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sábado, 5 de outubro de 2024

Emiliano Queiroz fez de todo coadjuvante um sucesso

 Morreu, na manhã de sexta-feira, dia 4, Emiliano Queiroz. O ator, recentemente, havia se submetido a uma cirurgia para colocar três stents no coração. Na última quinta-feira, dia 3, recebeu alta e foi para casa. Mas acordou se sentindo mal às 4h30, foi levado ao mesmo hospital, onde teve uma parada cardíaca e partiu aos 88 anos. 


Filho de um ourives e uma professora primária, Emiliano deixou seu estado natal, o Ceará, com pouco mais de 20 anos. Nesse período, ele pegou carona em um caminhão rumo a São Paulo, para participar de montagens profissionais de teatro, atividade a que se dedicava desde a infância, quando ainda morava na pequena cidade de Aracati, onde nasceu. Entre familiares e amigos de escola, era considerado um prodígio. 

Aos 10 anos, depois de se mudar com os pais para Fortaleza, o jovem participou de cursos livres de artes cênicas e logo decidiu que seguiria a carreira artística. Entrou para o Teatro Experimental de Arte, uma importante companhia cearense, aos 14 anos. Pouco depois, começou a trabalhar na Ceará Rádio Clube. Após um curto período em São Paulo, o então rapaz retornou ao seu estado natal e foi contratado pela TV Ceará.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Tarcísio Meira foi e sempre será o maior galã da teledramaturgia nacional

Nesta quarta-feira (11/08), o mundo das artes sentiu a dolorosa perda de Paulo José, aos 84 anos, vítima de uma pneumonia. Hoje, dia 12, o Brasil perdeu Tarcísio Meira, aos 85 anos, vítima da covid-19. O veterano tinha problemas pulmonares e acabou não resistindo. Casado há quase 60 anos com Glória Menezes (que também contraiu a covid, mas se recupera bem), o ator teve uma carreira brilhante e tem sua vida misturada com a história da televisão. 


Um dos mais respeitados e conhecidos nomes da atuação no Brasil, Tarcísio tinha um currículo com mais de 60 trabalhos na televisão, entre novelas, séries, minisséries, teleteatros e telefilmes, numa carreira que começou em 1961 na TV Tupi. Também esteve em 22 filmes, dirigidos por cineastas como Anselmo Duarte, Bruno Barreto e Glauber Rocha, além de 31 peças de teatro. Foi o galã da primeira telenovela brasileira: "2-5499 Ocupado" (1963), na TV Excelsior, ao lado da mulher, Glória Menezes. Protagonizou mais sete novelas na emissora, até se transferir para a TV Globo em 1967, juntamente com sua esposa, onde estrearam em "Sangue e Areia".

A classificação de "galã" era vista como elogio há muitos anos, mas depois acabou virando uma espécie de rótulo pejorativo. No entanto, Tarcísio Meira sempre foi visto como o maior galã da televisão nacional e se orgulhava do título.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Manuela, de "A Vida da Gente", foi um divisor de águas na carreira de Marjorie Estiano

É inegável o quanto Marjorie Estiano cresceu na carreira. Virou uma das atrizes mais respeitadas e admiradas do país e a melhor da sua geração. Quando ganhou a Manuela, de "A Vida da Gente", em 2011, já tinha marcado presença em várias produções, incluindo até protagonista de novela das 21h. No entanto, a personagem brilhantemente construída por Lícia Manzo foi um divisor de águas na vida da atriz. 

Manu é uma das protagonistas da novela das seis que conta a história do amor entre duas irmãs. O folhetim é diferenciado por isso. Não é sobre um casal, um amor proibido ou algo do tipo. É a trajetória de irmãs que se amam incondicionalmente e acabam se magoando por conta de armadilhas do destino. E a personagem interpretada por Marjorie é a mais densa do enredo. Também a mais difícil de ser interpretada. Todas as camadas desenhadas com precisão pela autora não valeriam de nada nas mãos de uma atriz limitada. A chance do perfil ter uma forte rejeição do público não era baixa. Mas a força cênica de Marjorie, somada ao talento de Lícia, a transformou em um dos tipos mais amados e lembrados de "A Vida da Gente". 

