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terça-feira, 1 de maio de 2018

Os vencedores do "Prêmio Extra" de 2017

Criado em 1998, o "Prêmio Extra" não foi realizado em 2017. Embora o jornal carioca não tenha publicado declaração alguma a respeito, é fato que a crise do país influenciou bastante, assim como a perda do patrocínio. Porém, os responsáveis resolveram lançá-lo no primeiro semestre de 2018, mas sem cerimônia de premiação. Ou seja, os leitores escolheram os vencedores, mas sem festa, indicados marcando presença, entrevistas, enfim.


E a demora na seleção dos premiados implicou em um clima de 'evento velho'. Afinal, várias novelas e séries indicadas acabaram há um bom tempo e até o 'prazo' de consagração das mesmas já passou. Mas, ainda assim, é necessário um balanço dos escolhidos e dos vencedores da premiação, que teve "A Força do Querer" com 11 indicações, "Novo Mundo" com 8, "Rock Story" com 7 e "Tempo de Amar" com 5.

Curiosamente, ao contrário dos anos anteriores, houve uma maior justiça na seleção de cada categoria, que passou a contar com seis indicados, ao invés de cinco. Muito provavelmente houve esse aumento por causa da não realização do evento de entrega, evitando assim mais convidados e mais custos. "A Força do Querer" merecidamente venceu como Melhor Novela (38% dos votos), concorrendo com a igualmente ótima "Novo Mundo", a elogiada "Rock Story" e a mediana "Tempo de Amar".

domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os destaques do ano

Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os casais do ano, as melhores cenas e as melhores atrizes e atores de 2017, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre as produções que mais marcaram ao longo desses doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.






"A Força do Querer".
Após o fracasso de "A Lei do Amor" e da instabilidade do horário nobre desde o fiasco de "Babilônia", a Globo estava temerosa em torno do futuro de sua faixa mais importante. Porém, Glória Perez chegou e exibiu sua melhor novela da carreira. A trama fez um imenso sucesso e teve uma média geral de 36 pontos, empatada com "Amor à Vida", última novela de grande êxito do horário pós-"Avenida Brasil". Com exceção de Fiuk, o elenco foi muito bem escalado e os personagens caíram no gosto do público, assim como os conflitos muito bem desenvolvidos pela autora em torno de Bibi Perigosa, Jeiza, Zeca, Ritinha, Silvana, Ivan e companhia. A abordagem do vício em jogos e da transexualidade foi precisa, assim como o foco em torno do trabalho da Policia Militar. Claro que defeitos ocorreram e o último capítulo ficou corrido demais, porém, o saldo final foi excelente. Destaque para a direção de Rogério Gomes e desempenhos de Juliana Paes, Paolla Oliveira, Elizângela, Isis Valverde, Marco Pigossi, entre outros.




"Novo Mundo".
A primeira novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão como autores titulares não poderia ter sido melhor. A trama das seis encantou o público e fez um merecido sucesso de público e crítica, mesclando acontecimentos históricos e personagens que fizeram parte de momentos importantes do Brasil com perfis e dramas tipicamente folhetinescos. O resultado foi uma produção caprichadíssima e repleta de grandes cenas, incluindo momentos de lutas coreografadas e batalhas empolgantes. Vinícius Coimbra dirigiu a trama brilhantemente e Letícia Colin deu show como Leopoldina, assim como Caio Castro de Dom Pedro, Felipe Camargo de José Bonifácio, entre outros. Isabelle Drummond e Chay Suede formaram um lindo casal de mocinhos, enquanto Vivianne Pasmanter, Guilherme Piva e Ingrid Guimarães divertiram com Germana, Licurgo e Elvira. Merece o Emmy Internacional em 2018. 

sábado, 30 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

Com mais de noventa cenas na retrospectiva de melhores sequências da televisão, é óbvio que não faltou ator talentoso na telinha. Portanto, é mais do que necessário listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do seu fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, minisséries e séries. Vamos a eles:



Melhores Atrizes:




1- Juliana Paes.
Após uma participação visceral em "Dois Irmãos", onde emocionou vivendo Zana na segunda fase, Juliana viveu o auge da sua carreira na pele da Bibi Perigosa em "A Força do Querer". Glória Perez lhe deu seu melhor papel da carreira e a atriz se entregou do primeiro ao último capítulo, protagonizando uma sucessão de cenas complicadas dramaticamente. Fantástica.





