Na teledramaturgia sempre houve o que chamamos de licença poética. São situações que se desenvolvem de acordo com a lógica de uma novela, fugindo um pouco da realidade, mas que, no entanto, não afetam a qualidade da história e apenas a enriquecem. Em "Avenida Brasil", um exemplo desta 'licença' é Nina não ter contado nada sobre Carminha a Tufão por medo que ele se magoe. Claro que na 'vida real' qualquer pessoa já teria contado tudo e destruÃdo a vilã e dane-se se ele sofreria, uma vez que é melhor sofrer agora do que ser enganado a vida toda. Porém, se a mocinha contasse tudo logo não haveria novela, não haveria conflitos e a trama acabaria em menos de três meses. Outro fato interessante é Begônia não ter tido a curiosidade de ver o que sua irmã tinha lhe entregue no tal envelope e, por isso, acabou não reconhecendo Max e se deixou seduzir por ele. Ainda há a dificuldade em se aceitar que ninguém da famÃlia do ex-jogador tenha percebido até hoje da cumplicidade de Max e Carminha. São casos clássicos de licenças poéticas e que não prejudicam em nada a condução da obra.
Mas alguns acontecimentos recentes aborreceram muitos telespectadores e desagradaram parte da crÃtica. A primeira situação foi Nina ter ido receber sua herança (um milhão de Reais) em dinheiro vivo. Que banco aceitaria fazer uma transação dessas? Aliás, ela não tem conta em banco? Em meio a violência que o paÃs vive, que pessoa honesta sairia com uma bolsa recheada de notas? E para piorar, Nina ainda