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terça-feira, 27 de outubro de 2015

"I love Paraisópolis": a "Fina Estampa" das sete

A novela das sete da Globo, escrita por Alcides Nogueira e Mário Teixeira (dirigida por Wolf Maya), está em plena reta final e não lembra mais em nada aquele folhetim apresentado nas primeiras semanas, quando estreou em maio. A produção descambou de vez para o besteirol, repleto de cenas soltas e um tanto quanto grotescas. Assim sendo, levando em consideração os fatores externos, inclusive --- como os bons números no Ibope (ainda que tenha apresentado uma queda nas últimas semanas) ---, é possível observar com mais clareza várias semelhanças com "Fina Estampa", exibida entre 2011 e 2012.


A trama de Aguinaldo Silva começou de uma forma 'contida', apresentando o enredo central e focando nas relações dos perfis principais. O contexto em torno de Griselda (Lília Cabral) e Tereza Cristina (Christiane Torloni) era um déjà vu, mas parecia promissor. Porém, ao longo dos meses, a novela se mostrou limitada, com um excesso de personagens sem função e núcleo central que não saía do lugar. Para culminar, o autor optou por um tom de escárnio em várias sequências, deixando o conjunto muitas vezes sem o menor sentido.

Todas as situações mencionadas vêm sendo repetidas em "I love Paraisópolis", que, no quesito escárnio, ainda tem o atenuante de ser uma obra das sete, faixa mais propícia para tal. A trama principal se mostrou sem sustentação, o número de personagens ultrapassou todos os limites do tolerável e vários acontecimentos vêm se mostrando sem lógica ou propósito.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

"Sessão de Terapia" encerra mais uma temporada esbanjando profundidade e qualidade

Novamente dirigida com brilhantismo por Selton Mello, mais uma temporada de "Sessão de Terapia" chegou ao fim no canal a cabo GNT. E a terceira temporada teve um gosto especial por se tratar de um produto 100% nacional, cujos personagens foram desenvolvidos pela roteirista Jaqueline Vargas. Ao contrário da versão original israelense, que durou apenas duas temporadas, a versão brasileira deu tão certo que continuou no ar e continuará por mais tempo, pois uma quarta temporada está prevista para estrear em 2015.


Uma das principais qualidades desta série tão bem realizada é a capacidade de surpreender o telespectador com um novo drama e uma nova história. E todas as novas situações compõem perfeitamente o universo de Theo, um protagonista magnificamente vivido pelo ator Zécarlos Machado. Na terceira temporada, novamente o público foi envolvido com questões profundas e personagens impecavelmente bem escritos, com direito até a algumas reviravoltas surpreendentes.

A paciente de segunda-feira, por exemplo, Bianca, vivida muito bem por Letícia Sabatella, iniciou suas sessões se mostrando uma mulher oprimida pelo marido e que era constantemente espancada por ele. Theo, inclusive, a aconselhou denunciá-lo à polícia. Entretanto, nas últimas semanas da temporada, foi revelado que ela mentia para o terapeuta.

sábado, 13 de setembro de 2014

Com fortes cenas e grandes interpretações, "O Rebu" chega ao fim considerada uma das novelas mais caprichadas da Globo

Após 36 capítulos de muito luxo, qualidade, fortes embates, grandiosas interpretações e uma intensa investigação policial, chegou ao fim "O Rebu", uma das mais caprichadas novelas já produzidas pela Globo. O remake baseado na obra de Bráulio Pedroso impressionou logo no primeiro capítulo e manteve a boa impressão durante toda a sua exibição, prendendo o telespectador através de uma trama instigante, bem entrelaçada e repleta de tipos ambíguos.


Escrita primorosamente por Sérgio Goldenberg e George Moura, a novela teve uma direção impecável de José Luiz Villamarim e uma fotografia de encher os olhos de Walter Carvalho ---- mesma competente equipe de "O Canto da Sereia" e "Amores Roubados". Todo este belo conjunto foi acrescido de uma gama de personagens cheios de nuances e de um elenco maravilhoso. Para culminar, a trilha sonora era repleta de clássicos nacionais e internacionais. Com tantas qualidades reunidas, ficou difícil não se encantar por esta produção, que engrandeceu o horário das onze.

