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segunda-feira, 25 de março de 2024

Chico Diaz fará falta em "Renascer"

 Nesta segunda-feira (25/03), a segunda fase de "Renascer" sofreu mais uma dura perda. Após o final da primeira fase do remake de Bruno Luperi, muitos personagens desapareceram do enredo, mas ainda estão na memória do público ---- e suas ausências são sentidas. Um dos poucos que continuaram foi padre Santo, interpretado com magnitude por Chico Diaz. 


O personagem teve uma licença poética para se manter na história com a passagem de tempo. Afinal, o padre já tinha certa idade na primeira fase e com o avanço de mais de 30 anos era para estar bem mais idoso do que o apresentado no enredo baseado na obra original de Benedito Ruy Barbosa. No entanto, esse tipo de situação é sempre relevado, tanto por público quanto crítica em virtude do talento do intérprete. É sempre bom ver um veterano em cena, ainda mais em um momento em que o etarismo reina na teledramaturgia. 

Padre Santo representou uma figura que transmitia amor e sabedoria. Chico declarou em várias entrevistas que pesquisou a vida do padre Júlio Lancelloti para compor o personagem e não havia ninguém melhor para representar a bondade do ser humano.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os melhores casais do ano

Os romances foram e sempre serão fundamentais em qualquer obra ficcional. Ter um ou mais casais para torcer é vital para o desenvolvimento de uma novela ou série. E em 2016 tivemos vários pares ótimos, implicando em muitos nomes de "shippers" (combinações de nomes de casal). Aliás, o termo "shippar" já entrou no vocabulário do brasileiro, o que só comprova a importância dos romances na ficção. Vamos, então, aos melhores pares do ano.





Romero e Atena ("A Regra do Jogo"):
O único casal atrativo da novela de João Emanuel Carneiro. Os bandidos que tinham um lado humano protagonizaram as melhores cenas da novela ao lado do divertido Ascânio (Tonico Pereira). Alexandre Nero e Giovanna Antonelli transbordaram química em "Salve Jorge", quando viveram Stênio e Helô, e repetiram a boa sintonia com Romero Rômulo e Francineide. O nome "Romena" se proliferou nas redes sociais e os personagens caíram no gosto do público, apesar dos vários problemas que a trama apresentou ao longo de sua exibição.




Mariana e Augusto ("Ligações Perigosas"):
A minissérie exibida em janeiro, escrita por Manuela Dias e baseada no romance de Choderlos de Laclos, foi primorosa e um dos acertos foi a relação intensa desse casal. O frio Augusto seduziu a religiosa Mariana com o intuito de vencer uma aposta, mas acabou se apaixonando perdidamente por ela, caindo na própria armadilha. Marjorie Estiano e Selton Mello protagonizaram grandes cenas, onde o drama e a química se fizeram presentes até o fim. A morte trágica dos personagens também merece menção, fechando o ciclo desse romance de uma forma sombria e muito triste.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Entre honrosos vencedores, "APCA" reconhece o êxito de "Justiça"

Os vencedores da "APCA" (Associação Paulista de Críticos de Artes) foram anunciados na noite da última quarta-feira (30/11), na Sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Como sempre ocorre em todos os anos, foram vários segmentos, incluindo teatro, Literatura, Dança,Artes Visuais, Moda, Rádio, cinema e televisão. Foram sete categorias para eleger os melhores da TV e a justiça mais uma vez prevaleceu, pois os vitoriosos fizeram jus aos troféus através de grandes trabalhos ao longo de 2016, ainda que muitos dos derrotados também merecessem.


"Justiça" ganhou como Melhor Série/Minissérie e a vencedora não poderia ser outra. O enredo ousado de Manuela Dias, que interligava quatro histórias independentes ao longo de quatro capítulos por semana, foi primoroso e arrebatou o público. O sucesso foi merecido e o trabalho do elenco merece inúmeros aplausos, sendo necessário destacar Adriana Esteves, Jesuíta Barbosa, Débora Bloch, Antônio Calloni, Leandra Leal, Marjorie Estiano, Enrique Diaz, Drica Moraes, entre outros. Das concorrentes, só uma também fez jus ao troféu: "Ligações Perigosas", da mesma Manuela Dias, exibida em janeiro. Já "Supermax", "A Garota da Moto" e "Me Chama de Bruna" (da Fox), embora boas, não chegaram a merecer premiações.

Ainda em cima da excelente minissérie vencedora, José Luiz Villamarim ganhou como Melhor Diretor e com total mérito. Seu trabalho em "Justiça" confirmou mais uma vez a sua extrema competência, já vista em obras excepcionais como "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu".

