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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Tudo sobre a coletiva online de "50 & Uns", novo programa de Angélica no Globoplay

 O Globoplay promoveu nesta terça-feira, dia 5, a coletiva de "50 & Uns", novo programa de Angélica que estreia no dia 10 de novembro na plataforma de streaming da Globo com os cinco episódios disponibilizados de uma só vez e em versão reduzida no "Fantástico". Já no dia 12, às 22h45, é a vez da atração estrear no GNT. Participaram a apresentadora Angélica, a diretora Isabel Nascimento Silva e o criador e diretor de conteúdo Chico Felitti. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo.


Angélica comentou sobre o formato: "O conjunto da obra me impressionou muito. Fiquei em dúvida se os homens ficariam tão à vontade quanto as mulheres ficaram. Mas quando eles entendiam o tema, cada programa tem um, eles entravam. Jhonatan Azevedo falou sobre adoção, Gil do Vigor teve o coração aberto para falar da sexualidade dele, o Antônio Fagundes falou de sexo de uma forma brilhante, enfim... Ficou tudo muito espontâneo. Fiquei nervosa diante do Ney Matogrosso porque sou fã e ele falou sobre a questão do corpo. O trabalho de convidar os nomes é algo de equipe. Tudo tinha que estar bem encaixado. A gente pensou muito em deixar os três convidados à vontade entre si, até para respeitarem a opinião um do outro. Foi um grande desafio na minha carreira. É um projeto feito com muito amor, carinho e coração".

Chico Felitti acrescentou: "Proporcionamos papos que surpreenderam. Temos Antônio Fagundes e Angélica conversando com Gil do Vigor e dando conselhos a ele. Nunca imaginei Ney Matogrosso falando que sentia vergonha de ficar pelado.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

"Angélica: 50 & Tanto" é um programa que merece ser visto

 Neste domingo, dia 26, os cinco episódios de um programa comemorativo em homenagem aos 50 anos de Angélica foram disponibilizados no Globoplay. Em paralelo, a atração irá ao ar semanalmente no canal a cabo GNT a partir do dia 30 (data do aniversário da anfitriã), às 22h15, e como quadro no "Fantástico" com uma duração mais reduzida. Com o título de "Angélica: 50 & Tanto", o formato consiste em um bate-papo na sala da apresentadora, sempre com três convidadas por edição. 


O programa aborda a trajetória de Angélica através de imagens de arquivo enquanto a apresentadora conta um pouco da sua vida para o público e suas convidadas. Ao contrário do que parece, a atração não soa egocêntrica porque Angélica mescla muito bem as suas vivências com as histórias de suas 'visitas'. Isso porque as experiências da dona da casa são usadas para incentivar cada uma a expor suas intimidades e funciona. Claro que o fato de todas as escolhidas para o especial serem amigas de Angélica ajuda bastante na desenvoltura do papo, mas ainda assim havia o risco de parecer algo artificial ou até piegas. 

O formato deu muito certo. A sensação é de observar tudo o que é falado pelo buraco da fechadura, como se fosse quase um reality. Angélica está tão à vontade que deixa todas as convidadas igualmente relaxadas a ponto de contarem situações que até hoje não falaram em entrevistas.

domingo, 26 de novembro de 2023

Tudo sobre a coletiva online de "50 & Tanto", novo programa de Angélica

 O Globoplay promoveu na quarta-feira passada, dia 22, uma coletiva virtual de "50 & Tanto", novo programa de Angélica que estreou seus cinco episódios no domingo na plataforma de streaming e terá versões reduzidas em um quadro no "Fantástico". Participaram a apresentadora e os diretores Chico Felitti e Isabel Nascimento. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Angélica não escondeu a empolgação: "Foi um projeto que me fez refletir bastante sobre os meus 50 anos. Várias imagens de arquivo eram de coisas que eu nem lembrava. Acaba sendo uma terapia reviver tudo. Está sendo ótimo falar disso. E todos os convidados vieram no clima mesmo de celebrar, conversar, trocar. Foi leve, algo muito gostoso. Teve muita verdade nas conversas onde a minha história foi o fio condutor. Pessoas se identificam até porque as histórias são semelhantes. A gente tem muito material, mas a ideia não foi fazer um documentário, embora desse para fazer. A ideia era fazer uma coisa que tivesse a ver com o momento que estou vivendo hoje. Fazer um balanço. Quanta coisa boa eu deixei. Se tivesse que viver tudo outra vez, eu viveria", analisou. 

