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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Não deu para comemorar o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ na teledramaturgia atual

 Na sexta-feira passada, dia 28, foi comemorado o dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Mas não há muitos motivos para comemoração na teledramaturgia. Não há um casal homoafetivo sequer nas três novelas inéditas atuais da Globo, enquanto na concorrência qualquer romance do tipo inexiste há muitos anos. Foi uma longa jornada para que as relações gays ganhassem relevância na ficção a ponto de beijos irem para o ar sem qualquer censura. Mas houve um grave retrocesso ano passado que repercutiu muito mal na imprensa e nas redes sociais. 


Não dá para esquecer toda a polêmica envolvendo "Amor Perfeito", "Vai na Fé" e "Terra e Paixão" em 2023. As novelas da seis, sete e nove, respectivamente, tinham casais homoafetivos e sofreram censura da cúpula da Globo, que mudou os rumos de algumas histórias, embora não tenha conseguido destruir os pares que caíram na boca do povo. Na trama das 18h, houve uma clara mudança de rumo no enredo envolvendo Érico (Carmo Dalla Vechia), que era declarado gay até começar a se relacionar com Verônica (Ana Cecília Costa) e ter sua relação com o ex praticamente apagada. No fenômeno das sete, houve vários cortes nos beijos de Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman) e somente após uma pressão imensa do público que liberaram a troca de carinhos. Porém, na mesma novela, o romance de Yuri (Jean Paulo Campos) e Vini (Guthierry Sotero) acabou eliminado do roteiro. 

Já na trama das nove, o sucesso de Kelvin (Diego Martins) e Ramiro (Amaury Lorenzo) foi tão grande que a cúpula da Globo não conseguiu tirar o destaque do casal e Walcyr Carrasco foi dando cada vez mais cenas para os personagens, a ponto de dominarem o último capítulo, com direito a muitos beijos, declarações e um casamento.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: os melhores casais do ano

 Após a lista das tristes perdas de 2023 e a retrospectiva de tudo o que teve de pior na televisão, chegou a hora de uma retrô mais alegre. A do amor. Vários casais da ficção caíram nas graças do público ao longo do ano e ressaltaram a química entre os atores em cena. Vamos a eles. 






Sol e Ben ("Vai na Fé"): 

O primeiro casal de mocinhos negros da teledramaturgia. É importante citar isso porque na primorosa "Lado a Lado", de 2013, o par formado por Camila Pitanga e Lázaro Ramos dividia o protagonismo com o par formado por Marjorie Estiano e Thiago Fragoso. Voltando ao folhetim das sete de sucesso de Rosane Svartman, os protagonistas conquistaram o público logo de cara através da ótima construção através de cenas de flashback, protagonizadas pelo novatos Jê Soares e Isacque Lopes. A demora em juntá-los ainda proporcionou uma expectativa cada vez maior na audiência, que refletiu na comemoração nas redes sociais quando o beijo finalmente aconteceu. Sheron Menezzes e Samuel de Assis foram perfeitos juntos. A música tema, "Garota Nota 100" (do saudoso MC Marcinho), só ajudou a melhorar o que já era ótimo. 



Rafa e Kate ("Vai na Fé"): 

O fenômeno das sete teve muitos casais apaixonantes e esse foi mais um deles. Inicialmente bastante improvável, o romance dos personagens foi acontecendo como nas comédias românticas do cinema, quando um rapaz tímido se envolve com uma garota bastante extrovertida. Os opostos se atraindo. Caio Manhente e Clara Moneke roubaram a cena juntos e viraram um dos trunfos da novela. 


sexta-feira, 30 de junho de 2023

Os avanços e os retrocessos dos romances homoafetivos na teledramaturgia

 Nesta quarta-feira, dia 28, foi comemorado o dia do Orgulho LGBTQIAPN+. A censura da cúpula da Globo a vários beijos de Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman) em "Vai na Fé" gerou uma imensa repercussão negativa na redes sociais e em todos os sites especializados em entretenimento. Afinal, a maioria pensava que a discussão em torno da exibição ou não de um gesto de amor já tinha sido superada pela emissora. Até pelas próprias campanhas que o canal faz em sua programação e nos vários eventos que promove. Após a avalanche de críticas, o beijo foi finalmente ao ar recentemente. Mas o fato serviu para desnudar a hipocrisia do discurso de muitas empresas. 


