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sexta-feira, 24 de maio de 2024

"Justiça 2" foi uma grande decepção

 Manuela dias recebeu a missão de escrever uma nova temporada de "Justiça", após o sucesso da série exibida pela Globo há 8 anos. A autora criou quatro novas histórias que se interligam, repetindo o formato original, e manteve apenas uma personagem da história de 2016. A trama teve uma imensa repercussão na época e foram vários elogios. No entanto, apesar do saldo muito positivo, a produção teve problemas visíveis no desenvolvimento. E as incongruências da narrativa se agravaram em "Justiça 2" (o texto contém spoilers). 


O novo enredo chegou ao fim no Globoplay nesta quinta-feira (23/05), depois da liberação dos quatro últimos episódios, fechando o ciclo com um total de 28 capítulos. A sinopse da série resumiu bem o drama dos protagonistas. O motoboy Balthazar (Juan Paiva) é preso injustamente após ser reconhecido como assaltante do restaurante Canto do Bode em um catálogo digital de suspeitos da polícia. Violentada pelo tio na adolescência, Carolina (Alice Wegmann) muda de cidade para se distanciar da situação. Quando volta para Ceilândia (DF), revive traumas do passado e decide denunciar seu abusador. Renato (Filipe Bragança), um traficante de classe média, se muda para a comunidade do Sol Nascente. Com seu som alto ligado 24 horas por dia, passa a entrar em conflito com as vizinhas Geíza (Belize Pombal) e Sandra (Gi Fernandes). Em um momento de desespero, Milena (Nanda Costa) rouba um carro e acaba presa por um crime que não cometeu. 

Das quatro histórias, a única que não deu para engolir desde o primeiro ato foi a de Milena. A autora subestimou a inteligência do público do primeiro ao último minuto daquele enredo. O objetivo era claro: formar um casal lésbico sem sofrer a censura da televisão aberta. E a química entre Paolla Oliveira e Nanda Costa foi visível. Mas só química não sustenta uma trama.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

"Sob Pressão" fecha ciclo vitorioso com uma temporada memorável e fôlego para mais

 A Globo anunciou a quinta temporada de sua série mais bem-sucedida como a última. O autor Lucas Paraizo e o diretor Andrucha Waddington disseram na coletiva de lançamento que duvidam que a decisão seja definitiva. A dupla tem razão em acreditar que "Sob Pressão" ainda tem um futuro. A emissora disponibilizou dois episódios por semana na Globoplay e a temporada chegou ao fim nesta semana, após 12 episódios impecáveis. O encerramento deixou claro que a produção está longe de acabar ou se esgotar. Aviso: há spoilers no texto. 

A história protagonizada por Evandro (Julio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) teve quatro temporadas repletas de dramas bem construídos em meio a choques de realidade que trouxeram reflexão e questionamento sobre a saúde pública do Brasil. A quarta temporada, exibida ano passado, foi a única que teve altos e baixos, mas ainda assim merecedora de muitos elogios. Só que a quinta conseguiu superar a expectativa dos mais ansiosos pelo 'último ano' da série. Foi quase uma volta às origens, onde os conflitos pessoais de cada médico dominaram a narrativa, tendo como complemento as questões de vários pacientes que ajudaram a engrandecer a o conjunto. 

A trama focou nas feridas psicológicas dos médicos e foi uma avalanche de sofrimento ao longo dos episódios. Os momentos de leveza foram raros, mas não é uma crítica. A densidade dramática fez toda diferença para tornar a temporada inesquecível.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Apesar da temporada irregular, "Sob Pressão" fecha mais um ciclo com emoção e esperançosas cenas

 A quarta temporada de "Sob Pressão", co-produção da Globo com a Conspiração, chegou ao fim nesta quinta-feira (21/10) com apenas 11 episódios. Claro que ficou um gostinho de quero mais; afinal, a série, escrita por Lucas Paraizo e dirigida por Andrucha Waddington, manteve todas as qualidades já conhecidas desde seu lançamento, em 2017. A boa mescla de ficção com realidade mais uma vez se mostrou um dos maiores trunfos da produção, que optou pela não abordagem da covid-19, após os dois impactantes especiais produzidos ano passado. 