O diretor Chico Felitti fez questão de enfatizar: "Comemorar 50 anos de um ícone pop. Televisão, mercado fonográfico, cinema, enfim, é difícil ver algo que a Angélica tenha se aventurado e que não tenha ido bem. A gente junto construiu esse programa que é um misto de conversa com outras mulheres extraordinárias e com uma troca para despertar empatia e emoção. Você chora e dá gargalhada.

domingo, 29 de janeiro de 2023

"Minha Mãe Cozinha Melhor que a Sua!" combina com as tardes de domingo

 A Globo estreou neste domingo uma nova produção em sua grade vespertina. Com direção geral de Angélica Lopes, direção artística de LP Simonetti e gênero de Boninho, "Minha Mãe Cozinha Melhor que a Sua!" é baseado no formato original da emissora portuguesa, RTP1. A atração também já foi vista no SBT, em forma de quadro do programa da Eliana, e em um quadro do "É de Casa", comandado por Patrícia Poeta. Outro formato muito parecido foi o "Duelo de Mães", comandado por Ticiana Villas Boas na Band.


A premissa é simples: utilizar a lembrança gostosa de cozinhar em família durante um almoço de domingo para competir. A maior novidade do formato é a estreia de Paola Carosella na Globo, após muitos anos de trabalho como jurada no "Masterchef BR" na Band. A chef de cozinha, por sinal, segue como integrante de júri, mas agora acompanhada de João Diamante. Leandro Hassum é o apresentador. O primeiro programa contou com as participações de Vitão, Mumuzinho, Mayana Neiva e suas respectivas mães. 

A cada semana, três diferentes duplas de mães e filhos famosos vestem o avental e partem para a aventura na cozinha, competindo entre si em duas provas. Mas aqui, diferente dos almoços de domingo, quem coloca a mão na massa são os filhos.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

"Pipoca da Ivete" é uma mistura de "Tamanho Família", "Se Joga" e "Casa Kalimann", mas com o carisma de Ivete Sangalo

 Após muita propaganda e chamadas, a Globo estreou neste domingo, dia 24, o "Pipoca da Ivete". Chamado inicialmente de "Mixto Quente", a emissora mudou o nome depois da reação negativa nas redes sociais. Aliás, o programa parece feito com pressa e pouco planejamento. O anúncio da nova atração foi dado em um comunicado da empresa via e-mail para a imprensa. E muitos foram pegos de surpresa porque até então nada era previsto, até por conta do sucesso de Ivete no comando do "The Masked Singer Brasil". Mas, assim que a notícia foi dada, deram início a uma intensa propaganda. 

A estreia apresentou um programa com muitos quadros e nenhuma identidade. Todas as 'disputas' são cópias de outras atrações, tanto da Globo quanto da concorrência. Aliás, um questionamento se faz necessário: por que, de uns anos para cá, a emissora resolve focar tanto em 'brincadeiras' no palco quando cria um novo formato? O entretenimento se resume a isso? Não há mais nada de diferente na área? Mas a dúvida não diz respeito ao texto sobre a estreia de Ivete, que não tem nada a ver com o setor de planejamento comandado por Boninho. 

À primeira vista, o programa parece uma mistura dos extintos "Tamanho Família", "Se Joga" e "Casa Kalimann", uma atração mediana e duas horríveis, respectivamente. Com a constatação, então, é possível afirmar que o novo formato é péssimo? Não. Porque o carisma de Ivete Sangalo faz a diferença.

domingo, 3 de outubro de 2021

"Zig Zag Arena" mostra que nem toda boa ideia funciona na prática

 Ao invés de substituir o "The Voice Kids" na grade vespertina com mais filmes, a Globo resolveu dar um novo programa para Fernanda Gentil aos domingos. Com isso, acabou subitamente com o "Se Joga" aos sábados, que já tinha retornado em 2021 de uma forma bem pouco planejada, após uma avalanche de críticas ao fracassado formato diário da atração (em 2019/início de 2020), que logo acabou com a chegada da pandemia do novo coronavírus. O novo desafio da apresentadora tem o estranho nome de "Zig Zag Arena". 