A autora foi hábil na construção de Manuela. A personagem nasceu com uma deficiência na perna e sempre foi humilhada pela mãe. Enquanto era tratada feito um lixo, Ana (Fernanda Vasconcelos) recebia todos os mimos e privilégios. Algo que também acabou sendo sufocante, mas como a própria disse em uma cena, com um peso menor. Afinal, o excesso se apara. Já lidar com a falta é mais difícil. Manu tinha tudo para odiar Ana e ser a clássica irmã invejosa e amargurada, um clichê dramatúrgico. Mas nunca foi. Sempre teve um amor incomensurável por Ana e era sua cúmplice.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Os 90 anos de Nathalia Timberg

No dia 5 de agosto de 1929 nascia uma das maiores atrizes do país. Nascia Nathalia Timberg, uma profissional respeitada pelo público e pela crítica, que completou 90 anos de vida e 65 anos de carreira, em 2019, na última segunda-feira. Um feito que merece ser comemorado de todas as formas possíveis, como vem ocorrendo com muito merecimento.


O Gshow, site de entretenimento da Globo, fez uma justa homenagem através de um lindo ensaio fotográfico com a atriz que há anos brilha na televisão e no teatro. Nathalia também fez uma pequena festa para celebrar seus 90 aninhos e vários grandes nomes marcaram presença, como Rosamaria Murtinho, Mauro Mendonça, Regina Duarte, Antônio Fagundes, Suzana Faini, entre outros.

Ou seja, uma leva de justas homenagens tem sido feita a uma das maiores atrizes do Brasil, cujo papel atual na televisão é a preconceituosa Gladys, em "A Dona do Pedaço", trama das nove de Walcyr Carrasco, onde vem brilhando ao lado de Deborah Evelyn, Reynaldo Gianechini, Mel Maia e Malvino Salvador.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Eternizada como Odete Roitman, Beatriz Segall era uma atriz fantástica

Morreu nesta quarta-feira (05/06), aos 92 anos, Beatriz de Toledo Segall, uma das maiores atrizes do país. Intérprete da icônica Odete Roitman, vilã que entrou para a história da teledramaturgia, a profissional admirada por todos os colegas faleceu no hospital Albert Einsten, em São Paulo, onde estava internada por problemas respiratórios. Os últimos anos não foram fáceis, pois a atriz sofreu duas quedas: em 2013, tropeçou em pedras portuguesas e sofreu graves escoriações no Rio de Janeiro, e em 2015 se machucou com gravidade ao cair no palco durante a apresentação da peça "Nine - Um Musical Feliniano".


Foram mais de 70 anos dedicados aos palcos e à TV. Em 1950, estreou profissionalmente na peça "Manequim" e posteriormente integrou a companhia "Os Artistas Unidos". Em Paris, prosseguiu os seus estudos e conheceu Maurício Segall, filho do pintor judeu lituano Lasar Segall, com quem se casou em 1954 e teve três filhos, adotando o sobrenome que a marcou como atriz. Na época, por sinal, abandonou a carreira para cuidar da família e só retomou em 1964, na peça "Andorra".

Seu currículo teatral, inclusive, era vasto: "Marta Saré" (1968), "Hamlet" (1969), "A Longa Noite de Cristal" (1970), "Casamento de Fígaro" (1972), "Maflor (1977), "A Guerra Santa" (1993) "Três Mulheres Altas" (1995), "Estórias Roubadas" (2000), "Quarta-feira sem falta lá em casa" (2003) e "Conversando com a Mamãe" (2011) foram alguns espetáculos que contaram com seu talento.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Ótima em "Orgulho e Paixão", Agatha Moreira evolui a cada trabalho

"Orgulho e Paixão" é apenas a quinta novela de Agatha Moreira. Porém, mesmo com poucos trabalhos em seu currículo, a atriz já virou uma das mais disputadas da Globo e faz por merecer tal honraria. Revelada em "Malhação", na temporada de subtítulo "Intensa", exibida em 2012, a intérprete vem emocionando e divertindo com sua doce Ema, sendo um dos trunfos do delicioso folhetim das seis.


