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quarta-feira, 31 de maio de 2023

Decepcionante, segunda parte de "Todas as Flores" foi repleta de absurdos

 A segunda parte de "Todas as Flores" estreou no início de abril e teve como maior missão manter o interesse do público pela história, que fez um grande sucesso ano passado. Novela exclusiva do Globoplay, a trama de João Emanuel Carneiro teve sua exibição interrompida para não concorrer com o "BBB 23". E o autor se saiu bem diante do hiato. Afinal, a continuação manteve a história em primeiro lugar de produtos mais consumidos do streaming da Globo. Todo mundo queria saber o que aconteceria com os personagens principais. Porém, os 40 capítulos restantes, de um total de 85, ficaram muito aquém dos 45 anteriores. 


É preciso ressaltar que o enredo já tinha sido prejudicado com a passagem de tempo na reta final da primeira parte. O avanço dos meses destruiu a lógica da narrativa, principalmente em torno da gravidez de Maíra (Sophie Charlotte) e Jéssica (Duda Batsow). As duas engravidaram praticamente no mesmo momento, mas a protagonista pariu assim que o tempo passou, enquanto a irmã de Diego (Nicolas Prattes) só teve seu filho na parte de 2023. E o concurso do Garoto Rhodes ficou ainda mais interminável do que já era diante da cronologia apresentada. A própria fuga de Diego, que quase foi preso por Luis Felipe (Cássio Gabus Mendes), se mostrou ridícula porque o rapaz entrou em um VLT (Veículo Leve sob Trilhos), que não passa dos vinte quilômetros por hora, no Centro do Rio de Janeiro. Mas eram situações que dariam para relevar diante do conjunto da obra. 

O problema é que os defeitos foram agravados na segunda parte. Os maiores equívocos, que se resumiam a núcleos secundários repetitivos e sem a menor graça (o ponto fraco do autor em toda novela sua), tomaram conta da trama central.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Letícia Colin deu um show como Vanessa em "Todas as Flores"

 A segunda parte de "Todas as Flores" estreou em abril exclusivamente no Globoplay e faltam poucos capítulos para o seu desfecho. A trama de João Emanuel Carneiro, dirigida por Carlos Araújo, sempre teve como maior atrativo seu enredo central, repleto de personagens controversos e muita vilania, pontos onde o autor costuma se destacar. E um dos êxitos do escritor foi a criação de Vanessa, vivida brilhantemente por Letícia Colin. 


A vilã é digna de uma novela mexicana. Caricata, maniqueísta e com vários tons acima, a patricinha esnobe é aquele tipo que cai facilmente nas graças do público por conta da liberdade de dizer atrocidades em forma de deboche. A personagem é tão perversa que acaba deixando a mãe, Zoé (Regina Casé), a outra grande vilã da novela, mais 'leve'. Não por acaso, a interesseira está sempre humilhando a mãe e vomitando superioridade justamente por se gabar de ser mais fria. É uma dupla ótima e um dos maiores trunfos do enredo. 

Embora seja uma vilã exagerada, a atriz consegue utilizar o excesso a seu favor, sem parecer artificial. Até porque um tipo caricato costuma ser tão desafiador para um intérprete quanto um complexo ou com mais camadas. Ao contrário do que muitos pensam, a caricatura está longe de ser algo ridículo. O desafio é justamente escapar da armadilha e Letícia consegue sem esforço. Aliás, foi perfeita a escolha da direção da novela em trocar os papéis.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Dupla formada por Vanessa e Zoé é o maior trunfo de "Todas as Flores"

 A segunda parte de "Todas as Flores" estreou no dia 5 de abril, exclusivamente no Globoplay, no mesmo esquema da primeira parte, exibida ano passado: cinco capítulos por semana, todos disponibilizados na quarta-feira. A novela de João Emanuel Carneiro foi um sucesso no segundo semestre de 2022 e repete o êxito agora. Um dos acertos é justamente o que o escritor tem de melhor: a habilidade de boas vilãs. Vanessa e Zoé são perfis muito bem desenvolvidos e interpretados. 


Letícia Colin e Regina Casé iniciaram a trama fazendo uma dupla perfeita. A 'vilã filha' complementava a 'vilã mãe' e vice-versa. A primeira cena de Zoé é digna de uma malvada clássica: assassinando uma pessoa. No caso, o ex-marido, interpretado por Chico Diaz. A perua foi buscar Maíra (Sophie Charlotte), a filha que abandonou no passado, para forçar uma aproximação e assim conseguir um transplante de medula para curar Vanessa de uma leucemia. Como o pai da mocinha tentou impedir, acabou sufocado pela ex com um travesseiro enquanto tinha uma crise. 