2- Letícia Colin.
A atriz também viveu seu melhor momento na carreira na pele da cativante Princesa Leopoldina em "Novo Mundo". Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão não poderiam ter escolhido uma intérprete melhor. Letícia imprimiu um sotaque delicioso para a personagem e seu jeito doce deixou um perfil histórico apaixonante, se transformando em um dos grandes trunfos da novela das seis. Tanto que a princesa teve até um final feliz, ao contrário do que aconteceu na vida real, sofrendo nas mãos de Dom Pedro. Os escritores optaram em acabar a trama antes da sucessão de desgraças, deixando um fim 'aberto', em virtude do sucesso da personagem. Que grande momento Letícia viveu. Um divisor de águas.



sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: as melhores cenas do ano

Mais um ano está chegando ao fim e novamente o telespectador foi presenteado com várias cenas grandiosas da nossa teledramaturgia. Momentos marcantes de novelas, minisséries e séries emocionaram, impactaram ou divertiram o telespectador ao longo de 2017. E muitas sequências merecem menção, relembrando o show dos atores, a competência da direção e o talento dos escritores. Vamos a elas.





Zana se despede dos filhos, mas só deixa Yaqub ir embora em "Dois Irmãos":
A preferência da mãe passional, na trama escrita por Maria Camargo, adaptada da obra de Milton Hatoum, foi sacramentada nessa marcante cena, destacando o talento dramático de Juliana Paes, que emocionou com o olhar, expondo o sentimento doentio daquela mulher. Muito antes de surgir da Bibi em "A Força do Querer", outro tipo cego de amor que a intérprete viveu.




Zana e Halim discutem feio em "Dois Irmãos":
O casal principal da trama tinha uma linda história de amor, mas tudo começou a ruir com o nascimento dos gêmeos. O amor exagerado que Zana tinha por Omar era a principal razão para todas as brigas e essa discussão se deu logo após uma transa do par, destacando Antônio Calloni e Juliana Paes na segunda fase do enredo. Os dois brilharam em cenas complicadas e que continham nudez.



quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outras categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2017 tivemos casais apaixonantes em vários horários e vale citar todos os romances da ficção que apaixonaram o público, promovendo um festival de 'shippagem' (termo usado na junção dos nomes dos pares). Vamos a eles.





Jeiza e Zeca ("A Força do Querer"):
O sucesso de Glória Perez teve muitos casais convidativos e o de maior destaque do enredo era, sem dúvida, protagonizado pelo marrento e pela policial militar, que também era lutadora de MMA. A autora nem esperava tamanho êxito do par, aumentando o destaque do romance e atrasando o envolvimento dela com Caio (Rodrigo Lombardi). A química entre Marco Pigossi e Paolla Oliveira foi gigantesca e as cenas deles sempre soltavam faísca.




 Anna e Joaquim ("Novo Mundo"):
Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão aproveitaram a química entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor", os transformando em mocinhos da irretocável novela das seis, que fez um merecido sucesso de público e crítica. O valente Joaquim e a empoderada Anna Millman formaram um lindo par e a sintonia entre eles era visível o tempo todo, protagonizando sempre cenas delicadas e típicas de romances água com açúcar das 18h.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os piores do ano

A retrospectivas no fim de cada ano são comuns e esse blog já tem a tradição de apresentá-las em partes. Após a triste lista de grandes perdas do meio artístico em 2017, chegou a hora das listas de melhores, piores, casais, atores e cenas.  Começando, como sempre, pela seleção do que teve de pior no ano que passou. Infelizmente, muitas produções deixaram a desejar e decepcionaram, enquanto outras já eram problemas anunciados... Então, vamos a eles.





