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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O decepcionante final de Rubião em "Liberdade Liberdade"

A novela das onze chegou ao fim na última quinta-feira (04/08), apresentando um último capítulo com ótimas cenas, mas que também deixou bastante a desejar em alguns aspectos. Vários personagens, por exemplo, não tiveram seus desfechos explicados e o telespectador ficou sem saber o que houve com Virgínia (Lília Cabral), Mimi (Yanna Lavigne), Anita (Joana Solnado), Caju (Gabriel Palhares), Brites (Rita Clemente) --- a mãe de Xavier ---, entre tantos mais. Porém, o grande equívoco do final "Liberdade, Liberdade" foi justamente a conclusão da trama de Rubião (Mateus Solano), o grande vilão da história.


Desde a estreia da novela, o público foi instigado a acompanhar a saga de vingança de Joaquina (Andreia Horta), que logo no primeiro capítulo perdeu a mãe e o pai, ambos assassinados por Rubião. No caso de Tiradentes (Thiago Lacerda), uma morte indireta, provocada por traição. Ela voltou a Vila Rica anos depois, adulta e senhora de si, justamente com esse objetivo: descobrir quem traiu seu pai e vingá-lo. Ao longo do enredo, a heroína ficava voltada para a defesa dos menos favorecidos e a revolução iniciada pelo inconfidente que tanto amava e respeitava.

Para culminar, o vilão ainda assassinou covardemente Raposo (Dalton Vigh), o pai adotivo de Joaquina, dilacerando de vez a sua família. O choque foi imediato quando a protagonista descobriu que havia se casado com o homem responsável pela morte do fidalgo que a criou como se fosse filha.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Liberdade Liberdade" foi uma boa novela, mas poderia ter sido muito melhor

Apresentando uma estreia caprichada e um desenvolvimento morno, "Liberdade, Liberdade" ficou praticamente quatro meses no ar (67 capítulos) e fechou seu ciclo com uma reta final empolgante, presenteando o telespectador com cenas muito bem realizadas. O último capítulo, exibido excepcionalmente nesta quinta-feira (04) ---- por causa do início das Olimpíadas (a Globo fará uma transmissão intensiva do evento) ----, encerrou o folhetim com dignidade, após momentos finais de tirar o fôlego, principalmente em virtude do início da revolução comandada pela protagonista e o enforcamento de seu irmão.


A novela das onze viveu uma novela própria antes de entrar em produção. Márcia Prates estrearia como autora, mas Silvio de Abreu e sua equipe observaram vários erros históricos no texto da escritora, fazendo muitas modificações. Glória Perez e Alcides Nogueira chegaram a trabalhar como supervisores, mas abandonaram a função. Outros problemas foram detectados, até a responsável pela história ser desligada do projeto, sendo utilizado apenas o seu 'argumento' para o enredo. Mário Teixeira foi chamado às pressas para assumir o controle de um trem que parecia desgovernado e a partir de então finalizaram a escalação do elenco, iniciando de vez a elaboração do folhetim.

Portanto, em virtude de todas as questões mencionadas, a expectativa em torno da novela ---- baseada no livro "Joaquina, filha de Tiradentes", de Maria José de Queiroz ---- não era animadora. Afinal, tudo se encaminhava para um produto retalhado e equivocado. A estreia serviu para diminuir essa 'preocupação', pois a trama promissora, o contexto histórico atrativo, o figurino caprichado e o grande elenco agradaram bastante. Entretanto, as constantes mudanças nos bastidores acabaram refletindo na condução do enredo.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Interpretando brilhantemente o sombrio Rubião, Mateus Solano se destaca em "Liberdade Liberdade"

O maior vilão de "Liberdade, Liberdade" é o assustador Rubião. Sombrio, extremamente cruel e com uma frieza apavorante, o personagem representa tudo o que há de pior em um ser humano. E a escolha de Mateus Solano para interpretá-lo foi certeira. Após o estrondoso sucesso na pele de Félix, em "Amor à Vida" (2013) --- que virou o seu melhor papel da carreira ---, o intérprete tirou um período sabático (com apoio da Globo) para descansar a imagem e voltou aos folhetins três anos depois da melhor forma possível.


Afinal, o seu atual papel representa o completo oposto do seu trabalho anterior. O que o Félix tinha de afetado, expansivo e debochado, Rubião tem de introspectivo, intimidador e sério. A única semelhança é a arrogância, pois de resto não sobra nenhum traço em comum. E nada mais desafiador para um ator do que dar vida a um segundo vilão seguido, mas cujas características em nada se assemelham ao outro perfil ---- até porque o homossexual carismático da trama de sucesso das nove tinha um forte lado humano e se redimiu da metade para o final da novela, o que jamais acontecerá com o canalha das 23h.

O intendente de Vila Rica matou Antônia (Letícia Sabatella), a mãe da protagonista Joaquina (Andreia Horta), logo no primeiro capítulo, e entregou Tiradentes (Thiago Lacerda) para a Coroa portuguesa, o levando para a forca --- na época em que era aliado do inconfidente. Sua lista de crueldades só aumentou desde a estreia da novela, deixando bem evidente todas as razões que o fizeram se transformar em um dos homens mais poderosos da cidade.