O programa é quase uma espécie de "Olimpíadas do Faustão" (quadro de sucesso e até hoje lembrado do "Domingão" na década de 90) modernizado através de muitas luzes e tecnologia. O palco de 1500 m², inspirado em um gigantesco e multicolorido tabuleiro de pinball ---- há o objetivo de relembrar várias brincadeiras da infância ----, conta com um campo de camas elásticas, além de escorregas e muitos obstáculos. É um cenário luxuoso e que custou um bom investimento da Globo, deixando claro que a intenção da emissora é emplacar mesmo o formato. 

As partidas acontecem em três fases: "Pique-Pega", "Megaball" e "Tudo ou Nada". Assim como no mundo dos esportes, todas as etapas são narradas por um profissional. Everaldo Marques, conhecido no canal pago SporTV e que caiu nas graças do grande público com suas recentes narrações das Olimpíadas de Tokyo, é o escalado para observar cada lance e transmitir toda a energia para o telespectador.

domingo, 5 de setembro de 2021

"Domingão com Huck" não passa de um "Caldeirão" aos domingos

 Há anos sempre foi especulado sobre quem comandaria as tardes de domingo na Globo quando Faustão se aposentasse. Luciano Huck costumava ser o mais cotado. O apresentador não se aposentou e sua saída da emissora foi conturbada, além de muito mal explicada. Mas a previsão a respeito da ida de Huck se confirmou. Previsto para apenas janeiro de 2022, o novo "Domingão" acabou antecipado por conta do desligamento de Fausto, que só sairia em dezembro. Então, a estreia do "Domingão com Huck" aconteceu neste primeiro domingo de setembro, após um atraso na programação por conta do cancelamento do jogo entre Brasil e Argentina, substituído por um filme de longa duração. 

O título já deixa claro que a Globo não vai mais cometer o erro de dar o nome de um apresentador para uma atração. Tudo para manter o nome da marca. Afinal, o "Domingão do Faustão" virou o principal programa da emissora aos domingos. Mas agora é "Domingão com" e não "Domingão do". Até porque Luciano vive com a eterna dúvida de se candidatar ou não à presidência do país. Sabe-se Deus como estará sua ambição em 2027. E o início de sua saga no horário de seu ex-colega se mostrou apenas correto. Afinal, não houve tempo para criar maiores novidades. Tudo foi feito na correria e sendo noticiado pela imprensa. Um amadorismo até então novo para a empresa. 

Huck levou vários quadros do "Caldeirão" para seu 'novo' programa e nem poderia ser diferente. São formatos de sucesso, como o "Quem quer ser um milionário", "The Wall" e "Visitando o passado". Ainda não se sabe se o "Lata-Velha" vai continuar, mas há chances.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

"The Masked Singer Brasil" é um besteirol delicioso e caprichado

 Na terça-feira passada (10/08), a Globo estreou o "The Masked Singer Brasil", novo talent show, baseado no formato original sul-coreano "King of Mask Singer". Comandado por Ivete Sangalo e tendo Rodrigo Lombardi, Taís Araújo, Simone e Eduardo Sterblitch no júri, a atração --- uma coprodução da Globo com a Endemol Shine Brasil --- tem uma proposta bastante diferente e nunca vista até então no país. Parece uma disputa clássica de calouros, mas não é. 


Nomes de diferentes áreas se enfrentam em um desafio musical com fantasias belíssimas. Na competição, são 12 personalidades já conhecidas pelo público, mas todas fantasiadas, cobertas da cabeça aos pés. Alguns são cantores profissionais e outros não. Resta a cada um dos jurados, além de julgar, tentar adivinhar ---- junto com o telespectador ---- quem é o artista mascarado apenas por sua performance. O mistério em torno do nome do mascarado se dá até o final. Já que a cada semana, apenas o eliminado do dia revela a sua identidade para todos.

Durante cada programa o público pode contar com um espetáculo completo, com apresentações especiais que misturam os convidados, jurados e até a apresentadora. Em seguida, é a vez dos mascarados se apresentarem, sempre em duelos.

terça-feira, 29 de junho de 2021

"Falas de Orgulho" primou pela emoção, sensibilidade e informação

 Nesta segunda-feira, dia 28, foi comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A sigla reúne diversas orientações sexuais e de identidades de gênero: lésbicas, gays, bissexuais, trans, queers, intersexuais, assexuais e outras variações. Para homenagear a data, a Globo exibiu "Falas de Orgulho", logo após a reprise da novela "Império", e o programa primou pela emoção, sensibilidade e informação. 