A estratégia de deixar a pandemia apenas como pano de fundo, através de personagens com máscaras ---- que retiravam em alguns momentos para a focalização da expressão dos atores em cena ---- se mostrou acertada. Havia um medo de deixar a série repetitiva e o risco era real. Sem a necessidade da abordagem da covid, o autor teve a possibilidade de explorar casos reais de grande repercussão em episódios de grande carga dramática, como o incêndio no fictício hospital Edith de Magalhães ---- nomeado para homenagear a enfermeira Edith de Magalhães Fraenkel, pioneira da saúde e enfermagem, que ajudou a combater a gripe espanhola no Brasil. 

Aliás, o episódio do incêndio foi o melhor da quarta temporada. O trabalho irretocável da direção ficou exposto em cada detalhe e a quantidade de cenas, incluindo planos-sequência de maior dificuldade, impressionou. Afinal, as gravações foram feitas em plena pandemia do novo coronavírus e na época em que as vacinas ainda não estavam com grande disponibilidade.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Marjorie Estiano protagonizou a cena mais emblemática de 2020 em "Sob Pressão - Plantão Covid"

 O primeiro episódio do especial "Sob Pressão - Plantão Covid" se mostrou uma grata surpresa e fez jus ao conjunto da melhor série já produzida no Brasil. Mesclou drama, realidade, poesia e esperança sobre uma pandemia que vem provocando um caos mundial. Mas também valorizou o conhecido talento de Marjorie Estiano, uma das mais elogiadas atrizes do país. 


Quem acompanha a série inspirada no livro homônimo de Márcio Maranhão, dirigida por Andrucha Waddington e com Lucas Paraizo de redator final, sabe da importância de Carolina para a história. A médica é a protagonista ao lado do marido Evandro (Júlio Andrade), também médico. Os dois vivem diariamente uma luta contra todos os obstáculos da saúde pública brasileira e o estresse já virou uma espécie de companheiro fiel. 

Ao longo das três bem-sucedidas temporadas, Marjorie foi se destacando cada vez mais e protagonizando uma sucessão de cenas emocionantes e de grande entrega dramática. Não por acaso foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz pelo seu irretocável trabalho na segunda temporada de "Sob Pressão" em 2019. Infelizmente, não ganhou.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

"Sob Pressão - Plantão Covid" tem estreia arrebatadora e emocionante

A melhor série brasileira chegaria ao fim na terceira temporada. A Globo, sem nunca ter dado uma explicação convincente, encerraria "Sob Pressão" em 2019, em pleno auge da terceira temporada. Mas o sucesso foi tamanho e os pedidos do público tão incessantes que a emissora decidiu produzir mais duas temporadas. O irônico é que a produção parece ter previsto a pandemia do coronavírus. Afinal, a quarta temporada foi programada para 2021. Não haveria seriado em 2020. E caso houvesse, inevitavelmente, as gravações seriam canceladas. Mas, ainda assim, conseguiram produzir um especial para a abordagem do contágio do vírus: "Sob Pressão - Plantão Covid".


Com dois episódios especiais, a série retorna com o intuito de homenagear os profissionais da saúde que trabalham no combate ao coronavírus. Reconhecida por retratar com perfeição as questões da saúde pública do país, "Sob Pressão" tinha mesmo que voltar em meio ao turbulento período da pandemia para expor a dura rotina dos médicos e enfermeiros. A produção sempre mesclou ficção e realidade com maestria e agora não é diferente. As gravações ainda ficaram mais "facilitadas" uma vez que os perfis fictícios precisam mesmo usar roupas fechadas, máscaras e todos os elementos de segurança obrigatórios. Assim, personagens e atores ficam seguros.