"A Lei do Amor":
A primeira novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari no horário nobre da Globo estava cercada de expectativas. Afinal, a dupla vinha das bem-sucedidas "Ti Ti Ti" e "Sangue Bom", excelentes novelas das sete. Só que o resultado foi o pior possível. A primeira fase foi ótima e o início da segunda despertou interesse, mas, em virtude da baixa audiência, a trama começou a ser retalhada, matando personagens e inserindo outros, expondo ainda a fragilidade do roteiro, que não tinha estrutura para durar tantos meses. O elenco era maravilhoso e merece elogios, destacando Vera Holtz, Cláudia Abreu, Gianecchini, Cláudia Raia, Grazi Massafera, Tarcísio Meira, entre outros. Entretanto, os conflitos se mostraram frágeis e o desenvolvimento foi catastrófico, incluindo a equivocada direção de Denise Saraceni. O saldo final foi uma média de audiência baixa e uma história mutilada. Pena.




"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz":
Era a chance de Emanuel Jacobina se redimir, após a totalmente equivocada "Malhação - Seu Lugar no Mundo". Afinal, o autor ganhou de presente da Globo o poder de escrever duas temporadas seguidas. E nem assim aproveitou. A trama foi um pouco melhor que a anterior, mas repetiu todos os problemas vistos antes, como personagens rasos, conflitos forçados e mudança súbita de personalidades em prol supostos novos dramas. Até os casais foram insossos, não salvando um sequer. A rivalidade entre Bárbara (Bárbara França) e Joana (Aline Dias) era um dos poucos atrativos, mas nem isso foi conduzido bem. A repetição das brigas cansou e no final, do nada, elas viraram melhores amigas. Decepcionante.


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2017 conseguiu ser ainda pior que o de 2016. Afinal, a crise segue preocupante e, para piorar, uma onda de ódio tomou conta principalmente das redes sociais, havendo uma assustadora leva de intolerância, racismo e todo tipo de preconceito, sobrando até para exposições de museus. Além de tudo isso, infelizmente, o Brasil perdeu muitas figuras queridas e talentosas, que deixaram o cenário artístico mais triste. É hora de lembrar dessas perdas.





Russo (1931 - 2017):
O querido assistente de palco do saudoso Chacrinha e uma das figuras mais lembradas nos bastidores da Globo faleceu em janeiro, vítima de uma embolia pulmonar, aos 85 anos. Amava tanto o seu trabalho que não se conformava com a aposentadoria que a emissora lhe ofereceu, fazendo questão de dizer que estava apto para voltar. Infelizmente, não estava.






Vida Alves (1928 - 2017):
Pioneira na televisão brasileira, a atriz protagonizou o primeiro beijo gay em novelas em 1963 e era uma profissional respeitada por todos. Em 1995 se tornou presidente do Museu da TV, preservando a memória dos pioneiros da televisão através de imagens de arquivos, vídeos e fotos. Faleceu em janeiro, aos 88 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos.


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Feliz Natal!


Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, saúde, luz e realizações. Agradeço a presença constante de todos no blog. Não só aqueles que comentam os textos, como também os que apenas leem as postagens. Esse espaço (bem simples, por sinal) não existiria sem vocês e foi criado exatamente para isso. Não recebo ajuda de ninguém para mantê-lo e conto só com os que acessam essa página mesmo. Que o espírito natalino se mantenha vivo sempre, pois nunca precisamos tanto dele quanto nos últimos tempos. Felicidades a todos!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Está na hora da nova geração da "Escolinha do Professor Raimundo" chegar ao fim

O remake da "Escolinha do Professor Raimundo" foi uma ideia genial de Bruno Mazzeo, estreando com o pé direito no Viva e na Globo em 2015. O sucesso, tanto no canal a cabo quanto no aberto, foi imediato. O público matou as saudades de tanto perfis marcantes através de composições quase perfeitas de novos atores escolhidos a dedo, homenageando os veteranos que fizeram parte desse humorístico consagrado por tantos anos. A segunda temporada, exibida em 2016, se mostrou tão acertada quanto a primeira, funcionando novamente. Porém, a terceira, já desperta dúvidas em torno do desgaste do programa.


