A trama, muito bem dirigida por Pedro Vasconcelos (que estreou com o pé direito na direção geral sem a parceria com Rogério Gomes), teve uma premissa comum em algumas séries ou filmes estrangeiros, mas não em folhetins: uma viagem no tempo. A mocinha Cris Valência (Vitória Strada) teve como missão voltar ao passado para descobrir quem matou Júlia Castelo, sua vida anterior, e inocentar Danilo Breton (Rafael Cardoso), acusado e condenado pelo assassinato da mulher que tanto amava. A trágica história de um amor infinito que nunca tinha um final feliz precisava ser alterada. Não no passado e, sim, no presente. Mas, obviamente, no inÃcio ninguém sabia ainda quem havia cometido o crime e nem se o rapaz era mesmo inocente. Essa curiosidade mexeu com a protagonista e o público.
A forma como o enredo foi sendo desencadeado primou pela preciosa amarração de conflitos e personagens. Aos poucos, tudo foi se encaixando perfeitamente. A grande habilidade da autora de apresentar cada peça do quebra-cabeça impressionou, tanto pelo impacto das cenas quanto pela estruturação do roteiro. Ficou evidente que Jhin já tinha plena consciência da história que iria contar e que não promoveu qualquer tipo de mudança na novela, mesmo diante dos baixos Ãndices de audiência.