Dirigido por Antonia Prado, a atração mostrou a jornada de oito personagens de diferentes idades, regiões, trajetórias de vida e religiões ---- e por trás delas histórias de superação, preconceito e auto aceitação, passando por temas transversais às letras que formam a sigla LGBTQIA+, que culminam na celebração de poder ser quem se é e na exaltação das vozes. 

Foram eles: Richard Alcântara, 24, jovem transgênero de Caçapava, interior de São Paulo, que sonha ser bombeiro civil; Ariadne Ribeiro, 40, mulher transgênero que é assessora de apoio comunitário da Unaids/ONU; Geisa Garibaldi, 37, lésbica carioca que é criadora do "Concreto Rosa", empresa de serviços de mão de obra feminina;

quarta-feira, 21 de abril de 2021

"Plantão BBB" foi uma boa ideia que chegou atrasada

 A Globo estreou o "Plantão BBB" no dia 5 de abril. Quase três meses depois da estreia da vigésima primeira edição do reality. O programa, comandado pela ex-BBB Ana Clara, com cerca de 40 minutos, ocupou a vaga do extinto "Vídeo Show", logo após o "Jornal Hoje". Vale lembrar que o péssimo "Se Joga" também chegou a preencher a lacuna da grade vespertina por um período. 

O intuito da atração é surfar a onda da grande repercussão do "BBB 21", que vem quebrando recordes de audiência (a melhor média dos últimos sete anos), e sendo assunto dominante das redes sociais. Tanto que fica claro a falta de planejamento do formato. Foi algo criado às pressas para unir o útil ao agradável: tentar acertar na faixa mais problemática da Globo atualmente e render mais um pouco sobre um reality que já é um sucesso.

Em termos de audiência, não deu muito certo. O programa vem perdendo várias vezes para o quadro "A Hora da Venenosa", do "Balanço Geral", da Record. O aumento da duração do "Jornal Hoje", desde março do ano passado, com o início da pandemia do novo coronavírus, tinha sido uma estratégia bem mais vantajosa.

sábado, 6 de março de 2021

Ao invés de retornar com o querido "Vídeo Show", Globo prefere transformar "Se Joga" em uma cópia

 O "Se Joga" foi uma das grandes apostas da Globo em 2019. O objetivo na época era enfrentar o "Balanço Geral", da Record, que derrotava o extinto "Vídeo Show" quase diariamente. Não por acaso o longevo programa sobre os bastidores da televisão foi retirado da grade, após quase 36 anos no ar. Mas não deu certo. As derrotas continuaram e a atração comandada por Fernanda Gentil, Fabiana Karla e Érico Brás sofreu um massacre de justas críticas. A pandemia do novo coronavírus, iniciada em março de 2020, foi um bom pretexto para cancelar o formato. Mas a emissora resolveu recolocá-lo no ar. 

Neste sábado, dia 6, o "Se Joga" retornou com uma nova roupagem em formato semanal. Agora está na faixa vespertina, no lugar do cansativo "Simples Assim," da Angélica. Também não há mais três apresentadores. Fabiana deixou o programa e Érico virou repórter. Fernanda está sozinha no comando. E a ótima Tati Machado ----- integrante do site Gshow que ganhou várias oportunidades em outras atrações, como "Encontro" e "É de Casa" ---- segue na equipe falando sobre novelas e artistas do canal. Mas não demorou para constatar a intenção da Globo: voltar com o "Vídeo Show", mas com o título de "Se Joga". 

A própria descrição das 'novas características' do programa entrega a inspiração, para não dizer plágio: "Serão tardes cheias de conteúdos especiais, entrevistas exclusivas, revisitas ao passado da TV, spoilers de cena, interatividade, e muitas curiosidades sobre o que acontece por trás das câmeras. Uma programação que faz o balanço da semana na vida dos famosos".

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

"Simples Assim" é simples e chato

 Angélica ficou quase três anos fora do ar. O "Estrelas", programa comandado por ela entre 2006 e 2018, chegou ao fim desgastado e sem atrativos. A Globo encerrou a atração sem ter um novo projeto para a apresentadora. Muitas especulações foram feitas durante a ausência da loira, incluindo o desligamento da emissora. E todos os "projetos" de um novo formato eram adiados. Até surgir o "Simples Assim", em outubro deste ano. 