A personagem é baseada no romance "Emma", de Jane Austen, e na trama está presente com outros vários perfis de muitos livros da escritora inglesa. Afinal, a proposta do enredo é justamente essa: mesclar os conflitos e misturar alguns tipos de sucesso da autora. Embora não faça parte da família central do enredo (o clã Benedito), a menina que sempre se preocupou em casar as amigas, se esquecendo da sua própria vida, acabou virando um dos destaques da história e muito por mérito da atriz.

Sua interpretação mais afetada condiz com o papel, representando uma espécie de patricinha ingênua de 1910. E Agatha consegue se destacar tanto no drama quanto na comédia. Isso porque a intérprete emociona com seus dilemas amorosos, principalmente agora que se viu dividida entre o amor que diz sentir pelo passivo Jorge (Murilo Rosa) e a paixão por Ernesto (Rodrigo Simas).

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Eva Todor era uma atriz querida e amada por todos

Faleceu em casa, por volta das 8h50 deste domingo (10/12), Eva Todor, aos 98 anos. A atriz não resistiu a uma pneumonia e enfrentava o Mal de Parkinson há alguns anos. Ela estava afastada das novelas desde "Salve Jorge", em 2012, quando fez uma pequena participação na trama de Glória Perez. Sua última aparição pública foi em novembro de 2014, quando recebeu uma merecida homenagem de colegas no Teatro Leblon. Era uma figura amada por todos. Com mais de 80 anos de carreira, a veterana será sempre lembrada como a avó que todos queriam ter.


Filha de uma estilista e de um comerciante de tecidos, Eva era húngara e iniciou a carreira artística ainda menina, chegando a dançar na Ópera Real de Budapeste. Estreou como atriz na peça "Quanto Vale Uma Mulher", em 1934, e deslanchou de vez através do teatro de revista. Em 1940, já tinha sua própria Companhia de Teatro chamada "Eva e Seus Artistas" e ganhou até Getúlio Vargas como admirador, facilitando o processo para conseguir a identidade nacional. Em 1950, ganhou um programa na TV Tupi, cujo título era "As Aventuras de Eva". Sua veia cômica ganhou mais força na atração e viria a ser uma de suas maiores características ao longo da trajetória televisiva.

A primeira novela que contou com a intérprete foi "E Nós Aonde Vamos?", da Tupi, em 1970. Depois, em 1975, chegou a participar da versão censurada de "Roque Santeiro", vivendo Ambrosina Abelha, mas a personagem não voltou na trama clássica que teve Regina Duarte como Porcina. Sua grande estreia na teledramaturgia foi em "Locomotivas", história de Cassiano Gabus Mendes, onde viveu a inesquecível Kiki Blanche, fazendo um imenso sucesso em 1977.

sábado, 11 de novembro de 2017

Márcia Cabrita era o retrato do sarcasmo e da alegria de viver

Nesta sexta-feira (10/11), o Brasil ficou mais triste. Márcia Cabrita faleceu, aos 53 anos, após lutar por sete anos contra um câncer no ovário. Diagnosticada em 2010, retirou os ovários e o útero, iniciando um tratamento que lhe acompanharia até o fim da vida. A atriz estava internada no Hospital Quinta D`Or, no Rio de Janeiro, há dez dias. Apesar de doente, nunca desistiu de trabalhar e sempre que apresentava alguma melhora participava de uma produção, sendo filme, novela ou série.


Sua última aparição na televisão foi na pele da impagável Narcisa, em "Novo Mundo", na Globo. A atriz seria a suja Germana (Vivianne Pasmanter) na novela primorosa de Alessandro Marson e Thereza Falcão, mas, em virtude do estágio do câncer, acabou não conseguindo ficar com um papel tão grande e precisou de um tempo para voltar. Os autores, então, escreveram a nova personagem especialmente para ela, que brilhou sempre que surgiu em cena. As tiradas da esposa de José Bonifácio (Felipe Camargo) eram hilárias e o sotaque português da intérprete idem.

