz é talentosa, além de linda. Na inevitável comparação com a Helena 'original', seu desempenho não ficou devendo em nada. Noemi Gerbelli é outro acerto nesse time. A diretora da escola está sendo muito bem defendida por ela. Mas se há elogios de sobra para essas escolhas, o mesmo não se pode dizer a respeito do desempenho do elenco infantil. A grande maioria das crianças está robótica e tem uma interpretação forçada. Claro que não se pode exigir muito delas, mas a produção deveria ter se preocupado em selecionar atores-mirins mais talentosos, ou então ter um 'coach' (treinador, ou seja, um ator experiente) que os instruísse melhor. A menina que mais se destacou foi Larissa Manoela, a intérprete da perversa Maria Joaquina.

Aliás, foi justamente na fala dessa personagem que foi possível perceber a interferência do Ministério Público. Na versão original, a aluna agride verbalmente Cirilo