Após um período em missão humanitária no interior do Brasil ---- foi assim que a terceira temporada se encerrou ----, Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Júlio Andrade) são convocados para voltar ao Rio de Janeiro. É urgente. A dupla de médicos é chamada às pressas pelo doutor Décio (Bruno Garcia) para trabalhar em um hospital de campanha montado para atender aos pacientes infectados pela Covid-19.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Carolina Castilho foi a melhor personagem de "Totalmente Demais"

A reprise de "Totalmente Demais" vem superando o sucesso da exibição original, entre 2015 e 2016. O êxito é fruto do ótimo trabalho de Rosane Svartman e Paulo Halm, que estrearam como novelistas da melhor forma possível na faixa das sete da Globo. Mas a reexibição tem comprovado a riqueza de Carolina Castilho, personagem lindamente interpretada por Juliana Paes e que teve um grande destaque na história. Era uma das quatro protagonistas, mas a melhor personagem do enredo.


Carolina sempre foi o perfil mais dúbio da história, passeando pela vilania e fragilidade o tempo todo. A até então diretora da Revista Totalmente Demais fez muitas armações para prejudicar Eliza no concurso com o intuito de ganhar a aposta feita com Arthur, herdando assim a empresa do seu grande amor. Porém, como o agenciador de modelos se 'apaixonou' pela mocinha, a personagem não interrompeu suas 'maldades', mesmo com o fim do concurso. A sua atitude mais condenável foi o plano elaborado com Rafael (Daniel Rocha), onde os dois doparam a menina para simular que a garota havia dormido com o fotógrafo. Ainda fizeram Leila (Carla Salle) de bode expiatório.

E Carol tinha o costume de esbanjar arrogância diante de seus funcionários, com exceção de Pietro (Marat Descartes), seu grande amigo. Também utiliza de ironias e deboches para enfrentar seus inimigos, como a colunista Lorena (Adriana Birolli). Analisando superficialmente, a poderosa mulher seria uma vilã. Mas nunca foi. Esse era apenas um lado seu, o que sempre era exposto como forma de defesa, principalmente diante de Arthur para não mostrar a mulher amorosa e frágil que guardava dentro de si.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

"Laços de Família", "Totalmente Demais" e "A Força do Querer" expõem o amadurecimento cênico de Juliana Paes

 Após o imenso sucesso na pele de Maria da Paz, protagonista de "A Dona do Pedaço", em 2019, Juliana Paes planejou descansar a imagem em 2020. Recebeu até o apoio da Globo. Afinal, a boleira criada por Walcyr Carrasco foi um perfil muito marcante.  Só que nem precisava o planejamento porque ninguém esperava a chegada de uma pandemia mundial. A atriz ficaria longe do trabalho querendo ou não. Mas a interrupção das gravações por conta do coronavírus implicou em várias reprises e, ironicamente, Juliana está no ar em três delas. 

"Laços de Família" (recém iniciada no "Vale a Pena Ver de Novo"), "Totalmente Demais" (em plena reta final) e "A Força do Querer" (estreia da semana passada) representam três fases distintas da carreira de Juliana. A trama de Manoel Carlos, exibida em 2000, contou com uma atriz insegura e crua: era o seu primeiro papel na televisão. No folhetim das 19h escrito por Rosane Svartman e Paulo Halm, exibido entre 2015 e 2016, a intérprete ganhou sua primeira vilã. E vilã com conflitos de mocinha, repleta de boas camadas. Já em "A Força do Querer", de 2017, viveu sua personagem mais emblemática. 

As reprises simultâneas têm exposto a versatilidade e o amadurecimento cênico de Juliana Paes. A coincidência vem servindo para o telespectador comprovar o talento de uma profissional que foi aprendendo na televisão, que completou 70 anos no dia 18 de setembro.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

"Sob Pressão" é a melhor série que a Globo já produziu

Após 14 episódios irretocáveis, "Sob Pressão" chegou ao fim nesta quinta-feira (25/07). A melhor produção da Globo em anos fechou o ciclo da terceira temporada com muitas brechas para uma quarta, que já foi anunciada pela Globo para 2021 (infelizmente um ano de hiato). Esse terceiro ano conseguiu ser ainda melhor que os dois anteriores e comprovou que há fôlego de sobra para muito mais histórias. Afinal, infelizmente, o caos da saúde pública no Brasil rende conflitos infinitos. E o enredo conseguiu expor todas as mazelas nacionais com impressionante realismo em uma hábil mescla com dramaturgia de qualidade.