Entretanto, infelizmente, Márcia precisou se afastar novamente da trama e Narcisa saiu antes do previsto, não retornando mais. Era um sinal da gravidade do seu estado. E a atriz ter conseguido forças para participar ao menos de alguns capítulos do folhetim apenas comprovou o quanto amava seu ofício e a vida.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Apagada em "Os Dias Eram Assim", Letícia Spiller não vem tendo sorte em seus últimos trabalhos na televisão

Ela surgiu na televisão em 1989 como paquita da Xuxa e ficou no programa até 1992. Depois desses quatro anos vivendo a Pituxa Pastel, a linda dançarina começou a se aventurar nas artes cênicas, até virar uma versátil atriz, cuja carreira se mostra estabilizada e bem-sucedida. A pessoa em questão é Letícia Spiller, uma profissional que conquistou seu espaço graças a muito trabalho e dedicação. A intérprete já fez 17 filmes, participou de vários seriados da Globo e "Os Dias Eram Assim" é sua 17ª novela.


Letícia viveu seu auge na pele da Babalu em "Quatro por Quatro" (1994), divertindo com a deslumbrante mulher que encantou Raí (Marcello Novaes), e emocionou quando viveu a Giovanna Berdinazzi na primeira fase de "O Rei do Gado" (1996). Também mostrou talento na fracassada "Suave Veneno" (1998), se destacando com a caricata vilã Maria Regina. Fez muito bem a mocinha Diana, de "Sabor da Paixão" (2002), e brilhou com a interesseira Viviane em "Senhora do Destino" (2004), folhetim reprisado atualmente no "Vale a Pena Ver De Novo".

Entretanto, a atriz não vem tendo sorte em seus últimos trabalhos na televisão. Desde 2007 que Letícia vem ganhando personagens desinteressantes e em novelas ruins. Em "Duas Caras" interpretou Maria Eva, perfil pouco consistente na problemática história de Aguinaldo Silva.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Nelson Xavier era um ator dedicado e um profissional respeitado

O ator Nelson Xavier faleceu, aos 75 anos, na madrugada desta quarta-feira (10/05), em Uberlândia, Minas Gerais. Em 2014, durante o Festival de Gramado, ele contou que fez tratamento contra o câncer de próstata em 2004 e que estava livre da doença. Foi lá também que recebeu o prêmio de Melhor Ator com o filme "A Despedida", um de seus últimos trabalhos. A causa de sua morte foi o agravamento de uma doença pulmonar, após ter sido internado na última terça-feira. 


Profissional admirado por todos, Nelson era um ator que se dedicava de corpo e alma aos seus papéis. A maior prova disso é o fato de dois dos seus melhores trabalhos serem interpretando pessoas que realmente existiram. O desafio de viver perfis que fizeram parte da cultura nacional é um risco para qualquer ator e a chance de não convencer é sempre alta. Mas não foi problema para ele. Afinal, como esquecer o icônico Virgulino Ferreira da Silva na minissérie "Lampião e Maria Bonita", exibida na Globo em 1982? 

O Rei do Cangaço foi um divisor de águas na carreira do ator, mesmo já tendo uma longa jornada no cinema (começou em 1959 e fez 55 filmes no total). Na tevê era apenas seu terceiro trabalho. E marcou para sempre. Sua parceria com Tânia Alves (Maria Bonita) foi irretocável, destacando o lado mais 'sereno' de uma figura marcada pela imponência.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Ótima surpresa de "Haja Coração", Cristina Pereira fazia falta nas novelas

Ela estava afastada das novelas desde 2012 (quando atuou na fraca "Balacobaco", da Record) e seu último trabalho na Globo havia sido em 2005, em "A Lua me Disse", folhetim das sete escrito por Miguel Falabella. Sua última aparição na televisão foi em um episódio da série "Milagres de Jesus" (2014), da Record, fazendo parte do elenco de apoio. Agora, onze anos depois, Cristina Pereira retorna à emissora que a consagrou e se destaca merecidamente em "Haja Coração, na pele da arrogante Safira, tia de Fedora Abdala (Tatá Werneck).


