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quinta-feira, 21 de abril de 2016

"Sangue Bom" e "Totalmente Demais" têm algo em comum: a complexidade de Amora e Carolina

Nada é mais rico para um ator do que um personagem complexo. E para o enredo também. Um perfil que tem momentos de vilania e outros de fragilidade emocional enriquece a história, destacando o talento do intérprete e a boa construção do roteiro. É bem mais interessante não poder classificar um tipo como vilão ou mocinho. Mas o texto não é sobre Romero (Alexandre Nero), da recém-terminada "A Regra do Jogo". E, sim, sobre a similaridade de dois papéis ambíguos fascinantes, presentes em duas novelas das sete ótimas: a Amora Campana, de "Sangue Bom", e a Carolina Castilho, de "Totalmente Demais".


A personagem da excelente novela escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, em 2013, era uma it-girl arrogante, que teve uma infância difícil até ser adotada pela esnobe Bárbara Ellen (Giulia Gam). Amora Campana (Sophie Charlotte) acabou 'moldada' pela mãe e virou uma mulher influente no mundo da moda, aparentemente forte, e que não media as consequências para alcançar seus objetivos, passando por cima de qualquer um. Sua grande fragilidade era seu imenso amor, desde criança, por Bento (Marco Pigossi), um sujeito que era exatamente o seu oposto ---- humilde e avesso à fama.

Já Carolina Castilho (Juliana Paes) é de origem pobre e nasceu no subúrbio. Mas, foi crescendo até virar a editora da redação da revista "Totalmente Demais", uma das mais influentes do mercado. Se transformou em uma mulher refinada e poderosa, que trata seus funcionários com extrema rigidez e transborda arrogância por onde passa.

sábado, 2 de novembro de 2013

Com um final coerente e emocionante, "Sangue Bom" fecha seu ciclo e sai de cena honrando suas inúmeras qualidades

A novela das sete que abusou da complexidade de seus personagens, da metalinguagem na história, do ótimo texto e da crítica ao mundo das celebridades fechou seu ciclo. Com 160 capítulos exibidos, "Sangue Bom", dirigida por Dennis Carvalho, chegou ao fim abusando da emoção e do bom humor, características que marcaram a trama desde o primeiro capítulo. E o telespectador que acompanhou, torceu, chorou, riu e se envolveu com esse folhetim com certeza terá boas lembranças para guardar.


A história de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari foi a primeira novela inédita da dupla ---- a anterior ("Ti ti ti") era um remake, assim como "Anjo Mau", cujo autoria era somente de Maria Adelaide, já que Vincent na época era só colaborador. E essa estreia foi em grande estilo. Os autores conseguiram apresentar todos os elementos clássicos de uma novela das sete e ainda souberam brincar com muitas críticas sociais que eram inseridas na obra de uma forma ácida e totalmente real.

Através da Amora (Sophie Charlotte), a personagem que carregou a trama, foi abordado o conflito entre o 'ser' e o 'ter', em meio ao 'submundo' das celebridades, que servia como pano de fundo para toda a história central. A patricinha vivia de sua imagem, apresentava um programa que falava sobre a rica vida

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Sangue Bom": seis personagens, três casais e várias torcidas

"Sangue Bom" não emplacou na audiência. A novela das sete, infelizmente, nunca conseguiu atingir índices satisfatórios no ibope. Porém, apesar dessa grande injustiça nos números (afinal, a trama é excelente), a obra de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari despertou torcidas fervorosas na internet. Tudo por causa dos três casais centrais da história, composto pelos seis protagonistas.


À medida que os pares foram se formando, se separando e voltando, o público foi se envolvendo e torcendo pelos casais. E alguns torcedores levam a novela tão a sério que entram em discussões, com direito a xingamentos e ameaças, para defender seu personagem preferido e atacar tanto o perfil que detesta quanto o que gosta. Esse tipo de reação e envolvimento do telespectador costuma ocorrer quando não há vilões presentes nos imbróglios amorosos. "A Vida da Gente" e "Guerra dos Sexos" foram novelas relativamente recentes que apresentaram essa mesma situação.

