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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Reprise de "Por Amor" expõe a mudança de comportamento da sociedade

Normalmente, quando a reprise de uma novela faz sucesso é natural afirmar que a história é atemporal. Ou seja, funciona bem em qualquer época e por isso sempre cai nas graças dos público. É o caso de "Vale Tudo", por exemplo. O fenômeno de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Brasséres caiu na boca do povo em 1988 e até hoje é lembrada. Também teve um grande êxito nas três vezes que foi reexibida ---- em 1992, no "Vale a Pena Ver de Novo", e em 2010 e 2018 no Canal Viva. E realmente o enredo segue atual. A corrupção no Brasil pouco mudou. Todavia, "Por Amor", exibida em 1997, tem uma história que é vista de forma bem diferente hoje em dia.


A novela é um dos melhores trabalhos de Manoel Carlos e tudo o que o autor melhor desenvolve está ali: o cotidiano da classe média alta do Leblon, os tradicionais barracos familiares, uma Helena que faz tudo pela filha, uma vilã elegante e debochada, enfim. Não por acaso tem feito um grande sucesso no "Vale a Pena Ver de Novo", desde que começou a ser reprisada no dia 29 de abril, substituindo "Cordel Encantado". Também teve uma ótima audiência nas duas vezes que foi reprisada no Canal Viva, em 2010 e 2017. O bom retorno do público é muito merecido. É um novelão da melhor qualidade.

Mas é preciso ressaltar os vários conflitos da história que eram normais na época e atualmente não são mais tolerados. O próprio texto, sempre elogiado pelo refinamento de Maneco, contém declarações que hoje soam absurdas. Um bom exemplo foi até cortado na reprise da Globo provavelmente porque a cúpula da emissora achou não apropriado para os dias atuais. Mas deveriam ter exibido justamente para comprovar como a sociedade evoluiu com o tempo.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Por que o público odiava tanto a Eduarda em "Por Amor"?

A reprise de "Por Amor", dirigida por Ricardo Waddington, vem fazendo um grande sucesso no "Vale a Pena Ver de Novo", na Globo, e merece. É uma das novelas mais aclamadas de Manoel Carlos. Não por acaso virou um clássico da teledramaturgia. Mas a reexibição da trama sempre levanta um questionamento até hoje inexplicável: por que o público odiava tanto a Eduarda (Gabriela Duarte) e nunca se incomodou com o Marcelo (Fábio Assunção)?


As "Helenas" do Maneco até hoje são lembradas por noveleiros apaixonados e o escritor carrega essa peculiaridade em suas obras. Mas não é a única. Outra que virou uma espécie de DNA de seus folhetins foi a insuportabilidade das filhas dessas "Helenas". Porém, ao contrário das heroínas de mesmo nome, não virou uma regra. Só que as herdeiras mais marcantes são justamente as mais mimadas e sonsas, vide Joyce (Carla Marins), em ""História de Amor", e Camila, em "Laços de Família". Embora a novela tenha sido o maior fracasso do autor, Luiza (Bruna Marquezine), de "Em Família", também entrou no time. O questionável é justamente Eduarda estar na lista.

É verdade que no início de "Por Amor" a personagem faz jus ao título e se encaixa nos demais perfis citados. A filha de Helena (Regina Duarte) é uma mimada que não tolera ser contrariada e tem um ciúme doentio de Marcelo. Grita com qualquer um que a enfrente e ainda maltrata o pai alcoólatra, Orestes (Paulo José).

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Reprise de "Por Amor" no Viva prova que a sociedade evoluiu em 20 anos

O machismo é um mal que nunca será extinto, ainda mais em uma sociedade marcada por tantos anos pela patriarcalidade como a brasileira. Entretanto, é inegável que houve (e vem havendo) uma evolução. Hoje em dia, situações comuns no passado não são mais vistas com normalidade e há veículos de sobra para expor indignação. Em alguns casos, há um certo exagero em se tratando da ficção, por exemplo. Se exige demais para um produção ficcional. Mas, é preciso ressaltar que também são feitas críticas pertinentes. Tanto que muita coisa mudou. E a reprise de "Por Amor" no Viva é a maior prova de como o machismo era visto como algo natural e aceitável.


O clássico de Manoel Carlos, um de seus maiores e mais aclamados sucessos de 1997 ---- cuja estreia completou 20 anos em outubro ----, vem sendo reexibido pela segunda vez no canal a cabo, repetindo o êxito nos números de audiência. É um folhetim maravilhoso que o público não cansa de ver. O dramalhão criado pelo talentoso escritor prima pelo visível conjunto de qualidades. Contudo, atualmente, tem sido possível observar todo o contexto absurdo que cercou Marcelo (Fábio Assunção), o filho queridinho da inesquecível vilã Branca Letícia de Barros Motta (Susana Vieira).

O personagem é considerado o 'galã' da história, sendo disputado constantemente por duas mulheres: Maria Eduarda (Gabriela Duarte) e Laura (Vivianne Pasmanter). Porém, todas as suas atitudes são dignas de um vilão de folhetim e na época não houve qualquer estranhamento. Arrogante, mimado e agressivo, o rapaz nunca respeitou ninguém e jamais aceitou ter suas vontades contrariadas.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Marcelo e Priscila: um casal que diverte em "Além do Horizonte"

Falta pouco para "Além do Horizonte" chegar ao fim e a problemática novela de Carlos Gregório e Marcos Berstein, além dos equívocos já mencionados, errou na formação dos casais da trama. Nenhum deu certo inicialmente e algumas mudanças foram necessárias. A principal delas foi a aproximação de Marlon (Rodrigo Simas) e Lili (Juliana Paiva), que viraram merecidamente o par protagonista da novela. Mas além desta medida, outra atitude dos autores foi louvável para melhorar o folhetim: a união de Marcelo e Priscila.


Igor Angelkorte e Laila Zaid mostraram química em cena e o bom entrosamento fez o par ganhar espaço na novela. E a situação acabou unindo o útil ao agradável, uma vez que a história ganhou um bom casal (além de Marlon e Lili) e a dupla ainda foi 'usada' para imprimir mais comicidade à obra, que andava pesada demais, focando somente no núcleo central.

Infelizmente, um contratempo atrapalhou um pouco a condução do romance: Laila Zaid contraiu pneumonia e precisou se ausentar das gravações por um tempo. Ou seja, Marcelo ficou avulso na história por