A verdade é que a discussão em torno da pluralidade e do combate ao preconceito, muitas vezes, só é levantado para gerar dinheiro em cima de pautas que vários empresários, na verdade, estão pouco se lixando. É importante ressaltar que a Globo é o único canal que levanta os temas e os valoriza, já que Record, SBT e Band simplesmente ignoram o avanço da sociedade e fica perceptível em suas novelas ou nos setores de jornalismo. Mas a cúpula da emissora acaba se igualando aos concorrentes quando ainda demonstra preocupação com o público conservador, que engloba os intolerantes, retrógrados e de extrema direita. 

É claro que a preocupação com a reação do público é válida, pois se trata de uma programação que chega a milhões de pessoas, onde a diversidade de pensamentos é incontestável. A divisão acirrada da eleição presidencial de 2022 deixou evidente o quão o país está longe de uma unanimidade. Porém, a ideia de uma sociedade sem ódio ao diferente e que prevalece o respeito a todos, infelizmente, sempre será uma utopia.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: os melhores casais do ano

 As produções televisivas voltaram ao ritmo normal de gravações por conta do avanço da vacinação contra a covid-19. A temporada de reprises acabou. E com isso vários casais se destacaram nas novelas ao longo de 2022. Vamos a eles: 




Guilherme e Flávia ("Quanto Mais Vida, Melhor!"): 

 A deliciosa "Quanto Mais Vida, Melhor!" foi um grande acerto de Mauro Wilson e o autor foi muito feliz na construção do casal interpretado por Mateus Solano e Valentina Herszage na trama. Os atores viveram pai e filha em "Pega Pega" (2017), reprisada ano passado, e representaram um casal que conquistou o público. A dançarina de pole dance que vivia metida em confusões foi a maior responsável pelo início do processo de 'humanização' do cirurgião que era abusivo e controlador. A música "Together", cantada por Sia, tema de Flávia, deixavam as cenas do par ainda melhores. A ótima repercussão nas redes sociais foi fruto de uma soma muito feliz de atores, personagens e desenvolvimento. 



Violeta e Eugênio ("Além da Ilusão"): 

Malu Galli e Marcello Novaes transbordaram química desde a primeira cena, quando os personagens se conheceram e logo se implicaram. Uma fórmula que raramente falha na teledramaturgia. O jogo de gato e rato seguiu ao longo de "Além da Ilusão" e o casal virou o mais bem aceito nas redes sociais. Violeta era uma personagem muito sofrida e cheia de feridas não cicatrizadas. Seus momentos com Eugênio acabaram funcionando como uma válvula de escape para a mãe da protagonista da história de Alessandra Poggi. O casal ainda teve a melhor música da novela: "Easy on me", de Adele. 


terça-feira, 4 de janeiro de 2022

"Nos Tempos do Imperador" falhou na construção dos casais protagonistas

 A atual novela das seis da Globo, dirigida por Vinícius Coimbra, começou enfrentando muitas críticas a respeito de distorções históricas em torno do período imperial do Brasil. Porém, folhetim não é documentário e licenças poéticas são compreensíveis. Afinal, é ficção. Nenhuma novela que retrata períodos reais do país agradará todo mundo, principalmente historiadores. O grande problema do roteiro envolve os romances centrais. Algumas observações são necessárias sobre os dois casais principais da história de Alessandro Marson e Thereza Falcão. 

Os romances são vitais em milhares de folhetins. Os autores foram muito felizes na construção dos casais em "Novo Mundo", de 2017. Até conseguiram contornar bem todas as controvérsias em torno da relação de Dom Pedro I (Caio Castro) e Leopoldina (Letícia Colin), ao mesmo tempo que conquistaram o público com um casal aventureiro que representou o lado mais lúdico do roteiro: Anna (Isabelle Drummond) e Joaquim (Chay Suede). Já em "Nos Tempos do Imperador" houve um equívoco na condução dos dois casais.

