Mostrando postagens com marcador Ernesto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ernesto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Encantadora do início ao fim, "Orgulho e Paixão" foi a melhor novela de 2018

A primeira novela de Marcos Berstein como autor apresentou diversos problemas. "Além do Horizonte", exibida em 2013 na faixa das sete, foi um folhetim ousado e sofreu várias mudanças em virtude da baixa audiência ---- conseguindo ficar atrativa da metade para o final. O escritor desenvolvia a trama em parceria com Carlos Gregório e já havia trabalhado com João Emanuel Carneiro no roteiro do aclamado filme "Central do Brasil" (1998) e na ótima  série "A Cura" (2010). Chegou a ser também colaborador de Lícia Manzo na primorosa "A Vida da Gente" (2011). Após as experiências citadas, Marcos recebeu a missão de escrever um enredo como autor principal na Globo. Assim nasceu a deliciosa "Orgulho e Paixão", que, depois de 161 capítulos, chegou ao fim nesta segunda-feira (24/09), fechando seu ciclo com um capítulo belíssimo.


A estreia do autor em um trabalho solo não poderia ter sido melhor. Berstein foi muito inteligente em adaptar vários romances de sucesso da escritora inglesa Jane Austen em uma só novela, aproveitando todo o potencial que livros como "Razão e Sensibilidade (1811), "Orgulho e Preconceito" (1813), "Mansfield Park" (1814), "Emma (1815), "A Abadia de Northanger (1818)  e "Lady Susan" (1871) poderiam render. E como renderam bem. Ele inseriu vários personagens marcantes da autora em sua criação e conseguiu mesclá-los com outros novos perfis através um enredo bem construído e desenvolvido com habilidade, cuja maior qualidade foi o ritmo ágil. O telespectador não podia se dar ao luxo de perder um ou dois capítulos na semana.

A trama esteve recheada de personagens carismáticos e casais apaixonantes. Aliás, nunca antes um folhetim conseguiu apresentar tantos romances encantadores juntos. Não faltou par para "shippar" e Berstein fez questão de destacar cada um através ciclos que se abriam e fechavam dentro do enredo. Tanto que foram vários casamentos realizados bem antes das últimas semanas de novela. E, quase sempre, quando há casório na ficção antes do final é porque haverá alguma desgraça ao longo dos meses. Não foi o caso da trama das seis.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Casamento de Ernesto e Ema emociona em "Orgulho e Paixão"

A atual novela das seis da Globo tem marcado ponto no blog praticamente toda semana. Isso porque Marcos Berstein vem presenteando o público com vários momentos bem construídos e interpretados. "Orgulho e Paixão" segue repleta de acontecimentos, prendendo o telespectador diante da tela. Não por acaso a audiência está tão satisfatória. Após as cenas tocantes de Mariana (Chandelly Braz) sofrendo nas mãos de Xavier (Ricardo Tozzi) e da constatação de Luccino (Juliano Laham) a respeito da sua homossexualidade, a trama emocionou com o casamento de Ema (Agatha Moreira) e Ernesto (Rodrigo Simas), exibido nesta segunda-feira (20/08).


O italiano sem papas na língua já estava planejando a surpresa para sua Baronesinha e as trapalhadas dos demais personagens para esconder o segredo rendiam momentos hilários. O casório surpresa para a casamenteira do Vale do Café não poderia ter sido mais apropriado. Depois de tanto empenho para juntar vários pares, chegou a vez dos amigos prepararem o momento mais sonhado pela menina. Até mesmo a prova do vestido de noiva resultou em algo delicado em virtude do deslumbramento de Ema com a beleza da roupa, para a alegria de Ludmila (Laila Zaid) e Elisabeta (Nathalia Dill).

A cena do casamento foi uma das mais lindas da novela e arrepiou quem assistiu. O instante em que a porta da igreja se abriu e a melhor amiga da mocinha viu seu pai a esperando para levá-la até Ernesto foi de uma sensibilidade ímpar. Destaque para a direção de Fred Mayrink. A troca de olhares dos atores complementou toda a delicadeza da sequência, expondo a sintonia entre Agatha Moreira e Rodrigo Simas, presente desde o início da história.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Capítulo 100 de "Orgulho e Paixão" promove uma sucessão de ótimas cenas

A atual trama das seis da Globo faz por merecer todos os elogios e segue com um impressionante fôlego. "Orgulho e Paixão", dirigida por Fred Mayrink, vem sendo conduzida com habilidade por Marcos Berstein, que parece saber de todo o potencial de seu enredo e não poupa história. Tanto que o capítulo 100, exibido nesta sexta-feira (13/07), apresentou uma nova sucessão de acontecimentos e presenteou o público com cenas ótimas.


