Mostrando postagens com marcador autor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador autor. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Responsável por vários sucessos em todas as faixas, Walcyr Carrasco é o autor mais versátil da Globo

Ele é praticamente uma fábrica de fazer novelas e um conquistador de sucessos. Walcyr Carrasco foi o responsável pelo maior êxito da Globo em 2015, uma vez que "Verdades Secretas", recém-terminada --- primeira trama inédita da faixa das 23h e com média geral de 20 pontos ---, foi o produto de maior audiência e repercussão da emissora no ano. E essa primorosa novela apenas evidenciou o que já estava claro há alguns anos: o autor é o mais versátil da emissora.


Walcyr já escreveu para todas as faixas da líder e conseguiu emplacar sucessos em todos os horários. Tanto que é um dos escritores mais requisitados da Globo, que sempre encomenda várias novelas a ele, ao contrário do que costuma ocorrer com seus colegas, que têm um período de férias um pouco mais longo quando terminam seus folhetins. No caso do escritor, é praticamente uma novela a cada dois anos (vale citar que de 2011 a 2013 foram três em três anos), um intervalo bem curto de uma produção para a outra, ainda mais em se tratando de teledramaturgia que fica no mínimo quatro meses no ar.

"Verdades Secretas" é o quinto sucesso seguido do autor, o que explica o interesse da Globo em sempre selecioná-lo para a criação de novas obras. O folhetim que abordou com maestria o submundo da moda, a prostituição, o alcoolismo, a bissexualidade, as drogas, o assédio moral e sexual, os jogos de interesse e o suspense em torno de um triângulo amoroso macabro, foi um dos melhores trabalhos do Walcyr.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

"Verdades Secretas" expõe o sucesso da longeva parceria entre Drica Moraes e Walcyr Carrasco

Todo autor tem seus atores preferidos. O mesmo vale para diretores. É a popular 'panelinha', presente há tempos no mundo da televisão (do teatro e do cinema também, diga-se). E essas preferências, quando não ficam exageradas (como por exemplo, repetir praticamente todo o elenco de uma novela na outra), são válidas, além de beneficiarem sempre alguns intérpretes. Há profissionais, inclusive, que nem apareceriam na tevê se não estivesse presente neste 'grupo de favoritos'. E um caso que merece menção é a parceria estabelecida entre Walcyr Carrasco e Drica Moraes.


O primeiro trabalho deles juntos foi em 1996, na extinta Rede Manchete. Sob o pseudônimo de Adamo Rangel, Walcyr escreveu o estrondoso sucesso "Xica da Silva", protagonizada por Taís Araújo e dirigida pelo saudoso Walter Avancini. A novela virou um marco da teledramaturgia e uma das muitas qualidades foi a interpretação grandiosa de Drica. Na pele da diabólica Violante, a atriz brilhou absoluta e se destacou vivendo uma mulher amarga e cruel, que maltratava de todas as formas a escrava protagonista da história. Ela, inclusive, ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Atriz na época por esta primorosa atuação.

Após o êxito desse começo de parceria, alguns anos de passaram. Até Walcyr ser contratado pela Globo em 2000, escrevendo a sua primeira novela para a emissora. A trama em questão era "O Cravo e a Rosa", folhetim que se tornou um dos maiores sucessos das 18h, iniciando uma trilogia de ouro do autor na faixa. E ele fez questão de escalar Drica para outro grande papel. A personagem só entrou na história algum tempo depois da mesma já ter sido iniciada, mas foi a responsável por uma das viradas da novela.

terça-feira, 23 de junho de 2015

"Sete Vidas" e "Verdades Secretas" comprovam o êxito do entrosamento entre autor e diretor

O entrosamento do autor com o diretor da sua novela é de vital importância para que a mesma funcione a contento. Qualquer tipo de divergência (ou métodos de trabalhos que não se complementam) já provoca um efeito imediato no resultado final, prejudicando o conjunto. Em compensação, quando há uma sintonia perfeita, onde um auxilia o trabalho do outro, a novela dificilmente enfrenta problemas. Pois este é o caso de "Sete Vidas" e "Verdades Secretas", exibidas atualmente na Globo.