A personagem chegou para movimentar o núcleo Abdala, que se perdeu completamente após a saída de Teodora (Grace Gianoukas). E a sua participação também é uma justa homenagem, pois Cristina interpretou a Fedora em "Sassaricando", imenso sucesso de Silvio de Abreu em 1987. A Safira, inclusive, reúne muitas semelhanças propositais com a filha de Aparício (na época Paulo Autran e hoje Alexandre Borges) no folhetim da década de 80. As vestimentas e acessórios todos vermelhos, a prepotência e sexualidade à flor da pele remetem imediatamente ao papel vivido pela atriz, que foi um de seus mais populares perfis da carreira.

A tia de Fedora chegou com o objetivo de decidir para quem irá transferir os seus 2% da empresa, alvo de cobiça da sobrinha e de Aparício. Porém, a situação fica em segundo plano diante dos momentos hilários protagonizados por ela, que tem a comicidade em seu DNA.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Brilhando em "Liberdade Liberdade", Andreia Horta prova que merecia uma protagonista há tempos

Ela estreou na televisão em 2006, interpretando Márcia Lemos Kubitschek na ótima minissérie "JK", exibida na Globo. Em 2007 foi para a Record onde atuou em "Alta Estação" (uma espécie de cópia da "Malhação") e no ano seguinte protagonizou a elogiada série Alice, um dos melhores seriados já produzidos pelo canal a cabo HBO. Ainda em 2008, Andreia Horta participou da novela "Chamas da Vida" (vivendo a Beatriz), na Record, e em 2010 fez parte do elenco da primorosa série "A Cura" (onde deu um show interpretando a íntegra Rosângela), permanecendo na Globo desde então.


Além dos trabalhos já mencionados, a atriz fez quatro novelas e uma série. Em "Cordel Encantado" (2011) viveu a Bartira, um papel pequeno, e em "Amor Eterno Amor" (2012) interpretou a periguete Valéria, onde se destacou bem mais, protagonizando muitas cenas cômicas. Em "Sangue Bom" (2013), ótima produção das sete, fez uma participação e emocionou ao lado de Sophie Charlotte na sequência mais tocante da trama, quando sua personagem (a Simone) morreu ao lado da irmã (Amora). Ela ainda mostrou seu talento na série "A Teia", ao dar vida a Celeste, e em 2014 convenceu na pele da geniosa Maria Clara, uma das filhas do comendador José Alfredo em "Império". 

Porém, apesar de várias ótimas atuações, Andreia não ganhava uma protagonista nas novelas. Ela chegou a ser escalada para a mocinha Tóia, em "A Regra do Jogo", mas a escolha foi logo mudada em virtude da escalação de Alexandre Nero para viver Romero Rômulo. Afinal, seria estranho os dois protagonizarem uma relação amorosa pouco depois de terem sido pai e filha na trama anterior. Ou seja, parecia que um papel de grande destaque nunca viria para atriz.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Brilhando em "Velho Chico", Irandhir Santos é um ator que sempre se destaca

A nova fase de "Velho Chico" vem enfrentando sérias dificuldades. A passagem de tempo ficou confusa e algumas escalações foram bem equivocadas, o que prejudicou o conjunto da obra. A crise de identidade se faz presente o tempo todo e autoria e direção parecem não se comunicar. São vários os equívocos. Porém, apesar dos evidentes problemas (inclusive de audiência), a trama (que se passa em 2016, por mais que não pareça) vem se beneficiando com algumas ótimas atuações. Uma delas é a de Irandhir Santos, que vive o irmão de Santo (Domingos Montagner).


Bento foi um personagem relativamente apagado na primeira fase da trama de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Bruno Luperi (a filha Edmara Barbosa abandonou a produção). Entretanto, na segunda, o personagem ganhou uma grande importância e tem se mostrado um dos melhores perfis desta nova etapa do enredo da novela das nove. Vereador íntegro e apaixonado pela terra, o homem com aparência de sofrido nunca esqueceu a morte do pai Belmiro (Chico Diaz) e entra em conflito com seu irmão justamente em relação aos 'métodos' que ambos usam para tentar fazer justiça. Ele quer a morte de todos os responsáveis, já Santo não quer sujar as mãos de sangue.

