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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Letícia Colin foram as três potências de "Os Outros"

 A segunda temporada de "Os Outros" estreou no dia 15 de agosto no Globoplay e chegou ao fim nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, após a disponibilização dos dois últimos episódios. A continuação da trama de sucesso do ano passado dividiu as opiniões e foram muitas as reclamações, ao contrário da primeira, que foi aclamada por público e crítica. No entanto, deixando as questões de roteiro para outro texto, é inegável que a nova saga foi dominada por três atores: Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Letícia Colin. 


O autor Lucas Paraizo planejou uma trilogia de "Os Outros" através da Cibele (Adriana Esteves). O autor me contou na coletiva da série que sua intenção é buscar uma resposta no último episódio da terceira temporada, caso realmente tenha, em relação ao que aconteceu no primeiro episódio da primeira temporada, quando aquela mãe de classe média resolveu comprar uma arma. Ou seja, a personagem é o elo das três sagas e, ao menos nas duas já exibidas, apresentou cargas dramáticas bem distintas. 

Na primeira temporada de "Os Outros", Cibele era quase que a representação da fúria. A expressão 'Não mexe com meu filho que viro uma leoa' coube perfeitamente para aquela mulher que virou bicho desde que Marcinho (Antônio Haddad) foi espancado por um rapaz que morava no mesmo condomínio na Barra da Tijuca.

quarta-feira, 6 de março de 2024

"Mulheres de Areia" repetiu o sucesso em sua terceira reprise

 No dia 1º de fevereiro, a estreia de "Mulheres de Areia" completou 31 anos. O remake da saudosa Ivani Ribeiro, com direção de Wolf Maya, foi um imenso sucesso e marcou a carreira de vários atores que participaram da produção. Foram muitos personagens emblemáticos e a história arrebatou o público da mesma forma como ocorreu em 1974, quando foi exibida a versão original protagonizada por Eva Wilma. A novela foi reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" duas vezes: entre novembro de 1996 e abril de 1997, e entre setembro de 2011 e março de 2012. A sua terceira reprise estreou em 26 de junho de 2023, no início das tardes, em uma faixa que até hoje não foi nomeada pela Globo. 


A trama central aborda a clássica rivalidade de duas irmãs gêmeas que, embora fisicamente idênticas, têm personalidades completamente distintas. Gloria Pires brilhou absoluta interpretando Ruth e Raquel em uma época onde os efeitos visuais ainda estavam engatinhando, o que provocava um trabalho ainda maior nas cenas que necessitavam da presença das irmãs juntas. A doce Ruth é uma mulher tímida que volta para a fictícia cidade Pontal D`Areia, após dar aulas para alunos em uma fazenda do interior. Raquel (que tem um caso com o malandro Wanderley - Paulo Betti) é uma mulher ambiciosa e extremamente sedutora que tem como principal objetivo de vida ficar rica sem fazer esforço.

As duas são filhas de Isaura (Laura Cardoso) e Floriano (Sebastião Vasconcellos), humildes pescadores que lutam para ter uma vida digna. A mãe tem uma clara predileção por Raquel, enquanto que o pai se identifica com Ruth.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Abordagem da violência doméstica em "Mulheres Apaixonadas" foi histórica

 A reprise de "Mulheres Apaixonadas" está em plena reta final no "Vale a Pena Ver de Novo" e o fenômeno de Manoel Carlos vem repercutindo muito nas redes sociais, o que apenas comprova que o sucesso é atemporal. O autor criou um novelão da melhor qualidade e entre os muitos acertos estão as várias boas abordagens de temas importantes, como a violência doméstica. A saga de Raquel (Helena Ranaldi) foi uma das mais emblemáticas da história. 

A professora de Educação Física vivia um relacionamento abusivo com Marcos (Dan Stulbach) em uma época em que essa classificação sequer existia e havia uma tensão constante no ar antes mesmo do personagem entrar na novela. Raquel estava sempre em estado de alerta diante de qualquer movimentação estranha e tudo piorou quando o ex-marido começou a telefonar sem deixar qualquer recado. Era um enredo de suspense em um núcleo secundário dentro de um folhetim tradicional. Mas a trama ganhou ainda mais destaque com a chegada do aterrorizante homem. 

Não havia cena leve entre os dois. Até em momentos aparentemente tranquilos, o clima sombrio se fazia presente graças ao bom trabalho da direção de Ricardo Waddington e ao show dos atores. Marcos protagonizava várias sequências assustadoras e eram violências de todos os tipos: físicas, psicológicas e morais.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Primeira fase de "O Outro Lado do Paraíso" não precisava ser tão longa

A nova novela das nove da Globo estreou no dia 23 de outubro. Já está claro que Walcyr Carrasco pretende contar uma trama repleta de vinganças, provando que a lei do retorno existe. Por enquanto, o público tem acompanhado o calvário das vítimas, tendo Elizabeth (Glória Pires) e Clara (Bianca Bin) como protagonistas, além de Raquel (Érika Januza) correndo por fora. E o enredo tem duas fases: uma ambientada em 2007 e a outra em 2017. Parece promissor. O único senão até agora, porém, tem sido a duração da primeira etapa dessa saga.


São cerca de trinta capítulos com a história, dirigida por Mauro Mendonça Filho, ambientada em 2007. E, pelo que tem sido apresentado, é um período excessivo. Não havia necessidade de tantos capítulos para introduzir o drama dos personagens. Duas semanas já eram suficientes para exibir a primeira fase, sem correria. Isso porque a sensação de se deparar com situações repetidas se torna inevitável. Na tentativa de preencher o tempo desse início, o autor vem reiterando conflitos e brigas, que sempre rendem ótimas cenas, mas acabam andando em círculos.

Clara e Gael (Sérgio Guizé), por exemplo, se casaram e já brigaram várias vezes, resultando quase sempre em agressões do marido. A mocinha foi espancada e parou no hospital em três momentos, assim como se abrigou na casa do avô, Josafá (Lima Duarte), nos mesmos períodos. Também recebeu o apoio de Renato (Rafael Cardoso) nessas situações.