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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Com um final desrespeitoso e deprimente, "Malhação - Toda Forma de Amar" foi uma completa decepção

Emanuel Jacobina foi um dos criadores de "Malhação" em 1995. Portanto, pela lógica, o autor deveria ser um dos maiores entendedores do longevo seriado adolescente da Globo. Porém, lamentavelmente, não é uma verdade. A última temporada merecedora de elogios do escritor foi a de 2010, que inaugurou a era de "subtítulos". Embora não tenha aparecido no crédito, a fase era chamada de "Malhação - Cidade Partida", protagonizada por Pedro (Bruno Gissoni) e Catarina (Daniela Carvalho). Já as temporadas "Seu Lugar no Mundo" (2016) e "Pro Dia Nascer Feliz" (2017) foram péssimas. A chance de voltar aos bons tempos e se redimir era com "Malhação - Toda Forma de Amar". Não deu.


A temporada, que chegou ao fim antecipadamente nesta sexta-feira por conta do encerramento das gravações em virtude da pandemia do coronavírus, tinha tudo para ser um sucesso de público e crítica. Jacobina usou a premissa da primorosa "Malhação - Viva a Diferença", escrita por Cao Hamburger, para tentar emplacar um êxito semelhante: o vínculo de amizade entre adolescentes surgido diante uma situação de grande adrenalina. Mas não era um encontro no metrô com uma das meninas entrando em trabalho de parto e, sim, um sequestro (que culminou em assassinato) presenciado por seis jovens em uma van. E todos esses adolescentes carregavam dramas aparentemente bem construídos.

Rita (Alanis Guillen), Guga (Pedro Alves), Anjinha (Caroline Dallarosa), Jaqueline (Gabz), Raíssa (Dora de Assis) e Thiago (Danilo Maia) estabeleceram um elo depois que viram Zé Carlos (Peter Brandão) ser levado diante de seus olhos. E a amizade foi crescendo à medida que as investigações sobre o assassinato do menino avançavam.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Construção do relacionamento dos mocinhos é o principal acerto de "Malhação - Toda Forma de Amar"

A nova temporada de "Malhação" estreou em 16 de abril, ou seja, está há pouco menos de dois meses no ar. Embora ainda esteja no início, a trama vem despertando atenção em virtude dos bons conflitos apresentados por Emanuel Jacobina até então. São vários personagens carismáticos e bem construídos, convidativos dramas e lindos pares que começam a ser formados. A melhor construção, por sinal, vem sendo a do casal de mocinhos.


Filipe (Pedro Novaes) e Rita (Alanis Guillen) se conhecem por causa de Nina, a filha da mocinha que é adotada pelos pais do mocinho. O pai da garota colocou o neto para a adoção e Rita nem conseguiu pegar na filha depois que pariu. Ela nem sabia que a criança estava viva e só descobriu a verdade no dia da missa de sétimo dia do pai, mais de um ano depois do nascimento do bebê. Tudo isso foi contado no primeiro capítulo e desde então o público vem acompanhando os desdobamentos desse clichê tão comum na teledramaturgia.

O autor não teve pressa na junção do casal. Eles mal se olharam nas vezes que se viram diante da tensão de todo o contexto: Rita sempre agia com destempero diante da filha e recebia como troco o enfrentamento de Lígia (Paloma Duarte), Joaquim (Joaquim Lopes) e Lara (Rosanne Mulholhand). O único que aparentava uma certa empatia por aquela mãe desesperada era Filipe.