As duas novelas evidenciam o êxito de uma boa parceria, onde autor e diretor se conhecem e confiam no trabalho um do outro. Para que isso ocorra, aliás, é (na maioria das vezes) preciso que este 'casamento' se perdure. Ou seja, que a dupla dê prosseguimento a uma parceria bem-sucedida. E foi exatamente o que aconteceu em ambos os casos. Lícia Manzo, Jayme Monjardim, Walcyr Carrasco e Mauro Mendonça Filho são responsáveis por dois folhetins repletos de qualidades e as duplas já fizeram outros trabalhos juntos. 

Lícia e Jayme produziram a impecável "A Vida da Gente" (2011) e a novela das seis entrou para a lista de melhores já exibidas no horário, sendo uma das mais vendidas da Globo. A história protagonizada por Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano) emocionou o público e a harmonia entre autora e diretor pôde ser sentida do primeiro ao último capítulo.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A genialidade de Silvio de Abreu

Silvio de Abreu é um dos grandes autores do país. Nascido no dia 20 de dezembro de 1942, chegou a ser ator e roteirista antes de se dedicar à profissão que o consagrou. No último domingo, o autor deu uma excelente entrevista ao Jornal O Globo (na Revista da TV) e falou sobre sua carreira, além do próximo trabalho: supervisor de "Búu", novela da saudosa Andrea Maltarolli, escrita por Daniel Ortiz.


Essa deliciosa entrevista apenas confirmou a genialidade de Silvio, que fez questão de condenar o vazamento dos spoilers de novelas, fazendo uma comparação com os filmes e séries, onde ninguém gosta de saber o que irá acontecer. Ainda falou do prazer que sente em escrever e supervisionar, além de ter apontado os sucessos e os fracassos da carreira. Também criticou os baixos índices do remake de "Guerra dos Sexos", ressaltando todos os pontos positivos do folhetim, que de fato foi ótimo.

O autor tem um currículo admirável e sua última novela inédita foi a excelente "Passione", encerrada em 2011. A trama presenteou o público com a melhor atuação de Mariana Ximenes, que deu um show na pele da víbora Clara. E o elenco estelar deixou a atrativa história ainda mais interessante de se acompanhar. Fernanda Montenegro, Irene Ravache, Tony Ramos, Cleyde Yáconis, Elias Gleiser, Emiliano Queiroz,

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Walcyr Carrasco e Elizabeth Savalla: uma parceria de sucesso

Ele é um autor com vários sucessos em seu currículo e ela uma grande atriz. Cada um foi seguindo seu rumo em suas respectivas bem-sucedidas carreiras, até que Walcyr Carrasco escalou Elizabeth Savalla para viver a arrogante Imaculada, na novela "A Padroeira", em 2001. A partir desse 'encontro', nasceu uma parceria que, para a sorte do público, nunca mais seria desfeita.


Embora "A Padroeira" tenha sido o único fracasso da carreira do autor, a trama acabou sendo a responsável pelo começo dessa 'relação' de Walcyr com a atriz. E, coincidentemente, a personagem dela era um dos poucos acertos daquela obra. Elizabeth Savalla estava afastada das novelas ---- após brilhar em "Quatro por Quatro" (1994), de Carlos Lombardi, na pele da inesquecível Auxiliadora e ter participado de "Quem é você?", de Ivani Ribeiro, em 1996 (vivendo Maria Luísa) ---- quando voltou em 2001 para viver a beata Imaculada de Avelar, que acabou roubando a cena na novela.

