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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Suburbia: o show de desgraças de Luiz Fernando Carvalho

Quando a nova série de Luiz Fernando Carvalho estreou, o telespectador teve a melhor impressão possível. Produção de qualidade, bom elenco, fotografia impecável e uma história que prometia. As críticas foram extremamente positivas. Parecia que os equívocos de ""A Pedra do Reino", "Capitu" e "Afinal, o que querem as mulheres" --- séries que deixaram muito a desejar, apesar da qualidade artística --- haviam ficado no passado e os bons tempos de "Hoje é dia de Maria" --- uma produção tocante e impecável --- tinham voltado. Mas, infelizmente só parecia.


A proposta inicial da série era contar a história de vida e a superação de Conceição (Erika Januza), uma menina no corpo de uma mulher que sofreu muito na vida. Mas o que o público está vendo não é superação alguma e, sim, um festival de desgraças e um excesso de violência. Os dolorosos toques de realidade não estão mais sendo mesclados com toques poéticos e muitas vezes parece que o telespectador está assistindo a um documentário sobre o sofrimento humano. É tristeza demais para algo que, teoricamente, está propondo entreter quem assiste.

Logo no primeiro capítulo, a protagonista foi quase violentada pelo marido da patroa. A cena foi forte, mas fazia parte de um contexto e a direção ousou ao colocar como tema de fundo uma música de Roberto Carlos. Algo totalmente contrastante com a tensão da sequência. Porém, parece que gostaram da situação e resolveram repeti-la exaustivamente. Conceição conseguiu um

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

"Suburbia": poesia e dolorosos toques de realidade em um universo ficcional

Luiz Fernando Carvallho é um diretor talentosíssimo e já dirigiu novelas de sucesso como "Pedra sobre Pedra" (1992) e "O Rei do Gado" (1996), por exemplo. No entanto, há alguns anos, Luiz vem se dedicando exclusivamente às séries e apresentou histórias muito bem-sucedidas, assim como fracassos também. Se em "Os Maias"  (2001) e "Hoje é dia de Maria" (2005) o telespectador pôde acompanhar verdadeiras obras-primas da teledramaturgia; o mesmo não se pode dizer de "A Pedra do Reino" (2007), "Capitu" (2008) e "Afinal, o que querem as mulheres" (2010); produções que não despertaram interesse e exageraram na 'intelectualidade'. Após esse três trabalhos fracassados, não havia muita expectativa na estreia de "Suburbia", a nova série dele, de Paulo Lins e Carla Madeira. Porém, após a exibição do primeiro episódio, as primeiras impressões acabaram sendo as melhores possíveis.


A série conta a vida, nada fácil, de Conceição, uma criança (vivida por Débora Fidélix Nascimento) que mora em uma carvoaria em Minas, local onde sua família acaba tirando o sustento. A trama --- nessa fase ambientada pouco antes dos anos 90 --- não se estende muito no local e logo a menina vai embora em cima de um cavalo branco. Para que pudesse pegar um trem, a menina acaba abandonando o animal. A cena foi muito forte e impressionou ver o cavalo correndo atrás da menina, enquanto ela o afugentava, demonstrando sofrimento. Ao chegar ao Rio de Janeiro, é confundida com uma trombadinha e acaba presa em uma instituição para menores. Lá, é ameaçada pela 'líder', mas não abaixa a cabeça e a enfrenta. Depois ainda consegue fugir; mas é atropelada por uma mulher, que a leva para casa, onde a jovem passa a viver praticamente como empregada --- a velha história do 'você é quase da família'.

Os anos passam e a protagonista cresce (Erika Januza, uma grande revelação, entra em cena), ainda mantendo a mesma função na casa da família que a acolheu. Já estando na década de 90, a série mostra o que parece ser uma leve melhora na vida de Conceição. A agora mulher está mais feliz, mesmo após tanto sofrimento. Porém, apenas parecia. Mesmo depois de