A escalação acertada ficou evidente nas três fases da produção. A começar pela semelhança fÃsica dos intérpretes, deixando as passagens de tempo bastante crÃveis. E, claro, o talento dos atores ainda coroou o êxito do diretor, que conseguiu explorar o máximo de cada um, como costuma fazer sempre no seu método de trabalho (incluindo meses de preparação em um galpão criado exclusivamente para isso). O grau de dramaticidade foi alto (beirando o exagero) em todos os perÃodos da história, destacando a capacidade cênica do time escolhido para dar vida a perfis repletos de camadas.
A minissérie adotou a não linearidade, sendo fiel ao livro e provocando um certo estranhamento com as idas e vindas no tempo. Luiz Fernando iniciou a trama partindo do princÃpio de que todos os telespectadores leram o livro, o que foi um risco. E realmente o resultado no primeiro capÃtulo não foi bom. O longo flashback para contar como Halim (Bruno Anacleto) e Zana (Gabriella Mustafá) se apaixonaram foi modorrento e cheio de cenas desnecessárias, apesar da ótima quÃmica e do talento dos atores.