Com direção de Cininha de Paula e redação final de Péricles Barros e Marcelo Saback, a terceira temporada estreou no Viva em setembro e na Globo no final de novembro. O elenco segue o mesmo, mas com duas ausências: Fernanda Souza não conseguiu conciliar sua agenda para viver pela terceira vez a adolescente Tati (perfil original de Heloísa Périssé) e Otaviano Costa precisou sair por causa do seu trabalho na rádio Globo. Ela não foi substituída, mas o Ptolomeu (nerd interpretado originalmente por Nizo Netto) acabou ficando com Bruno Garcia. A outra novidade foi a entrada de Marco Luque vivendo o Nerso da Capitinga, personagem clássico de Pedro Bismarck.

Essas três situações já despertam atenção. Afinal, os atores da 'nova escolinha' são sempre muito requisitado em novelas, ou seja, acabam tendo a imagem superexposta. E a saída de dois deles prova que está ficando complicado conciliar trabalhos.

domingo, 17 de dezembro de 2017

"Dança dos Famosos" segue com fôlego de sobra

A décima quarta temporada da "Dança dos Famosos" estreou em 13 de agosto e chegou ao fim neste domingo, 17 de dezembro. O quadro segue como o maior trunfo do "Domingão do Faustão" e até 'rendeu' um bom programa para Xuxa na Record, através do "Dancing Brasil", um formato comprado pela Record bem semelhante ao da Globo, aproveitando o sucesso que a disputa faz na concorrente há doze anos. A atual edição teve algumas peculiaridades e controvérsias, mas não deixou de ser atrativa.


Rafael Zulu, Adriane Galisteu, Lucas Veloso, Mariana Xavier, Raul Gazolla, Baby do Brasil, Thiago Pereira, Maria Joana, Nicolas Prattes, Isabella Santoni, Joaquim Xavier e Cris Vianna foram os escolhidos para a disputa e foi uma boa seleção. O estranho foi a ausência de Baby, que participou apenas de uma rodada e depois declarou um problema no joelho e não voltou mais. Nem na repescagem. Isso nunca tinha acontecido no programa. Normalmente havia uma desclassificação imediata caso alguém se machucasse, mas a cantora parecia nem saber o que tinha e por isso deram um prazo para o retorno na repescagem. Só que não ocorreu.

Já com os demais a disputa fluiu normalmente e Lucas Veloso despontou como favorito logo na primeira rodada. Sua presença na final foi justa e esperada, pois o ator fez grandes apresentações ao longo dos meses. Seu único problema era o excesso de caras e bocas em alguns momentos, mas na dança era irretocável. Maria Joana, no entanto, começou apagada e com performances apenas corretas. Mas, aos poucos, foi evoluindo até virar uma das fortes candidatas ao título. Não por acaso acabou merecidamente classificada para a final, após muitas apresentações excelentes.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Desgastado, "The Voice Brasil" apresentou sua pior temporada em 2017

A sexta temporada no "The Voice Brasil" estreou no final de setembro. O reality musical já virou um sucesso consagrado da Globo, firmando sua presença na grade sempre a partir do segundo semestre. A emissora trouxe o formato original holandês para o país em 2012 e desde então a audiência realmente costuma corresponder. Entretanto, é inegável o claro sinal de desgaste da atração, principalmente na atual temporada, que é a pior de todas até agora, lamentavelmente.