Antes da estreia, no dia 20, pouco se falava sobre o novo programa. A falta de informações implicou em uma expectativa elevada. Afinal, era o retorno de Angélica após um longo hiato. Mas o resultado ficou abaixo da média. As explicações sobre a proposta do formato são ótimas: "uma reflexão sobre algo que nos une como seres humanos. A busca pela felicidade. Um propósito comum a todos e, ao mesmo tempo, único e individual, que cada um percorre a seu modo. Trilhar o caminho não é simples e chegar à simplicidade, ao estado de espírito que permite encarar a vida com mais leveza, pode custar uma vida inteira". 

A cada episódio, um tema ---- como felicidade, fé, trabalho, família, solidariedade, diversidade, vaidade e amor ---- foi abordado. E, para cada assunto, diferentes percepções e maneiras de contar essas histórias, que vieram das ruas, das casas dos personagens (sempre anônimos), através de esquetes de humor ---- que marcaram a volta de Angélica como atriz ---- ou das dinâmicas com alguns convidados em um palco.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Há 20 anos no ar, "Altas Horas" foi o programa que melhor se adaptou ao momento de pandemia

 A pandemia do novo coronavírus afetou toda a programação televisiva. Do Brasil e do mundo. Os produtos mais afetados foram o do entretenimento, vide o agravamento da crise do setor cultural. E os programas de auditório sofreram uma inevitável descaracterização. Afinal, todos precisam da aglomeração das plateias. Porém, os apresentadores se viram obrigados a apresentar suas respectivas atrações de casa ou no palco sem ninguém presente (com exceção da produção). E quem melhor se virou com o inusitado novo formato foi Serginho Groisman. 

A maior identidade do "Altas Horas", que completou 20 anos no ar no dia 14 de outubro, era a plateia repleta de jovens estudantes e com uma proximidade muito grande com os convidados. Todos ficavam sentados em um auditório que fazia quase um círculo no estúdio. Era quase uma arena do entretenimento e da informação. O mesmo já acontecia desde a época do inesquecível "Programa Livre", no SBT. Enquanto não houver a vacina contra a COVID-19 nada disso será possível. Um hiato é inevitável. Mas se engana quem pensa que a alteração do formato afetou a qualidade da atração. 

Serginho foi muito inteligente ao mesclar conteúdo inédito com reprises. Ao invés de simplesmente reprisar programas antigos, como ocorria com o "Domingão do Faustão" e "Caldeirão do Huck", o apresentador exibe trechos de algumas entrevistas ou números musicais do programa e entrevista o convidado ou a convidada que esteve na época da exibição via vídeo-chamada.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

"Que História É Essa Porchat?" merecia a TV aberta desde sua estreia no GNT

A saída de Fábio Porchat da Record foi muito bem planejada pelo apresentador. O "Programa do Porchat" durou apenas dois anos, entre 2016 e 2018, e Fábio se sentiu limitado pela emissora. Também não conseguia bons convidados pelas proibições impostas pela Globo. Em 2019, conseguiu criar um então promissor projeto na GNT assim que se desligou do canal dos bispos. Não pediu demissão sem um plano B. O canal a cabo da líder também já era um passaporte para a sua migração no futuro, que veio a acontecer agora com a estreia do "Que História É Essa, Porchat?" na TV aberta. 


A primeira temporada estreou em agosto do ano passado e foi um sucesso. Não só de crítica, mas de repercussão e interesse dos artistas pelo programa. O êxito se deu pela simplicidade do formato. Não é mais um talk-show ou outra atração típica de entrevistas. Porchat optou pela intimidade filmada. Mas não invadindo a privacidade dos convidados e, sim, os chamando para ouvir histórias curiosas que tinham para contar. A escolha é da pessoa. Basta lembrar de algum acontecimento marcante que já viveu e ainda não expôs na televisão ou pouca gente sabe. Parece bobagem, mas funcionou.

São sempre três convidados por programa contando fatos curiosos. E o palco é organizado em um quase quadrado com Fábio e seus entrevistados, um de frente para o outro. A plateia fica em volta e também participa porque o apresentador sempre consegue deliciosas declarações de anônimos, como a menina que foi parar em uma festa promovida por Luciano Huck.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

"Em Pauta" virou o melhor programa da GloboNews

A pandemia do novo coronavírus implicou em uma catástrofe mundial e com milhares de mortes. A luz no fim do túnel é a criação da vacina, que ainda parece distante. E a situação tão assustadora para muitos acabou impulsionando o jornalismo. A importância da imprensa sempre foi grande, mas agora está ainda maior. O Brasil é o melhor exemplo. Os telejornais têm funcionado como fontes de informações confiáveis diante de um governo que nega a gravidade do atual momento. E o "GloboNews em Pauta" se firmou como o melhor produto do canal a cabo.