E esse papel era apenas o início da parceria da atriz com Walcyr Carrasco. Em 2003, ele a escalou para viver a impagável Jezebel, vilã cômica de "Chocolate com Pimenta". A trama que contava a história de vingança da destemida Ana Francisca (Mariana Ximenes) foi um imenso sucesso e a personagem da Savalla

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Capítulos ousados de "Amor à Vida" proporcionam grandiosas atuações, levantam o debate sobre a homossexualidade e expõem a coragem de Walcyr Carrasco

Nada melhor do que acompanhar uma trama ousada e bem conduzida no horário nobre da Globo. Reviravoltas, personagens brilhantemente interpretados, histórias atraentes, enfim, tudo o que uma boa novela precisa ter. E, desde a estreia, tem ficado muito claro que "Amor à Vida" reúne todos esses requisitos. A obra de Walcyr Carrasco tem abusado dos temas polêmicos e na última semana presenteou o telespectador com um festival de cenas excepcionais.


A sequência em que Aline (Vanessa Giácomo) mostra sua verdadeira face para o público, quando encontra a tia (Mariah - Lúcia Veríssimo), expôs o talento das atrizes e a riqueza das personagens. Apesar de ainda não ter sido muito bem explicada, a trama que envolve a mãe biológica da Paloma (Paolla Oliveira) é repleta de desgraças, assim como a infância de Aline. A secretária de César (Antônio Fagundes) está tramando uma vingança contra toda a família Khoury e tem usado todas as armas para isso.

Após essa importante reviravolta ter ido ao ar no capítulo de terça (30/07), o público continuou sendo presenteado com grandiosas sequências que marcaram uma nova virada na história. Justiça seja feita, a novela tem apresentado ótimas cenas todos os dias desde que começou a ir ao ar, entretanto, não há dúvida de que essa semana foi especial. O ápice foi o momento em que Félix (Mateus Solano) teve sua homossexualidade

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Saramandaia" perde o encanto

A nova novela das onze apresentou uma estreia promissora. Com um capítulo colorido e caprichado, Ricardo Linhares começou a recontar a clássica história de Dias Gomes, tendo a felicidade de estrear um produto que exibia a manifestação dos saramandistas justamente na época em que o Brasil enfrentava inúmeros protestos por um país melhor. Entretanto, após algumas semanas de trama no ar, pode-se dizer que os inúmeros atrativos foram se dissipando.


O remake continua bem produzido, a utilização do linguajar de Odorico Paraguaçu (de "O Bem Amado") rende divertidas expressões, a direção não faz feio e o elenco foi muito bem escalado, porém, a história não empolga e nem apresenta conflitos atraentes. A rivalidade entre famílias soa ultrapassada ainda mais em uma obra que não é de época. Para culminar, a briga entre os Vilar e os Rosado não tem gerado cenas interessantes, pelo contrário, quase sempre são exibidas sequências que acabam caindo na repetição. É quase uma cansativa briga de vizinhos à distância.

A trama principal também não entusiasma. A exigência pela mudança do nome Bole-bole para Saramandaia, causando intrigas e desavenças entre os personagens, pode ter prendido a atenção do telespectador anos atrás, mas, atualmente, não rende o esperado. É quase impossível desenvolver dignamente todos

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Walther Negrão mostra em Flor do Caribe que conseguiu aprender com seus erros

É normal dizer que os erros ensinam mais que os acertos. Afinal, quando uma pessoa enxerga seus equívocos, procura não cometê-los no futuro, mudando seu jeito de agir e se aperfeiçoando. No ramo da teledramaturgia, atores, atrizes, diretores e autores também erram profissionalmente como qualquer ser humano que se preza. Porém, não são todos que conseguem admitir seus tropeços e, infelizmente, muitos preferem insistir errando. Só que, por outro lado, é muito bom ver quando um profissional resolve acordar, conseguindo renovar seu trabalho. Toda essa introdução tem o objetivo de citar o caso de Walther Negrão em "Flor do Caribe".