Na tentativa de sair da mesmice (e também porque o formato original impõe mudança pelo menos a cada dois anos nos técnicos), Boninho transferiu Cláudia Leitte para o "The Voice Kids" e trouxe Ivete Sangalo da versão infantil para substitui-la. Michel Teló, Lulu Santos e Carlinhos Brown seguiram no programa. A troca não surtiu efeito algum e ainda acabou prejudicando o "Kids", pois Ivete era um dos grandes atrativos, sempre protagonizando momentos deliciosos com as crianças.

Na versão adulta, Ivete se mostrou mais técnica e fez observações pertinentes. No entanto, a mudança deveria ser sido total ou então de pelo menos três. Mas não trazendo técnico da versão infantil e, sim, convidando novos cantores. É necessária uma reformulação de verdade. Afinal, já são seis temporadas. Lulu e Carlinhos, por exemplo, nem têm mais o que dizer sobre as apresentações. Todos os comentários parecem repetitivos.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Entre justos vencedores, "APCA" valorizou merecidamente "A Força do Querer" e "Sob Pressão"

Após um polêmico "Melhores do Ano", rendendo discussões em cima do merecimento de alguns vencedores da premiação do "Domingão do Faustão", a "APCA" (Associação Paulista de Críticos de Arte) elegeu os melhores de 2017 na Televisão em sete categorias, durante uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (11/12). A cerimônia de entrega será realizada no primeiro semestre de 2018, durante a 61° edição do evento, que também premia os melhores em Teatro, Artes Visuais, Música Popular, Literatura, Dança, Cinema, entre outros.


"A Força do Querer" ganhou merecidamente como Melhor Novela, pois seu sucesso é incontestável e honrou o melhor trabalho de Glória Perez. Inspirada, a autora presenteou o telespectador com uma história envolvente e repleta de bons personagens, além do elenco ter sido muito bem escalado. Porém, três concorrentes da categoria também fizeram jus ao prêmio. "Novo Mundo" foi uma primorosa novela das seis e mereceu os aplausos de público e crítica, mesclando a história do Brasil com uma deliciosa ficção, que contou até com piratas e muitas cenas de aventura. "Rock Story", apesar da barriga da metade pro final, se mostrou uma ótima trama das sete e "Malhação - Viva a Diferença" (embora não seja novela) vem colhendo elogio atrás de elogio com honras. Só a fraca "Os Dias Eram Assim" que não merecia ter concorrido, pois foi uma decepção.

"Sob Pressão" faturou o troféu de Melhor Série/Minissérie e não poderia ser diferente. A história derivada do filme homônimo, baseada no livro "Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro", dirigida por Andrucha Waddington, impressionou pelo realismo e conseguiu superar o longa. O enredo retratou a precariedade da saúde pública do país com precisão, mesclando com ótimos conflitos em torno de excelentes personagens e um elenco de peso.

domingo, 10 de dezembro de 2017

"Melhores do Ano" de 2017 deveria ter se chamado "Melhores de A Força do Querer"

O fim do ano vai chegando e com ele as tradicionais premiações elegendo quem mais se destacou na televisão. O "Melhores do Ano", do "Domingão do Faustão", já é um dos eventos 'clássicos' de encerramento e, óbvio, só seleciona produções da Globo. Como são só três indicações por categoria, quase sempre há esquecimentos imperdoáveis. Entretanto, nos últimos anos, houve uma certa justiça nas seleções, priorizando os realmente merecedores, com raras exceções. Mas, em 2017, muitas escolhas provocaram um inevitável incômodo.


Em virtude do imenso sucesso de "A Força do Querer", a novela de Glória Perez dominou todas as indicações. Vale lembrar que isso é algo normal e aconteceu algo semelhante com "Avenida Brasil" e "Amor à Vida", outros grandes êxitos da faixa nobre da Globo. O problema é que o ano teve mais novelas ótimas e também com elencos dignos de muito reconhecimento. O quase total esquecimento de "Novo Mundo", por exemplo, é absurdo. O folhetim das seis teve uma excelente audiência, atores brilhantes e repercussão alta. O mesmo ocorre com "Malhação - Viva a Diferença", conseguindo índices não obtidos na faixa há dez anos. Já "Rock Story" não teve índices estrondosos e nem gerou burburinho, mas também merecia o lembrança.