Mas, ao mesmo tempo que parece um ser cego de ódio, o personagem também tem um lado doce que é mais exposto quando está perto de Beatriz (Dira Paes), professora que luta pelo direito das crianças e dos trabalhadores da região. Bento teve um encantamento imediato por aquela mulher que tem ideais bem parecidos com os dele.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

"Velho Chico" e o mundo das artes cênicas perdem muito com a morte de Umberto Magnani

Nesta quarta-feira (27/04), faleceu Umberto Magnani. O ator ---- que completou 75 anos justamente no dia que sofreu um AVE (Acidente Vascular Encefálico) hemorrágico (25 de abril) enquanto esperava as gravações de "Velho Chico" ---- é mais um grande nome que se vai, deixando o mundo das artes cênicas mais triste. Ele estava brilhando como o padre Romão na atual trama das nove e esteve presente nas duas fases do folhetim de Benedito Ruy Barbosa, escrito por Bruno Luperi e dirigido por Luiz Fernando Carvalho. Foi um dos poucos do elenco, inclusive, que continuou após a passagem de tempo ---- além dele somente Selma Egrei e Gésio Amadeu, coincidentemente seu grande amigo pessoal e que o acudiu na hora do mal súbito, permaneceram.


O intérprete (que ficou dois dias em coma) era um dos grandes destaques de "Velho Chico" e seu personagem transbordava emoção. Sempre tentando apaziguar os ânimos daquelas pessoas que protagonizavam vários embates, motivados pela rivalidade familiar e disputa por terras, o padre --- um costume nas obras de Benedito --- era uma espécie de 'coringa', pois estava presente em todos os núcleos. Ele fez ótimas cenas ao lado de Selma Egrei, Cyria Coentro, Rodrigo Santoro, entre tantos outros. Recentemente, emocionou ao lado de Domingos Montagner em uma sequência na igreja, onde Santo é acalmado pelo padre. Agora, após essa inesperada e triste morte, Carlos Vereza foi chamado para substituí-lo à altura.

"Velho Chico" perdeu um grande ator, mas não só a novela. O universo das artes cênicas ficou mais vazio sem uma figura dedicada ao ofício, que sempre esteve trabalhando, tanto no teatro, quanto no cinema ou na televisão. Também ficou marcado como produtor de espetáculos consagrados e sua última peça, onde atuou ao lado de Suely Franco, foi "Elza & Fred" em 2015.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Destaque da primeira fase de "Velho Chico", Rodrigo Santoro fazia falta nas novelas

"Mulheres Apaixonadas", grande trama de Manoel Carlos exibida em 2003, foi a última novela de Rodrigo Santoro, onde viveu o sedutor Diogo ---- personagem que se envolvia com Luciana (Camila Pitanga) e Marina (Paloma Duarte). Ou seja, ele estava afastado dos folhetins há 13 anos. Após esse longo hiato, o ator voltou ao gênero na produção das nove e tem sido o grande destaque da primeira fase de "Velho Chico", trama escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, e dirigida por Luiz Fernando Carvalho.


Ele ganhou o protagonista da história, que será interpretado por Antônio Fagundes na segunda fase, contada em 2016. A primeira, ambientada nos anos 60 (com duas passagens de tempo), vem mostrando toda a trajetória do controverso Afrânio, que foi estudar em Salvador e se formou em Direito, mas se viu obrigado a voltar a Grotas de São Francisco por causa da repentina morte do pai --- o poderoso Coronel Jacinto (Tarcísio Meira). O rapaz sempre viveu às custas do dinheiro da família e tinha um intenso romance com Iolanda (Carol Castro), o grande amor da sua vida. 