É evidente que as emissoras abertas seguem dominando o alcance nos lares. Tanto que o "Jornal Nacional" é a maior referência e o expressivo crescimento de audiência é a prova. Porém, a "GloboNews" também cresceu ainda mais por conta da intensa cobertura sobre a pandemia e o desastre do governo. Não por acaso se isolou na liderança entre os canais por assinatura. Nem a estreia da "CNN" abalou os números do canal. E o "Em Pauta" virou o maior atrativo da programação por vários fatores.

O programa está no ar desde 2010 e se solidificou na grade com méritos. O formato permite uma mistura de descontração e seriedade através de boas análises com competentes jornalistas ao longo de duas horas A identidade da atração sempre foi a repercussão das notícias no dia. Mas a duração foi aumentada em uma hora em virtude do conturbado período que o Brasil e o mundo atravessam. A mudança não poderia ter sido melhor.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

"Fora de Hora" não é ruim, mas para ficar bom ainda falta bastante

Após seis temporadas bem-sucedidas do "Tá no Ar: a TV na TV", Marcius Melhem e Marcelo Adnet resolveram encerrar o  melhor humorístico do país (sem exagero) no auge. Tudo para evitar um natural desgaste. Com a missão de substituir esse sucesso, praticamente a mesma equipe responsável lançou o "Fora de Hora" e a estreia foi no dia 21 de janeiro, logo depois do "BBB 20". A mesma faixa da atração anterior. Porém, o novo programa não agradou muito.


O humorístico em formato de telejornal, com a supervisão de Marcius e Daniela Ocampo, é uma clara inspiração do impagável "Furo MTV", um dos melhores produtos da extinta emissora da época, comandado por Dani Calabresa e Bento Ribeiro. A nova versão é apresentada por Paulo Vieira e Renata Gaspar, que interpretam dois âncoras irônicos sem papas na língua. Um terço do programa é gravado sem grande antecedência para a exploração das notícias mais frescas, facilitando as piadas.

Caito Mainer, Luciana Paes, Welder Rodrigues, Gustavo Miranda, Júlia Rabello, Késia Estácio, Luana Martau, Luis Lobianco, Marcelo Adnet, Marcio Vito, Pedroca Monteiro e Verônica Debom compõem o restante do elenco e todos representam repórteres do jornal ou fazem participações como entrevistados ou especialistas.

sábado, 30 de novembro de 2019

"Popstar" segue como ótimo entretenimento aos domingos

A Globo estreou a primeira temporada do "Popstar" em 2017, sem alarde ou grande divulgação. Era uma tentativa de emplacar um novo formato nas tardes de domingo. Resolveram utilizar a dinâmica do extinto "SuperStar" --- ótimo programa que apresentava bandas desconhecidas ao grande publico ---- em uma disputa com famosos. Todos cantando no mesmo palco e sendo avaliados por um juri repleto de estrelas da música nacional. O tiro no escuro virou tiro certeiro. O produto agradou. Tanto que emplacou a segunda temporada em 2018 e agora estreou a terceira no final de outubro.


Fernanda Lima foi a primeira apresentadora e Taís Araújo entrou em seu lugar ano passado. Insegura na segunda temporada --- afinal, era sua primeira experiência na função de comunicadora ---, a atriz está bem mais desenvolta agora. E o êxito da atração nos anos anteriores facilitou a escalação dos participantes. Muitos até se oferecem para o time. Em 2017, o vencedor foi André Frateschi e Jeniffer Nascimento triunfou em 2018. Ambos campeões com méritos. Agora a disputa tem Marcelo Serrado, Letícia Sabatella, George Sauma, Babi Xavier, Robson Nunes, Totia Meirelles, Eriberto Leão, Helga Nemetik, Jakson Follman, Danilo Vieira, Cláudia Ohana, Yara Charry e Nany People.