A categoria Revelação, por exemplo, foi uma das mais controversas, repetindo uma polêmica já vista em anos anteriores, selecionando ator que não é revelação de fato. As atrizes foram Carol Duarte, Karla Karenina e Vitória Strada. As três são talentosas, isso não se discute. Todavia, Karla brilhou como Dita em "A Força do Querer", mas estreou na televisão na "Escolinha do Professor Raimundo", em 1995. Também esteve ótima em "Morde & Assopra", novela exibida em 2011. Ou seja, nem deveria estar ali.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Não foi uma boa noite para o Brasil no Emmy Internacional de 2017

O 45º Emmy Internacional foi promovido nesta segunda-feira (20/11), no hotel Hilton, em Nova York, Estados Unidos. A importante e prestigiada premiação teve nove indicações nacionais em oito categorias, sendo elas: melhor série dramática, com "Justiça"; melhor novela, com "Velho Chico" e "Totalmente Demais"; melhor comédia, com "Tá no Ar: a TV na TV"; melhor filme/minissérie, com "Alemão" ---- série derivada do filme homônimo ----; Júlio Andrade como melhor ator pelo desempenho na série da FOX "1 Contra Todos"; melhor programa artístico, com "Portátil" ---- criado pelo Porta dos Fundos e exibido no Comedy Central ----; melhor série de formato curto, com "Crime Time" --- produzida pelo Stúdio+ ---- e Adriana Esteves como melhor atriz pela sua interpretação na pele da Fátima em "Justiça". Infelizmente, ninguém ganhou.


Apesar das derrotas, todas as indicações foram merecidas, com destaque especial para o desempenho irretocável de Adriana Esteves em "Justiça", que também se mostrou uma grandiosa produção de Manuela Dias. A atriz viveu seu auge com a vilã Carminha, no fenômeno "Avenida Brasil", e não teve sorte na fracassada "Babilônia", interpretando um papel que se perdeu totalmente no enredo. Com a sofrida Fátima, a intérprete apagou qualquer vestígio da inesquecível vilã de João Emanuel Carneiro e emocionou o público dando vida a uma mulher que primava pela ética e transbordava integridade, mesmo diante das inúmeras desgraças que ocorriam em sua vida. Foi uma atuação realmente digna de Emmy.

Vale lembrar, inclusive, que é a segunda indicação de Adriana ao prestigiado prêmio. Ela também foi indicada pelo seu grande trabalho na minissérie "Dalva e Herivelto - uma canção de Amor", escrita por Maria Adelaide Amaral e exibida em 2010, onde deu um show na pele da passional Dalva de Oliveira. É uma atriz cada vez mais respeitada no mercado merecidamente. E em "Justiça" ganhou uma das melhores personagens da série, aproveitando a chance para novamente expor seu imenso talento.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

"Vídeo Game" retorna e mata as saudades do público

O "Vídeo Game" ficou no ar por dez anos. Um dos quadros mais longos (era quase um programa independente) e queridos do "Vídeo Show" estreou em 10 de dezembro de 2001 e foi encerrado em 30 de dezembro de 2011. Apesar do evidente desgaste nos últimos anos, o quadro deixou saudades no público e, para a alegria de muitos telespectadores, voltou nesta segunda-feira (06/11), após seis anos de hiato, sem maiores avisos da Globo, com o intuito de melhorar a audiência do formato vespertino.


A emissora não chegou a anunciar com antecedência esse retorno e o anúncio soou surpreendente. Isso apenas prova que foi uma ideia repentina, em virtude do cancelamento do "Estrelas" em 2018. O programa comandado por Angélica já vem se perdendo com o tempo e as últimas tentativas de 'recuperá-lo' não deram certo ---- o "Estrelas Solidárias" e o "Estrelas do Brasil" se mostraram bem desinteressantes. Ou seja, embora a divulgação da volta do "Vídeo Game" descreva a temporada como um 'especial de três semanas', há boas possibilidades de se fixar na grade ano que vem, voltando a compor o "Vídeo Show".