Tanto Pilar (Gabriela Medvedovski) e Samuel/Jorge (Michel Gomes), quanto Pedro II (Selton Mello) e Luísa (Mariana Ximenes) foram formados através do amor à primeira vista. Nada contra o clichê, mas esse tipo de situação só emplaca quando há uma química gigantesca entre os atores. Às vezes nem assim. Isso porque não há construção.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os melhores casais do ano

 No segundo ano de pandemia, as produções dramatúrgicas seguiram com sérias dificuldades. As reprises seguiram dominando as programações. Porém, as novelas interrompidas no início de 2020 tiveram suas gravações retomadas e finalizadas. E as novas foram gravadas com todos os protocolos sanitários, estreando no segundo semestre. Embora com um número mais modesto, a lista de casais do ano, sempre elaborada na leva de retrospectivas deste blog, conseguiu ser feita. 





Luna e Téo ("Salve-se Quem Puder"):

Pouco antes de ser interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a novela de Daniel Ortiz já tinha formado o melhor casal do enredo. Toda a construção do romance entre a sofredora Luna e Téo, rapaz que a salvou de um furacão no México, foi muito bem desenvolvida pelo autor. Ainda utilizou um clichê infalível para conquistar o telespectador: ele precisava ser operado para não perder os movimentos da perna e ela era fisioterapeuta. Juliana Paiva e Felipe Simas estiveram em plena sintonia e a retomada da produção, em 2021, manteve a essência do casal, ainda que o autor tenha forçado uma dúvida na reta final que só prejudicou o roteiro. 



Alan e Kyra ("Salve-se Quem Puder"):

A babá que se apaixona por um viúvo assim que começa a trabalhar como cuidadora dos filhos dele. Um clássico dramatúrgico. E Daniel Ortiz usou do clichê para aproveitar a boa sintonia entre Vitória Strada, pela primeira vez vivendo um perfil cômico, e Thiago Fragoso, na pele de mais um advogado íntegro em sua carreira de ator. Os dois protagonizaram sequências românticas e divertidas. Arrebataram o público. O sucesso foi tanto que o autor estendeu até o final o suspense a respeito do destino da personagem. A música tema do casal "You & me", de James TW, era a melhor da novela. 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020: os melhores casais do ano

 A pandemia do novo coronavírus, como já mencionado nas postagens anteriores, implicou na interrupção de todas as gravações da teledramaturgia. A programação das emissoras ficou repleta de reprises. E as reexibições ainda dominam as grades. Por conta deste fato, a lista de melhores casais da ficção de 2020 é composta, em grande parte, por pares de tramas que chegaram ao fim ou foram interrompidas no primeiro semestre. Vamos a eles. 



Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm foram muito inteligentes. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera se mostrou avassaladora e os atores foram ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso. 


Lola e Afonso ("Éramos Seis"):
O quinto remake do romance de Maria José Dupré foi o único que teve um final feliz para a protagonista. A novela, adaptada por Angela Chaves, chegou ao fim em 27 de março, dias antes da pandemia se instaurar no país. As gravações finais tiveram adaptações pela ausência de beijos, mas Dona Lola terminou ao lado de Seu Afonso e a química entre Glória Pires e Cássio Gabus Mendes, parceiros de vários trabalhos, foi um dos trunfos da produção. O casal caiu no gosto do público e foi um alento vê-los juntos no fim. 

terça-feira, 14 de julho de 2020

Sucesso da reprise de "Totalmente Demais" reacende guerra entre "Arlizas e Jolizas"

O triângulo amoroso é um clássico da teledramaturgia. Toda novela que se preze tem pelo menos um. Porém, durante um longo período, esse conflito romântico era quase sempre composto pelo casal de mocinhos (ou de bonzinhos) e um vilão ou vilã. Entretanto, já há algum tempo que os autores vêm compondo o trio com perfis repletos de defeitos e qualidades, ou seja, humanos. E isso provoca uma clara divisão no público, afinal, todos os envolvidos têm pontos positivos e negativos, deixando de lado o maniqueísmo da vilania, o que costuma ajudar bastante a destinar a torcida toda para apenas um par. Foi exatamente essa situação que aconteceu em "Totalmente Demais", fenômeno das sete que vem sendo reprisado atualmente na Globo e reacendeu a guerra dos fãs.