A trama do terceiro ano teve como espinha dorsal a relação de Evandro (Júlio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano). Os protagonistas enfrentaram a rotina da vida de casados, as divergências sobre ter ou não um filho, e a dolorosa perda do bebê em virtude de um grave acidente sofrido pela médica, durante uma invasão de milicianos ao hospital São Tomé Apóstolo. Aliás, a reconstrução da rotina dos personagens também foi um ponto muito bem abordado. Todos precisaram recomeçar depois do fechamento do precário hospital Macedão por conta da corrupção exposta na segunda temporada. E encontraram uma nova oportunidade no hospital católico comandado pela Irmã Graça (Joana Fomm).

Alguns personagens saíram e outros entraram. Os talentosos Orã Figueiredo (Dr. Amir) e Heloísa Jorge (Enfª Jaqueline) deixaram a produção e foram substituídos pelos igualmente competentes Marcelo Batista (Dr. Gustavo) e Jana Guinond (Enfª Simone). Já a entrada de Drica Moraes como a infectologista Vera foi um dos maiores êxitos da terceira temporada.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Marjorie Estiano e Júlio Andrade emocionam em "Sob Pressão"

Difícil iniciar um texto a respeito de "Sob Pressão", melhor produção atual da Globo, sem repetir os já amplamente conhecidos elogios aos vários fatores que fazem da série um sucesso: direção maravilhosa de Andrucha Waddington, entrega do elenco, grandes personagens, roteiro irretocável de Lucas Paraizo e equipe, fotografia, enfim. Mas o post, agora, é para enaltecer uma dupla que sempre deu show na trama e emocionou no episódio exibido nesta quinta-feira (04/06): Marjorie Estiano e Júlio Andrade.


O episódio duplo exibido na quarta-feira passada, sendo o décimo em plano-sequência, tirou o fôlego e apresentou uma adrenalina impressionante. O choque do caos da saúde pública com a catástrofe da segurança pública foi exposto com maestria. De aplaudir de pé. Não por acaso registrou o recorde de audiência da terceira temporada: 24 pontos. E a trama se encerrou com o angustiante gancho de Carolina desesperada com o silêncio do aparelho de ultrassom na hora que verificou o estado de seu filho, depois que levou uma forte pancada na barriga durante o tiroteio no hospital.

Infelizmente, o décimo primeiro episódio mostrou que a médica mais querida da ficção perdeu o bebê que esperava de Evandro. Mas a trágica consequência da tensão no São Tomé Apóstolo resultou em uma sucessão de cenas tensas e emocionantes.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

"Sob Pressão" consegue se superar com plano-sequência de tirar o fôlego

A melhor série da Globo está em sua última temporada, o que vem despertando uma justificável indignação no público. Afinal, "Sob Pressão" tem fôlego de sobra para muitos anos e não falta temática importante para ser abordada na história tão bem dirigida por Andrucha Waddington e escrita por Lucas Paraizo e equipe. Exibida às quintas-feiras em seu terceiro ano, a produção foi transmitida excepcionalmente pela Globo nesta quarta-feira (26/06) em um episódio duplo.


E impressiona como o seriado consegue se superar a todo instante. Quando o telespectador acha que não tem como melhorar, o roteiro apresenta uma nova virada de tirar o fôlego. O décimo episódio da terceira temporada já pode ser considerado um dos melhores de toda a série. A convergência do caos da saúde pública com a falta de segurança do Rio de Janeiro (que é um reflexo do Brasil como um todo) resultou em uma catástrofe no hospital São Tomé Apóstolo e o realismo das cenas impactou do início ao fim.

A falência do poder público foi exposto através das mazelas que mais atormentam a vida da população. Os dois fatores, ironicamente, ainda expõem um trauma em comum do brasileiro: o medo de morrer (ou doente negligenciado em um hospital público ou com um tiro dado por bandido, miliciano ou policial).

quinta-feira, 2 de maio de 2019

"Sob Pressão" estreia terceira temporada com as qualidades de sempre

A melhor série produzida pela Globo em anos estreou sua terceira temporada nesta quinta-feira, dia 2, após uma leva de elogios de público e crítica em 2017 e 2018. A trama baseada no filme homônimo, exibido em 2016 e criado em cima do livro "Sob Pressão - A rotina de guerra de um médico brasileiro" (escrito por Márcio Maranhão), se mostrou um acerto em todos os aspectos e o terceiro ano da produção era bastante aguardado.