A estreia contou com o casal Fernanda Souza e Thiaguinho disputando com Camila Queiroz e Mariana Santos, colegas de cena em "Pega Pega". Quadros como Tele-Tubo, Tele-Tema e Momento Uepa, por exemplo, estão de volta, presenteando os saudosistas. E os quatro convidados se mostraram claramente felizes com a atração, expondo que também estavam sentindo falta da disputa comandada por uma descontraída Angélica.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"Adnight" volta repaginado, mas não merecia uma segunda temporada

A primeira temporada do "Adnight" foi trágica. O programa comandado por Marcelo Adnet foi merecidamente massacrado pela crítica e obteve índices de audiência bastante insatisfatórios para o que a Globo almejava. Porém, ao contrário do que todos esperavam, uma segunda temporada foi encomendada pela emissora e essa nova tentativa de alcançar o sucesso estreou na última quinta-feira (26/10), logo após o "The Voice Brasil".


O programa começou as mudanças no próprio título, que ganhou o "Show" como complemento. E a razão para essa alteração ficou evidente logo no primeiro dia: a bancada clássica de um formato de entrevistas foi retirada do palco, deixando o ambiente livre para o apresentador. Ou seja, não há mais talk-show. As roteirizadas e desinteressantes entrevistas vistas em 2016 ficaram no passado. O subtítulo 'show' significa uma mescla de rápidas provas e improvisações com os convidados, além de algumas esquetes inseridas ao longo da atração.

Portanto, realmente Adnet e sua equipe avaliaram as críticas e a rejeição da primeira temporada para uma reformulação geral do "Adnight". Todavia, essas várias mexidas deixaram claro que ninguém ali sabe muito bem o que fazer com o programa.

domingo, 24 de setembro de 2017

"Dança dos Famosos": uma experiência única

Acompanho a "Dança dos Famosos" desde a primeira temporada, em 2005, quando ainda nem existia Twitter e nem sonhava em ter um blog sobre televisão. Sou um péssimo dançarino e nunca me interessei por dança. Mas, o quadro --- versão nacional do formato britânico "Strictly Come Dancing" --- diverte e entretém. Não importa se você gosta de se remexer ou não. Tanto que virou o maior trunfo do "Domingão do Faustão", completando 12 anos no ar.


E, para a minha surpresa, a Globo me convidou para ter uma experiência única: ser um participante da "Dança dos Famosos" por um dia. Já participei de alguns eventos da emissora, principalmente envolvendo lançamento de novas produções. Sempre fico muito feliz com a lembrança e com o reconhecimento do meu trabalho. Porém, ter que dançar era algo nunca cogitado por mim. Até porque não gosto de virar foco de atenção, me sentindo sempre mais seguro e à vontade escrevendo e observando. Ou seja, a minha primeira resposta foi um "não, obrigado".

Agradeci imensamente a lembrança e o convite, mas deixei claro que não levava o menor jeito. Todavia, uma das responsáveis pela gestão de Mídias Sociais da Globo, a querida Miriam, insistiu e disse que todos os participantes não levam jeito no início e encaram a missão de aprender. Também garantiu que seria divertido.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Homenagem ao centenário de Chacrinha se mostrou nostálgica e acertada

No último sábado (26/08), o Canal Viva exibiu uma ótima homenagem a Abelardo Barbosa (1917-1988), cujo centenário se comemora neste ano. Através de "Chacrinha - o Eterno Guerreiro", o canal a cabo recriou a atração mais lembrada de um dos mais queridos comunicadores do país: o "Cassino do Chacrinha", exibido pela Globo entre 1982 e 1988. O programa ---- que será exibido pela Globo no dia 6 de setembro ---- ficou muito bem realizado, conseguindo provocar uma gostosa nostalgia em quem assistia.