Jonatas (Felipe Simas), Eliza (Marina Ruy Barbosa) e Arthur (Fábio Assunção) formaram um triângulo na trama das sete e Rosane Svartman e Paulo Halm conduziram os relacionamentos em fases, mas sempre deixando claro os reais sentimentos de cada um através de sutilezas nas cenas (como troca de olhares) e no texto. O romance "Joliza" ---- junção de nomes muito comum na internet que significa 'shippar' o casal (torcer pelo par) ---- sempre teve como fonte de inspiração o clássico filme "Luzes da Cidade", estrelado por Charlie Chaplin em 1931, cujo enredo era o amor que nascia entre um vagabundo e uma florista cega. Já "Arliza" é oriundo da peça "Pigmalião", de 1913, produzida por George Bernard Shaw (já inspirada no mito do "Pigmalião"), onde um culto professor transforma uma humilde florista em uma mulher refinada e se encanta com sua criação.

As duas relações foram bem conduzidas em "Totalmente Demais" e ajudaram a inserir inúmeros bons conflitos na trama. Os mocinhos do enredo sempre foram Jonatas e Eliza, tanto que os primeiros meses de novela foram todos voltados para a linda relação dos dois, que crescia pouco a pouco. Arredia e agressiva por conta dos abusos sofridos com o padrasto, a menina chegou ao Rio de Janeiro sozinha, foi roubada por duas picaretas e se viu abandonada nas ruas.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Assim como "Espelho da Vida", "Bom Sucesso" acertou com a construção do amor dos mocinhos

Não há novela que consiga escapar dos clichês tão comuns ao gênero. Mesmo o folhetim mais ousado ou "inovador" acaba apresentando várias situações já vistas pelos telespectadores. Inevitável. E um dos contextos mais presentes nas histórias é o amor à primeira vista, quase sempre perto do final do primeiro capítulo. O problema é o alto risco do público rejeitar o par em virtude da pressa do escritor. Só mesmo quando a química dos atores é arrebatadora para evitar uma não identificação de quem assiste. O recurso era bem mais comum em produções antigas, mas ainda resiste. Por isso é tão bom quando autores fogem desse padrão. "Espelho da Vida" e "Bom Sucesso" foram ótimos exemplos.


Elizabeth Jhin construiu o amor dos mocinhos de forma corajosa na maravilhosa novela das seis da Globo encerrada no primeiro semestre de 2019. A autora apresentou a mocinha Cris Valência (Vitória Strada) em um relacionamento estável com Alain Dutra (João Vicente de Castro) e só depois foi expondo o nascimento do amor infinito de Júlia Castelo e Danilo Breton (Rafael Cardoso), em 1930, através das viagens no tempo promovidas pelo espelho da falecida. A protagonista descobriu que era a reencarnação da enigmática mulher e viajou até o passado para descobrir o verdadeiro responsável pelo assassinato de sua vida passada. Acabou revivendo o amor que sempre terminou com um final trágico em todas as encarnações.

A autora, no entanto, só inseriu o mocinho no presente na reta final de "Espelho da Vida". A expectativa do público ficou tão alta que a trama, com uma audiência inicialmente problemática, teve uma elevação e tanto nos números do Ibope.

sábado, 28 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outra categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2019, "Espelho da Vida," "Bom Sucesso", "A Dona do Pedaço" foram algumas produções que presentearam o público com alguns ótimos pares românticos. Vamos ao casais.





Júlia e Danilo/Cris e Daniel ("Espelho da Vida"):
O amor de outras vidas raramente falha na dramaturgia. E Elizabeth Jhin apostou na química entre Vitória Strada e Rafael Cardoso nas cenas repletas de delicadeza protagonizada por eles em 1930, quando a mocinha viajava no tempo em busca da verdadeira história sobre a sua vida passada. O casal teve uma forte torcida e os mistérios em torno da trama despertaram cada vez mais interesse, incluindo o aparecimento do rapaz em 2019. A cena do mocinho salvando a mocinha do espelho, no penúltimo capítulo, então, foi de arrepiar e emocionar. Um amor infinito que deu gosto de ver.



Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm tiveram a mesma inteligência de Elizabeth Jhin, mesmo com uma trama completamente diferente. A autora apresentou o amor dos protagonistas aos poucos através de idas ao passado. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma também  tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera é avassaladora e os atores estão ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outra categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2018, tivemos casais apaixonantes em vários horários, mas "Orgulho e Paixão" foi a novela que mais contou com romances cheios de química. Mas outras faixas também tiveram sua fatia de romantismo. Vamos ao casais.





Ernesto e Ema ("Orgulho e Paixão"):
O romance do italiano desbocado com a sua Baronesinha não estava previsto no roteiro da primorosa novela de Marcos Berstein. Na verdade, até estava. Mas seria apenas um rápido conflito para par "oficial": Jorge (Murilo Rosa) e Ema. Todavia, a relação cheia de tapas e beijos conquistou o público e o casal virou um dos trunfos da história, dividindo o protagonismo com os irmãs Benedito. Rodrigo Simas e Agatha Moreira transbordaram química e a música "Ficar", de Anavitória, combinou lindamente com o par.



Clara e Patrick ("O Outro Lado do Paraíso"):
A novela de Walcyr Carrasco foi o maior fenômeno do ano e a cumplicidade da mocinha vingativa com o seu advogado logo despertou torcida por um romance. Os laços cada vez mais fortes acabaram virando uma linda história de amor, após muitas vinganças e planos contra os seus inimigos. O autor adiou o quanto pôde a primeira transa do par e só a exibiu no último capítulo. Mas a espera valeu a pena e a sequência protagonizada por Thiago Fragoso e Bianca Bin elevou a temperatura do final da trama.


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Encantadora do início ao fim, "Orgulho e Paixão" foi a melhor novela de 2018

A primeira novela de Marcos Berstein como autor apresentou diversos problemas. "Além do Horizonte", exibida em 2013 na faixa das sete, foi um folhetim ousado e sofreu várias mudanças em virtude da baixa audiência ---- conseguindo ficar atrativa da metade para o final. O escritor desenvolvia a trama em parceria com Carlos Gregório e já havia trabalhado com João Emanuel Carneiro no roteiro do aclamado filme "Central do Brasil" (1998) e na ótima  série "A Cura" (2010). Chegou a ser também colaborador de Lícia Manzo na primorosa "A Vida da Gente" (2011). Após as experiências citadas, Marcos recebeu a missão de escrever um enredo como autor principal na Globo. Assim nasceu a deliciosa "Orgulho e Paixão", que, depois de 161 capítulos, chegou ao fim nesta segunda-feira (24/09), fechando seu ciclo com um capítulo belíssimo.


A estreia do autor em um trabalho solo não poderia ter sido melhor. Berstein foi muito inteligente em adaptar vários romances de sucesso da escritora inglesa Jane Austen em uma só novela, aproveitando todo o potencial que livros como "Razão e Sensibilidade (1811), "Orgulho e Preconceito" (1813), "Mansfield Park" (1814), "Emma (1815), "A Abadia de Northanger (1818)  e "Lady Susan" (1871) poderiam render. E como renderam bem. Ele inseriu vários personagens marcantes da autora em sua criação e conseguiu mesclá-los com outros novos perfis através um enredo bem construído e desenvolvido com habilidade, cuja maior qualidade foi o ritmo ágil. O telespectador não podia se dar ao luxo de perder um ou dois capítulos na semana.

