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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Reprise de "Por Amor" no Viva relembra a essência de Manoel Carlos

"Por Amor" foi um dos maiores sucessos do consagrado Manoel Carlos e deixou sua marca na história da teledramaturgia. Qualquer telespectador que ama novelas lembra o enredo desse folhetim tão envolvente do autor. A trama foi reprisada no "Vale A Pena Ver De Novo" entre julho de 2002 e janeiro de 2003, repetindo o êxito com o público. Já em 2010, pouco tempo depois da inauguração do Viva, foi a vez de ser reexibida no canal a cabo. Agora, passados sete anos, a produção vem sendo reprisada novamente pelo mesmo Viva.


Inicialmente, essa re-reprise foi bastante questionada pelos telespectadores do canal, que acharam um absurdo passar mais uma vez uma obra que já tinha ido ao ar anos antes, tendo tantos outros folhetins antigos disponíveis. De fato, a decisão do Viva surpreendeu. Porém, embora realmente reprisar uma trama já reexibida seja discutível, "Por Amor" é um produto que nunca se esgota. Maneco esteve inspiradíssimo e esse foi um de seus melhores e mais aclamados trabalhos. Tanto que a qualidade do conjunto pode ser mais uma vez observada com clareza.

A Helena vivida por Regina Duarte foi uma das melhores do escritor, levando em consideração que a grande atriz já havia interpretado outra Helena em "História de Amor", do mesmo Maneco, tão bem construída quanto ---- e outra em "Páginas da Vida". O título da obra, inclusive, foi claramente referente ao ato assustador da protagonista, que não titubeou em trocar o neto morto pelo seu filho vivo em uma das cenas mais marcantes e densas da teledramaturgia.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Nathalia Dill diverte na pele da mimada Branca em "Liberdade Liberdade"

A atual novela das onze tem apresentado um bom enredo e os conflitos em torno da destemida Joaquina (Andreia Horta) vêm despertando atenção, evidenciando o trabalho do autor Mário Teixeira e o grande desempenho do elenco, muito bem escalado. Entre os atores do ótimo time formado, inclusive, há uma Nathalia Dill em grande momento, interpretando com visível competência uma menina deslumbrada e que tem como único objetivo na vida se casar, despertando o respeito da sociedade de 1808.


Branca é uma espécie de patricinha do século XVIII. Arrogante, fútil e preocupada apenas com seu próprio umbigo, a personagem vomita ideias conservadoras e preconceituosas o tempo todo, expondo uma constante hipocrisia, pois não se preocupou com 'sua honra' quando resolveu transar com o noivo Xavier (Bruno Ferrari) várias vezes mesmo antes de se casar, por exemplo. A menina tem no seu 'futuro marido' uma verdadeira fixação, vivendo praticamente em função dele. Para culminar, ainda faz de tudo para a família realizar suas vontades, se comportando como uma criança birrenta.

O perfil não chega a ser uma grande vilã e tem a comicidade como o seu principal ponto de apoio. É justamente o humor que faz de Branca um dos destaques da trama, proporcionando para Nathalia Dill momentos impagáveis, muito bem aproveitados por ela. A personagem começou timidamente na novela, com poucas cenas, mas foi crescendo à medida que as semanas se passavam.