Aos poucos, foi sendo possível perceber que a história era muito mais que um simples 'Quem matou?'. Os autores fizeram questão de construir um enredo riquíssimo, inserindo fortes dramas na vida de todos os personagens, valorizando automaticamente a interpretação dos atores que fizeram parte deste tão bem escalado time.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"Sessão de Terapia" estreia terceira temporada com mesma qualidade e fôlego renovado

Com duas temporadas de sucesso, se firmando como a melhor série do Canal GNT e uma das melhores séries nacionais, "Sessão de Terapia" estreou sua terceira temporada no dia 4 de agosto, uma segunda-feira. Adaptada da produção israelense "Be Tipul", esta nova fase da trama seguirá um caminho independente, ao contrário do que ocorreu com as duas anteriores, já que a história original só teve duas temporadas.


Dirigido novamente por Selton Mello, o novo ciclo de episódios é 100% brasileiro, com personagens desenvolvidos pela roteirista Jaqueline Vargas. E de acordo com o que foi visto na primeira semana de exibição, a identidade nacional se faz presente, já que muitos clichês novelísticos passaram a fazer parte da trama. Isso porque há temas clássicos de novelas como alcoolismo, violência contra a mulher, drogas, um homossexual reprimido, enfim. No entanto, a qualidade da produção não é afetada.

A série continua intensa e com histórias bem envolventes, onde os conflitos do protagonista Theo (Zécarlos Machado) seguem sendo o foco principal. Aliás, a segunda temporada, embora tenha sido baseada no formato israelense, foi bastante modificada em virtude do psicólogo, que teve os dramas bem aprofundados, como a morte do pai e o suicídio de um de seus pacientes.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"O Rebu": uma produção de qualidade inquestionável

A estreia de "O Rebu" foi empolgante. Repleta de luxo, com um grande elenco, personagens ambíguos, trilha sonora impecável, trama instigante e fotografia lindíssima, a novela causou uma ótima primeira impressão em seu primeiro capítulo. E, após algumas semanas no ar, pode-se constatar com bastante tranquilidade que o remake escrito por George Moura e Sérgio Goldenberg é um produto de qualidade inquestionável.


Dirigida por José Luiz Villamarim, a novela tem apresentado uma sucessão de cenas tensas e muito bem interpretadas, onde se observa claramente a competência do diretor extraindo tudo o que pode deste tão bem escalado elenco. Passada em 24 horas ----- a noite da festa e a manhã seguinte ----- e repleta de flashbacks reveladores, a história é muito mais do que o mistério que cerca o assassinato de Bruno (Daniel de Oliveira). E todos os seus meandros vão sendo apresentados ao público aos poucos, através dos podres dos convidados.

Isso porque todos os personagens têm falhas de caráter e telhado de vidro. Não há ninguém confiável. A novela é engrandecida com vários tipos complexos e ambíguos, onde não se sabe quem tem mais ou menos motivos para temer as investigações da polícia. O único fato concreto é que não há santo na história e nem aquele típico mocinho ou mocinha de folhetim.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

"A Teia": uma série que esbanjou qualidade

A série de Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho, dirigida por Rogério Gomes, apresentou seu último episódio nessa terça-feira (01/04). Prevista inicialmente para estrear em 2013, a produção só foi ao ar no início desse ano. E ao longo das semanas, uma história bem entrelaçada, com instigantes personagens, cenas eletrizantes, ótimos atores e repleta de tensão foi apresentada ao público.


Entretanto, apesar de todas as qualidades apresentadas, a história confundiu o telespectador com o excesso de informações e uma correria desnecessária nos primeiros episódios. A questão cronológica mais atrapalhou que ajudou, uma vez que os flashbacks eram inseridos com o objetivo de explicar o contexto de algumas situações, mas acabavam deixando vários fios soltos. E, para deixar o ritmo mais frenético, algumas cenas ficaram rápidas demais, impedindo uma maior compreensão dos fatos. 