A trama esteve recheada de personagens carismáticos e casais apaixonantes. Aliás, nunca antes um folhetim conseguiu apresentar tantos romances encantadores juntos. Não faltou par para "shippar" e Berstein fez questão de destacar cada um através ciclos que se abriam e fechavam dentro do enredo. Tanto que foram vários casamentos realizados bem antes das últimas semanas de novela. E, quase sempre, quando há casório na ficção antes do final é porque haverá alguma desgraça ao longo dos meses. Não foi o caso da trama das seis.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

"Orgulho e Paixão" tem lindos casais para todos os gostos

A atual novela das seis da Globo, infelizmente já na reta final, é encantadora. Mescla drama e humor de forma despretensiosa, apresenta uma história que atrai pela simplicidade e seus personagens se mostram muito bem delineados pelo autor. O fato de ser um enredo de época, ambientado em 1910, imprime um charme a mais ao folhetim e são vários os acertos da obra de Marcos Berstein, baseada em vários sucessos da escritora inglesa Jane Austen. Mas o principal trunfo é a elevada quantidade de bons pares românticos. Tem romance para todos os gostos.


Os mocinhos, por exemplo, são inteligentes e dificilmente são feitos de bobos pelos vilões por muito tempo. Darcy e Elisabeta vem sendo defendidos com competência por Thiago Lacerda e Nathalia Dill, que honram o protagonismo e apresentam uma boa sintonia. Os conhecidos perfis são do livro "Orgulho e Preconceito", de Jane, cuja maior referência até então havia sido no filme homônimo exibido em 2005, protagonizado por Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Marcos e o diretor Fred Mayrink, entretanto, suavizaram Darcy, diminuindo a sisudez do rapaz, evitando uma possível rejeição do público noveleiro. Funcionou.

Errar no casal central é um dos muitos medos dos autores, mas Marcos Berstein não se contentou só em acertar com seus protagonistas. Se preocupou também com os demais e conseguiu criar pares tão encantadores quanto o principal. Jane (Pâmela Tomé) e Camilo (Maurício Destri), por exemplo, encabeçam outra deliciosa relação, porém, mais voltada para os clássicos da Disney.

terça-feira, 3 de julho de 2018

"Malhação - Vidas Brasileiras" falha na construção de todos os casais

A atual temporada de "Malhação" já merece ser considerada uma das piores da história do seriado adolescente. A tentativa de copiar o esquema da trama canadense "30 Vies", que apresentava um novo enredo a cada quinze capítulos, não deu certo e fica impossível o público ter qualquer empatia pelos personagens. O resultado é uma história rasa, forçada e desinteressante. Para culminar, a autora ainda fracassou na construção de absolutamente todos os casais de "Vidas Brasileiras".


Na verdade, a ausência de romances bem construídos é consequência de um roteiro limitado. Não há qualquer personagem carismático na trama, o que nunca aconteceu em 26 temporadas. Mesmo nas fases mais fracas, havia pelo menos um casal atrativo ou um perfil que roubava a cena. Não há nada disso agora. Então, é até compreensível a inexistência de pares que despertem algum tipo de torcida ou empatia.

Os protagonistas, por exemplo, formam um casal que provoca tédio. A intrometida professora Gabriela (Camila Morgado) e o apático Rafael (Carmo Dalla Vechia) sempre foram apaixonados, mas nunca conseguiram firmar a relação por conta de imprevistos do cotidiano. Os dois seguiram suas vidas e se reencontraram no início da história.

sexta-feira, 23 de março de 2018

"Tempo de Amar" não foi a primeira e nem será a última novela que fracassou com o romance dos mocinhos

"Tempo de Amar" chegou ao fim na última segunda-feira (19/03) e um de seus problemas foi a condução do casal protagonista. Os mocinhos não tiveram química e Alcides Nogueira não soube reverter o jogo, deixando Maria Vitória (Vitória Strada) e Inácio (Bruno Cabrerizo) separados quase a novela toda. E os mocinhos não ficaram juntos no final, comprovando o fracasso do par. Vicente (Bruno Ferrari) roubou o posto de herói e ficou com o coração da mocinha no fim. Porém, esse não é o primeiro e nem será o último caso de pares principais que não deram certo na teledramaturgia.


Glória Perez, por exemplo, é a autora que mais sofreu desse mal. Ela não conseguiu emplacar vários mocinhos e o casal mais lembrado é Maya (Juliana Paes) e Bahuan (Márcio Garcia), em "Caminho das Índias" (2009). Apesar do clichê da mocinha rica não conseguir ficar com o mocinho pobre (ela era de uma casta superior a dele), o romance não emplacou. A química entre os atores foi nula e Márcio estava inexpressivo no papel, que ainda era bastante limitado. Aliás, um contexto bem semelhante ao de "Tempo de Amar", pois a trama também teve uma boa audiência, apesar desse fiasco.

