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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Ousada e emocionante, "Espelho da Vida" consagrou o estilo de Elizabeth Jhin

Elizabeth Jhin deixou a melhor das impressões com sua última novela. Após duas tramas baseadas no espiritismo e em reencarnações ---- a ótima "Escrito nas Estrelas" (2010) e a fraca "Amor Eterno Amor" (2012) ----, "Além do Tempo" (2015) arrebatou o público com uma corajosa história de época que apresentou uma passagem de tempo de cerca de 150 anos, com todos os personagens reencarnados nos dias atuais e se 'reencontrando' séculos depois, reescrevendo seus destinos. Portanto, o desafio da autora era complicado em seu próximo trabalho: como surpreender o telespectador depois de um enredo tão ousado? Mas a sensível escritora conseguiu. "Espelho da Vida", que chegou ao fim nesta segunda (01/04), foi um novelão inovador da melhor qualidade.


A trama, muito bem dirigida por Pedro Vasconcelos (que estreou com o pé direito na direção geral sem a parceria com Rogério Gomes), teve uma premissa comum em algumas séries ou filmes estrangeiros, mas não em folhetins: uma viagem no tempo. A mocinha Cris Valência (Vitória Strada) teve como missão voltar ao passado para descobrir quem matou Júlia Castelo, sua vida anterior, e inocentar Danilo Breton (Rafael Cardoso), acusado e condenado pelo assassinato da mulher que tanto amava. A trágica história de um amor infinito que nunca tinha um final feliz precisava ser alterada. Não no passado e, sim, no presente. Mas, obviamente, no início ninguém sabia ainda quem havia cometido o crime e nem se o rapaz era mesmo inocente. Essa curiosidade mexeu com a protagonista e o público.

A forma como o enredo foi sendo desencadeado primou pela preciosa amarração de conflitos e personagens. Aos poucos, tudo foi se encaixando perfeitamente. A grande habilidade da autora de apresentar cada peça do quebra-cabeça impressionou, tanto pelo impacto das cenas quanto pela estruturação do roteiro. Ficou evidente que Jhin já tinha plena consciência da história que iria contar e que não promoveu qualquer tipo de mudança na novela, mesmo diante dos baixos índices de audiência.

quarta-feira, 27 de março de 2019

"Espelho da Vida" presenteia público com grandes cenas em sua última semana

A última semana de "Espelho da Vida" vem proporcionando uma sucessão de cenas arrebatadoras e impactantes para o público. Elizabeth Jhin exibe uma reta final digna de um novelão da melhor qualidade. E o melhor: sem correria. São tantas sequências merecedoras de elogios que fica difícil citar todas (fora ainda as que estão por vir). Porém, algumas merecem uma menção especial por várias razões.


O momento mais aguardado da novela é o encontro de Daniel (Rafael Cardoso) e Cris (Vitória Strada), sem dúvida. Mas, outra cena também era muito esperada pelos telespectadores apaixonados pela obra tão bem escrita pela autora: o encontro de Margot (Irene Ravache) e seu neto. Após anos sofrendo pelo desaparecimento de seu filho, Pedro, e, posteriormente, com a descoberta de sua morte, a personagem finalmente ganhou a surpresa maravilhosa que tanto merecia. E a espera valeu muito a pena.

Encantada com o fato de Daniel ser a reencarnação de Danilo Breton, amor de Júlia Castelo, Margot fez questão de saber um pouco sobre as sensações que o rapaz sentia ao tocar nos objetos da falecida. Mas, ironicamente, acabou descobrindo que ele era filho de um homem cuja origem era desconhecida e que havia aparecido na Hungria chamando pela mãe. Já certa de que Daniel era seu neto, a viúva perguntou o nome do pai do fotógrafo, que respondeu Pedro.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Irene Ravache emociona em um dos melhores capítulos de "Espelho da Vida"

A trama das seis de Elizabeth Jhin, exibida na Globo, é a melhor novela no ar. E com larga vantagem. Todos os problemas de ritmo nos primeiros meses foram deixados de lado e agora a história está imperdível. O enredo da autora sempre teve potencial. O capítulo exibido nesta quinta-feira (10/01) foi um dos melhores até agora e Irene Ravache protagonizou uma cena dilacerante.


Impossível não ter se arrepiado e chorado junto com Margot assim que ela descobriu que o filho desaparecido estava morto. O momento em que Cris (Vitória Strada) ouvia de Hugo (Cadu Libonati) sobre o local do sepultamento de Pedro foi bruscamente interrompido por um grito de desespero de uma mãe dilacerada por dentro. Que sequência extraordinária (grande direção de Pedro Vasconcelos) e que show da atriz. Deu para sentir toda a dor daquela mulher.