O perfil é muito rico e proporciona cenas bem complicadas para o ator. Afrânio teve que largar sua grande paixão e ainda mergulhou em um universo completamente distante do que planejava para seu futuro. O bom vivant se viu diante de um verdadeiro choque de realidade.

sábado, 5 de dezembro de 2015

O adeus a Marília Pêra, uma das mais respeitadas atrizes brasileiras

Na manhã deste sábado, dia 5 de setembro, o Brasil perdeu uma das mais respeitadas atrizes brasileiras. Marília Pêra deixou o país de luto, pouco tempo depois da grande perda de Yoná Magalhães, outro ícone da dramaturgia nacional. A atriz lutava contra um câncer no pulmão havia dois anos e o fato só tomou conhecimento do público recentemente, quando o seu estado de saúde já estava muito grave. Ela não gostava de falar da doença e preferia dizer que estava 'apenas' sofrendo de fortes dores na bacia, outro problema que a deixou fragilizada, a afastando, inclusive, do trabalho na época.


Marília faleceu em casa, aos 72 anos, ao lado da família, por volta das seis da manhã. Deixa os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta e Nina Morena, além do marido Bruno Faria, e da irmã, a querida Sandra Pêra. Foram 55 anos dedicados à arte e ela era múltipla, competente em tudo o que fazia. Atriz, cantora, diretora, coreógrafa, produtora e bailarina, a mulher que conquistou o país com seu talento tem uma carreira repleta de trabalhos grandiosos e personagens memoráveis. Sua morte afeta a vida de todos os brasileiros, que ficaram sem uma das mais dedicadas profissionais do teatro e da televisão.

Com mais de 30 trabalhos na televisão, quase 60 peças teatrais e 27 filmes, Marília tem um currículo invejável e admirado por todos os seus colegas. Estreou na TV em 1965, na recém-inaugurada Rede Globo, onde atuou nas primeiras novelas da emissora: "A Moreninha", "Padre Tião" e "Rosinha do Sobrado".

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Na pele do sarcástico Ascânio, Tonico Pereira se destaca merecidamente em "A Regra do Jogo"

Ele tem 67 anos de idade e mais de 40 de carreira. São mais de 50 filmes e mais de 30 trabalhos na televisão, incluindo novelas e séries. Tonico Pereira é um grande ator e vem se destacando na pele do picareta Ascânio, em "A Regra do Jogo". João Emanuel Carneiro o presenteou com um dos melhores personagens da atual trama das nove, proporcionando para o intérprete uma volta aos folhetins em grande estilo.


Afinal, a última novela que contou com sua participação foi "Desejos de Mulher", em 2002. Desde então, Tonico passou a integrar o elenco fixo de "A Grande Família", vivendo o hilário Mendonça, e ficou até o final do seriado de sucesso. Porém, ao contrário da maioria dos colegas da série da Família Silva, o ator também chegou a marcar presença em outras produções ao longo deste tempo. Por exemplo, nas minisséries "A Casa das Sete Mulheres" (2003) e "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes" (2007), além do seriado "Carga Pesada" (2004) e da série "Decamerão - A Comédia do Sexo" (2009).

Agora, em "A Regra do Jogo", Tonico tem defendido com competência o sarcástico Ascânio, ex-braço direito de Romero Rômulo (Alexandre Nero). O personagem, na verdade, não passa de um pobre coitado que não tem onde cair morto. Ele praticamente criou o protagonista da história, logo após 'conhecê-lo', quando o mesmo tentou roubá-lo quando ainda era uma criança.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O adeus a Yoná Magalhães, uma das mais queridas atrizes brasileiras

Em um curto espaço de tempo o Brasil perdeu três grandes figuras: Betty Lago, Luís Carlos Miele e, agora, Yoná Magalhães. A atriz estava internada há mais de um mês na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, em virtude de problemas cardiológicos e teve complicações após uma cirurgia. Ela havia completado 80 anos no dia 7 de agosto e era uma das profissionais mais respeitadas e queridas da teledramaturgia brasileira.