Stepan Nercessian foi o escolhido para representar o velho guerreiro e nem tinha como ser outra pessoa, pois o ator deu um show no espetáculo "Chacrinha, o musical", dando vida a esse ícone. E novamente ele mostrou como conseguiu pegar com maestria vários trejeitos do apresentador, inclusive a maneira de se portar diante dos convidados e números musicais. Chama atenção também a forma não caricata que o ator compõe o personagem. Até porque Chacrinha já era uma grande caricatura, parecendo um carro alegórico em desfile de escola de samba. As imitações de vários humoristas descambam para o exagero e o intérprete acaba se diferenciando por isso. 

A atração recriou com riqueza o cenário do clássico "Cassino do Chacrinha", mas imprimindo características mais modernas em torno da iluminação e de detalhes do palco, naturalmente. Também ficou perceptível um maior afastamento da plateia, evitando aquela sensação de tumulto que existia no formato original. Nesse caso, poderiam ter mantido para preservar o DNA do produto. Afinal, na época era mesmo algo 'trash' (de gosto duvidoso) e extremamente popular. Outra característica que foi visivelmente alterada foi a vestimenta das chacretes.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

"MasterChef" é o melhor reality culinário do país

O "MasterChef" estreou no Brasil no dia 2 de setembro de 2014 e desde então já apresentou quatro temporadas com participantes amadores, uma com crianças e outra com profissionais (tendo uma segunda já prestes a estrear). O programa não demorou para se tornar um imenso sucesso e o maior êxito da Band dos últimos anos. Se firmou como o melhor reality culinário do país com larga vantagem, tendo ainda atingido a marca de 100 edições na atual temporada, no último dia 11 de julho.


O primeiro programa marcou 3,6 pontos de audiência, ficando em quarto lugar. Para o padrão da Band não é ruim. Mas, aos poucos, o formato foi conquistando cada vez mais admiradores até atingir picos de 9 pontos, brigando pela vice-liderança com Record e SBT, conseguindo algumas vezes ultrapassar até a Globo, se mantendo no topo por até meia hora. É um resultado extraordinário que nem os mais otimistas esperavam. Tanto que a emissora transformou a atração em sua galinha dos ovos de ouro.

A Bandeirantes não para de emendar temporadas desde que estreou o formato ---- baseado no original de mesmo nome da BBC, no Reino Unido ---- em 2014. Essa atitude costuma arruinar qualquer produção, por mais vitoriosa que seja. Afinal há um natural desgaste e a melhor estratégia é sempre deixar um gostinho de quero mais para o ano seguinte.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

"Super Chef Celebridades" segue sendo um ótimo reality culinário

A sexta temporada do "Super Chef Celebridades" estreou no dia 26 de junho e chega ao fim nesta segunda-feira (24/07), após três semanas de muitos Workshops e provas gastronômicas. O reality culinário da Globo mais um vez provou que é o melhor quadro do "Mais Você" ---- e mais longo, pois sempre ocupa quase todo o tempo de programa ----, mesclando bem informação, disputa e divertimento.


Diferentemente de atrações como o "MasterChef" ---- melhor atração do gênero no país ----, da Band, por exemplo, o reality não se resume apenas em uma disputa de melhor chef. Pelo menos desde que ganhou o subtítulo de "Celebridades". Isso porque Ana Maria Braga chegou a ter três temporadas com cozinheiros amadores (de 2009 a 2011), cujo objetivo era mesmo ser um profissional ---- foi o primeiro programa, inclusive, a ter algo assim no Brasil, bem antes de virar moda, preenchendo a grade de todas as emissoras. Mas, em 2012, os anônimos foram deixados de lado.

O intuito do quadro, então, passou a ser apenas um entretenimento para o público, aproveitando os Workshops para passar informações importantes sobre culinária e ainda utilizar a presença dos famosos para render uma competição divertida.