Na trama de Lícia Manzo, havia o time torcedor da Manu (Marjorie Estiano) e o time torcedor da Ana (Fernanda Vasconcellos). E as torcidas queriam que suas personagens prediletas ficassem com Rodrigo (Rafael Cardoso) no final. A autora optou por seguir a sinopse e colocou Manu com Rodrigo, o que agradou o

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fabinho e Amora de "Sangue Bom": dois personagens, duas histórias e muitas semelhanças

Eles apresentaram atitudes de vilões, mas nunca passaram perto disso. São personagens complexos, controversos, com um passado em comum a respeito do abandono, e que fizeram de tudo para alcançar seus objetivos, incluindo passar por cima dos outros sem se importar com as consequências futuras. E ainda são interpretados por dois excelentes atores, que se entregaram completamente desde o início da novela. Sim, Fabinho e Amora, interpretados brilhantemente por Humberto Carrão e Sophie Charlotte, têm muito mais semelhanças do que diferenças.


Fabinho foi abandonado por sua mãe (Irene - Débora Evelyn) e sempre guardou essa mágoa. Quando foi adotado por um casal rico, achou que teria a vida que sempre mereceu, porém, quando a 'nova' família perdeu tudo, o 'bad boy' se revoltou e passou a descontar toda sua raiva na mãe (Margot - Noemi Marinho), que sempre lhe tratou com muito carinho, aguentando todas as humilhações calada. Já Amora teve um agravante, pois foi abandonada duas vezes: na primeira, ela e a irmã (Simone - Andreia Horta) foram parar na rua. Na segunda, a sua própria irmã foi embora, a deixando sozinha sem ter para onde ir. Ela acabou indo parar no 'abrigo' de Gilson e Salma (Daniel Dantas e Louise Cardoso) até ser adotada por Bárbara Ellen (Giulia Gam), que lhe ensinou tudo o que havia de mais desprezível para conseguir 'vencer' na vida.

O 'bad boy' demonstrava uma frieza assustadora e sempre fazia questão de humilhar todos que apareciam na sua frente. Porém, na frente de quem tinha influência ou era rico, ele se transformava e fingia ser uma pessoa atenciosa e eficiente. Foi assim na agência de Natan (Bruno Garcia), onde bajulou

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Sophie Charlotte e Andreia Horta brilham na cena mais emocionante de "Sangue Bom"

A novela das sete está cada vez mais perto do fim e o público que acompanhou a história já começa a sentir saudades. E as últimas semanas estão presenteando o telespectador com ótimas sequências. Mas, ainda que a trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari não tenha terminado, é preciso dizer que a cena mais triste, profunda, bem interpretada e tocante de "Sangue Bom" foi a da morte da Simone (Andreia Horta), exibida nessa quinta-feira (24/10).


Após muito lutar contra a leucemia, a irmã de Amora (Sophie Charlotte) não encontrou um doador de medula compatível e não conseguiu resistir. A semana marcou a piora do estado de saúde de Simone, que recebeu todo o apoio e ajuda da filha adotiva de Bárbara Ellen (Giulia Gam). Bento (Marco Pigossi) também sempre ficou do lado das irmãs, que estavam mais unidas do que nunca, depois da superação de um reencontro recheado de mágoas.

Todas as sequências que envolveram a despedida da personagem foram intensas e muito tristes. A mais tocante foi o momento em que Amora entra esperançosa no quarto da irmã e fala da grande campanha que Bento estava fazendo para encontrar um doador compatível. Simone, sorri e relembra a época em que a 'ex-it girl' cuidava dela quando a via doente e cantava enquanto deitava em seu colo. A partir de então,

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Marco Pigossi e Sophie Charlotte: talento em dose dupla

Eles ainda têm um longo caminho para percorrer na carreira artística, mas pode-se dizer que Marco Pigossi e Sophie Charlotte estão amadurecendo a olhos vistos. E esse amadurecimento pôde ser analisado com mais clareza nas cenas protagonizadas por eles nos capítulos mais recentes de "Sangue Bom". Os atores, que fazem parte do sexteto protagonista, impressionaram.