Mas esses erros foram corrigidos com o tempo. Tanto que a série passou a exibir um resumo de tudo o que tinha acontecido nos episódios anteriores, lembrando as produções americanas, como "Revenge". Entretanto, apesar de terem se preocupado com essa questão e consertado para a boa compreensão do público,

sábado, 12 de outubro de 2013

"Som Brasil": um programa de qualidade em um ingrato horário

O "Som Brasil" é um programa muito antigo. Criado por Rolando Boldrin, começou a ir ao ar pela Globo na década de 80 e já passou por várias fases. Ficou dois períodos fora do ar (de 1983 a 1989 e de 1998 a 2007) e voltou em 2007 sofrendo inúmeras modificações, até mesmo para modernizar e atualizar uma atração que já apresentava os sinais do tempo. Porém, apesar de já ter sido colocado em vários horários desde a sua volta, o formato tem sido exibido em um ingrato horário nos últimos anos: depois do "Programa do Jô", ou seja, sempre depois das duas da manhã.


O programa é mensal e vai ao ar na última sexta-feira de cada mês. A talentosa Patrícia Pillar foi a primeira apresentadora e chegou a ceder seu lugar para outras atrizes quando precisou se ausentar por questões profissionais ----- vide Letícia Sabatella, Camila Pitanga e Mariana Rios ----, mas voltou ao posto e tem apresentado as edições de 2013. E há sempre diferentes temas musicais abordados em cada mês: como homenagens aos grandes compositores do país ou então shows específicos em cima de movimentos, épocas e gêneros da Música Popular Brasileira.

Não há dúvida alguma a respeito da imensa qualidade do "Som Brasil", ainda que algumas edições tenham deixado a desejar, o que acaba sendo natural, afinal, é quase impossível um programa se manter impecável do início ao fim; alguns deslizes são normais. No saldo geral, é possível constatar o elevado nível musical,

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Lindas imagens, elenco bem escalado e produção caprichada marcam estreia de "Joia Rara"

Uma viagem no tempo para resgatar valores que se perderam. Uma maneira diferente de pensar sobre o mundo. Lapidar a joia rara que existe dentro de cada um para tornar bom o que é ruim, tornar etéreo o que é mundano. Dos templos budistas aos cabarés da Lapa, das lutas comunistas às adversidades de um amor proibido. Com base nessas premissas, estreou --- nessa segunda-feira (16/09) --- "Joia Rara", a nova novela das seis.


Escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes, e dirigida por Ricardo Waddington (núcleo) e Amora Mautner (geral), a trama apresenta como tema central a reencarnação mesclada com a filosofia budista, tendo a complicada relação amorosa entre um bem-sucedido rapaz (Franz - Bruno Gagliasso) e uma humilde moça (Amélia - Bianca Bin) como pano de fundo. A filha do casal (Pérola - Mel Maia) será a possível reencarnação do líder espiritual Ananda (Nelson Xavier), budista que fez um grande laço de amizade com Franz.

O primeiro capítulo conseguiu mostrar com perfeição todo o contexto da história em meio a lindíssimas e cinematográficas imagens. A saga começou em 1934, com Franz, Manfred (Carmo Dalla Vechia) e Eurico (Sacha Bali) escalando os Himalaias. A aventura do trio acaba virando uma tragédia porque Manfred sabota o equipamento do meio-irmão, que sofre uma grave queda e desmaia. Para culminar,

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Elenco, personagens e bom desenvolvimento da história evidenciam a qualidade de "Sangue Bom"

A novela das sete estreou com o 'pé direito'. Tramas atraentes, ritmo ágil e personagens excelentes foram apresentados ao público. Não por acaso, a estreia recebeu uma merecida avalanche de elogios. No entanto, com o passar das semanas, "Sangue Bom" começou a ficar cansativa por causa da demora dos seus acontecimentos. O prólogo (fase inicial onde ocorre a apresentação da história e dos perfis) estava se estendendo demais e era comum a trama andar em círculos. Porém, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari conseguiram movimentar o folhetim; o que nem foi uma tarefa difícil, afinal, estava tudo pronto: bastava começar de fato.