A composição do juri segue como um dos acertos do formato. São dez especialistas que avaliam os candidatos com notas entre 9,7 e 10, levando em conta ainda a possibilidade da estrela bônus, uma espécie de ponto extra pela performance do candidato.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

"Mestre do Sabor" parece uma versão culinária do "The Voice Brasil"

A Globo sempre ignorou o sucesso de programas culinários da concorrência, tendo o "MasterChef", da Band, como o maior protagonista. Isso porque conseguia explorar o formato através de ótimos quadros no "Mais Você". Vale até lembrar que o "Superchef" ---- que virou "Superchef Celebridades" posteriormente ---- foi lançado por Ana Maria Braga bem antes da atração da Bandeirantes. No entanto, finalmente, a líder se rendeu e criou o "Mestre do Sabor", novo reality gastronômico que estreou na quinta-feira retrasada (10/10), logo após "A Dona do Pedaço".


Apresentado pelo querido chef Claude Troisgros e seu inseparável amigo Batista, o programa conta com José Avillez, Kátia Barbosa e Leo Paixão como jurados. Os três são renomados chefs, donos de restaurantes, e também figuras conhecidas do público em virtude de muitas participações em atrações da Globo, como o já citado "Mais Você", "É de Casa", entre outros. Ao contrário da concorrência, todavia, não há comentários mais pesados ou análises muito rígidas. Ou seja, sem jurado carrasco, o que é uma pena. Afinal, um dos maiores chamarizes desse tipo de formato é o 'sincericídio' dos avaliadores.

A fórmula do programa é da própria Globo, portanto, não foi comprado de fora --- todos os derivados das demais emissoras são conteúdos prontos. Ainda assim, é perceptível a ''inspiração" nas regras do "The Voice Brasil", reality musical exibido desde 2012 pela líder --- e esse, sim, um formato do exterior.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

"Mais Você" completa 20 anos em ótima forma

O "Mais Você" estreou no dia 17 de outubro de 1999 e marcou a transferência de Ana Maria Braga da Record para a Globo. O programa matinal chegou a mudar de horário algumas vezes ao longo de seus 20 anos (completados hoje) de emissora (incluindo até um período na grade vespertina), mas se estabilizou e hoje é a maior audiência das manhãs da líder. A apresentadora e seu inseparável Louro José (Tom Veiga) têm um público fiel e a equipe da atração em nenhum momento se acomoda com isso, sempre procurando novidades para o formato.


Tanto que a produção conseguiu criar vários quadros ótimos que entram em esquema de rodízio, evitando maiores desgastes e preenchendo muito bem o tempo do programa. Não existe uma regra para a exibição de cada um, mas todos estão sempre lá, despertando a atenção do telespectador e divertindo Ana Maria. O curioso é que não foram criados ao mesmo tempo. As ideias é que funcionaram tão bem que acabaram se firmando na atração, sem haver a necessidade da extinção de um para a entrada de outro.

Um dos primeiros foi o "Super Chef", em 2008, com três temporadas. Em 2012, o formato começou a contar com artistas disputando o posto de melhor cozinheiro e passou a se chamar "Super Chef Celebridades". Até hoje o reality faz sucesso, ficando três semanas no ar. A oitava temporada foi ao ar no primeiro semestre e teve Nando Rodrigues como campeão.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

"Se Joga" é uma mistura de tudo e mais um pouco

O encerramento do "Vídeo Show", no dia 8 de janeiro, após quase 36 anos no ar, não beneficiou a Globo em nada. A antecipação da "Sessão da Tarde" não amenizou as constantes derrotas para o "Balanço Geral" da Record. O desrespeito que a emissora teve com um de seus formatos mais longevos até hoje é merecidamente criticado. Agora, quase oito meses depois, o canal resolveu lançar um novo programa para ocupar a faixa e tentar barrar o crescimento da concorrência. Nesta segunda-feira (30/09), então, estreou o "Se Joga".


Comandado por Érico Brás, Fernanda Gentil e Fabiana Karla, o programa tem aproximadamente 55 minutos de duração, quase o mesmo tempo do finado "Vídeo Show". A atração é ''vendida'' como um formato para toda família que reúne entretenimento, jogos, dinâmicas e participação de famosos e plateia. Há também a presença de Marcelo Adnet, Paulo Vieira e Jefferson Schroeder, que se revezam entre repercutir as pautas, nas brincadeiras e em quadros de imitações e paródias. Achou muita informação? Realmente essa é a essência do novo produto da Globo.

Provavelmente sem saber a receita certa para enfrentar as fofocas da "Hora da Venenosa", quadro de Fabíola Reipert do "Balanço Geral", e o próprio sensacionalismo 'natural' da Record, a emissora resolveu juntar tudo o que já funcionou em vários programas da casa em um só.