Não por acaso, o anúncio do encerramento da série em 2019 provocou indignação na imprensa especializada e nos telespectadores. Afinal, o caos na saúde pública brasileira rende infinitos conflitos e os próprios envolvidos no projeto ---- como o autor Lucas Paraizo e o diretor Andrucha Waddington ---- confirmam isso. O mistério envolvendo a estranha decisão da Globo vai continuar por um bom tempo, mas, deixando esse fato um pouco de lado, a estreia da nova temporada manteve todas as qualidades que fizeram da produção um imenso sucesso.

A rotina caótica de Evandro (Júlio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) não acabou, apenas mudou de endereço. O casal agora passa por uma nova experiência. Com o fechamento do hospital público Luiz Carlos Macedo (o Macedão), na zona norte do Rio de Janeiro, e diante da prática de anos no atendimento a casos de emergência, os médicos são contratados para trabalhar no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Melhor série de 2017, "Sob Pressão" manteve o posto com louvor em 2018

Maior surpresa da Globo ano passado, "Sob Pressão" arrebatou telespectadores e crítica com a rotina dos médicos Evandro (Júlio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) em um hospital público. A série foi uma adaptação muito bem-sucedida da emissora, que pela primeira vez não dividiu o filme homônimo --- baseado no livro de Márcio Maranhão ("Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro") --- em quatro ou cinco partes, como costuma fazer quando transforma um longa em seriado.


Optaram pelo desenvolvimento do enredo, expondo com muito mais detalhes os inúmeros problemas da saúde pública do Brasil e conseguindo explorar os dramas dos protagonistas, que foram exibidos superficialmente no filme. O sucesso foi tanto que a segunda temporada logo recebeu sinal verde para ser produzida e o resultado pôde ser acompanhado ao longo das últimas 11 semanas. A trama, de Jorge Furtado, dirigida por Andrucha Waddington e com redação final de Lucas Paraizo, ficou ainda melhor e mais impactante, repleta de tensão, emoção e sensibilidade.

Foram 11 episódios irretocáveis. Houve uma preocupação em seguir desenvolvendo a relação dos protagonistas ---- que se casaram em uma cerimônia que não durou nem dois minutos porque logo foram chamados para um atendimento ----, emocionar com novos casos médicos importantes e expor um novo drama do sistema precário de saúde: a corrupção. Fernanda Torres e Humberto Carrão entraram para o elenco e seus personagens foram o retrato da podridão do país.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Marjorie Estiano impressiona com sua entrega em "Sob Pressão"

As qualidades de "Sob Pressão" são inúmeras e todas já foram detalhadas neste blog. A trama de Jorge Furtado, escrita por Lucas Paraizo e equipe, dirigida por Andrucha Waddington, é a melhor série da Globo em anos. O elenco repleto de talentos e com participações especiais luxuosas expõe a preocupação em engrandecer o enredo com atuações admiráveis. E Marjorie Estiano é um dos maiores destaques.


A atriz, ao lado do seu colega Júlio Andrade (Dr. Evandro), protagonizava o longa homônimo, baseado no livro "Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro", escrito por Márcio Maranhão. Ela e Júlio deram um show na pele do casal principal. Mas a série, que estreou em 2017, proporcionou um aprofundamento dos personagens bastante necessário para a compreensão em torno da difícil vida daqueles médicos tão íntegros. E o drama pessoal de Carolina serviu para extrair o melhor de sua intérprete.

Aos poucos, o público foi descobrindo que o trauma que implicava nas automutilações da doutora era a sua relação com o pai. José Luis (Luis Melo) abusava da filha e Carolina cresceu com essa ferida nunca cicatrizada. Com o intuito de "se punir", a personagem sempre acaba se machucando com um canivete (ou qualquer objeto cortante) depois que passa por qualquer tipo de estresse acima do "normal".

