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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Com proposta ousada e trama clássica, "Além do Tempo" foi a melhor novela de Elizabeth Jhin

Após ter escrito três folhetins na faixa das seis (a boa "Eterna Magia", a irregular "Escrito nas Estrelas" e a fraca "Amor Eterno Amor"), Elizabeth Jhin fechou o ciclo de sua quarta e melhor novela até agora. "Além do Tempo" chegou ao fim nesta sexta-feira (15/01), apresentando um desfecho lindo, onde todos os personagens confraternizaram em uma bela festa, com todos felizes e evoluídos, após tantos sofrimentos e mágoas. A trama, dirigida com competência por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos, foi excelente e conseguiu substituir a primorosa "Sete Vidas" da melhor forma possível, mantendo a qualidade do horário e obtendo uma média geral de 20 pontos (um a mais que a anterior).


A história era baseada na reencarnação, abordando o espiritismo, tema que a autora já havia retratado em suas duas novelas anteriores. O enredo se tratava de um dramalhão clássico, onde todos os clichês folhetinescos eram usados sem qualquer vergonha. Porém, Elizabeth ousou e entrou para a história da teledramaturgia contando sua trama em duas fases distintas, onde cada uma teve início, meio e fim. A primeira foi ambientada no século XIX, por volta de 1895, e a outra contada em 2015, com todos os perfis reencarnados, com os mesmos nomes, em uma cidade fictícia do Sul. Nunca antes um folhetim sobre vidas passadas havia apresentado o roteiro dessa forma inovadora.

Foi uma novela 'duas em uma'. Uma de época, com desenvolvimento impecável, figurino caprichado e enredo envolvente. E outra contemporânea, com um início um pouco lento, cuja quebra de ritmo pôde ser claramente sentida, mas que ganhou fôlego perto da reta final, conseguindo se mostrar tão atrativa quanto a anterior.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

"Além do Tempo" finaliza a primeira fase de forma primorosa e inicia um novo ciclo promissor

A primeira fase de "Além do Tempo" durou praticamente quatro meses e teve 87 capítulos. Após muitas semanas de história ambientada no século XIX, agora o folhetim migra para 2015, após uma passagem de 150 anos ---- na verdade uma cronologia controversa em virtude do ano da fase recém-encerrada (ao que tudo indica, por volta de 1895, ou seja, a passagem é de 120 anos). E a primeira 'etapa' da trama cumpriu sua missão com louvor, foi estendida em virtude da boa aceitação, e apresentou momentos finais primorosos.


Elizabeth Jhin foi muito corajosa e pela primeira vez na teledramaturgia foi apresentado para o público toda uma saga de personagens que reencarnam juntos e têm suas vidas novamente cruzadas séculos depois. A situação, analisada friamente, é absurda até mesmo na doutrina espírita, pois é inconcebível um 'renascimento grupal'. Entretanto, a licença poética ---- que inclui no caso até mesmo a permanência dos nomes dos personagens ---- é mais do que bem-vinda, até mesmo em virtude da ousadia da autora.

Todos os folhetins que abordam o tema da reencarnação e vidas passadas utilizam dos conhecidos flashbacks para detalhar as histórias, inseridos ao longo dos meses de trama. A própria Elizabeth fez isso no sucesso "Escrito nas Estrelas" e na fraca "Amor Eterno Amor". Mas, agora, o telespectador pôde acompanhar um enredo com começo, meio e fim. Ou seja, "Além do Tempo" representa duas novelas em uma, proposta arriscada e inovadora.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O merecido destaque de Nívea Maria em "Além do Tempo"

Ela estava há cinco anos sem uma personagem à sua altura na televisão. Seu último perfil de destaque até então havia sido a enigmática Margarida, da excepcional série "A Cura", em 2010. Nívea Maria é uma profissional com mais de 60 produções no currículo, desde que começou a atuar, aos 17 anos. Hoje, com 68, a atriz brilha na pele da amargurada Zilda, em "Além do Tempo", mostrando que não está há tanto tempo na profissão por mero acaso.


A governanta é o braço direito da poderosa Condessa Vitória (Irene Ravache) e cumpre absolutamente todas as ordens da sua patroa, a quem venera. Ela também sabe de todos os segredos que envolvem a mãe do Conde Bernardo (Felipe Camargo). E ainda tem um filho, Afonso (Caio Paduan), com quem sempre está discutindo por excesso de 'proteção' e medo de ver o único herdeiro envolvido com Anita (Letícia Persiles), uma mera empregada. Amargurada, a sombria mulher está o tempo todo de cara amarrada e nunca deu um sorriso sequer. 

Constantemente humilhada pela Condessa, a personagem desconta tudo o que tem que engolir a seco nos empregados, repassando para eles a avalanche de menosprezo que recebe de Vitória. Para culminar, a governanta se viu obrigada a aceitar a entrada de Lívia (Alinne Moraes) na mansão, que virou a queridinha da toda poderosa, despertando imediatamente o ciúme e a inveja da mãe de Afonso.