E todos os recentes conflitos acabaram ocasionados por Lady Margareth, uma vilã deliciosamente odiável e brilhantemente defendida por Natália do Vale. A sua entrada deixou a novela ainda melhor. O momento em que Olegário (Joaquim Lopes) desmascarou Susana (Alessandra Negrini) e Petúlia (Grace Gianoukas) diante de Julieta (Gabriela Duarte), Darcy (Thiago Lacerda), Charlotte (Isabella Santoni) e Aurélio (Marcelo Faria) primou pela entrega dos atores, promovendo uma nova virada no enredo.

Além de ter revelado todas as armações da vilã, Olegário ainda confirmou todo o seu passado de falcatruas, rompendo de vez a parceria com a ex-mulher. Alessandra Negrini protagonizou sua melhor cena na trama até agora e Gabriela Duarte novamente brilhou quando Julieta expulsou a antiga amiga de sua casa.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Antes improvável, romance de Ema e Ernesto vira um dos acertos de "Orgulho e Paixão"

Construir bons casais virou um grande desafio para os autores. Afinal, um par sem química e mal desenvolvido é sinônimo de telespectador desinteressado. Não dá para comprar uma relação com desdobramentos rasos e protagonizada por atores que não demonstram uma boa sintonia. Fica perceptível, portanto, a preocupação de Marcos Berstein com os pares de "Orgulho e Paixão", deliciosa novela das seis da Globo. Quase todos os casais se mostram atrativos e encantadores. Mas, curiosamente, o autor acabou criando um relacionamento improvável que virou um dos trunfos do atual folhetim.


A relação de Ema (Agatha Moreira) e Ernesto (Rodrigo Simas) parecia absurda para o telespectador que é fã dos romances de Jane Austen. Isso porque a trama é baseada em vários livros de sucesso da autora, como "Orgulho e Preconceito" (1813), "Lady Suan (1971) e justamente "Emma" (1815). Na história da escritora, a personagem se envolve com Jorge (Murilo Rosa) e os conflitos são permeados pela dificuldade da jovem casamenteira ser bem-sucedida no amor, enfrentando vários obstáculos para conseguir ficar com seu amado, que na novela se casou com uma mulher adoentada (Amélia - Letícia Persiles).

Todavia, essa questão não foi muito bem abordada inicialmente e nem foi possível despertar uma torcida por esse casal no folhetim. Ao contrário do livro, Jorge se mostra um sujeito passivo e conformado, procurando desabafar com seu melhor amigo, Coronel Brandão (Malvino Salvador).

terça-feira, 22 de maio de 2018

"Orgulho e Paixão" vem se mostrando uma encantadora novela das seis

No ar há pouco mais de dois meses, "Orgulho e Paixão" vem cumprindo tudo o que havia prometido em suas chamadas: uma novela leve, agradável e repleta de personagens cativantes. Marcos Berstein, após ter fracassado ao lado de Carlos Gregório com a problemática e ousada "Além do Horizonte" (2013) na faixa das sete, resolveu apostar em todas as fórmulas que costumam funcionar no horário das seis, preferindo não arriscar em nada. Não trocou o certo pelo duvidoso e para um escritor que encara seu primeiro folhetim como autor solo é uma atitude bastante sensata.


A história, dirigida por Fred Mayrink, é uma adaptação de vários sucessos da escritora Jane Austen ---- entre eles "Orgulho e Preconceito", "Emma", "Razão e Sensibilidade", "A Abadia de Northager" e "Lady Susan" ---- e Marcos foi muito feliz na ideia de juntar vários livros da autora, podendo, assim, rechear seu roteiro de bons conflitos e personagens ricos, aumentando a chance de evitar a popular barriga (período onde nada de relevante acontece) ao longo dos meses. É verdade que ainda é cedo para afirmar se a enrolação será evitada de fato, mas não deixa de ser uma boa saída.

Até porque a trama vem apresentando um ritmo ágil, prendendo a atenção do telespectador sempre com bons ganchos e vários acontecimentos. Isso prova que o autor tem muitas cartas na manga. E fica difícil não comparar com a antecessora, "Tempo de Amar", que se arrastava ao longo dos capítulos, adiando os conflitos ao máximo.