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Segunda temporada de "Sob Pressão" promete ser tão boa quanto a primeira

A primeira temporada de "Sob Pressão", exibida no ano passado, causou a melhor das impressões. A possível desconfiança a respeito de uma série baseada no filme homônimo, por sua vez produzido em cima do livro "Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro", escrito por Márcio Maranhão, foi logo dissipada quando a trama foi ao ar. E não demorou para a produção televisiva superar o longa. Tanto que foi o melhor seriado da Globo em 2018. A estreia da segunda temporada, exibida nesta terça-feira (09/10), mostrou que a potência do enredo segue igual.


Logo no começo do primeiro episódio, o telespectador foi surpreendido com uma perseguição de tirar o fôlego entre bandidos de facções rivais em uma favela. Quando um dos marginais acabou baleado, a trama de fato se iniciou. O Hospital Luis Carlos Macedo segue em estado deplorável e Samuel (Stepan Nercessian) se viu obrigado a aceitar o oportunismo de um deputado para receber a doação de uma ambulância nova. O objetivo, claro, é ajudar a eleição do prefeito e a temática não poderia ter vindo em momento mais oportuno. Evandro (Júlio Andrade) não escondeu o incômodo, assim como Carolina (Marjorie Estiano).

É impressionante ver o talento de Lucas Paraizo, redator final, e Andrucha Waddington, diretor, na amarração das tramas da série de Jorge Furtado que vão surgindo ao longo de cada episódio, sem deixar que nenhuma fique rasa. São sempre três ou quatro conflitos inseridos e todos envolventes.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Coletiva de "Sob Pressão" aborda vários temas importantes da segunda temporada

A segunda temporada de "Sob Pressão" estreia na próxima terça, dia 9 de outubro. E, para promover o lançamento da continuação da melhor série da Globo de 2017, a emissora reuniu elenco e direção no Cine Odeon, na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Ainda houve uma bela parceria com o Hemorio para a doação de sangue ----- Marjorie Estiano, Júlio Andrade, Fernanda Torres e Humberto Carrão doaram pouco antes da coletiva de imprensa, em um ônibus estacionado no local para a coleta.


Eu fui convidado para o evento e praticamente todo o elenco estava presente, assim como o diretor Andrucha Wadington e Lucas Paraizo, roteirista que virou o redator final da série, após bem-sucedidos trabalhos em "A Teia" (2014), "O Caçador" (2014), "O Rebu" (2015) e "Justiça" (2016). Como o primeiro episódio ficou disponível na Globo Play um dia antes, Andrucha decidiu exibir para a imprensa o quarto episódio, que representa a virada da temporada. E esse episódio foi muito bem escolhido por várias razões.

A trama fala com propriedade de transfobia e a história de Anderson, um rapaz que se enxerga como mulher, emociona. Ele acaba no Hospital Luis Carlos Macedo por causa de uma infecção generalizada provocada pela implantação de silicone industrial.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Impecável, "Sob Pressão" mesclou realidade e ficção com maestria

A famosa expressão "O que é bom dura pouco" pode ser aplicada com facilidade em "Sob Pressão". A melhor série do ano e o mais elogiado trabalho da Globo em 2017, até então, estreou no dia 25 de julho e chegou ao fim nesta terça-feira, dia 19 de setembro. Durou menos de três meses no ar, tendo apenas nove episódios. E esse tempo bastante curto foi sentido porque a trama ---- com direção de Andrucha Waddington e Mini Kerti, baseada no filme homônimo, derivado do livro "Sob Pressão - A Rotina de um Médico Brasileiro", de Marcio Maranhão ---- impressionou pelas inúmeras qualidades.


A produção se mostrou uma obra-prima, provando que o Brasil sabe fazer séries dramáticas tão boas quanto as estrangeiras. Após a tentativa fracassada de "Supermax", exibida ano passado, pairou uma desconfiança em torno da capacidade de elaboração de um seriado que não fosse de humor. Claro que a Globo já produziu alguns enredos fora do campo da comédia e uma de suas melhores séries é "A Cura" (2010), um suspense brilhante de João Emanuel Carneiro. Entretanto, sempre houve uma insegurança em se arriscar por esse caminho e as histórias cômicas eram tratadas como prioridade.

