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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Apesar dos problemas, "Salve-se Quem Puder" foi a melhor novela de Daniel Ortiz

 Daniel Ortiz ainda pode ser considerado um autor 'novato'. Afinal, "Salve-se Quem Puder" foi sua primeira novela autoral, de fato. As duas anteriores foram criadas por outros escritores. A sua estreia como autor solo foi com a despretensiosa "Alto Astral", em 2014, baseada na sinopse da saudosa Andrea Maltarolli, falecida em 2009. Foi um começo bem-sucedido. Já a fraca "Haja Coração", de 2016, era um remake de "Sassaricando" (1988), de Silvio de Abreu, escritor veterano que o lançou. E a produção que chegou ao fim nesta sexta-feira, uma obra original, já pode ser considerada o melhor trabalho de Ortiz. 

A premissa de "Salve-se Quem Puder" tinha tudo para cair no absurdo e no ridículo, mesmo na faixa leve das 19h. Mas funcionou. Os sonhos das protagonistas Luna (Juliana), Alexia (Deborah) e Kyra (Vitória) são interrompidos quando elas presenciam a execução de um juiz (vivido por Ailton Graça) e são obrigadas a viver sob custódia do Programa de Proteção à Testemunha. Para sobreviver, elas mudam o nome, a aparência, o estilo de vida e vão morar na fictícia Judas do Norte, no interior de São Paulo, depois que são dadas como mortas. Luna assumia o nome de Fiona, Alexia virava Josimara e Kyra era Cleyde, novas pessoas com um padrão de vida bem diferente. Mas tudo deu errado e o trio acaba voltando para São Paulo. 

O início da novela tem um clima de superprodução. Isso porque abusaram dos efeitos especiais para a reprodução de um furacão no México, bem no dia que as protagonistas testemunham o assassinato que transforma suas vidas. E valeu a pena o esforço da produção. Foram 17 dias de filmagem. Os efeitos convenceram e não ficaram devendo aos filmes que utilizam os recursos em enredos com catástrofes naturais.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Único triângulo amoroso consistente de "Salve-se Quem Puder" é o formado por Rafael, Kyra e Alan

 A atual novela das sete vai caminhando para seu final e ficou claro que Daniel Ortiz usou e abusou dos triângulos amorosos. O autor já tinha usado bastante o recurso em "Haja Coração", sua novela anterior, e aproveitou bem mais o recurso em "Salve-se Quem Puder". As três protagonistas estão envolvidas em dilemas amorosos e vários outros personagens também não escapam da situação. Mas, analisando friamente o roteiro, o único triângulo que apresenta consistência é o formado por Kyra (Vitória Strada), Rafael (Bruno Ferrari) e Alan (Thiago Fragoso). 

Logo no início da trama, houve uma bonita construção do relacionamento de Kyra e Rafael. O pedido de casamento que o íntegro personagem fez para a atrapalhada companheira, durante um engarrafamento e em meio a um temporal, foi bonito e engraçado, além da química dos atores  ---- vista em "Tempo de Amar", de 2017 ---- ter sobressaído. Era aquele momento da apresentação dos perfis individuais, que acabou somado com a relação 'Kyrael'. Foram poucas cenas porque na mesma semana a protagonista acabou dada como morta, após ter presenciado um crime em Cancún, no México, no meio de um furacão. Ainda assim houve um envolvimento do público. 

Já quando Kyra precisou usar o nome falso de Cleide, diante das condições do serviço de Proteção à Testemunha, foi trabalhar como babá na casa de um advogado, viúvo, pai de duas crianças adotadas. No caso, primo de Alexia (Deborah Secco), sua então nova companheira de 'fuga'.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada honram o protagonismo de "Salve-se Quem Puder"

 A novela das sete de Daniel Ortiz vem apresentando uma 'segunda parte' muito melhor que a primeira, interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus. "Salve-se Quem Puder" já era uma novela agradável e despretensiosa, mas agora, com o inevitável corte de capítulos, a trama ficou mais ágil e quase toda focada na saga do trio central. Além de se tornar mais atrativa, a trama também expôs o acerto na escolha de Juliana Paiva, Vitória Strada e Deborah Secco para os principais papeis. 


Luna, Alexia e Kyra formam um trio que se aventura em várias confusões e não por acaso parece oriundo de qualquer filme transmitido pela Globo na "Sessão da Tarde". As três são claramente inspiradas em "As Panteras" ---- série de sucesso da década de 70 que resultou no conhecido filme de 2003 ----, mas com um tom mais farsesco. E a proposta da produção do autor, dirigida por Fred Mayrink, seria um fiasco se as atrizes selecionadas não tivessem talento ou falhassem na sintonia em cena, o que felizmente não aconteceu.

Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada tiveram química logo no início, quando as personagens se  conheceram e pouco tempo depois testemunharam um assassinato, virando alvos de um grupo criminoso e entrando para o Serviço de Proteção a Testemunhas. Ao longo dos capítulos, a sintonia foi aumentando e as cenas do trio ficam cada vez melhores.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Casal 'Alyra' cai nas graças do público em "Salve-se Quem Puder"

 A retomada de "Salve-se Quem Puder" tem sido uma grata surpresa. A novela de Daniel Ortiz já era agradável antes da interrupção das gravações por conta da pandemia no novo coronavírus, mas a chamada 'segunda parte' está muito melhor. Mais objetiva, em virtude do corte de capítulos, a trama está repleta de bons acontecimentos e um dos trunfos tem sido a construção do casal Alan e Kyra, perfis interpretados por Vitória Strada e Thiago Fragoso. 


O par 'Alyra' sempre foi baseado em um dos maiores clichês dramatúrgicos: o patrão viúvo que contrata e se apaixona pela babá de seus filhos. Mas no caso há um enredo policial por trás. Kyra se apresenta a Alan com o nome de Cleide porque presenciou um assassinato, foi dada como morta e entrou para o serviço de Proteção a Testemunhas. Esse emprego também é um disfarce. Já ele é um advogado íntegro, amoroso e acolhedor. Seu avô, Ignácio (Otávio Augusto), sofre do Mal de Alzheimer, e só aceita tomar os remédios por causa da nova babá. Ou seja, é um contexto que desperta atenção.

Na primeira parte da trama, em 2020, a aproximação de Kyra e Alan vinha sendo desenvolvida aos poucos e sempre por conta de alguma trapalhada protagonizada pela babá, que é um desastre ambulante. Mas o beijo nunca saiu. Sempre ficou no quase. Isso porque Kyra, antes de 'morrer', tinha um noivo: o carinhoso Rafael (Bruno Ferrari).