Irene é uma profissional irretocável e Jhin sempre valoriza seu talento. Afinal, como esquecer a elegante Condessa Vitória, de "Além do Tempo" (2015)? Ou a amargurada Loreta, de "Eterna Magia" (2007), que lhe rendeu uma indicação ao Emmy Internacional de Melhor Atriz?

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Esdrúxula e com trama sem fôlego, "I love Paraisópolis" chega ao fim como uma grande decepção

Foram praticamente seis meses no ar. Iniciada em maio e encerrada em novembro, nesta sexta-feira (06/11), "I love Paraisópolis" foi uma produção que obteve um retorno interessante da audiência, mas se mostrou um folhetim limitado e decepcionante. Escrita por Alcides Nogueira e Mário Teixeira, a novela, dirigida por Wolf Maya, chegou ao fim completamente desgastada e sem nada de atrativo para apresentar ao telespectador, após longos meses de história estagnada. A reta final, inclusive, foi arrastada, repleta de situações esdrúxulas, e só evidenciou a fragilidade do enredo.


O início foi bastante promissor e parecia que as aventuras de Mari (Bruna Marquezine) e Danda (Tatá Werneck) despertariam interesse. A dupla mostrou um ótimo entrosamento e as duas primeiras semanas foram voltadas para a atrativa viagem que a dupla fez para Nova York, com direito a belas imagens e ótimas cenas. O romance da mocinha com Benjamin (Maurício Destri) se mostrou acertado e a vilania de Grego (Caio Castro) prometia movimentar o enredo, assim como a de Soraya (Letícia Spiller). Entretanto, essa impressão não ficou por muito tempo, infelizmente.

À medida que os núcleos paralelos foram sendo 'apresentados', a trama central ia se diluindo, até se perder por completo, se mostrando rasa e sem estruturação. A história ficou focada no quarteto composto por Mari, Benjamin, Grego e Margot (Maria Casadevall), andando em círculos e deixando, por exemplo, a Danda (teoricamente uma das protagonistas) de lado.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Excesso de esquetes e ausência de histórias expõem as limitações de "I love Paraisópolis"

Falta pouco menos de um mês para o fim de "I love Paraisópolis". E a novela de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, dirigida por Wolf Maya, tem se mostrado completamente perdida em seus próprios equívocos. A trama foi muito atrativa nas duas primeiras semanas, mas, desde então, vem decaindo cada vez mais, expondo todas as suas limitações, tanto na ausência de histórias, quanto no excesso de personagens e esquetes.


As situações recentes têm apenas mostrado o que já tinha ficado claro há alguns meses: o folhetim é composto por várias cenas soltas e quase sempre repetitivas, enquanto o enredo central exibe claras limitações e não desperta interesse. Nem mesmo a volta de Dom Pepino (Lima Duarte) provocou algo atrativo na novela, até porque o mafioso tem o mesmo objetivo de Gabo (Henri Castelli) e Soraya (Letícia Spiller), dois vilões que pouco fizeram.

Aliás, a pouca relevância do casal de canalhas para o andamento da história implicou na súbita transformação de Alceste (Pathy Dejesus, acima do tom), braço direito do todo poderoso Dom Pepino. A personagem estava, entre tantos outros, solta na história e virou uma mulher desequilibrada emocionalmente, que acabou sequestrando o filho de Benjamin (Maurício Destri) e Margot (Maria Casadevall), provocando uma saga em busca do bebê.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Quadrilátero amoroso norteia início de "I love Paraisópolis" com Grego, Mari, Benjamin e Margot

A nova novela das sete da Globo está há pouco mais de um mês no ar e tem rendido bons índices de audiência para a emissora (em torno de 23/25 pontos). "I love Paraisópolis", até então, tem focado no quadrilátero amoroso protagonizado por Grego (Caio Castro), Mari (Bruna Marquezine), Benjamin (Maurício Destri) e Margot (Maria Casadevall). As idas e vindas destes casais (ou quase casais) estão norteando o enredo da história de Alcides Nogueira e Mário Teixeira neste início.


As duas primeiras semanas da novela foram voltadas para as aventuras de Mari e Danda (Tatá Werneck), que foram parar em Nova York em busca de uma melhor condição de vida. Todas as cenas envolvendo as personagens foram ótimas e a cumplicidade das atrizes fez toda a diferença para o positivo resultado da saga das duas amigas/irmãs. Ainda houve uma luxuosa participação de Lima Duarte vivendo uma espécie de poderoso chefão. Foi, sem dúvida, um começo promissor.

Mas desde que a dupla retornou de viagem, a novela passou a ficar centrada nos dilemas sentimentais de Grego, Mari, Benjamin e Margot. A química entre Bruna Marquezine e Maurício Destri ficou evidente logo na primeira cena deles juntos, no elevador, onde os mocinhos se beijaram pela primeira vez.