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terça-feira, 23 de abril de 2019

"Verão 90" é uma novela sem história

A atual novela das sete da Globo está há quase três meses no ar. "Verão 90" estreou com uma avalanche de nostalgia através de várias imagens de shows e costumes dos anos 90. Quem era criança ou adolescente na época tem um carinho especial, embora uma parcela dos 'adultos' (ou maduros) daquele tempo despreze um pouco esse conjunto em virtude da moda mais cafona e dos exageros. Porém, Izabel de Oliveira e Paula Amaral não podiam se apoiar apenas no contexto para contar uma história. Era preciso enredo também. E, infelizmente, o que tem sido visto é uma ausência de história.


Logo no primeiro capítulo ficou perceptível uma correria das autoras. A primeira fase, com o trio  protagonista ainda na infância (na década de 80 em uma clima inspirado no auge do "Balão Mágico"), durou apenas um bloco e logo a trama migrou para 1990. A pressa resultou na construção rasa do romance dos mocinhos, Manu (Isabelle Drummond) e João (Rafael Vitti). O próprio conflito em torno do término traumático da Patotinha Mágica soou raso para quase seis meses de folhetim.

No entanto, Izabel e Paula tinham uma carta na manga: a armação de Jerônimo (Jesuíta Barbosa) para incriminar João pela morte acidental de Nicole (Bárbara França) e com isso conseguir se infiltrar na poderosa família Ferreira Lima.

terça-feira, 5 de março de 2019

Isabelle Drummond e Cláudia Raia fazem boa parceria em "Verão 90"

A atual novela das sete ainda está em seu início. Todavia, já é perceptível que "Verão 90" é um folhetim caricatural, onde o exagero é o maior protagonista. O figurino colorido demais, as caraterísticas dos personagens (todos bondosos demais ou malvados demais), enfim. A direção de Jorge Fernando deixa tudo ainda mais acima do tom. Não por acaso, há um incômodo com esse excesso. Tanto que Isabelle Drummond e Cláudia Raia são algumas que vêm sofrendo críticas.


As caras e bocas das atrizes e os muitos movimentos corporais em cena realmente despertam controvérsias. O conjunto é bem teatral. Além de infantilizado. Porém, as duas estão apenas seguindo a proposta da novela escrita por Paula Amaral e Izabel de Oliveira. E ambas têm se destacado positivamente. É visível a preocupação em demonstrar uma outra faceta, até porque as intérpretes ganharam perfis que costumam 'persegui-las'. Isabelle vive mais uma mocinha e Cláudia outra mulher espalhafatosa.

A jovem e talentosa atriz já experimentou o humor no sucesso "Caras & Bocas", em 2009, quando viveu a espevitada Bianca, cujo bordão "É a treva" caiu na boca do povo. Foi um de seus papéis mais marcantes na carreira. No entanto, todas as suas outras personagens foram voltadas para o drama e agora Isabelle está aproveitando que Manuzita é naturalmente atrapalhada para expor uma nova linha interpretativa.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

"Verão 90" tem estreia nostálgica e corrida

A novela que mesclou passado e presente através de uma família de 1886 descongelada em 2018 saiu de cena. Agora o intuito da Globo é apresentar um folhetim que vai mexer com a memória afetiva do público relembrando moda, músicas e costumes dos anos 90, período nunca antes abordado em uma trama. Afinal, é uma época nem tão distante assim e muitas histórias clássicas, como o remake de "Mulheres de Areia" (1993), "Quatro por Quatro" (1994) e "A Próxima Vítima" (1995), foram exibidas naquela década. "Verão 90", dirigida por Jorge Fernando, é uma produção claramente nostálgica.


Escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral (que trabalharam juntas com Filipe Miguez no fenômeno "Cheias de Charme" e no fracasso "Geração Brasil"), a nova história das sete traz João (João Bravo/Rafael Vitti), Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa) como protagonistas. O trio estourou como a Patotinha Mágica, grupo infantil que era febre nos anos 80 e se apresentava em vários programas. No entanto, tudo naufragou por conta de um escândalo (João desmaiou no palco e a mãe foi acusada de negligência) e cada um seguiu seu rumo. É a partir dessa nova ''saga'' que o folhetim se inicia de fato. 

A estreia teve como principal objetivo prender o público através de várias imagens de programas dos anos 80/90 e músicas de sucesso que até hoje se mantêm na memória do espectador. "Batman & Robin" e "Cassino do Chacrinha", por exemplo, marcaram presença, assim como canções icônicas, vide "Do Leme ao Pontal", "Freak Le Boom Boom" e "Nós vamos invadir sua praia".