E começou. Todos os ótimos e bem escritos personagens, incluindo protagonistas e coadjuvantes, começaram a ter seus conflitos desenvolvidos. O resultado tem sido a exibição de excelentes e imperdíveis capítulos, onde há um evidente 'rodízio' de acontecimentos, fazendo com que cada dia ou semana seja especialmente voltada para um personagem ou núcleo 'X'. Há mais de um mês a trama ganhou um novo fôlego que até agora não foi perdido.

Amora (Sophie Charlotte) e Fabinho (Humberto Carrão) estão movimentando a trama do sexteto central ---- ela está fingindo ser tão pura quanto Malu e ele tão bondoso quanto Bento (o que tem evidenciado o talento dos intérpretes) ----, enquanto os núcleos paralelos têm apresentado bons desdobramentos em cima da trama do Érico (Armando Babaioff), Verônica (Letícia Sabatella) e Renata (Regiane Alves), que só ganhou com a entrada da divertida Carmem Verônica vivendo a perua Karmita Lancaster. O drama liderado pela grandiosa

quarta-feira, 24 de julho de 2013

"Bem Estar": informação e qualidade nas manhãs da Globo

O programa estreou na Globo em 2011 sem grandes pretensões. O objetivo era falar sobre saúde de uma forma simples e direta, tendo como principal objetivo informar e esclarecer as dúvidas dos telespectadores. Após quase três anos no ar, pode-se dizer que o "Bem Estar" tem honrado seu compromisso e desde que começou a ir ao ar se tornou uma ótima opção para o público matutino.


Mariana Ferrão e Fernando Rocha comandam muito bem a atração e esbanjam simpatia. O entrosamento e a boa relação entre os apresentadores contribuem para deixar o programa mais leve e até mesmo divertido. Aliás, a intimidade é benéfica para qualquer situação. Da mesma forma que a dupla foi se mostrando cada vez mais afinada, os médicos foram se soltando e ficando bem mais à vontade.

O "Bem Estar" sempre convida vários profissionais da saúde, mas tem o seu time 'fixo'. São os chamados 'consultores'. Alfredo Halpern (endocrinologista), Ana Escobar (pediatra), Caio Rosenthal (infectologista), Fábio Atui (proctologista), José Bento (ginecologista), Roberto Kalil Filho (cardiologista), Márcia Purceli (dermatologista) e Daniel Barros (psiquiatra) fazem parte do 'elenco' do programa. Todos

terça-feira, 21 de maio de 2013

Com ritmo ágil, bons personagens e história atraente, "Amor à Vida" estreia devolvendo qualidade ao horário nobre

"Hoje em dia o amor se manisfesta de muitas formas. Existe o amor na sua forma mais pura, mas também existe o amor ao poder, o amor ao dinheiro, o amor ao sucesso, o amor ao corpo, o amor ao belo, o amor ao sexo, o amor ao nada, o amor ao tudo. Mas no fundo, o que todos deveriam ter era amor à vida." Foi com esse texto que o 'teaser' da nova novela das nove foi apresentado ao público. E após o animador e movimentado primeiro capítulo de "Amor à Vida" (exibido nessa segunda-feira - 20/05), ficou bem claro que o título dessa trama não poderia ser outro. As variadas formas de amor e a diversidade das relações humanas é que irão movimentar essa história que marca a estreia de Walcyr Carrasco no horário nobre.


