Ao contrário do que a atual cúpula da Globo pensa, remake não é garantia de sucesso. Até porque a emissora já teve muitas provas disso ao longo de seus quase 60 anos de existência. E "Elas por Elas", que chegou ao fim nesta sexta-feira (12/04), entra para a lista de adaptações que não deram certo na teledramaturgia. No entanto, a releitura da obra de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, não merece ser classificada como uma novela ruim. Muitos pontos precisam ser analisados a respeito da rejeição do público ao enredo que contou a saga de sete amigas.
A sinopse era simples. Lara (Deborah Secco), TaÃs (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios tÃpicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um trágico acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade. Duas décadas e meia depois, Lara encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente em sua casa, sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de apenas alegria, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado.
A trama original era marcada pelo marasmo, onde a ausência de grandes conflitos era uma constante. Até porque era outra época. Não havia internet, celular, redes sociais, enfim, uma avalanche de distrações para o telespectador. Nem mesmo a concorrência nos demais canais de televisão provocava uma disputa. Mas já naquela época o quesito comicidade fazia a diferença nos folhetins das sete.