Após se equivocar completamente com "Araguaia", em 2011, o autor parece ter corrigido quase todos seus erros na atual novela das seis. Na sua trama anterior, Walther optou por uma história pouco atraente, cujo tema principal era baseado em feitiços indígenas, que evoluía lentamente. Além de não se sentir atraído pela trama, o telespectador ainda via diversos personagens desnecessários e que pouco acrescentavam. E para piorar, os papéis centrais também sofriam pela falta de uma bom enredo. O resultado foi um vilão (Max - Lima Duarte) que não funcionou e um casal protagonista (Manuela/Milena Toscano e Solano/Murilo Rosa) que deu errado. A novela terminou sem empolgar e com um clima de monotonia que reinou do início ao fim. Porém, agora, com seu novo trabalho, Walther Negrão mostra que aprendeu com seus deslizes.

"Flor do Caribe" estreou transmitindo a falsa impressão de que nada havia mudado na cabeça do criador da fraca "Araguaia". Capítulo lento, história batida, vilão caricato e casal protagonista meloso. É bem verdade que todo esse conjunto se manteve até a fuga de Cassiano (Henri Castelli), porém, depois do

terça-feira, 9 de abril de 2013

Volta de Cassiano movimenta Flor do Caribe e proporciona grandes cenas ao público

Após ter apresentado uma estreia decepcionante e monótona, "Flor do Caribe" vem encontrando seu caminho ao longo dos capítulos. Pode-se dizer que depois da fuga do mocinho, a novela engrenou e começou a exibir cenas mais interessantes. Não por acaso a audiência da trama vem aumentando significativamente. E sem dúvida seu melhor capítulo até então foi ao ar nessa terça-feira (09/04), mostrando o retorno de Cassiano (Henri Castelli) e seu acerto de contas com o rival, rendendo o recorde de 25 pontos de ibope.


Antes de enfrentar Alberto (Igor Rickli), Cassiano reencontrou seu pai Chico, que sempre acreditou na volta do filho. O encontro foi emocionante e os atores fizeram uma cena linda. Henri Castelli e Cacá Amaral transmitiram o sentimento dos personagens através da ternura na troca de olhares e de um forte abraço. Nem precisava de texto.

Depois de presentear o telespectador com essa bela sequência, Walther Negrão logo emendou para o aguardado momento do embate do mocinho com o vilão. A sequência foi muito bem dirigida e Henri Castelli novamente se destacou. Conseguiu transmitir a fúria de Cassiano ao se deparar com seu ex-melhor

sábado, 16 de março de 2013

Manoel Carlos: 80 anos de vida, fechamento de um ciclo e uma novela cercada de expectativas

Na última quarta-feira (14/03), Manoel Carlos completou 80 anos de vida. O consagrado novelista comemorou a nova idade sem festa --- devido à perda de seu filho primogênito ano passado --- e com muito trabalho. Em recente entrevista ao Jornal O Globo, o autor contou que planeja escrever um romance, estrear uma peça e colocar no ar uma minissérie --- "Madame", baseada no livro "Vale Abraão". Mas além desses projetos, Maneco terá como principal missão fechar seu ciclo no horário nobre. Se considerando cansado demais para se dedicar por tanto tempo a um trabalho tão estressante, o autor quer deixar as novelas de lado. Assim sendo, já começou a escrever os primeiros capítulos de sua última novela que estreará em 2014: "Em Família".


Apesar de ir ao ar apenas ano que vem, a última trama do autor já desperta muita curiosidade, tanto da imprensa quanto do público. Após ter emplacado duas grandiosas minisséries --- "Presença de Anita" (2001) e "Maysa - quando fala o coração" (2009) --- e tantas novelas de sucesso como "A Sucessora" (1978), "Baila Comigo" (1981), "Felicidade" (1991), "História de Amor" (1995), "Por Amor" (1997), "Laços de Família" (2000) e "Mulheres Apaixonadas" (2003) --- embora não tenha sido feliz em "Páginas da Vida" (2006)  e "Viver a Vida" (2009) ---, é perfeitamente normal que sua última novela gere boas expectativas. Afinal, o novelista faz parte da história da teledramaturgia.