O  primeiro capítulo foi longo e recheado de acontecimentos. O autor realmente parece disposto a fisgar o telespectador pela quantidade de conflitos existentes em sua história. Apresentando um ritmo acelerado, mas sem ser corrido, a estreia contou com um número de situações que poderiam ter sido desenvolvidas em até uma semana, no mínimo. Logo no início, o público viu Paloma (Paolla Oliveira) viajando com a família em Machu Picchu, no Peru, para comemorar sua entrada na faculdade de medicina. Pouco tempo depois, há um forte desentendimento, e a mocinha acaba rompendo com seus familiares e fugindo com um aventureiro (Nino - Juliano Cazarré), por quem se apaixona. Depois de um breve envolvimento, ela descobre que está grávida. Só que seu recém-companheiro é preso pela polícia após ser flagrado traficando drogas pouco antes de embarcar no avião que levaria o casal de volta ao Brasil. Assustada, Paloma viaja sozinha e ao chegar conta para seu irmão Félix (Mateus Solano) que está grávida. Há uma passagem de tempo e o ponto chave da trama central é iniciado.

Bruno (Malvino Salvador), um jovem batalhador, vai do céu ao inferno: sua esposa (Luana - Gabriela Duarte) e seu filho morrem no parto. Enquanto essa tragédia atinge a vida desse personagem, Paloma se encontra desesperada em um banheiro de bar após brigar com Ninho --- que tinha acabado de sair da cadeia. Prestes a ter

sábado, 20 de abril de 2013

Altas Horas: vida inteligente e entretenimento de qualidade na madrugada

A programação da madrugada dos canais abertos nunca foi das melhores. É muito difícil o telespectador notívago ter algo de interessante para assistir depois da uma da manhã. Nos finais de semana, então, é ainda pior. No entanto, aos sábados, na Rede Globo, há um bom programa e que está há mais de dez anos no ar entretendo a madrugada de quem opta pela televisão nesse ingrato horário: o "Altas Horas".


Apresentado por Serginho Groisman, a atração, que tem pouco mais de duas horas de duração, sempre conta com a presença de vários entrevistados e de, pelo menos, duas bandas que ficam no palco do início ao fim. Todos os presentes respondem a perguntas feitas pela plateia e também pelo próprio apresentador. Tudo em meio a um clima descontraído e muito agradável.

O formato do "Altas Horas" é exatamente o mesmo do "Programa Livre", que era comandado pelo Serginho na época em que ele estava no SBT. Com a saída do apresentador da emissora de Silvio Santos em 1999,

sábado, 9 de março de 2013

Com um último capítulo impecável, Lado a Lado fecha seu ciclo e comprova que audiência não reflete qualidade

Uma das mais belas novelas das seis teve seu ciclo encerrado nessa sexta-feira (08/03). Após meses presenteando o telespectador com uma excelente história e grandiosas atuações, "Lado a Lado" se despediu da telinha deixando uma marca de qualidade e capricho na teledramaturgia, apesar de não ter alcançado a audiência desejada.. A trama de João Ximenes Braga e Cláudia Lage saiu de cena deixando um gostinho de 'quero mais' e já entrou na lista de produções mais caprichadas da televisão.


O último capítulo foi impecável. Patrícia Pillar dominou quase todas as cenas. Foi maravilhoso ver o desempenho admirável dessa grande atriz em todos os momentos da derrocada de Constância. A Baronesa estapeou Catarina (Alessandra Negrini), apanhou de Isabel (Camila Pitanga), foi humilhada pelo marido, desprezada pela filha, desmascarada por Margarida (Bia Seidl) e terminou seus dias sendo despachada por Assunção (Werner Schunemann) para uma chácara. Com um visual digno de pena, a vilã pagou todos os pecados que cometeu ao longo da história.

Marjorie Estiano mais uma vez mostrou o seu já conhecido talento nas sequências em que Laura recusa ajudar sua mãe e quando recebe o prêmio de melhor jornalista na frente de toda a sociedade. Outro momento lindo foi quando Laura e Edgar revogam o divórcio. Aliás, esse casal, além de ter sido um dos mais bonitos da

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Canto da Sereia confirma a boa impressão inicial e estreia com qualidade de sobra

Finalmente estreou a produção mais aguardada pela crítica e pelos telespectadores. Baseada na obra homônima de Nelson Motta, "O Canto da Sereia" foi ao ar nessa terça-feira (08/01) e apresentou uma história recheada de suspense e drama, onde uma cantora de axé é assassinada na frente de seus fãs em cima de um trio elétrico. Ao exibir uma produção caprichada e uma trama instigante, não demorou muito para que as boas impressões causadas nas chamadas se confirmassem.