Logo depois, o telespectador conheceu Vanessa e ficou claro de imediato que a filha era muito pior que a mãe. A frieza, o deboche, a arrogância foram expostos sem qualquer pudor, ainda mais por conta da irmã ter deficiência visual. E nada mudou nem depois que Vanessa foi curada graças ao transplante.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Apesar dos furos, primeira parte de "Todas as Flores" se mostrou um novelão

 A primeira parte da nova novela do Globoplay chegou ao fim na quarta-feira passada (14) com a disponibilização do último bloco de cinco capítulos. Escrita por João Emanuel Carneiro e dirigida por Carlos Araújo, "Todas as Flores" é uma novela que não se envergonha de ser novela. Nada de sequências que parecem série ou enredos mirabolantes, a trama é um folhetim que reúne todos os elementos que costumam fazer sucesso no gênero. A produção será dividida em duas partes por causa da estreia do "BBB 23" em janeiro. A primeira tem 45 capítulos, enquanto a segunda tem 40 e começa a ser disponibilizada em abril do ano que vem (o texto tem spoiler).


"Todas as Flores" é um conto de fadas moderno, um thriller contemporâneo regado por histórias de amor, vingança e redenção. Maíra (Sophie Charlotte), uma jovem perfumista com deficiência visual, foi criada pelo pai em Pirenópolis, em Goiás, acreditando que a mãe tivesse morrido. Uma mentira que seu pai contou para proteger a filha do desprezo da mãe, que a rejeitou quando nasceu. Muitos anos depois, Maíra se depara com uma desconhecida a sua porta. É Zoé (Regina Casé), sua mãe. Sem revelar sua verdadeira intenção, Zoé reaparece pedindo perdão à filha por tê-la abandonado. Como em um sonho que se transforma em pesadelo, Maíra vivencia as mais fortes emoções de sua vida. No mesmo dia em que descobre que sua mãe está viva, seu pai morre, assassinado por Zoé. Sem desconfiar de nada, Maíra embarca para o Rio de Janeiro, onde será usada pela mãe para garantir a sobrevivência de sua irmã caçula, Vanessa (Letícia Colin). E o que seria um recomeço feliz ao lado da sua família se transforma em uma longa e perigosa jornada para Maíra. 

A história foi muito corrida no primeiro capítulo. Houve um atropelo de acontecimentos desnecessário, até para uma novela mais curta. Tudo o que foi exibido poderia ser desmembrado em até três capítulos sem provocar um clima arrastado.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Passagem de tempo prejudica narrativa de "Todas as Flores"

 A novela exclusiva do Globoplay está no capítulo 30. "Todas as Flores" tem se mostrado um novelão e é muito melhor do que as três tramas inéditas da grade da Globo. João Emanuel Carneiro está inspirado. No entanto, na última leva de capítulos (do 25 ao 30, disponibilizados semana passada) houve uma passagem de tempo que prejudicou a linha narrativa da história. 


 No capítulo 28 houve uma passagem de tempo de alguns meses. Isso porque Maíra (Sophie Charlotte) descobriu que estava grávida de Rafael (Humberto Carrão) algumas semanas depois que Vanessa (Letícia Colin) percebeu que estava grávida de Pablo (Caio Castro) e usou o fato para dar um golpe da barriga em Rafael. O intuito do avanço no tempo foi exibir o nascimento do filho de Vanessa e assim iniciar o conflito envolvendo a vilã e o mocinho, já que os dois passaram a morar juntos em uma cobertura no Leblon. 

Porém, a saída do autor deixou toda a linha narrativa sem rumo. A barriga de Maíra não cresceu com o passar dos meses. Nem a de Jéssica (Duda Batsow), que foi inseminada na fundação que trafica pessoas e virou colega de quarto da mocinha. Ou seja, a passagem de tempo só aconteceu para Vanessa. A impressão se concretiza quando as situações envolvendo os núcleos paralelos seguem exatamente iguais ao período antes do avanço dos meses.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Ótima em "Verão 90", Camila Queiroz é uma atriz que chegou para ficar

O sonho de todo ator é viver um vilão em virtude das maiores oportunidades cênicas. Afinal, o malvado movimenta o roteiro de quase toda novela, recebe um texto mais sarcástico e sem ele dificilmente há qualquer tipo de virada na história. Muitos intérpretes, inclusive, já estão há anos na carreira e até hoje não ganharam um papel assim. Mas Camila Queiroz teve sorte em "Verão 90", escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral.


A atriz começou com o pé direito em "Verdades Secretas". Seu primeiro papel na carreira foi a enigmática Arlete/Angel, protagonista de "Verdades Secretas", fenômeno de audiência de Walcyr Carrasco na faixa das 23h. Era a mocinha do enredo. Porém, no último capítulo o autor expôs uma faceta sombria da personagem. Camila estreou muito bem e em uma de suas últimas cenas, com Angel dando um ligeiro sorriso macabro, demonstrou potencial para viver uma víbora futuramente.

E a oportunidade chegou até cedo, apenas quatro anos depois de sua estreia. Vanessa Dias é uma típica 171 que não mede esforços para atingir seus objetivos. É verdade que a personagem não chega perto de uma vilã assassina e sua índole não é totalmente ruim.