Maneco procura apresentar ao público ricas situações envolvendo conflitos familiares e relações amorosas, mergulhadas no universo do mais puro cotidiano. Não é por acaso que suas obras --- sempre retratadas no Leblon, tradicional bairro do Rio de Janeiro --- costumam exibir personagens entrando e saindo de elevadores, discutindo no

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Com uma história leve e divertida, Guerra dos Sexos acerta e supera seus problemas iniciais

O remake de Silvio de Abreu já passou dos cem capítulos e, após um início turbulento, ficou evidente o quanto que a novela melhorou ao longo de sua exibição. Se no início muitos núcleos eram pouco aproveitados, atores exageravam e a história não saía do lugar, o mesmo não tem sido mais visto nos últimos meses. Embora pouca coisa tenha sido alterada da versão original, o que foi um equívoco é bom ressaltar, o telespectador não tem motivos para reclamar de "Guerra dos Sexos" ---- que tem se mostrado uma novela leve e divertida, como toda trama das 19h tem que ser.


E um dos acertos do autor foi a primorosa escalação do elenco. Se na primeira versão o público via Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Glória Menezes, Ary Fontoura, entre tantos outros; no remake está sendo possível ver Irene Ravache, Tony Ramos, Mariana Ximenes, Reynaldo Gianecchini, Glória Pires, Drica Moraes e Luana Piovani se destacarem. Claro que também há atores fracos como Eriberto Leão, Thiago Rodrigues e Jesus Luz no time, mas infelizmente ter um elenco impecável é raro na teledramaturgia.

Além de contar com uma turma de atores digna de horário nobre, Silvio de Abreu também foi feliz ao reduzir a 'guerra' e priorizar os relacionamentos amorosos. A rivalidade entre homens e mulheres ficou restrita ao casal protagonista, enquanto que os demais núcleos passaram a destacar as paixões entre casais e a vilania de

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tony Ramos e Irene Ravache mostram em Guerra dos Sexos que atores veteranos também merecem ser protagonistas

Na primeira versão de "Guerra dos Sexos", o casal protagonista era representado por Paulo Autran e Fernanda Montenegro. A novela fez um imenso sucesso e até hoje todos se lembram da clássica cena em que um joga comida no outro, em pleno café da manhã, numa sequência de mais puro pastelão. Os atores ficaram marcados e deram um show na pele de Otávio e Charlô. Ao escrever o remake de sua própria obra, Silvio de Abreu não pensou duas vezes e escalou dois atores de peso para viver a dupla que tanto teve repercussão no passado: Tony Ramos e Irene Ravache.


O autor acertou em cheio ao escolher esses dois veteranos de tanto talento para protagonizar a novela das sete. Os dois atores já participaram de várias produções do próprio Silvio e sempre costumam ser lembrados por ele. Aliás, a última novela em que os dois marcaram presença foi a ótima "Passione", onde Tony viveu o enganado Totó e Irene deu vida a uma perua hilária, a inesquecível Clô. Agora, em "Guerra dos Sexos", ambos têm brilhado na pele dos sobrinhos do casal de 1983 e a parceria está sendo muito bem-sucedida.

Tony Ramos está impagável e totalmente à vontade no papel. Otávio é um quase-vilão e suas leves maldades costumam descambar para o riso, principalmente através dos trejeitos e na forma de falar do personagem. O ator deu um tom farsesco ao tipo e acertou em cheio. Já Irene Ravache não fica atrás na pele da Combuqueta, ou melhor, Charlô. A empresária é

sábado, 27 de outubro de 2012

Gabriela chega ao fim e mostra que Walcyr Carrasco está apto a estrear no horário nobre

A nova adaptação de "Gabriela" terminou na noite dessa sexta-feira (26/10) e encerrou com chave de ouro mais um sucesso de Walcyr Carrasco. Com um último capítulo onde Coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes) morre no meio da praça; Mundinho (Mateus Solano) e Gerusa (Luiza Valdetaro) finalmente se casam; uma nova política chega em Ilhéus e Nacib (Humberto Martins) perdoa Gabriela (Juliana Paes); o telespectador pôde se emocionar com os finais felizes e não se arrependeu de ter acompanhado esse remake desde a estreia.