A trama médica tem tudo para ser um incentivo e tanto para outras empreitadas parecidas, valorizando o drama nos seriados. Até porque, vale observar, o contexto de "Mulher", série exibida entre 1998 e 1999, que abordava a rotina de duas médicas dedicadas em um hospital particular, foi primoroso e já era para a emissora ter voltado a investir nisso há tempos. Agora, com "Sob Pressão", o público acabou presenteado com uma história que se mostrou ainda melhor que a contada no filme.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Júlio Andrade e Marjorie Estiano fazem jus ao protagonismo de "Sob Pressão"

"Sob Pressão" já é uma das maiores surpresas do ano. Baseada no filme homônimo, dirigido por Andrucha Waddington, a série é de uma qualidade ímpar e consegue ser melhor que o longa. Tem sido incrível (e impactante) acompanhar a saga de médicos que lutam para salvar vidas em meio aos caos da saúde pública do Rio de Janeiro (que reflete todo o Brasil). Mas, em meio a tantos pontos extremamente positivos dessa trama da Globo, coproduzida com a Conspiração, há um grande trunfo que deixa o enredo ainda mais imperdível: o talento de Júlio Andrade e Marjorie Estiano.


Nada melhor para uma boa história do que ter intérpretes competentes defendendo perfis bem construídos. E é exatamente isso que acontece na série. Evandro e Carolina são personagens que transbordam densidade, tendo o drama como principal alicerce. Seria catastrófica a escolha de atores ruins ou até medianos. Era necessária a escalação de profissionais irretocáveis. Portanto, a seleção de Andrucha para o filme foi perfeita e a permanência de ambos no seriado comprova a tese de que em time que está ganhando não se mexe.

Afinal, como o restante do elenco mudou (menos Stepan Necerssian e Josie Antello), poderiam ter trocado todo mundo, partindo do zero, mantendo apenas a premissa. Mas, acertadamente, não tomaram essa atitude por causa desse casamento perfeito de perfis grandiosos com intérpretes dedicados.

terça-feira, 25 de julho de 2017

"Sob Pressão" tem tudo para ser a melhor série do ano

A Globo, inteligentemente, exibiu "Sob Pressão" na "Tela Quente" duas semanas antes de estrear a série derivada do elogiado filme, dirigido por Andrucha Waddington, exibido em 2016 nos cinemas. A história é baseada no livro "Sob Pressão - A rotina de um médico brasileiro", de Márcio Maranhão. O longa impressionou pelo realismo e contou com um grande elenco, como Júlio Andrade, Marjorie Estiano, Andrea Beltrão, Ícaro Silva e Stepan Necerssian. A trama foi inicialmente pensada para um seriado, mas, ironicamente, acabou virando filme. E, após os elogios ao produto, resolveram criar a série ---- em coprodução com a Conspiração ----, que estreou nesta terça-feira (25/07), uma semana depois de já estar disponível no Globo Play.


Do elenco original, apenas três continuaram: Júlio Andrade (o médico Evandro) e Marjorie Estiano (a doutora Carolina), que protagonizam a história, além de Stepan Necerssian (o doutor Samuel, diretor do hospital) e Josie Antello (a atendente Rosa). O contexto segue o mesmo do filme, pois o enredo proporciona conflitos infinitos. O trio se vê diante de uma rotina desumana na emergência de um hospital público, localizado no subúrbio do Rio de Janeiro. O maior vilão é a falta de recursos da saúde pública do país, resultando em equipamentos quebrados, ambiente caótico e condições deploráveis, onde a tensão é uma das principais 'personagens'.