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Marcada por duas mortes e alguns problemas visíveis, "Velho Chico" foi uma bela e controversa novela

Uma avalanche de imprevistos. Assim pode ser classificada "Velho Chico", novela que marcou o retorno de Benedito Ruy Barbosa ao horário nobre da Globo, após 14 anos escrevendo remakes às 18h. A novela ---- supervisionada pelo autor e escrita pelo neto Bruno Luperi, dirigida por Luiz Fernando Carvalho ---- chegou ao fim nesta sexta (30/09), depois de ter ficado praticamente sete meses no ar. Foram altos e baixos ao longo de sua exibição, tendo ainda duas tragédias durante o percurso: o falecimento do grandioso Umberto Magnani (vítima de um Acidente Vascular Encefálico) e a morte chocante do protagonista Domingos Montagner, afogado no Rio São Francisco, mesclando duramente ficção e realidade.


Primeiramente, o folhetim não estava previsto para o horário das nove e sim para o das seis. Mas, em virtude do imenso fracasso de "Babilônia" e do medo da emissora em apostar na realidade nua e crua ---- após "A Regra do Jogo" ter enfrentado dificuldades iniciais em ser aceita pelo telespectador ----, a obra idealizada por Benedito foi remanejada. O sucesso da reprise de "O Rei do Gado" (um dos maiores acertos do autor) no "Vale a Pena Ver de Novo" também foi primordial para essa mudança brusca comandada por Silvio de Abreu, responsável pela organização de toda a dramaturgia do canal. Com isso, a estreia de "A Lei do Amor" foi adiada e uma trama rural começou a ser exibida com o intuito de reconquistar a audiência.

A história reuniu absolutamente tudo o que Benedito já contou várias vezes em seus folhetins anteriores: o amor proibido dos herdeiros de famílias rivais, um padre apaziguador, um bar onde todos se reúnem, o coronelismo típico das cidades interioranas e o debate sobre terras.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Cenas emocionantes e poéticas marcam reta final de "Velho Chico"

"Velho Chico" está em sua última semana e a novela de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi foi bastante problemática. Entretanto, o folhetim vem apresentando uma reta final repleta de cenas emocionantes, algumas em função da trágica morte de Domingos Montagner, lamentavelmente. Os capítulos que começaram a ir ao ar sem a presença do querido ator são justamente os que marcam os vários fechamentos de ciclos do enredo. E todo o elenco tem protagonizado momentos belíssimos.


A estratégia de Luiz Fernando Carvalho para driblar a ausência do saudoso ator nas cenas finais foi arriscada, mas funcionou plenamente e ainda serviu para homenagear Domingos. Ao transformar uma câmera subjetiva na figura do Santo, o diretor fez com que a visão do personagem se fundisse com a do público. O que a lente (operada com maestria por Leandro Pagliaro) mostrava era exatamente o que o patriarca da família Dos Anjos via. E todos os atores passaram a olhar para a câmera, contracenando com um objeto inanimado que representava toda a força cênica daquele intérprete tão talentoso.

As cenas ficaram com uma sensibilidade rara, expondo o talento do elenco e a força que todos precisaram ter durante aqueles instantes, onde a dor da ausência ficava ainda mais cruel. A preparação do casamento de Olívia (Giullia Buscacio) e Miguel (Gabriel Leone), iniciada logo depois da notícia da gravidez da menina, foi repleta de delicadeza, fazendo dos olhares os verdadeiros protagonistas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Domingos Montagner e Antônio Fagundes protagonizaram uma das melhores cenas de "Velho Chico"

A morte de Domingos Montagner foi uma das maiores tragédias do mundo das artes e uma imensurável perda para a classe artística. O sentimento de inconformismo em torno desse triste e irônico final que a vida lhe impôs (afogado no Rio São Francisco) persistirá por muito tempo ---- inclusive agora, durante os momentos em que o elenco olha para a câmera como se ela fosse o Santo, em uma bela homenagem. Mas, ao menos, o ator deixou algumas cenas gravadas de "Velho Chico", que comprovaram mais uma vez o quão grandioso ele era. Tanto que o intérprete protagonizou na penúltima semana de novela uma das suas melhores sequências ao lado de Antônio Fagundes.


O acerto de contas de Santo e Afrânio demorou mais de 50 anos e quase duas fases inteiras para acontecer, mas a espera valeu a pena. A atitude partiu do genro do poderoso coronel Saruê, que resolveu acenar com a bandeira da paz após tantas tragédias e sofrimento nas duas famílias. No momento em que o protagonista da novela se aproximava da fazenda do eterno rival, houve uma apropriada inserção de flashbacks, através de memórias (ou pesadelos) do namorado de Tereza (Camila Pitanga).