O autor modificou a história em vários aspectos e deu uma nova roupagem à obra de Jorge Amado. Ao inserir personagens cativantes como Lindinalva (Giovanna Lancellotti), Dona Dorotéia (Laura Cardoso), Juvenal (Marco Pigossi) e Berto (Rodrigo Andrade), por exemplo, Walcyr aumentou as possibilidades da novela, o que gerou uma resposta imediata do público: o núcleo acabou virando um dos mais queridos e os atores foram excelentes. Outro acerto foi aumentar o destaque de Coronel Jesuíno, que mal aparecia no livro, e acabou tendo uma grande importância na novela, presenteando o telespectador com o show de José Wilker. Vanessa Giácomo, mais uma talento, fez uma Malvina  revolucionária e apaixonante --- pena que não tenha aparecido  no último capítulo. Já Fabiana Karla surpreendeu ao compor sua Olga e convenceu. Gero Camilo fez um Miss Pirangi sarcástico e foi ótimo ver acompanhar o mistério sobre o misterioso par do 'invertido' ---  Coronel Amâncio (Genésio de Barros),  filho de Dorotéia, um sujeito hipócrita e machista, mas que se redimiu no fim.

No entanto, nem tudo foram flores. A protagonista da trama não emplacou e Juliana Paes, apesar de ser uma boa atriz, acabou não convencendo ao viver Gabriela. Tinha momentos onde a personagem não aparentava inocência, mesclada com sensualidade, e sim que tinha problemas mentais. O excesso de sorrisos também prejudicou. Outro que errou feio foi

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Avenida Brasil: a novela que congelou o país e consagrou João Emanuel Carneiro

Há alguns anos atrás, quase todas as novelas do horário nobre da Rede Globo conseguiam parar o Brasil e gerar índices absurdos de audiência. Mas os tempos mudaram e a queda dos índices ficaram nítidas. O que não significa que o país está vendo menos televisão, longe disso. Só que graças à internet, televisão no celular e à possibilidade de assistir ao seu programa predileto no horário que bem entender, fez com que o telespectador não se visse mais preso à tevê. Antigamente, a média mínima que a emissora exigia era: 30 pontos às 18h, 35 pontos às 19h e 45 pontos às 21h. Hoje os números mínimos passaram para: 25, 30 e 40, respectivamente, demonstrando uma menor exigência da empresa. Entretanto, deixando o passado de lado, podemos dizer que "Avenida Brasil" foi uma novela que fez o Brasil voltar no tempo. A correria para chegar em casa e assistir ao último capítulo estava de novo presente e o desfecho da trama congelou o público, deixando ruas vazias na hora do aguardado final.


A novela obteve 52 pontos no último capítulo, índice superior ao de "Fina Estampa", que conseguiu 47 no dia de seu desfecho. Porém, se levar em consideração a quantidade de gente que viu a trama em um mesmo local, reunidas com amigos, família, ou até mesmo em bares, cinemas e teatros; esse índice ultrapassaria os 60 pontos facilmente. O país esteve diante de um sucesso de repercussão. É inegável, até mesmo para os poucos críticos, que "Avenida Brasil" foi uma novela que conquistou o público e fez até telespectador que não via novela há anos, voltasse a acompanhar uma história por meses a fio.

Foi um verdadeiro conjunto de acertos. Um elenco reduzido, onde todos os atores tiveram a chance de brilhar; uma trama central densa e instigante; núcleos paralelos que despertaram a simpatia de todos; personagens carismáticos; grandes profissionais envolvidos; direção primorosa; ganchos impactantes e uma agilidade invejável. Foram muitas as qualidades de "Avenida Brasil".

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Morde & Assopra tem tudo para agradar

Walcyr Carrasco é um autor que tem uma legião de sucessos em suas costas. Para exemplificar isso temos "Xica da Silva", "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta", "Caras & Bocas", além, claro, do fenômeno "Alma Gêmea". "A Padroeira" e "Sete Pecados" não foram novelas de grande repercussão, mas não chegaram a ser um fiasco de audiência.