A microssérie representou muito bem a rede de interesses que rodeia uma cantora famosa. Era fã de um lado, assessor de outro, seguranças em volta, governador tentando se dar bem, enfim, a vida de Sereia se resumia a uma verdadeira aglomeração de pessoas. E curiosamente, a protagonista demonstrava uma tristeza profunda nos momentos em que conseguia ficar só.

Dirigida por José Luiz Villamarim e com texto de Sérgio Gondenberg, Patrícia Andrade e George Moura --- tendo a supervisão de Glória Perez e direção de núcleo de Ricardo Waddington ---, a obra de Nelson Motta foi muito bem adaptada para a televisão. Além do bom texto, ficou perceptível que a direção afiada, atores bem escalados e uma fotografia impecável completaram o conjunto de acertos. Isis Valverde conseguiu deixar Suelen, a periguete marcante de "Avenida Brasil", totalmente de lado e incorporou uma cantora baiana com

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

The Voice Brasil: entretenimento de qualidade aos domingos

O que importa é a voz. Partindo desta premissa, estreou na tarde de domingo o "The Voice Brasil", versão nacional do reality que já faz muito sucesso nos Estados Unidos --- onde programa está em sua terceira temporada --- e Austrália. A competição musical tem basicamente a mesma função do famigerado "Ídolos" (Record), "Astros" (SBT) ou dos finados "Fama" (Globo) e "Popstars" (SBT): lançar um talento. Porém, este formato é um pouco mais atraente: quatro cantores ficam de costas para o palco, apenas escutam a voz do candidato em questão, e caso gostem, apertam um botão, a cadeira gira e pronto; a pessoa é selecionada para a próxima fase e será 'treinada' pelo jurado que a selecionou --- caso mais de um queira o eleito em seu time, cabe ao candidato escolher seu destino.


Daniel, Carlinhos Brown, Cláudia Leitte e Lulu Santos foram escolhidos para compor o juri da atração. Os quatro gostaram da maioria dos cantores e isso se deve ao alto nível dos selecionados. Não é um reality de calouros, uma vez que vários candidatos já têm até CD gravado. No entanto, os poucos que foram rejeitados não receberam críticas, o que acabou deixando o programa politicamente correto demais. A escolha do quarteto para formar o time de jurados é polêmica, pois vai do gosto pessoal de cada um --- e este que vos escreve manteria Lulu Santos e substituiria os outros três por Paula Toller, Rita Lee, e Ana Carolina ou Herbert Vianna. Mas com o tempo todos acabam se acostumando e nas futuras edições é provável que se tenham outros cantores no juri.

Thiago Leifert é um apresentador que pouco falou na estreia e fica difícil saber se sua participação será mesmo ínfima, no entanto, não comprometeu nas vezes que foi exigido e nem tentou fazer gracinhas como o Marcos Mion no "Ídolos". O formato do programa é criativo e Boninho comprova que é mestre na arte da produção de

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cercada de expectativas, Lado a Lado estreia devolvendo qualidade e capricho ao horário das seis

Duas mulheres com realidades distintas. Uma rica, outra pobre. Dois sonhos, desejos iguais. Mundos diferentes que se cruzam e, deste encontro, nasce uma linda amizade. Isabel (Camila Pitanga) e Laura (Marjorie Estiano) são duas mulheres à frente do tempo que lutam pelos mesmos ideais: liberdade e amor. Esta é a trama central da nova novela das 18h, que estreou nesta segunda-feira (10/09).


