A novela, dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médici, parecia promissora no inÃcio, mesmo diante da avalanche de crÃticas (merecidas) em torno da ausência de atores negros em um enredo ambientado na Bahia. Afinal, a premissa em torno de um fracassado cantor de axé, que se transformava em Ãdolo nacional quando sua falsa morte era divulgada na imprensa, despertava interesse. EmÃlio Dantas logo se destacou na pele do carismático Beto Falcão. Porém, logo no segundo capÃtulo ficou claro que a história verdadeira da novela não era essa e ,sim, sobre Luzia (Giovanna Antonelli), marisqueira que se apaixonava à primeira vista pelo cantor e tinha sua vida arruinada pelas vilãs Karola (Deborah Secco) e Laureta (Adriana Esteves).
Isso não seria um problema se a trama da personagem fosse atrativa e bem conduzida. Mas não foi. A mocinha sofreu o tempo todo e passou a novela inteira fugindo da polÃcia e das mulheres que a destruÃram, enquanto Beto se anulou e teve sua importância bastante diminuÃda na história. Os ditos protagonistas eram tão burros e passivos que não havia como torcer por eles.