Desde que "Morde & Assopra" se iniciou percebemos que o autor optou em repetir alguns de seus personagens anteriores ao mesmo tempo que criou duas situações inovadoras. Ainda não tínhamos visto uma novela com temática envolvendo a paleontologia. É interessante vermos como um paleontólogo luta para ter credibilidade e conseguir atingir seus objetivos. Mesmo que seja num tom de comédia.A outra medida ousada -e não inovadora, já que outras tramas já tentaram esse tema,sem sucesso- é o núcleo envolvendo os andróides. Este último é o único entrave da novela até então.

A história envolvendo Naomi (Flávia Alessandra, que está sabendo dosar bem um personagem tão limitado)  e Ícaro (Mateus Solano exagerado e parecendo um boboca) não empolga. Muitos acham que o problema está nos robôs. Discordo. O erro é a monotonia e a limitação desse núcleo. Os personagens não interagem com os demais e ficam muito presos a um mesmo ambiente e a própria história deles andam em círculos. A entrada de Caio Blat  pouco ajudou. E Ã© uma pena vermos a talentosa Neuza Maria Faro desperdiçada como a empregada Palmira. Não posso deixar de falar do ator Chao Chen que tem uma atuação constrangedora como o amigo leal Akira. O robozinho Zariguim é interessante, mas seria melhor se tivesse poucas falas, caso contrário faz parecer que estamos vendo algum seriado infantil bobo. Porém,é muito provável que o surgimento da verdadeira Naomi faça essa situação toda deslanchar. Isso irá implicar numa nova gama de conflitos e automaticamente no desenvolvimento da história. Ou seja, as máquinas nada tem a ver com a "rejeição", me arrisco a dizer.

Nos demais núcleos, temos todos os ingredientes amplamente abordados por Walcyr e que sempre costumam dar certo. Jandira Martini está esplêndida como uma sogra má  e sovina.Sua personagem lembra muito o banqueiro interpretado pelo saudoso Cláudio Correa e Castro em "Chocolate com Pimenta". Os conflitos entre Abner (Marcos Pasquim) e Júlia (Adriana Esteves) também agradam, embora tenha ocorrido uma situação muito semelhante em "O Cravo e a Rosa" com as brigas entre Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina interpretada pela mesma atriz. Adriana tem procurado diferenciar completamente a sua interpretação e tem conseguido com êxito esse objetivo. Elizabeth Savalla e Ary Fontoura também estão perfeitos como um casal de vilões cômicos.

O núcleo do spa é engraçadíssimo e os atores roubam a cena. Além de ser uma prazer revermos Suzy Rego; temos Cristina Mutarelli, Ary França, Cissa Guimarães, Miriam Lins e Flávia Garrafa. Todos ótimos. E o que falar da Cássia Kis Magro (que pra mim continua sendo Cássia Kiss mesmo)? Ela simplesmente está extraordinária como a sofrida Dulce que é enganada pelo filho que não vale nada (Kleber Toledo que também tem convencido). O autor ainda trouxe de volta Narjara Turetta! Pelo pouco que vimos,sua personagem deve ser a mãe verdadeira da Alice (Marina Ruy Barbosa). O que deve render boas cenas!Walderez de Barros também promete um lindo romance com Paulo José. Seus personagens e não os atores,  claro. As tramas dos núcleos do Luis Mello e do Paulo Goulard também são interessantes,embora nada inovadores. O elenco da novela é excepcional em sua grande maioria e espero ver Ana Rosa com mais destaque em breve. As exceções,por enquanto,são: Paulo Vilhena, André Bankoff, Barbara Paz, Sergio Marone, Chao Chen e Thiago Luciano. Mateus Solano, embora esteja muito ruim, acredito que"melhore".

Portanto,pelo que vi, a novela tem tudo para agradar e ser mais um sucesso de Walcyr Carrasco. A fórmula está quase no ponto. Basta que os necessários ajustes sejam feitos e a elevação da audiência será só a consequência. Que os robôs e os dinossauros entrem em harmonia em breve.