A história começou em pleno Carnaval de 1903. Lindas imagens do Rio antigo serviram de patamar para a apresentação inicial. Logo na primeira sequência, Zé Maria (Lázaro Ramos) aparecia se divertindo na folia e se encantando ao ver Isabel. No núcleo dos bem-sucedidos, não demorou muito para que Laura surgisse na história, logo tendo o primeiro conflito com a mãe (Constância, vivida pela maravilhosa Patrícia Pillar). As atrizes apenas confirmaram o que todos já haviam visto nas chamadas da trama: ambas têm talento de sobra e terão grandes embates. Isabela Garcia também já se destacou como a divertida e encalhada Celinha. Camila Pitanga é outra que merece elogios pela composição de sua personagem.

A abertura da novela é um primor. Ao som do samba "Liberdade, Liberdade, abra as asas sobre nós" --- tema da escola Imperatriz Leopoldinense em 1989 --- , imagens de pessoas sambando e fazendo capoeira eram mescladas com cenas de mulheres requintadas tomando café e se perfumando. Marcante a imagem de uma assinatura, que

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Profissão Repórter apresenta um jornalismo de qualidade

O que era apenas um quadro do tradicional "Fantástico", o "Profissão Repórter" --- devido ao sucesso e à repercussão positiva que sempre teve --- , acabou entrando para a grade da Globo em 2008, onde se mantém até hoje e com fôlego de sobra, apresentando um jornalismo de imensa qualidade.


O programa é comandado pelo experiente Caco Barcellos e conta com uma equipe de jornalistas iniciantes, uma espécie de estagiários digamos assim. Em cada edição há um tema, que é abordado com muita competência, onde os repórteres se empenham em busca da notícia, mostrando uma visível paixão pela profissão. Há várias abordagens e as equipes são divididas em duplas. As reportagens são apresentadas de diversos ângulos e cada repórter é acompanhado por um cinegrafista.

Apesar do tempo curto

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Vida da Gente emociona sem fazer esforço

Após 45 capítulos, "A Vida da Gente" teve a sua tão esperada passagem de tempo. Antes desse fato acontecer, a novela teve uma clara diminuição de ritmo. Mesmo assim, ao contrário do que acontece com as fatídicas 'barrigas' da maioria das novelas, não vimos diálogos avulsos ou cenas desnecessárias. Tudo que era mostrado tinha um objetivo específico. Tanto para mostrar o início da linda relação de amor entre Manuela (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Rafael Cardoso); quanto pelos demais acontecimentos envolvendo Vitória (Gisele Fróes), Marcos (Ângelo Antônio), Dora (Malu Galli), o estado de coma de Ana (Fernanda Vasconcellos), o início do próspero negócio de Manu e Maria (Neusa Borges), enfim.


Lícia Manzo criou uma história tão linda e tocante que conquista facilmente o telespectador, e o 'mergulha' naquela gama de sentimentos em que os personagens estão envolvidos. Os atores, obviamente, também são grandes responsáveis por isso. Não há um só capítulo que não se tenha ao menos uma cena que emocione a todos que estão assistindo.

domingo, 30 de outubro de 2011

Fina Estampa: uma sucessão de equívocos

Com pouco mais de dois meses no ar, "Fina Estampa" já conseguiu um feito e tanto: ter uma audiência que há tempos a Globo não obtinha no horário desde o início de uma obra. É normal que todas as novelas apresentem dificuldades iniciais nos números do ibope até realmente emplacar e cair nas graças do público. Mas isso não ocorreu com a trama de Aguinaldo Silva, que não se cansa de elogiar seu imenso sucesso no Twitter. O autor tem todos os motivos para comemorar, mas nesse caso a audiência não reflete em nada a qualidade.


Até agora a novela não mostrou a que veio e nos apresenta um festival de histórias desconexas e nada atraentes. São poucos os personagens que se salvam e que têm algo de interessante a mostrar. Muitos atribuem isso ao fato da trama ter um grande apelo popular. Não é verdade. "Senhora do Destino", "A Indomada", e "Tieta", só para citar algumas, eram imensamente populares e tinham qualidade. Em "Porto dos Milagres" e "Duas Caras", o autor já tinha errado a mão e o que vimos não foi nada interessante. Mas a atual novela das 21h conseguiu superá-las em todos os sentidos.