Liderados pelo cirurgião Evandro, todos os médicos e enfermeiros do local precisam se virar para honrar a profissão e salvar vidas, enfrentando uma sucessão de problemas graves que nunca cessam. Uma hora falta luz, em outro momento o desfibrilador não funciona, não há leitos disponíveis, a fila de atendimento só aumenta, enfim...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os melhores casais do ano

Os romances foram e sempre serão fundamentais em qualquer obra ficcional. Ter um ou mais casais para torcer é vital para o desenvolvimento de uma novela ou série. E em 2016 tivemos vários pares ótimos, implicando em muitos nomes de "shippers" (combinações de nomes de casal). Aliás, o termo "shippar" já entrou no vocabulário do brasileiro, o que só comprova a importância dos romances na ficção. Vamos, então, aos melhores pares do ano.





Romero e Atena ("A Regra do Jogo"):
O único casal atrativo da novela de João Emanuel Carneiro. Os bandidos que tinham um lado humano protagonizaram as melhores cenas da novela ao lado do divertido Ascânio (Tonico Pereira). Alexandre Nero e Giovanna Antonelli transbordaram química em "Salve Jorge", quando viveram Stênio e Helô, e repetiram a boa sintonia com Romero Rômulo e Francineide. O nome "Romena" se proliferou nas redes sociais e os personagens caíram no gosto do público, apesar dos vários problemas que a trama apresentou ao longo de sua exibição.




Mariana e Augusto ("Ligações Perigosas"):
A minissérie exibida em janeiro, escrita por Manuela Dias e baseada no romance de Choderlos de Laclos, foi primorosa e um dos acertos foi a relação intensa desse casal. O frio Augusto seduziu a religiosa Mariana com o intuito de vencer uma aposta, mas acabou se apaixonando perdidamente por ela, caindo na própria armadilha. Marjorie Estiano e Selton Mello protagonizaram grandes cenas, onde o drama e a química se fizeram presentes até o fim. A morte trágica dos personagens também merece menção, fechando o ciclo desse romance de uma forma sombria e muito triste.


terça-feira, 31 de maio de 2016

Fenômeno de audiência e cativante do início ao fim, "Totalmente Demais" fez jus ao seu título

Foram 175 capítulos. Sete meses de muito romance, conflitos, humor e tensão inseridos em um conto de fadas moderno. "Totalmente Demais" chegou ao fim nesta segunda-feira (30/05), se consagrando como um dos maiores fenômenos da faixa das sete e o único grande sucesso do horário depois do término de "Cheias de Charme", em 2012 ---- média geral de 27 pontos, quatro a mais que a antecessora. O folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm deu tão certo que a Globo decidiu esticar a produção em duas semanas ---- o objetivo, na verdade, era esticar em um mês ---- e ainda adiou seu final em dois dias, transferindo o último capítulo para a segunda com o intuito de escapar da emenda do feriado. Ou seja, um feito quase inédito ("Estúpido Cupido", em 1977, também teve seu desfecho indo ao ar em uma segunda, excepcionalmente, assim como "Duas Caras", em 2008, apresentou seu último capítulo em um sábado, sem exibir a tradicional reexibição).


E a reprise do último capítulo acabou migrando para a faixa do "Vale a Pena Ver de Novo", na terça-feira. Essa sim uma situação nunca antes vista. Mas a novela de sucesso não inovou somente no encerramento ---- no caso, uma ousadia da Globo. A produção também ousou na estreia, ao preparar para o telespectador um "capítulo zero", exibido primeiramente na internet. Foram apenas seis minutos de trama, portanto foi apenas um teaser. Porém, a novidade se deu pela exibição das cenas do quarteto protagonista (Jonatas trabalhando nas ruas, Carolina e Arthur jantando juntos e Eliza vislumbrando uma fuga), que justamente antecediam o começo do primeiro capítulo. A novidade funcionou, despertando ainda mais o interesse pela história.

Tanto que o enredo conquistou o público logo no início. Rosane Svartman e Paulo Halm já haviam experimentado o sucesso com duas temporadas bem-sucedidas de "Malhação" ---- a "Intensa", escrita em parceria com Glória Barreto em 2012, e a "Sonhos", exibida entre 2014 e 2015 ---- e conseguiram emplacar o terceiro êxito seguido na carreira. Eles apostaram no clássico e acertaram em cheio.