O constrangimento da situação, por sinal, foi inevitável. O personagem praticamente sumiu do enredo e ganhou uma namorada (vivida por Thaila Ayala) perto da reta final, se casando com ela em uma cena de menos de quinze segundos no último capítulo. E era o  retorno de Márcio à Globo, após um longo período na Record, onde apresentou "O Melhor do Brasil" com muito êxito. Uma volta desastrosa.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outras categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2017 tivemos casais apaixonantes em vários horários e vale citar todos os romances da ficção que apaixonaram o público, promovendo um festival de 'shippagem' (termo usado na junção dos nomes dos pares). Vamos a eles.





Jeiza e Zeca ("A Força do Querer"):
O sucesso de Glória Perez teve muitos casais convidativos e o de maior destaque do enredo era, sem dúvida, protagonizado pelo marrento e pela policial militar, que também era lutadora de MMA. A autora nem esperava tamanho êxito do par, aumentando o destaque do romance e atrasando o envolvimento dela com Caio (Rodrigo Lombardi). A química entre Marco Pigossi e Paolla Oliveira foi gigantesca e as cenas deles sempre soltavam faísca.




 Anna e Joaquim ("Novo Mundo"):
Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão aproveitaram a química entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor", os transformando em mocinhos da irretocável novela das seis, que fez um merecido sucesso de público e crítica. O valente Joaquim e a empoderada Anna Millman formaram um lindo par e a sintonia entre eles era visível o tempo todo, protagonizando sempre cenas delicadas e típicas de romances água com açúcar das 18h.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Química, personagens humanos e boas atuações fazem de 'Cabibi' e 'Jeizeca' os melhores casais de "A Força do Querer"

"A Força do Querer" segue fazendo sucesso e angariando merecidos elogios. Glória Perez tem conseguido prender o telespectador através de bons dramas e personagens bem construídos. Mas, curiosamente, não é um folhetim com muitos romances. São poucos os casais que protagonizam momentos românticos no enredo. Ainda assim, a autora criou dois pares muito interessantes e que se beneficiam da imensa química entre os atores: Jeiza (Paolla Oliveira) e Zeca (Marco Pigossi), e Caio (Rodrigo Lombardi) e Bibi (Juliana Paes).


O primeiro par arrebatou logo na primeira cena. O clássico jogo do "Gato e Rato" quase nunca falha na ficção. A ideia de juntar um sujeito machista com uma mulher empoderada foi uma ótima sacada da autora. O bronco Zeca é da fictícia Parazinho e teve uma criação em torno da 'valorização' da 'macheza', enxergando a mulher como uma figura frágil. Ou seja, algo inaceitável nos dias de hoje. Porém, o caminhoneiro é um sujeito íntegro. Mas, a passionalidade sempre foi seu maior defeito. Já Jeiza é uma mulher que luta MMA, trabalha como policial militar, sustenta a mãe e não aceita homem lhe impondo regras. Nada melhor, portanto, do que juntar esses opostos.

Glória fez exatamente isso logo no começo e acertou em cheio, deixando os dois como casal principal do enredo. Aliás, eles acabaram assumindo a função dos mocinhos da novela. Até porque Jeiza é a representação da heroína moderna, quase uma Mulher Maravilha. O início do relacionamento foi bastante conturbado em virtude do extremo machismo do rapaz, que não tolerava uma namorada lutadora e se indignava com a falta de tempo que ela tinha para o namoro por causa da profissão de PM.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Com relacionamentos para todos os gostos, "Novo Mundo" é repleta de casais cativantes

Além de mesclar a História do Brasil com um típico folhetim bem construído, "Novo Mundo", atual sucesso das 18h, conseguiu reunir uma seleção de casais cativantes. Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão, junto com o diretor Vinícius Coimbra, acertaram em cheio na escalação do elenco e na junção dos atores, criando pares repletos de química e com enredos bastante convidativos. Há relações para todos os gostos, começando pelas mais dramáticas e chegando até as mais leves ou cômicas.