Como já era de se esperar, todas as sequências envolvendo a queda da máscara de Amora foram intensas e muito bem escritas. A 'it girl' teve a troca do exame de DNA descoberta, sua falsa-gravidez foi desmascarada e todas as suas armações foram expostas. Para culminar, está acuada após receber várias mensagens ameaçadoras do verdadeiro autor da sabotagem do Kim Park e do empurrão dado em Malu (Fernanda Vasconcellos). A patricinha perdeu o chão e ainda se viu abandonada por sua mãe adotiva, Bárbara Ellen (Giulia Gam), que pulou do barco ao vê-lo afundando. E a mais dolorosa perda da complexa protagonista foi Bento, seu grande amor de infância.

Amora se desesperou por completo quando o florista a confrontou sobre as acusações feitas contra ela e, após transferir a responsabilidade para Socorro (sua talifã cúmplice, interpretada por Tatiana Alvim), chegou a culpar a própria irmã (Simone - Andreia Horta) pelos seus crimes. Bento se indignou com as mentiras

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Entrada de Simone destaca Andreia Horta, expõe por completo a ambiguidade de Amora e movimenta "Sangue Bom"

Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari escreveram uma ótima novela das sete e, ao menos por enquanto, estão sabendo conduzir muito bem a história ---- apesar de alguns deslizes, mas que acabam sendo normais em qualquer folhetim. E a entrada de Simone (Andreia Horta) foi mais um acerto dos autores, uma vez que serviu para movimentar o núcleo principal de "Sangue Bom" e evidenciar a ambiguidade de Amora (Sophie Charlotte), a protagonista que move a trama.


No passado, Amora foi abandonada na rua por sua irmã biológica, que sumiu no mundo e nunca mais a procurou. A 'it girl' acabou ficando com uma mulher que a obrigava a pedir esmola e passou por muito sofrimento, sendo que até agora nem todos os percalços foram esclarecidos para o público ----- houve até uma cena onde ficou subentendido que ela chegou a ser abusada. Ou seja, desde que desapareceu, Simone passou a ser uma fonte de mágoa da protagonista, que nunca a perdoou e sempre se desestabilizava quando o assunto vinha à tona.

A chegada da personagem expôs por completo o que apenas havia ficado nas entrelinhas da história: a imensa complexidade de Amora. Após várias semanas tendo somente seu lado arrogante e maquiavélico explorado, a filha adotiva de Bárbara Ellen (Giulia Gam) teve sua fragilidade evidenciada perante os telespectadores,

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Embates entre Malu e Amora engrandecem "Sangue Bom" e destacam o talento de Fernanda Vasconcellos e Sophie Charlotte

A novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari segue com um bom ritmo. Após a reviravolta causada pela troca do exame de DNA, Fabinho (Humberto Carrão) caiu em desgraça, Bento (Marco Pigossi) teve que romper seu namoro com Malu e Glória (Yoná Magalhães) chorou de decepção quando soube que o florista 'não era' seu neto. Ao mesmo tempo, Bárbara Ellen (Giulia Gam) segue divertindo com suas excentricidades e Damáris continua surtada, a ponto de criar até uma irmã gêmea (Gládis). E Verônica (Letícia Sabatella) ainda viu a farsa da Palmira Valente acabar. Porém, mesmo diante de tantas situações interessantes, os embates entre Malu (Fernanda Vasconcellos) e Amora (Sophie Charlotte) sempre acabam se sobressaindo na trama.


