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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Na Moral: uma boa surpresa de Pedro Bial

Substituindo o "Globo Mar", estreou na noite desta quinta-feira o "Na Moral", o novo programa do Pedro Bial. Assim que entrou no ar, o apresentador já fez uma pergunta ao telespectador, sem nenhum tipo de receio: "É viado, bicha ou homossexual?". Um questionamento provocador e bem apropriado, uma vez que o tema de estreia  foi justamente a 'ditadura do politicamente correto', que está cada vez mais impregnado na nossa sociedade. Não há como negar que esse início já serviu para prender o público.


O que se observou é que o intuito da nova atração é debater, provocar e questionar a respeito de temas espinhosos, que estão cada vez mais difíceis de serem abordados na televisão. Alexandre Pires, Maria Paula, Antônio Carlos Queiroz e Luiz Felipe Pondé foram os convidados do primeiro programa. Bial, como grande jornalista que é, conseguia elaborar ótimos questionamentos, o que gerava muito interesse não só dos participantes --- que debateram de uma forma sóbria e sem gritos --- como também da platéia e do público de casa. Porém, alguns erros precisam ser corrigidos.

O tema central acabou sendo dividido em subtemas (assédio sexual, racismo, esteriótipo da mulher, enfim) e todos foram abordados muito rapidamente. Alexandre Pires foi convidado com o intuito de falar da polêmica do seu último clipe que foi caracterizado

domingo, 16 de janeiro de 2011

O final provocador de Passione

Passione chegou ao seu término se consagrando como uma grande novela de Silvio de Abreu, que apesar dos problemas, teve uma excelente história e com um final audacioso.

Após a cansativa  'Caminho das Indias' e a sonolenta 'Viver a Vida', 'Passione' tinha a missão de voltar a prender o telespectador e o deixar empolgado com uma novela das oito. Missão difícil, já que todos estavam descrentes e desanimados após quase dois anos de tramas monótonas, depois da excepcional 'A Favorita'.

A novela começou, mas não decolou no ibope e nem empolgou o público, apesar do ótimo elenco e interessante história que se iniciava.

Porém,aos poucos Silvio começava a prender o seu telespectador com excelentes diálogos, vilões quentes e trama ágil. Os números de 35 pontos começaram a aumentar, chegando aos 39 e tendo esse ibope como média/dia.

A novela teve seus erros (fato comum em tramas que ficam no ar por  meses a fio), como: o casal insosso formado por Mauro e Diana, as canastrices do Gagliasso ao interpretar o safado Berillo, o assassinato de Saulo (um dos melhores e mais ácidos personagens), a forma como foi revelado o segredo de Gerson e a suposta redenção de Clara que se durasse uma semana seria "tranquilo", mas se estendeu demasiadamente ficando cansativo.

Em suas últimas semanas a novela explodiu em audiência, marcando acima dos 50 pontos quase que diariamente e chegando a picos de 59. Fato ocorrido devido aos capítulos ágeis e grandes cenas reservadas para a reta final.

O público se deliciou ao ver Clara sendo desmascarada com o retorno do Totó e humilhada por toda a família Gouveia.As cenas de perseguição onde Fred fugia da polícia foram excelentes e muito bem feitas; o encontro da vilã com a velha porca no presídio,a fuga das detentas,enfim.

Os veteranos nos maravilharam com suas atuações esplêndidas. Vera Holtz, Fernanda Montenegro, Leonardo Villar, Aracy Balabanian, Cleyde Yáconis, Daisy Lúcidi, Elias Gleiser, Emiliano Queiroz, Luis Serra, Irene Ravache, Francisco Cuoco, Flavio Migliaccio, Werner Schunemann e Tony Ramos foram ótimos como de costume. A entrada de Patrícia Pillar na reta final só serviu para coroar esse grandioso elenco.

Em seu último capítulo, Passione se mostrou uma novela ousada. Berillo terminou com as duas mulheres que enganou por toda uma vida, Brígida (grande Cleyde Yáconis) se casou com seu motorista (Elias Gleiser) e manteve um caso com o jardineiro (Emiliano Queiroz), Fred foi condenado por um crime que não cometeu(fato inédito nas novelas vermos um vilão sendo injustiçado) e Clara se revelou a grande assassina da novela, ficando impune numa trama bem amarrada.

Sílvio de Abreu fez o que prometeu: provocou o telespectador e o fez raciocinar do início ao fim.