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sábado, 21 de janeiro de 2017

Atuação visceral do elenco e produção de arte primorosa engrandeceram "Dois Irmãos"

Foram dez capítulos de muito capricho estético, dramas pesados, tons operísticos e completa entrega dos atores. "Dois Irmãos" chegou ao fim nesta sexta-feira (20/01) colhendo inúmeros elogios merecidos e apresentando um último capítulo emocionante. A minissérie, baseada no romance homônimo de Milton Hatoum e adaptada por Maria Camargo, teve a forte marca do diretor Luiz Fernando Carvalho e sua principal qualidade foi a atuação visceral do elenco, além da produção de arte primorosa.


A escalação acertada ficou evidente nas três fases da produção. A começar pela semelhança física dos intérpretes, deixando as passagens de tempo bastante críveis. E, claro, o talento dos atores ainda coroou o êxito do diretor, que conseguiu explorar o máximo de cada um, como costuma fazer sempre no seu método de trabalho (incluindo meses de preparação em um galpão criado exclusivamente para isso). O grau de dramaticidade foi alto (beirando o exagero) em todos os períodos da história, destacando a capacidade cênica do time escolhido para dar vida a perfis repletos de camadas.

A minissérie adotou a não linearidade, sendo fiel ao livro e provocando um certo estranhamento com as idas e vindas no tempo. Luiz Fernando iniciou a trama partindo do princípio de que todos os telespectadores leram o livro, o que foi um risco. E realmente o resultado no primeiro capítulo não foi bom. O longo flashback para contar como Halim (Bruno Anacleto) e Zana (Gabriella Mustafá) se apaixonaram foi modorrento e cheio de cenas desnecessárias, apesar da ótima química e do talento dos atores.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Gabriella Mustafá, Juliana Paes e Eliane Giardini fizeram jus ao destaque de Zana em "Dois Irmãos"

"Dois Irmãos" vem se mostrando uma minissérie caprichada, repleta de cenas que exigem muito do elenco. A seleção de atores, por sinal, foi muito bem realizada. Luiz Fernando Carvalho foi preciso na escolha dos nomes e também na preocupação com a semelhança física de vários intérpretes em virtude das mudanças de fase (são três no total). E um dos maiores êxitos da produção foi o trio de atrizes interpretando a emocional Zana.


Gabriella Mustafá, Juliana Paes e Eliane Giardini honraram a importância dessa personagem do romance homônimo de Milton Hatoum. Cada uma pôde brilhar na sua fase correspondente e a precisão da caracterização deixou tudo ainda mais crível. As três realmente pareciam a mesma pessoa em épocas distintas. E ainda conseguiram passar toda a transformação emocional da mulher que sonhava em formar uma família, mas tropeçou miseravelmente na missão de ser uma boa mãe para seus três filhos.

A novata Gabriella participou somente do primeiro capítulo, o mais arrastado da minissérie, e se mostrou uma grata revelação. Apesar da sua curta participação, a atriz teve uma ótima química com Bruno Anacleto (Halim jovem) e soube transmitir o ar enigmático que cercava aquela menina sensual e de olhar sedutor.