Com algumas peças, filmes e inúmeras novelas no currículo, Yoná começou sua carreira na década de 50 na rádio e na TV Tupi. Em 1965, foi contratada pela TV Globo, sendo a primeira mocinha do recém-criado canal, que viria a se tornar o principal do país. Atuou em produções como "Eu Compro Esta Mulher" (1966) ---- formando um casal com Carlos Alberto (com quem veio a se casar, inclusive), o primeiro par romântico da emissora ----, "O Sheik de Agadir" (1966), "A Sombra de Rebecca" (1967), "O Homem Proibido" (1968) e "A Gata de Vison" (1969).

Na década de 70 foi para a Tv Tupi com Carlos Alberto, onde atuaram em "Simplesmente Maria". Voltou à Globo em 1972, participando de "Uma Rosa com Amor", ao lado de Marília Pêra e Paulo Goulart. Ainda esteve em ""O Semideus" (1973), "Corrida do Ouro" (1974), "O Grito" (1975) e a emblemática "Saramandaia" (1976) ---- interpretando a revolucionária Zélia Tavares, que ficou com Leandra Leal no remake. Brilhou também em "Espelho Mágico", no ano de 1978.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O merecido destaque de Nívea Maria em "Além do Tempo"

Ela estava há cinco anos sem uma personagem à sua altura na televisão. Seu último perfil de destaque até então havia sido a enigmática Margarida, da excepcional série "A Cura", em 2010. Nívea Maria é uma profissional com mais de 60 produções no currículo, desde que começou a atuar, aos 17 anos. Hoje, com 68, a atriz brilha na pele da amargurada Zilda, em "Além do Tempo", mostrando que não está há tanto tempo na profissão por mero acaso.


A governanta é o braço direito da poderosa Condessa Vitória (Irene Ravache) e cumpre absolutamente todas as ordens da sua patroa, a quem venera. Ela também sabe de todos os segredos que envolvem a mãe do Conde Bernardo (Felipe Camargo). E ainda tem um filho, Afonso (Caio Paduan), com quem sempre está discutindo por excesso de 'proteção' e medo de ver o único herdeiro envolvido com Anita (Letícia Persiles), uma mera empregada. Amargurada, a sombria mulher está o tempo todo de cara amarrada e nunca deu um sorriso sequer. 

Constantemente humilhada pela Condessa, a personagem desconta tudo o que tem que engolir a seco nos empregados, repassando para eles a avalanche de menosprezo que recebe de Vitória. Para culminar, a governanta se viu obrigada a aceitar a entrada de Lívia (Alinne Moraes) na mansão, que virou a queridinha da toda poderosa, despertando imediatamente o ciúme e a inveja da mãe de Afonso.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Adeus, Betty Lago!

Após uma luta de três anos contra o câncer, Betty Lago faleceu neste domingo, dia 13, aos 60 anos. Diagnosticada com um tumor na vesícula em 2012, a atriz enfrentou a doença e, mesmo debilitada, lutou para continuar trabalhando ao longo deste período de batalha, com direito a pioras e melhoras de seu quadro. Ela morreu em casa, no Rio de Janeiro, ao lado dos familiares e amigos, deixando uma legião de admiradores, tanto pela pessoa que era, quanto pela profissional.


Atriz, modelo e apresentadora, Betty Lago começou a carreira modelando na década de 70 e fez grande sucesso no Brasil e no exterior. Sua estreia em novelas foi em 1992, na minissérie "Anos Rebeldes", de Gilberto Braga, onde viveu a classuda socialite Natália. No ano seguinte, em 1993, participou de outra minissérie: "Sex Appeal", de Antônio Calmon, interpretando Vicky, uma mulher que estava diretamente ligada ao seu mundo, antes das artes cênicas, pois era um perfil que fazia parte do universo da moda.

Já em 1994, ela estreou em uma novela e iniciou uma parceria com Carlos Lombardi que seguiria até o fim de sua vida. O autor a presenteou com o melhor papel de sua carreira: a exagerada Abigail, de "Quatro por Quatro", chamada carinhosamente de Bibi. Era uma das protagonistas da novela, que contava a história de quatro mulheres que queriam se vingar de seus maridos.