O casal protagonista desperta torcida e os autores foram espertos na escolha de Isabelle Drummond e Chay Suede, aproveitando a química que os dois tiveram na primeira fase de "A Lei do Amor". Agora, pelo menos, o telespectador pode acompanhar a linda sintonia dos atores em uma novela inteira e não apenas em cinco capítulos, como na obra anterior. Anna e Joaquim enfrentam vários empecilhos típicos de mocinhos e recentemente protagonizaram uma ótima cena, quando os heróis fugiram em um balão, levando os filhos. Agora, ambos estão novamente nas mãos do vilão Thomas.

Outro par que funcionou desde o início foi o formado por Jacira (Giullia Buscacio) e Piatã (Rodrigo Simas). O romance dos índios começou com o típico jogo de gato e rato, até resultar em um lindo sentimento que os uniu para sempre. A construção da proximidade deles se mostrou cuidadosa, explorando a força da mulher e a fragilidade do homem.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os melhores casais do ano

Os romances foram e sempre serão fundamentais em qualquer obra ficcional. Ter um ou mais casais para torcer é vital para o desenvolvimento de uma novela ou série. E em 2016 tivemos vários pares ótimos, implicando em muitos nomes de "shippers" (combinações de nomes de casal). Aliás, o termo "shippar" já entrou no vocabulário do brasileiro, o que só comprova a importância dos romances na ficção. Vamos, então, aos melhores pares do ano.





Romero e Atena ("A Regra do Jogo"):
O único casal atrativo da novela de João Emanuel Carneiro. Os bandidos que tinham um lado humano protagonizaram as melhores cenas da novela ao lado do divertido Ascânio (Tonico Pereira). Alexandre Nero e Giovanna Antonelli transbordaram química em "Salve Jorge", quando viveram Stênio e Helô, e repetiram a boa sintonia com Romero Rômulo e Francineide. O nome "Romena" se proliferou nas redes sociais e os personagens caíram no gosto do público, apesar dos vários problemas que a trama apresentou ao longo de sua exibição.




Mariana e Augusto ("Ligações Perigosas"):
A minissérie exibida em janeiro, escrita por Manuela Dias e baseada no romance de Choderlos de Laclos, foi primorosa e um dos acertos foi a relação intensa desse casal. O frio Augusto seduziu a religiosa Mariana com o intuito de vencer uma aposta, mas acabou se apaixonando perdidamente por ela, caindo na própria armadilha. Marjorie Estiano e Selton Mello protagonizaram grandes cenas, onde o drama e a química se fizeram presentes até o fim. A morte trágica dos personagens também merece menção, fechando o ciclo desse romance de uma forma sombria e muito triste.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Os melhores casais de "Êta Mundo Bom!"

"Êta Mundo Bom!" está perto do seu fim. A novela das seis de Walcyr Carrasco foi o maior sucesso do horários dos últimos dez anos ---- a última trama que obteve índices semelhantes foi o remake de "O Profeta", exibido em 2006 e supervisionado pelo mesmo autor. Um feito e tanto. E além de todas as qualidades já mencionadas da obra do autor, é preciso mencionar o acerto na formação de três casais completamente diferentes, mas que se complementaram ao longo da história. A construção das relações e a criação dos perfis foram ótimas, fazendo dos três pares os melhores do folhetim.


Gerusa (Giovanna Grigio) e Osório (Arthur Aguiar) fazem jus ao amor em seu estado mais puro, representando um romance idealizado e voltado para os contos de fadas. Maria (Bianca Bin) e Celso (Rainer Cadete) representam o amor que é capaz de mudar uma pessoa, a tornando um ser humano melhor. Já Pancrácio (Marco Nanini) e Anastácia (Eliane Giardini) protagonizam o amor maduro, que para ser solidificado precisa se adequar aos costumes e rotina de ambos, que já passaram por muita coisa ao longo da vida.

São três relacionamentos muito bem construídos pelo autor, que despertaram interesse desde o início da novela. Cada um a seu modo. E em todos os casais é possível observar uma evidente química, explorada através da entrega dos atores em cena.