As últimas brigas protagonizadas pelas irmãs já entraram para a lista de melhores cenas de "Sangue Bom". E o embate exibido na última semana pode e deve ser considerado o melhor de todos até então. Malu se cansou de ver Amora bancando a boazinha e resolveu expor sua maior fragilidade no programa de Sueli Pedrosa (Tuna Dwek): o closet repleto de sapatos da filha predileta de Bárbara, que tem uma compulsão pela compra de calçados para curar uma ferida aberta na infância, época em que não tinha nada para calçar. Amora, após ver a matéria na televisão, se descontrolou e foi tirar satisfações com Malu, que revidou.

Não foi uma cena muito grande, porém, mesmo tendo pouco mais de dois minutos de briga, o telespectador pôde presenciar uma sequência magistral, onde as atrizes se doaram por completo. Além das atuações magistrais, o texto foi esplendoroso: "Não é você que quer ser uma pessoa melhor, que valoriza mais os afetos? Me explica pra que 600 pares de sapatos, meu amor? Você tem dois pés!" "Quem é você

terça-feira, 23 de julho de 2013

"Sangue Bom": A complexidade de Amora e o talento de Sophie Charlotte

"Sangue Bom" é uma novela repleta de qualidades e uma delas é justamente a complexidade da maioria de seus personagens. Quase todos apresentam inúmeras peculiaridades; como segredos, fragilidades, desvios, arrogância, submissão, enfim. Porém, em meio a vários tipos atraentes, não há a menor dúvida de que Amora Campana (Sophie Charlotte) é a personagem mais interessante da novela, justamente por esbanjar complexos por todos os lados.


Amora é de origem pobre, foi criada na rua sem os pais, ao lado da irmã, que por sua vez a abandonou, até ser deixada na casa de Gilson (Daniel Dantas) e Salma (Louise Cardoso). Viveu com Bento (Marco Pigossi) um amor de infância até ser adotada por Bárbara Ellen (Giulia Gam). A oportunista atriz a criou em um meio onde a aparência e a futilidade ditam as regras. Cresceu aprendendo com a mãe adotiva que os sentimentos não levam a lugar algum e que para crescer na vida é preciso passar por cima de quem quer que seja em busca dos seus interesses. Apagou seu passado e acabou virando uma famosa e rica 'it girl', que faz (fez) sucesso no mercado publicitário.

A personagem faz parte do sexteto protagonista e é a principal responsável pela movimentação da história. Tem a arrogância como sua principal característica e não pensa duas vezes antes de ofender, ignorar ou destratar alguém que considere de 'nível inferior'. Muitas vezes maltrata até mesmo os poucos

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Complexidade do sexteto central é um dos grandes acertos de "Sangue Bom"

Criar um casal protagonista que agrade é, sem dúvida, uma das muitas dificuldades de um novelista. E não tem sido fácil alcançar esse objetivo, afinal, o telespectador não engole mais qualquer 'dupla'. Não faltam exemplos de personagens centrais que fracassaram, sendo sumariamente apagados pelos coadjuvantes. Portanto, pode-se dizer, tendo como base os riscos que esses papéis correm, que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari resolveram apostar alto lançando logo seis protagonistas. Mas o que poderia ser uma catástrofe, acabou virando um dos grandes acertos de "Sangue Bom".


O sexteto central é claramente inspirado no poema "Quadrilha", um clássico do Carlos Drummond de Andrade: "João amava Tereza que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para a tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. de Pinto Fernandes que não tinha entrado na história". No caso da novela, Fabinho (Humberto Carrão) não ama ninguém, enquanto Malu (Fernanda Vasconcellos) ama Maurício (Jayme Matarazzo) que ama Amora (Sophie Charlotte) que ama Bento (Marco Pigossi) que também ama Amora, não correspondendo ao sentimento de Giane (Isabelle Drummond).

Porém, mesmo sendo perceptível essa inspiração dos autores, não há dúvidas que a confusão amorosa da trama é, com todo respeito ao Carlos Drummond, infinitamente superior ao poema. Cada protagonista tem uma