As cenas da primeira fase ---- com Rodrigo Santoro na pele de Afrânio e Renato Góes vivendo o Santo, cujo encontro na época provocou a morte de Belarmino (Chico Diaz) com um tiro no peito ---- deixaram o clima do reencontro ainda mais forte, funcionando como uma espécie de preparativo para a derradeira conversa.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Morte de Domingos Montagner causa perplexidade e mostra que a realidade é bem mais cruel que a ficção

O dia 15 de setembro de 2016 ficará marcado por uma tragédia: a morte de Domingos Montagner, aos 54 anos. O ator estava gravando as cenas finais de "Velho Chico" e foi nadar no Rio São Francisco com a colega Camila Pitanga, em um dos intervalos, mas acabou levado pela correnteza e só foi achado mais de quatro horas depois, a 30 metros de profundidade, perto da Usina de Xingó (SE). A notícia deixou o Brasil em choque e ainda expôs a coincidência macabra, pois Santo chegou a desaparecer nas águas do rio, sendo achado dias depois. A realidade, porém, foi bem mais cruel que a ficção.


A perda de Domingos é um baque imenso para o mundo das artes cênicas. Profissional completo, o ator começou a carreira no teatro e no circo. Em 1997, criou o grupo La Mínima com o colega Fernando Sampaio, e em 2003 fundou o circo Zanni, do qual foi diretor artístico. Trapezista, palhaço, cuspidor de fogo, enfim, ele era tudo e mais um pouco na arte circense. Vivia para levar alegria a todos. Sua estreia na televisão foi considerada tardia, afinal, seu primeiro trabalho foi no seriado "Mothern", no GNT, em 2006.

Em 2008, ganhou o Prêmio Shell de Melhor Ator pelo espetáculo "A noite dos palhaços mudos". E entre 2010 e 2011 participou de algumas séries muito bem-sucedidas na Globo: "Força-Tarefa", "A Cura" e "Divã", onde fez par com Lília Cabral. Foi a partir de então que a sua carreira televisiva decolou de vez.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

"Velho Chico" apresenta sensível melhora e elenco se destaca

A atual novela das nove entrou em crise quando mudou de fase. Ao contrário da linda primeira fase, a segunda apresentou sérios problemas de continuidade em relação a alguns atores escolhidos, confusão sobre a época da história em virtude dos figurinos e um ritmo modorrento que afastou de vez o telespectador. A história de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi seguiu equivocada e sem atrativos por longos meses; entretanto, o folhetim teve uma sensível melhora e começou a fluir, finalmente. O capítulo em que Tereza conta para Santo que Miguel é seu filho, por exemplo, rendeu primorosas cenas e grandiosas interpretações.


A aguardada sequência foi interpretada magistralmente por Domingos Montagner e Camila Pitanga, totalmente entregues aos sentimentos dos personagens. A indignação e o choque de Santo puderam ser observados com nitidez, assim como a tristeza e o arrependimento de Tereza. O ator logo depois ainda protagonizou uma cena ótima com Giullia Buscacio, quando Santo fez questão de afastar Olívia de Miguel em um ato desesperado, deixando os filhos chocados e sem entender a furiosa reação. Gabriel Leone foi outro nome que merece aplausos. Ele, aliás, brilhou no momento em que Tereza conta para seu filho sobre o seu verdadeiro pai. A dor do menino pôde ser sentida.

E enquanto todos esses acontecimentos dramáticos eram exibidos, Lucy Alves e Marcelo Serrado se destacaram nos instantes em que Luzia e Carlos Eduardo elaboravam planos para afastar Tereza e Miguel, especulando sobre a revelação a respeito da paternidade de Miguel. A frieza com que os dois agiram despertou atenção, evidenciando a competência dos intérpretes ---- Marcelo, inclusive, conseguiu acertar o tom de seu vilão, que agora começa a crescer no enredo.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Encontro de Miguel e Santo proporciona ótimas cenas em "Velho Chico"

A atual novela das nove segue com audiência indesejável e vários problemas aparentes, como ritmo arrastado e tramas tediosas. Porém, o folhetim de Benedito Ruy Barbosa consegue apresentar alguns bons momentos esporádicos, como foi o caso do capítulo desta segunda-feira (20/06). O esperado encontro de Miguel (Gabriel Leone) e Santo (Domingos Montagner) fez valer a espera, mesmo tendo sido uma 'apresentação' entre quase sogro e quase genro, ao invés de pai e filho, uma vez que ambos ainda desconhecem o laço sanguíneo que os une.


O rapaz tem flertado com Olívia (Giullia Buscacio), filha de Santo e Luzia (Lucy Alves), e a relação cada vez mais próxima deles fez com que o ousado garoto fosse até a casa do inimigo número um de seu avô Afrânio (Antônio Fagundes). O intuito de iniciar uma tentativa de apaziguar as relações se fez presente em todos os momentos e ele ainda fez questão de apresentar seu projeto de ajudar todos que fazem parte da cooperativa da região, comandada por Santo. Esse encontro proporcionou uma sucessão de ótimas cenas.

Primeiramente, Irandhir Santos, Domingos Montagner e Giullia Buscacio se destacaram quando a menina foi avisar que Miguel chegou. A indignação e a fúria de Bento foram mostrados por um sempre brilhante Irandhir, enquanto a surpresa de Santo foi exposta pelo talentoso Domingos.